A MENTE INFANTIL

Definitivamente recuperado da minha ultima gripe ( ou recaída grave de gripe), posso voltar a escrever. Tirando a tosse e os sintomas que achei serem da H1N1, hoje estou bem melhor, mais disposto e torcendo para que os vírus me errem.

Tenho um carinho especial por crianças, alias, mais que isso, eu adoro crianças! Não há nada melhor que sentar-se para conversar com eles quando começam a traçar pensamentos lógicos. Não aquela coisa bá bá, bé bé...conversa mesmo. E eles dão um show.

Certa vez estava em Araçatuba hospedado na casa de amigos para um casamento. O casal com quem viajei tinha na época um gurizinho de 2 anos e pouco, que vi crescer na barriga da mãe, nascer, dar os primeiros passos, ir pra escola, enfim, o menino reconheceu minha voz torcendo o pescocinho pra me ver logo que saiu da maternidade. Numa das noites que estava na longínqua Araçatuba, jantamos numa pizzaria com toda a família do garoto e alguns amigos, que eu não conhecia efui surpreendido num determinado momento quando o garoto, que absorto em folhas de desenho e massinha de pizza, levanta a cabeça e diz para todos da mesa: TIO RAFA NÃO TEM PIPI. Pronto, sou desde então um boneco falcon, que usa cueca e não tem nada embaixo. O que dizer sobre isso? Nada, só rio desde então.


Em um churrasco na casa de amigos num dos verões passado vi uma menininha linda chegar com os pais e logo sorri para ela fazendo amizade. Tinha 4 aninhos na época, usava uma minissaia piriguete, idêntica a da mãe, alias, ela era a cópia “biscatinha” da mãe. Quando sentou-se perto de mim, olhei o monte de pulseiras que tinha no braço e toquei nelas dizendo: Como você esta bonita com essas pulseiras!!! Ela me olhou feio e respondeu: larga minha pulseira FDP....e vai tomar no seu c*.... naquele momento a vontade foi joga-la na piscina...rs.

Minhas sobrinhas e meu sobrinho são crianças com mentes criativas. O menino que hoje tem 10 anos, um dia, lá no passado pediu que o deixassem dormir na casa dos meus pais por que queria acordar de manhã para ver os “córpos” ( assim mesmo, acentuado) dos avós, logo cedo. Não entendi o porquê disso, mas ele queria.

A outra sobrinha que também tem 10 anos supera todos os outros em criatividade. Criou um amigo imaginário logo que começou a compreender as coisas. Isso até foi alvo de preocupação por que ela conversava com esse amigo. Descoberto que não era grave e nem requeria maiores preocupações deram margem a sua criatividade. O amigo invisível em questão chama-se PURGO. Ontem falando sobre isso com ela, descobri exatamente o perfil dele. É um senhor de meia idade ( já começa ser engraçado aí, uma criança que tem um amigo imaginário velho), homossexual, como ela o define, que trabalha de cabelereiro em Búzios, por que precisa sustentar o vicio de bebida do marido, chamado CADERUDO. Esse Purgo mudou-se para longe por que sofria preconceito quando ia as aulas de geometria com ela. Questionada sobre ele ser um amigo invisível gay, ela disse que não tem importância por que ta acostumada com esse povo que vive no “mundo fofo”.

Achei sensacional a visão que ela tem sobre o assunto. Enquanto Felicianos da vida dão desígnios de doença a pessoas com condições sexuais diferentes, as crianças de hoje encaram com naturalidade. É bem mais agradável dizer que são pessoas do “mundo fofo” do que promíscuos do demônio, como pregam os evangélicos.

Um garotinho sensacional de 5 anos que conheço me disse no dia que fui apresentado a ele:

Posso te chamar de Pedro?

Não, meu nome é Rafael !

É, mas eu não gosto de Rafael, prefiro te chamar de Pedro.

Então tá, me chame de Pedro.

Hoje então sou Pedro, o homem que não tem PIPI...rs rs rs rs...



Abração a todos e ótima fim de semana. Desculpem a ausência.



THE ROSE

Incrível como uma mente perturbada como a de Janis Joplin pode escrever algo tão bonito. Talvez a solidão que a acompanhou em vida tenha ajudado.

Nunca canso de ouvir essa musica e me repetir em posta-la...




