“Viver a Vida” passou e não disse a que veio...
Manoel Carlos é um dos maiores e melhores autores da nossa dramaturgia. Uma inspiração divina que em algumas décadas nos brindou com grandes histórias, chamou atenção para problemas sociais, e fez de suas Helenas mártires do horário das oito.
Mas dessa vez pecou pela mesmice. Um elenco grande e mal encaixado, com personagens que não mostraram química no vídeo. O Leblon que tanto se faz presente nas suas histórias ficou como um pano de fundo desbotado, sem graça. Em outras novelas, o elenco realmente interagia com o ambiente, e nos mostrava a vida “classe média A” que desfila entre as ruas charmosas do bairro.
A Helena negra que escolheu para encabeçar a história foi sim muito bem representada por Taís Araújo, mas o problema não esteve nela, e sim nos seus partners que se fizeram presentes na sua história, ou melhor, não conseguiram convencer que a amavam.
No meu ponto de vista o maior erro, e que culminou para que não deslanchasse a história de Helena, foi a escalação de José Mayer para o protagonista, como já havia comentado há um tempo atrás.
Durante a novela notava-se um certo desconforto de Mayer, como se implorasse para que terminasse logo a novela. Um garanhão de meia idade que não convenceu. As senhoras fãs de José Mayer me desculpem, mas ele não consegue mais carregar o perfil do homem sedutor e irresistível. Quem sabe Humberto Martins não o faria com mais propriedade.
Histórias paralelas que não se desenvolveram, personagens que vieram a nada, e terminaram não dizendo por que existiam na trama. Não houve desperdícios de talentos, mas também não houve exploração de tais.
O enfoque principal que era fazer a sociedade pensar a respeito das limitações físicas de um deficiente também não atingiram o objetivo totalmente.
Mas nem de tudo “Viver a Vida” foi ruim. Alinne Moraes e sua ligação uterina com Lilia Cabral roubou a cena e se fez protagonista deixando a “Helena” mera coadjuvante. Alinne já havia mostrado talento em “Duas caras” e lá também roubou da insossa Marjore Estiano o papel principal.
Mateus Solano se meteu na maior encrenca de sua carreira. Os gêmeos foram uma perfeição, de uma capacidade que só na realidade veríamos, o que faz com que tenha que trabalhar três vezes mais numa próxima novela pra mostrar que realmente é bom. Desvincular-se de personagens como esses e fazer outro melhor será sua árdua tarefa.
Mas meu chapéu eu tiro a Lilia Cabral. Linda, serena, convincente, talentosa, solidária, participativa, e tudo que se pode dizer de uma mulher que esbanja capacidade interpretativa. Maneco um dia disse que ter Lila em suas novelas, é como ter uma grife trabalhando para ele. Como Fernanda Montenegro o é, Lilia, será em breve. Quando se falar que ela está no elenco, saberemos com toda certeza que momentos de grandes emoções virão pela frente.
Não se pode dizer que “Viver a Vida” foi um fracasso, não de forma alguma. Injusto dizer isso a Maneco. Por mais fraca que a trama tenha sido, não chega a ser fiasco.
Sinônimo de fracasso é “Tempos Modernos”, só analisar e comparar, que podemos ver que com os piores momentos da trama de Maneco não se compara ao melhor dia da novela das 7.
É isso...Passione vem e veremos o que Silvio de Abreu nos prepara.
Abraço e bom domingo.
Manoel Carlos é um dos maiores e melhores autores da nossa dramaturgia. Uma inspiração divina que em algumas décadas nos brindou com grandes histórias, chamou atenção para problemas sociais, e fez de suas Helenas mártires do horário das oito.
Mas dessa vez pecou pela mesmice. Um elenco grande e mal encaixado, com personagens que não mostraram química no vídeo. O Leblon que tanto se faz presente nas suas histórias ficou como um pano de fundo desbotado, sem graça. Em outras novelas, o elenco realmente interagia com o ambiente, e nos mostrava a vida “classe média A” que desfila entre as ruas charmosas do bairro.
