MULHERES NO VOLANTE

Que mulher é um bicho confuso, que ninguém entende é retorico, mas nos últimos tempos tenho me espantado com tamanha falta de educação que as ditas ”sexo frágil” vem apresentando.

Todos os dias entro e saio do edifício onde trabalho por uma rampa de acesso suave que desemboca no cruzamento de uma rua movimentada com um avenida mega, blaster cheia. Nunca embico direto, fico parado a meio fio esperando pessoas educadas darem passagem. Não preciso dizer que nunca, digo nunca mesmo, uma mulher cede à frente para que eu possa sair. Quando embico e já há carros parados no semáforo geralmente ( homens no volante) dão sinal para que entre. Se for uma mulher além de não dar passagem elas descem o carro impossibilitando toda e qualquer tentativa de entrar no transito. Aí pergunto, por quê?


Gostaria de entender o que se passa na cabeça de mulheres motoristas. Elas acreditam que se forem educadas e darem passagem vão se tornar inferiores a alguém? Não só nesse caso verifico a falta de educação delas no transito. Pelo menos aqui em Campinas e no bairro onde moro e trabalho elas vivem num casulo próprio, num transito que só existe para seu deleite e esquecem o que há em volta. Falam no celular tranquilamente ziguezagueando pelas ruas ( algumas ainda de paralelepípedos) bloqueando o transito. O bairro é cheio de comercio, então elas caminham em fila dupla a 2/hr vendo o que há de novidades em vitrines. Isso mesmo, o que costumam fazer em shoppings no meu bairro fazem com o carro.

E falando em fila dupla, não há o que explicar em relação aos filhos que buscam e levam para escola. Inacreditavelmente formam filas triplas em avenidas ou duplas em ruas que só passam 2 carros por vez. E xingam caso alguém buzine por que se veem no direito sagrado de buscarem seus rebentos tendo na cabeça o direito de bloquearem o transito nas horas mais improváveis do mundo.

Vejo o momento em que as vagas em locais públicos serão divididas em: apenas 1% para deficientes (os que mais precisam); 40 % para idosos (que pela contagem dos estabelecimentos frequentam muito mais os locais do que o restante da população); e 50 % para mulheres. Sobrando míseros 9% para todo o restante da população. Reza a lenda que se você coçar a bunda arruma vaga rapidamente em estacionamentos públicos. Aqui em Campinas sangraremos as nádegas por uma vaga, certeza!

Minha cidade tem um dos piores trânsitos que existe no país. Não há em outro lugar pessoas tão malcriadas e folgadas como aqui. Não existe aquele consenso de São Paulo que as pessoas trocam de faixa com apenas um sinal de seta. Aqui precisa enfiar a cabeça pra fora e gritar: DEIXA EU ENTRAR PORRA!!!

Apesar de campineiro, nascido, criado e estudado por aqui, não concordo com o modo de vida e a forma como as pessoas tratam forasteiros. E posso dizer mais. Numa rodinha de mulheres se elas encontram alguma que não seja nativa a desprezam como um besouro rola bosta.

Mulher é um ser complicado e as Campineiras são duplamente.

Não sei como é na cidade de vocês, mas aqui as mulheres se julgam donas de tudo.

Abração e ótima quinta feira pra todos.

LUTO

Não há necessidade de repetir o quanto eu admiro e respeito meus amigos virtuais dos blogs desse mundão cibernético. Conheci pessoas que a vida dificilmente traria para perto se não fosse esse veiculo importantíssimo, que pra mim é a melhor invenção desde o surgimento da televisão.

E esses amigos são pessoas, claro, de carne e osso, com histórias de vida tão bonitas e enriquecedoras que facilmente se transformariam em personagens dos meus romances e contos, que um dia hei de publicar.

Mas não é por esse motivo o post de hoje e sim por um sentimento que une 4 de nós. Marcia Andrade ( que tinha um blog, hoje fechado chamado – Diário da Má). Paulo Braccini (@enfim é o que tem pra hoje) eu, e Margot ( Ponta de punhal).

Para quem nos segue sabe a razão desse sentimento. Todos os quatro perdemos nossas queridas mães na ordem que citei acima.

Somos quatro pessoas de lugares distintos desse país. Cada um teve sua cota dramática para a partida dessas que talvez sejam a mais importante pessoa das nossas vidas. Há os filhos que também sei serem como pedaço de nós, mas dos 4, apenas Margot os tem.

Margot perdeu sua mãe na ultima sexta feira dia 11 e sei que apesar da avançada idade que se encontrava a dor não é amenizada. Não importa com quantos anos elas se vão, o sentimento de perda, de desamparo é o mesmo.  Sou solidário a ela nesse momento pelas razões obvias que nos une. A minha se foi há 4 meses e ainda não superei a falta, apesar de conformado com sua ida.

As pessoas não gostam de pensar sobre esse assunto. Acho certo. Não se deve imaginar perdas. Quando acontecem, pronto, vive-se o momento e depois os dias consecutivos que são necessários para o luto. O que vem depois? Cada um sabe de si. Alguns ficam serenos, outros choram a ausência, e alguns notam que havia dividas que não foram quitadas em tempo.

Pelo que conheço de nós 4, todos estamos tranquilos quanto a isso. Todos cumprimos nossas missões com as mães. Paulo, Marcia, eu e Margot fizemos por elas o que era devido, o que estava no alcance das mãos, e até um pouco além. Vivo tranquilo com isso, apesar da saudade ser tão, tão doida, que muitas vezes não há palavras que se juntem a essa “saudade” para explicar o sentimento.