The Rose
Some say love, it is a river,
That drowns the tender reed.
Some say love, it is a razor,
That leaves your soul to bleed.
Some say love, it is a hunger,
An endless aching need,
I say love, it is a flower,
And you it's only seed.


It's the heart, afraid of breaking,
That never, learns to dance.
It's the dream, afraid of waking,
That never, takes the chance.
It's the one, who won't be taken,
Who cannot, seem to give.
And the soul, afraid of dying,
That never, learns to live.

When the night has, been to lonely,
And the road has been to long.
That you think that love is only,
For the lucky and the strong.
Just remember in the winter,
Far beneath the bitter snows,
Lies the seed that with the suns love,
In the spring becomes the rose.

A Rosa

Dizem que o amor, é um rio, 
Que cobre a delicada vegetação.
Dizem que o amor, é uma navalha,
Que deixa sua alma a sangrar.
Dizem que o amor, é um desejo,
Uma infinita e dolorosa carência.
Eu vejo o amor como uma flor,
Sendo você sua única semente.

É o coração com medo de se partir,
Que nunca aprende a dançar.
É o sonho com medo de despertar,
Que nunca aproveita a oportunidade.
É aquele que não pode ser alcançado,
Mas de quem não se desiste.
E a alma com medo de desaparecer,
Que nunca aprende a viver.

Quando a noite estiver muito solitária,
E a estrada parecer longa demais.
Em que você pensa que o amor é apenas,
Para os sortudos e os mais fortes.
Apenas lembre-se que no inverno,
Muito abaixo da gélida neve.
Descansa a semente que com o amor do Sol,
Na primavera se torna a rosa.

MINHA RELAÇÃO COM A FAMA...

Hoje li a coluna do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos no GLOBO sobre o dia que ele conheceu algumas celebridades e me deu vontade de falar o mesmo, não plagiando sua escrita, mas trazendo a memória o dia que também conheci alguns famosos.

Não sei datar quando e nem terei ordem cronológica para citar meus encontros casuais  com algumas pessoas da mídia...rs.

faz a tatoo e nasce um olho de peixe na cara do seu idolo


No inicio da década de 90 estávamos em São Paulo, num transito miserável acompanhando meu pai que se internaria para uma cirurgia de safena na Beneficência Portuguesa. O clima era tenso. Quando paramos num congestionamento horrível achávamos que o dia havia acabado, por que aquilo não andava. Olhando para o carro do lado vimos um conhecido da mídia, Jorge Lafont ( ainda não era Vera Verão), apenas um negro alto, engraçado, ator de novela que havia desfilado nu num carro alegórico. Minha mãe abriu o vidro e começou a papear com ele, que foi de uma educação de Lorde. Rimos, alias gargalhamos com ele no meio do transito caótico de São Paulo. Amenizou e muito o momento trágico que passávamos.

a Xuxa deve odiar os fãs que a tatuam...rs rs rs

Estava sentado trabalhando normalmente como fazia todos os dias naquele laboratório de informática que desenhava a cenografia de um filme brasileiro prestes a entrar em produção. Estava encarregado do cenário onde gravariam um vídeo clipe e aquilo me deixava doido, por que ao mesmo tempo em que adorava o que estava fazendo, detestava dedicar horas e horas a algo que não sabíamos se realmente seria usado. Senti uma mão no ombro e olhei pra cima. Era Junior que espiava o meu trabalho. Do outro lado Sandy, com um perfume delicioso, que se duvidar ainda posso sentir. Os dois em pé, cada um de um lado eram da mesma estatura de mim sentado.

Estava na coxia de um teatro enorme daqui de Campinas, olhando os camarins, e ouvi um senhor que andava com certa dificuldade perguntar se precisava de algo, de alguma informação. Era Paulo Autran que chegava naquele exato momento para se preparar para peça que exibiria dentro de algumas horas. Simpático, amável, conversou por uns instantes e sumiu dentro daquele cômodo, mas antes desejou um bom espetáculo e pediu, caso não gostasse, que dissesse depois pra ele. Uma ousadia que jamais teria coragem de fazer, até por que o espetáculo foi excelente.
a Britney também

Andava pela areia de Ipanema fazendo caminhada com uma amiga, quando ela para do nada e diz a uma moça deitada se bronzeando de bruços: Meu amigo aqui é teu fã viu. Monique Evans levanta-se parcialmente segurando seu topless, e diz naquele carioca arrastadíssimo dela: Obrigada. Vocês não são do Riooooooooo? Eu nem disse nada, fiquei apenas olhando...rs.

