VOCÊ SABE QUEM É DEUS?

Moço, teria um tempinho para “a palavra do senhor”? 

NÃO...

Hoje provavelmente seria minha resposta se abordado por alguém com uma bíblia sob as axilas suadas. 

Sinceramente, não sei se minha evolução espiritual esta numa fase de descrença da humanidade ou se com o passar dos anos ficamos mais céticos com os pregadores da palavra. Sei que minha fé não esta abalada, mas minha crença no homem sim.

Há muitos anos li “operação cavalo de troia” e foi minha primeira mudança de conceito sobre religião. Para quem não conhece a historia, o primeiro livro relata a epopeia de um grupo de cientistas que após encontrar manuscritos de uma possível maquina do tempo a constroem e enviam um general para a ultima semana de Cristo na terra, sua paixão, morte e ressurreição. O texto é tão bem elaborado, conciso e crível, que no final ficamos em duvida se realmente é ficção ou um relato pessoal. Só sei que minha visão sobre o homem Cristo mudou depois da leitura, o vi mais humano e próximo do que somos. 

A segunda pancada religiosa foi quando li o "Código Da Vinci". Pura ficção, mas que me fez rever a trajetória de Maria Madalena e realmente questionar: não teria sido ela a esposa de Cristo? Tudo leva a crer que sim, mas a igreja Católica repudia essa teoria, que julgam absurda e blasfêmica. Se um homem judeu, que até os 30 anos viveu absorto dentro de uma sociedade onde meninos casavam-se aos 18 anos obrigatoriamente, não seria solteiro apenas por que "ah não to afim de ter mulher". Perguntas que padres e religiosos detestam responder. 

Ontem tive outro insight religioso após assistir “A cabana”. Novamente a ficção nos faz raciocinar sobre temas tão obscuros como sobre quem é o SER superior que cremos sem nunca termos visto, que nos acalenta o coração quando estamos aflitos, a quem recorremos nas horas difíceis. Mas quem é o CRIADOR que ama sua criatura sem distinção, apenas ama. 

Pois é, não conheço William P. Young, autor do best seller que chegou ao cinemas mês passado. Só sei que ele retrata Deus de uma forma tão clara, tão absurdamente didática que terminamos o filme compreendendo o que significa o amor dele pela a humanidade. 

Fui criado na religião católica, jamais abandonarei minha crença, meu batismo, minhas ideologias e apegos. Mas lamento muito que padres, pastores não consigam atingir com tanta clareza o cerne das questões que nós meros mortais temos sobre tudo que envolve o “ amor ao próximo”. Aí um autor, pessoa comum, escreve sobre o tema e discorre sobre tanta coisa importante de uma forma tão clara que você se diz: por que nunca entendi dessa forma.

Vá ler a Bíblia que você entende!!! Não, infelizmente não entendemos. Necessário anos e anos de leitura e explicações para talvez acharmos que compreendemos algo. E nesse ínterim, desistimos da busca.

Mas veja bem, “ A Cabana” é uma ficção, uma historia como tantas outras que ocorrem diariamente. O sofrimento, a tristeza, a felicidade, a descrença, tudo ali exposto, debatido. Duas horas de filme, rodados com atores profissionais, editado. Há preocupação com cenários, luz, som, e tudo que envolve uma produção que tem como objetivo apenas obter exito nas bilheterias. Compreendo muito bem isso. Mas colocando essas coisas praticas de lado, sobra uma mensagem sensacional sobre como enxergar Deus. 

A primeira coisa que dizemos ao sermos abalados por uma tragédia é: Por que Deus deixou isso acontecer? Pois é, assistam ao filme, compreendam nas palavras Dele o porquê de tudo.

Uma frase ficou na minha cabeça e me fez entender claramente o significado de algo que a religião Cristã em si prega: O Perdão.

“O Perdão não estabelece um relacionamento. Trata-se apenas de aliviar o nó na garganta”.


Abraços a todos...