Y A MUCHA HONRA MARÍA LA DEL BARRIO SOY

Somos um povo chinfrim, sem cultura, sem tradições, sem vergonha, sem pudor. Calma, não estou nos escrachando à toa. Realmente se peneirarmos o brasileiro veremos que há carência em todos os lados e meios. Não é por que se é rico no Brasil que a mochila vem cheia de dignidade. Há muito pobre dando lição de cidadania. Mas esse preambulo todo é apenas para dizer que nós brasileiros nos gabamos de um produto interno, e como bons narcisistas, acreditamos sermos os melhores do mundo, não, não é no futebol, é na telenovela.

Assisti uma produção mexicana reprisada à exaustão por aqui. O Netflix tem o delicioso feito de colocar a maioria das novelas mexicanas disponíveis do primeiro ao ultimo capítulo. Sempre pincelei essas produções importadas por que os horários são terríveis, jamais em tempo algum um trabalhador conseguiria acompanhar uma novela mexicana por aqui do inicio ao fim. “Maria do Bairro” foi a minha escolhida. Uma produção de 1995, tendo à lindíssima Thalia como protagonista.

Algumas pessoas se lerem isso dirão: nossa que perda de tempo! ou quem sabe aquelas que falam o português corretamente possam dizer “que perca” de tempo. Pois bem, não foi. Todos que me leem sabem meu apresso pela teledramaturgia nacional. Assisto novelas desde 1979, quando conscientemente entendi uma trama. Era Pai Herói. De lá para cá nesses 36 anos vi muita coisa na TV brasileira. Tenho uma memória inútil para lembrar de personagens, tramas e novelas. Conheço boa parte do elenco de atores da TV e não sou um telespectador macaco de auditório que só vê Globo, circulo por todas as emissoras. Sei muito bem o que “Os 10 mandamentos” da Record mostra, e até  “Mil e uma Noites “, aquela novelinha turca que a bandeirantes se gaba com o ibope. Apenas as infantis do SBT eu deixo de lado, por que aí seria sacrifício desnecessário.

Maria do Bairro é um dramalhão daqueles que seguem a cartilha da boa dramaturgia. Uma heroína sofredora, um galã que titubeia o tempo todo, uma vilã cruel e louca e outros tantos personagens que fazem escada para a protagonista e antagonista. Dentro dos 185 capítulos encontrei referencias de inúmeras novelas nacionais da década de 2000 pra cá, então não poderia dizer que nos copiaram, por incrível que pareça, há indícios comprobatórios que alguns de nossos autores beberam nessa fonte.

Não discuto aqui, interpretação. Obviamente que nossos atores dão um show à parte em cena, deixando Thalia, por exemplo, muito aquém do que se possa chamar atuação. Mas a semelhança não está ai, e sim na autoria. Os textos de alguns autores nacionais seguem a métrica do que “Maria do Bairro” apresenta,  lembrando que é uma releitura ou um remake de 1979 de outra novela chamada “Os ricos também choram”. A tática de modificar a trama a cada 30 capítulos é bem usada por João Emanuel Carneiro. Há sempre uma novidade, um segredo revelado e ai nasce uma nova trama que nos prende até o fim, com o ápice da vilã sendo castigada. Mas o mais obvio e descarado é Agnaldo Silva que se gaba de ser autentico. Pois bem, Nazaret Tedesco, sua maior vilã na teledramaturgia é quase uma copia fiel de Soraya Montenegro, a arqui-inimiga de Maria do Bairro.

Os trejeitos, a risada histérica, as frases de efeito e os closes são idênticos. Há uma cena, até transformada em meme onde Narzaret passa batom se olhando no espelho e se deliciando por ser sexy e malvada. Essa cena está ipsis litteris em Maria do Bairro.

Não critico nada que seja mostrado na teledramaturgia, por que a licença poética existe para isso. Afinal, nada se cria, tudo se copia. Deixe a criatividade correr solta, quanto maior o absurdo, mais o povo gosta. Apenas o que não dá para fazer é se achar o maior escritor de todos os tempos como faz o ego do senhor Agnaldo Silva.

Talvez as novelas mexicanas da década de 1990 não se preocupavam com ibope como se faz aqui hoje. Deixavam a trama ir longe, aprovada ou não. Essa situação que escraviza o autor pode ser muito bem vista em Babilônia. O publico, a critica, o ibope destruíram o que poderia ser a novela da década. No fim continuamos com Avenida Brasil sendo o maior sucesso de todos os tempos, aguardando ansiosamente pela “Regra do Jogo” titulo que substitui o fiasco das 9 e também de João Emanoel Carneiro, que talvez aprendeu com Maria do Bairro a nos manter entretidos por 6 meses.

Abraço a todos. 

EU SÓ QUERO SOSSEGO!!!

Parafraseando o sindico do Brasil: Ora bolas, não me amole/ Não está vendo, não estou nessa/ O que eu quero? Sossego, eu quero sossego!!!

Não quero mais que aquele politico desonesto que não confio ligue na minha casa as 7:30 da manhã com uma gravação tosca dizendo o quanto ele esta fazendo pela cidade, não quero, NÃO QUERO.

Não jogo “crushs” da vida no facebook, no celular, então não tenho vidas para mandar para quem é viciado nisso, então não adianta me mandar mil convites, não aceitarei, e incluirei quem insiste na lista negra do Rafael, e isso é muito ruim...fique sabendo.