Eu não peço autografo, não fico tietando famosos, por que acho isso ridículo. Encontrei outros tantos por aí. Já quase fui atropelado pelo Victor Fasano que corria na orla do Rio, já trombei com a Zezé Barbosa sem perceber que era ela no teatro. Sentei para um papo de horas com um dos maiores cenógrafos do Brasil, Gianni Ratto ( já falecido pobrezinho).Já recebi uma flor de Eva Wilma num espetáculo aqui em Campinas que estava acompanhado da minha mãe. Fui convidado pelo próprio Ney Matogrosso pra assistir seu show junto com amigos de faculdade, e algumas outras pessoas que não me recordo no momento, mas não  coleciono nada de ninguém e não tenho ídolos, apenas admiro e gosto de alguns artistas num grau maior do que as batatas do The Fifties...rs rs rs.

Alias, detesto subcelebridades, ou mesmo os famosos que se matam pra ficar na mídia. Nada como ser discreto, atencioso e amável.

Boa semana a todos. Abraços

EU CLAMO POR AMOR A VIDA


Em Cleveland nos EUA um homem manteve 3 mulheres reféns por 10 anos, sob tortura e medo. Na Indonésia uma mulher ficou debaixo de escombros presa por 17 dias até ser resgatada, e nós aqui no Brasil somos torturados diariamente por mulheres traficadas para Turquia, pagodes no morro do Alemão, falta de continuísmo numa trama que aprisionou o telespectador brasileiro numa  agonia que graças a Deus termina semana que vem.

Eu não lido bem com criticas, por isso me esforço para não errar. Imagino se estivesse em rede nacional, com algo que 80% do país detesta. Simplesmente chamaria um bom amigo e diria, “véi me ajuda a sair dessa vai!!!”

É tanta incompetência junta numa obra de ficção que se dissesse que Salve Jorge é produzida na Rede TV e vai ao ar antes do caso de fidelidade do João Cleber eu não assustaria, mas dizer que isso é produzido num dos canais de TV mais importantes do mundo, com cotas de patrocínio caríssimas, é no mínimo de se estranhar. E olha que a Globo nos últimos meses tem feito a maior dança da cadeira dentro da emissora. O que dizem os caciques sobre esse fiasco das 9?

Não que a história seja ruim, mas é sem nexo. Os erros de continuísmo são gritantes e não vão apenas na falta de percepção em cenas gravadas antes da novela começar e agora. No capitulo de quarta feira a menina Aisha vai pro morro visitar sua família pobre e a cena mostra ela e  o pai num carro que parece uma dessas peruas, sem traseira, compactas. No momento que ela chega ao complexo do Alemão o carro é outro, houve apenas um intervalo de cena e trocaram o taxi? Gloria Perez irá retrucar dizendo que fizeram baldeação por que o outro motorista tinha medo de ir ao Alemão? Isso é brincar com nossa inteligência e subestima a capacidade do publico. É uma vergonha!

Quando Gloria escreveu América, alguns anos atrás, Jayme Monjardim foi escalado como diretor e ela o fez deixar a novela por que não gostava do modo que dirigia. Veja bem, hoje está em Flor do Caribe as 6 da tarde, e vai muito bem, obrigado. Enquanto que a dentuça fumante elucubra com suas doidices e xinga quem não entende. Ter que explicar uma novela é o fim do mundo.

Salve Jorge estreou em 22 de outubro de 2012, após a tristeza coletiva pelo fim de Avenida Brasil. Não criou empatia de cara. Sete meses depois, no próximo dia 17 ela põe um fim a essa balburdia incompetente e chata que criou. O horário das 9 é o único que reúne a família brasileira em frente à TV diariamente. É o momento em que pais, mães e filhos conversam. Um desrespeito com a rotina do brasileiro uma novela tão medíocre como essa.