A Helena negra que escolheu para encabeçar a história foi sim muito bem representada por Taís Araújo, mas o problema não esteve nela, e sim nos seus partners que se fizeram presentes na sua história, ou melhor, não conseguiram convencer que a amavam.
No meu ponto de vista o maior erro, e que culminou para que não deslanchasse a história de Helena, foi a escalação de José Mayer para o protagonista, como já havia comentado há um tempo atrás.
Durante a novela notava-se um certo desconforto de Mayer, como se implorasse para que terminasse logo a novela. Um garanhão de meia idade que não convenceu. As senhoras fãs de José Mayer me desculpem, mas ele não consegue mais carregar o perfil do homem sedutor e irresistível. Quem sabe Humberto Martins não o faria com mais propriedade.
Histórias paralelas que não se desenvolveram, personagens que vieram a nada, e terminaram não dizendo por que existiam na trama. Não houve desperdícios de talentos, mas também não houve exploração de tais.
O enfoque principal que era fazer a sociedade pensar a respeito das limitações físicas de um deficiente também não atingiram o objetivo totalmente.
Mas nem de tudo “Viver a Vida” foi ruim. Alinne Moraes e sua ligação uterina com Lilia Cabral roubou a cena e se fez protagonista deixando a “Helena” mera coadjuvante. Alinne já havia mostrado talento em “Duas caras” e lá também roubou da insossa Marjore Estiano o papel principal.
Mateus Solano se meteu na maior encrenca de sua carreira. Os gêmeos foram uma perfeição, de uma capacidade que só na realidade veríamos, o que faz com que tenha que trabalhar três vezes mais numa próxima novela pra mostrar que realmente é bom. Desvincular-se de personagens como esses e fazer outro melhor será sua árdua tarefa.
Mas meu chapéu eu tiro a Lilia Cabral. Linda, serena, convincente, talentosa, solidária, participativa, e tudo que se pode dizer de uma mulher que esbanja capacidade interpretativa. Maneco um dia disse que ter Lila em suas novelas, é como ter uma grife trabalhando para ele. Como Fernanda Montenegro o é, Lilia, será em breve. Quando se falar que ela está no elenco, saberemos com toda certeza que momentos de grandes emoções virão pela frente.
Não se pode dizer que “Viver a Vida” foi um fracasso, não de forma alguma. Injusto dizer isso a Maneco. Por mais fraca que a trama tenha sido, não chega a ser fiasco.
Sinônimo de fracasso é “Tempos Modernos”, só analisar e comparar, que podemos ver que com os piores momentos da trama de Maneco não se compara ao melhor dia da novela das 7.
É isso...Passione vem e veremos o que Silvio de Abreu nos prepara.
Abraço e bom domingo.
20 comentários:
Concordo Rafa.Nem de longe teve o clima de laços de familia.Essa limitou até os Cacetas na hora da paródia.Acho que o descuido maior foi com a personagem Isabel, sem noção toital.Me incomoda isso no Manoel carlos, criar dialogos e situações fora da realidade demais...
Abração
genteeeeeeeeeeeeeeee, do céu, que visão crítica a sua, adorei, e por esta frase aqui: "As senhoras fãs de José Mayer me desculpem, mas ele não consegue mais carregar o perfil do homem sedutor e irresistível" virei mais que fã agora. Concordo em gênero, número e grau, oh cara chato, já passou da validade há muitoooooo, aff ¬¬' e a lilia cabralé mesmo um show à parte, o talento sobrepõe tudo nela. Parabéns pelo ótimo post. yzzie
Essa novela FOI a Lílian Cabral.
E acho que a partir de agora o Manoel Carlos deixará de escrever para Helenas e passará a escrever para Lucianas.
Confesso que não gosto das novelas dele. Assisto só para falar mal.
Gosto demais dos atores que ele seleciona e tenho pena de alguns que precisam se sujeitar a papeis tão ruins.
Viver a Vida para mim já foi tarde.
bj
a novela ficou no meio do caminho. poderia ser melhor mas não foi.
enfim, manoel carlos precisa se reciclar, precisa que alguém o diga que menos é mais e parar de por tanta gente numa mesma novela que entra e não diz ao que veio.
a novela de fato foi da Alinne Moraes porque tinha o personagem mais intenso.
e que venha Passione!