A mãe da Marcia se foi há mais tempo, e sei que ela ainda sente sua falta, mas a dor lancinante já passou. Dona Terezinha, mãe do Paulo se foi, acredito, há quase dois anos. Ambos passaram pelo pior e agora tem no peito apenas o sentimento de saudade.

Para mim, a cada dia que passa ameniza um pouco, mas ainda preciso viver o primeiro ano inteiro de datas e comemorações onde ela não estará presente. Tem dias que a vontade de chorar é tão forte que no fim da tarde quando chego em casa a cabeça explode de dor.

Margot inicia, infelizmente esse ciclo que caminhei um pouco. Espero, de coração, que supere. Paulo e Marcia me disseram palavras reconfortantes nesse período que me ajudaram. Quando temos iguais na mesma dor, ela se dissipa um pouco. Apesar de acreditar que “a nossa dor” ( individual) sempre é maior que dos outros.

Que os dias de alegria voltem a nos encantar. Que o tempo passe e a presença física delas seja uma lembrança bonita do tempo que estivemos juntos. Não há como chorar uma vida toda. Vive-se o luto e bola pra frente.

Só não deixem nunca, aqueles que a mãe está por perto, de dizerem o quanto elas são importantes para vocês.


Boa semana a todos.

O BRASIL É UMA BABEL

O Brasil é sem dúvidas o país do “samba do criolo doido”. Aqui se faz leis que não são cumpridas. Existe o teste do bafômetro para comprovar que a pessoa está bêbada, mas mesmo visivelmente alcoolizada não tem obrigação de soprar o bagulho “para não criar provas contra si”. Isso é algo risível.

Crianças não podem levar tapas na bunda por que prejudica a formação moral. Separem as mães neuróticas, que tem filhos para cumprir tabela e não tem paciência, daquelas que realmente querem educar um filho. Um tapa na bunda nunca fez mal a ninguém, pelo contrario, ajudava a colocar limites numa criança. Mas hoje, com a modernidade e a frustração da geração Y de mulheres que perceberam que o mundo delas não tinha pôneis que cuspiam arco íris tornaram-se uma bomba relógio e descontam nos seus rebentos toda a neura de casamentos frustrados e empregos mal fadados. Dei o exemplo das mulheres, mas não tiro desse balaio os homens (pais), que são tão culpados quanto às mães, por que na maioria das vezes se omitem na educação dos filhos. A Xuxa faz campanha contra a violência infantil, e eu apoio, assino embaixo, mas a dona aí precisa ver que educação é educação, violência é violência.
                                           Mulheres frustradas com carreira e casamento.

Qualquer piadinha na escola é bullying. Isso virou uma febre absurda. Claro que existe essa pratica entre jovens, mas acho mais grave quando um único garoto(a) sirva de esparre para uma colônia inteira de adolescentes transbordarem suas esquisitices bizarras. Uma piadinha, um apelido entre amigos não é bullying. Estão tirando das crianças a agressividade “boa” de se defenderem e saltarem seus obstáculos. Outro dia presenciei crianças de 3 anos brincando, e alguém dizer que uma delas estava praticando bullying com a outra. Definitivamente, as pessoas não sabem o que é isso.
                                                              Isso não é bullying OK!!!

Pregam a infância sem tapas, a adolescência sem bullying, mas não olham que já aos 14 ou 15 anos são alcoólatras em potencial que não conseguem sair para uma balada sem encher a cara. E o pior, muitos deles necessitam de coisas mais pesadas para sentirem-se na “vibe”. As mães frustradas e os pais omissos dormem tranquilamente enquanto seus filhos estão em coma alcoólico na casa de algum amigo. Sensacional! A educação moderna está sensacional!!!

Os jovens em começo de carreira passam por cima de tudo e todos. Acabou a ética no trabalho. Uma pessoa de 30 anos hoje é um velho que deve ser colocado num asilo para dar lugar a jovens de 20 e poucos que são merecedores do mundo. Nós de 40, 50, 60, ou mais, na cabeça deles deveríamos ser exterminados, por que ocupamos lugar no planeta e bebemos a água que acreditam irá faltar no futuro. O exemplo é extremo, mas da forma que raciocinam os jovens de hoje, não demorará para que ajam assim.
                            Essa é minha vontade quando encontro um jovem mal educado.

Criamos uma legião de velhos arbitrários. Onde quer que estejam, alguns deles se julgam dono do espaço, e maltratam e se impõe de forma tão irritante que dá vontade de xingar. Estava numa fila dentro do Carrefour esperando minha vez de comprar frios. Havia umas 4 pessoas na minha frente, e umas 5 atrás. Uma velha de nariz empinado e extremamente grosseira parou no balcão e ordenou a moça que já atendia um cliente que pegasse algo para ela na vitrine. Ignorou todos que estavam ali. Falta de educação e respeito. Não generalizo, por que há muitos velhinhos dóceis e maravilhosos, mas há esses que foram criados como monstros. Ai de quem diz alguma coisa para um deles!!!
Minha cara quando uma velha corta a frente numa fila.

Não se pode nem soltar um palavrão inocente por que se tiver algum político perto dirá que incidimos em preconceito contra a mãe deles. 

Não sei em que mundo ou país vivemos. Imagino o planeta em 2050 quando passaremos a ser imortais. Quero um lugar em marte, e uma passagem baratinha.

Boa semana a todos.