Garanto que se Walcyr Carrasco escrevesse pro Patati Patatá, faria algo melhor que Gloria ( que pelo amor de Deus, a Globo coloque numa geladeira até 2020). Seja lá o que venha a seguir, me deixará muito mais feliz, por que não precisarei buscar filmes e outras atrações na TV a cabo sentindo aquela sensação de que estou me corrompendo. Ver novela é tradição, e pra quem gosta do gênero como eu, um sofrimento quando a coisa deslancha para o ridículo.

Olha, já adianto que tenho “Amor a Vida” e não vejo a hora de ama-la mais ainda...rs

Bom fim de semana a todos e ótimo dia das mães pra todas que me leem.

Abraços.

INSEGURO? SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!!!


Achei essa citação do Bob Marley há um tempão e deixei guardada. Hoje relendo, vejo que boa parte do que ele diz se parece comigo, na forma de agir, de pensar e de enxergar as coisas. Nunca fumei um baseado, e Bob sabemos todos que era adepto da ervinha...rs. Engraçado como mundos distantes, pessoas de formações diferentes tem a mesma forma de pensar. Isso corrobora com o que sempre digo: seres humanos são iguais, o que muda é a embalagem.

“ Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo e choro por que tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo.

Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele.

Sou inconstante e talvez imprevisível.

Não gosto de rotina. Amo de verdade aqueles pra quem eu digo isso, e me irrito de forma inexplicável quando não botam fé nas minhas palavras.

Nem sempre coloco em pratica aquilo que julgo certo.

São poucas as pessoas pra quem eu me explico...”

A experiência de vida infelizmente só vem com a idade. Seria tão bom se aos 19 anos tivéssemos uma cabeça formada de uma pessoa de 50 anos. Seria o deleite, por que saberíamos exatamente como agir. Toda a insegurança que carregamos pela vida começa na adolescência, e em muitos casos e pessoas, perpetuam pela idade adulta, transformando sua vida e a de outros, num inferno sem limites.


Vejo casais brigando, namoros que se desfazem, relacionamentos vistos como perfeitos aos olhos alheios, naufragarem num mar revolto por que neles há o mais grave de tudo o que se pode ter na vida: a insegurança. Ela é a causa da maledicência, da desconfiança, de palavras ditas sem pensar.

Sabemos bem, nós que já atingimos uma idade de maturidade e inteligência emocional que quem procura pelo em ovo, acaba por achar, ou acredita achar. E isso está na insegurança de não saber dividir uma vida com outra pessoa, ou não conseguir conviver num ambiente de trabalho, acreditando sempre que conspiram contra ela. Isso é uma ferrugem nefasta, que oxida todo e qualquer relacionamento. Como em todas as situações existe sempre mais de um lado. Às vezes vários, mas o inseguro acredita sempre que sua tese é a certa, por que ele nos pensamentos mirabolantes que produz  acredita piamente que todos não prestam, ou querem seu mal.


Já fui assim um dia. Já fui inseguro, já fui ansioso ( ainda sou um pouco...rs). Já criei histórias fictícias na cabeça, achando que a minha “verdade” era absoluta. Quando passava o maremoto, me sentia tão ridículo que guardo até hoje sentimentos ruins dessas fases que infelizmente  ficaram registradas em alguma gaveta da memória.  Às vezes deflagra um  desses arquivos e o gosto amargo volta na boca.

Sou curioso por natureza ( não confundam com fofoqueiro), por que gosto de saber, de ouvir histórias. Por isso talvez assista a “Casos de Familia”...rs rs rs. Aquilo é um lixo produzido, mas saber da vida e do modo como vivem as pessoas me encanta. Já disse uma vez que um dos passatempos preferidos é sentar em lugar publico e observar as pessoas em volta. Seus tipos físicos, a forma de agir e reagir. Muitas dessas introspecções que tinha em publico, se transformaram em ótimos personagens de textos meus. Um dia terão o prazer de conhecê-los quando forem publicados.

Não sou um Dali Lama, nem um Freud, mas dou conselhos a quem detona as relações pessoais pela insegurança: Existe tanta coisa melhor na vida pra se preocupar do que buscar defeitos ou erros alheios. Quando se acredita em alguém ou alguma coisa,  acredite e ponto final. Se não está bom assim, às vezes é melhor bater asas e buscar novos horizontes. É menos dolorido.

Boa quinta feira com cara de segunda a todos.

Abraços.