Uuuuuhhhhh! Gostei da crítica e concordo com vc.
Faltou mesmo dar uma desenvolvida legal na história. Mas já tinha sido assim com "Mulheres Apaixonadas", lembra? A novela enrolou, enrolou... depois acabou de repente e as histórias dos personagens ficaram mal acabadas.
Eu acho que as últimas BOAS novelas dele foram "Laços de Família" e "Páginas da Vida".
Beijocas!
Amo você!!
Simples assim...
Rafa: concordo com tudo.
Mateus foi perfeito! Jorge e Miguel não eram os gêmeos "mau" e "bom", respectivamente. Eram simplesmente os gêmeos com personalidades diferentes, o que torna a interpretação deveras mais difícil, pois a diferença entre os dois personagens é tênue e não completamente oposta. Enfim, beauty! Luciana, meu alterego! Hahaha! Vc não falou de Renatinha, que foi a instant star e tomara que a vejamos muito por aí!
Bom, não será novidade que estarei absolutamente descontrolada para acompanhar Passione e tomara que o Gianechinni tenha estudado um pouquinho nos últimos anos!!! Falaremos muito sobre isso ainda!!!
Ah: eu gosto da Carolina Dieckman. E tenho a impressão que só eu no universo.
Beijo, Brasil!
Não tenho muito o que comentar pois não acompanhei a novela.
Seu blog é muito bom!
Bjos!
apesar do pouco que acompanhei da novela... concordo com genero, numero e degrau (rsrs) contigo!
Nossa senhora da abadia que novelinha sal e açúcar...
E a Thaís que me desculpe, mais foi a pior Helena de Maneco... Nossa... Até a Vera Fisher foi menos ruim...
Realmente, Lilia Cabral... nossa foi boa, nããão... Se amostrou! rsrs
Alinne... diva! Se superou no meu conceito!
O Solano deu show!
Mais a Bárbara Paz me surpreendeu! Achava ela tão sem graça! E ela desempenhou muito bem seu papel...
Outra mais ou menos (mais pra menos que pra mais) foi Cecília Dassi... Colé a dela hein? Num 'intindi'!!! rsrsrsrs
Bom, amey o blog! pra uma primeira vez, já falei demais!
beijOs alagOanos pra ti!
Cris
O importante é viver a vida de todas as formas possíveis. De preferência com muito amor e carinho consigo mesmo.
Não assisti o final das novela.
Alias ultimamente, em função do meu trabalho, não vejo mais novela. Até a das 6 horas que sempre assistia, agora não tenho mais tempo.
Dou aula a noite té as 20 horas.
Mas curto ver, quando posso. Um forte abraço e fico feliz quando vim me visitar. Também participei do MEME da ideia da mylla.
Achei super legal. Está na curiosa.
Carinhosamente,
sandra
Novela chata, monotona, e sem criatividade.
A protagonista ficou em segundo lugar, aline não tomou o lugar da Tais, só teve mais assunto, mas mesmo assim surtos de momento chatos...
A Tais é linda o Zé Mayer deixou a desejar...
Enfim... dormi no ultimo capítulo... to perdoado?
Abçs
Cara,
Você foi até bonzinho. Eu achei essa novela um saco, salvo pela Lília Cabral e pela Natália do Vale, que arrasaram. O Manoel Carlos fez uma novela sem núcleo cômico, o que também não ajuda. Espero que o Sílvio de Abreu salve o horário das 9 (como normalmente faz), enquanto o Gilberto Braga não vem... Bjs.
E só para eu ficar cada vez mais apaixonada, vc coloca essa foto!
Semana LINDA...
Oi...Dá licença?
Chegando por aqui e já concordando com tudo....rs
Assino onde?
Vi muito dessa novela, mas não assisti o último capítulo. Fala sério! Que raiva. Tinha que acordar hiper cedo para puxar 600km de estrada com minhas cachorras do sítio para Sampa.....rs
Gravaram para mim, mas ainda não consegui tempo pra ver.
Vc fez uma crítica fiel de tudo que aconteceu com os personagens e a luz viva ou fosca que seus atores e atrizes davam a cada um deles.
Lilia Cabral é mestra. Pensar nela nessa novela e naquele personagem que vivia sendo agredida pelo marido, menosprezada, dentro de roupas simples é não dever nada ao cinema estrangeiro.
Agora vem ai o Toni Ramos para dar outro baile. Sentar e esperar.
Seguindo vc e voltando mais vezes.
beijo
A novela deixou a desejar mesmo...ficou sem foco. Eu assistir durante alguns dias, pois gostava muito dos depoimentos que passava no final.
abraços
de luz e paz.
Hugo
Conversando com uma amiga... cheguei a uma conclusão:
Manoel Carlos sempre criou Helenas fortes e ao mesmo tempo frágeis... isso tudo a personagem da Taís Araújo teve de sobra... Atuação perfeita...
Mas o grande erro do autor foi ter criado mais duas personagens mais fortes que a própria Helena!
Teresa e Luciana roubaram a cena e as atenções da trama... mais tarde Ingrid ganhou um bônus do autor e tornou-se praticamente a única vilã da história!
Apesar de tudo foi uma novela boa... não perdia um capítulo sequer... e ansiei pelo capítulo final que encerrei às lágrimas... hahaha!
Mas com certeza... qualquer novela compara a "Tempos Modernos" ganha de lavada... eu acho que o grande problema de trama é que ela já estreou com uma crítica pesadíssima... e então... não haveria autor ou atores que a tirassem do buraco...
***
Desculpe pelo extenso texto... mas é que me empolgo com novela!!! Amo de Paixão!
***
xD
Olá! Bom, não sou um telespectador assíduo como pode se dizer por aí. Assisti e assisto novelas sempre quando estou em São Paulo com a minha família porque senão eu ficaria de lado... rs. Mas é aquela coisa, posso ficar um mês sem assistir que eu ainda consigo me inteirar de tudo, claro que infortunando quem está do meu lado perguntando tudo o que aconteceu até quando eu parei de assistir... rsrs. Mas esta novela foi diferente porque meus amigos queriam assistir todos os dias e vinham até em casa assistir, acabava por assistir junto. Então, sábado, tive que assistir o final da novela. E concordo com tudo que vc disse, realmente não teve muito entrosamento entre os personagens e os cenários. Mas ainda teve a interpretação máxima de Lilia Cabral e Alline Moraes e a comédia com a Betina, sua prima e o Gustavo, que foi um auge tb! rs.
E só tenho que agradecer pelo seu comentário no último post, foram muito úteis! Considerar-me um bebê só que é um exagero!... hehehehehe... Em partes... hehehehe... Enfim, não irei questionar mais meus estudos e nem mais reclamarei da ausência da vida amorosa em minha vida, pelo menos, tentarei. rs.
Abraço! Vlw por tudo!
Sim, tudo que vc disse está mais que correto, mas Mateus Solano é o grande nome da novela, em minha humilde opnião. Jorge e Miguel pareciam duas pessoas distintas, até o sorriso era diferentes. Eu fiquei fã dele.
Eu gostei de Viver a Vida, apesar de totalmente fora de qualquer realidade ...porque também acho que novela não é para ser real é novela mesmo!
Chorei na sexta, como chorei em vários capitulos ...
Não foi a melhor, nem a pior que assisti ...é sempre uma novela!
Bjs
A sua análise dos personagens e atores de Viver a Vida, se parecem muito com a minha visão... Só que eu achei a novela um completo fracasso. Depois que o Miguel ficou com a Luciana, nada mais tinha pra acontecer na novela. O último capítulo foi de um tédio tamanho que eu quase mudei de canal no meio do capítulo.
A novela tinha tudo pra ser melhor, mas concordo que José Mayer tem que se aposentar desse estilo coroa gostosão... Affe! Ele tá velho e sem graça! Ele praticamente estava presente de corpo, falando os textos, mas sem nenhuma emoção...
Beijocas
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