Não sou Sabrina, minha senhora ( eu dizendo para uma mulher que liga a cada dois dias cobrando uma divida dessa pessoa), essa linha me pertence há mais de 10 anos, e não adianta fazer essa voz incrédula, não sou Sabrina, não é nome de guerra, nem to engrossando a voz para disfarçar.

GVT é a operadora mais chata que existe no mercado. Se a gente diz que não está interessado, por que eles não apagam do cadastro o numero do telefone e pronto. Sei que o coitado do atendente não tem culpa, mas se não posso falar com o dono, xingo o funcionário mesmo.

A NET deveria treinar seus funcionários com uma fonoaudióloga. Não se entende nada do que os atendentes falam ao telefone, todos com sotaque nordestino. E olha que adoro a pronuncia cantada deles, mas o povo enrola a língua de uma forma que fica difícil. Os nomes, impronunciáveis, e começo a acreditar que o pré-requisito para ser do Call Center NET é ter piercing na língua, só pode.

Não sou do tipo que gosto de vendedores de loja me bajulando, quero entrar, fuçar e quando sentir necessidade chamar alguém. Aquelas lojas (de sapato principalmente, que você para na vitrine e um corvo sai de algum lugar e pousa no seu ombro é irritante), e tem outra também, eu sei que tipo de roupa fica bem em mim, não precisa dizer que a toalha de mesa que ta na moda fica bem com minha altura e porte físico...menos cara!!!

Não vou dar dinheiro para comprar leite em pó para crianças de não sei onde por telefone, não adianta insistir. Ta precisando, eu compro e levo. Passa o endereço. Se bem que um asilo me ligou certa vez pedindo fraldas para idosos e não quis dar dinheiro, prometi levar lá pessoalmente. As fraldas ficaram mais de seis meses no porta malas do carro...rs rs rs. Mesmo assim , não confio em depositar valor algum em contas bancarias que não sei de quem é.

Tire a mão de mim dona cigana!!! Não pegue na no meu braço, não me segure. Não vou deixar que leia o futuro nas linhas da minha mão. Além do mais, passa um álcool gel antes de me tocar, sabe-se la por onde andou com essas mãos!!!
Se você tem centenas de vasos e pneus velhos em casa, não me convide para almoçar/jantar. Pelo menos enquanto tiver epidemia de dengue na cidade. Cuide do seu quintal, que ai eu te visito...ok. Dengue? Não estou disposto!!!

Cinema sem poltronas numeradas é coisa dos anos 80. Se quiserem meu dindim, vendam ingressos numerados. Correr 30 minutos antes para pegar lugar é coisa do passado. E salas assim, inevitavelmente terão adolescentes chutando e fungando atrás da sua poltrona. Chaaaatooo!

Campinas é uma metrópole com certo nível cultural. Temos dois teatros bons e um monte de porcarias, mas não sei por que, só vem pra cá o refugo das peças. Só coisa ruim com globais tentando atrair publico. Como nos primórdios, temos que viajar para capital se quisermos ver algo interessante.

Não votei na Dilma, não gosto do PT desde que me conheço como eleitor, então não adianta os adeptos dessa seita tentarem me convencer que o problema politico do pais é anterior ao governo das estrelas vermelhas. Não acredito, não sou trouxa, e por mim, mandava tudo pra Cuba. E não esqueçam: levem a Luciana Genro junto...beleza?

Abração a todos....


EXISTE ADJETIVO PARA MÃE?

Se você tem uma mãe que reclamou da gestação por que enjoava demais, mas no fim adorou o bebê vermelhinho no berço, e quis ter mais outros iguais a esse, sorria.

Se tem você uma mãe que no primário ligava na escola em dia muito frio para dizer que você estava com resfriado, para simplesmente deixa-lo vendo desenho a tarde toda debaixo de uma coberta, sorria.

Se você tem uma mãe que enchia o carro de crianças para dar rolê em locais desconhecidos, e passava por mil aventuras, sorria.

Se você tem uma mãe que inventava longas histórias tristes para seu pai por que sabia que você queria aquela calça ou sapato da moda e ele não abria a carteira, sorria.

Se você tem uma mãe que fazia arroz, feijão, bife e batata frita de almoço para você ir a escola, sorria.

Se você tem uma mãe que aparecia de sopetão no colégio e ia te dar thauzinho na porta da sala de aula te fazendo afundar na carteira de vergonha, sorria.

Se você tem uma mãe que ficava acordada até a hora de você chegar da balada e não dizia nada, apenas comentava, olha, adormeci na sala, fingindo que não estava preocupada, sorria.

Se você tem uma mãe que te arrastava pra todo canto que ia, só para não deixa-lo sozinho em casa, sorria.

Se você tem uma mãe que ao menor sinal de angustia derrubava o mundo para que se sentisse melhor, sorria.

Se você tem uma mãe que parece uma leoa defendendo seus filhotes de qualquer mal, que não admite que ninguém, nem mesmo seu pai fale mal de você, sorria.

Se você tem uma mãe que faz drama dizendo que tira da própria boca a comida para dar aos filhos, numa demagogia cômica, sorria.

Se você tem uma mãe que está envelhecendo e mudando de papel com você, sinta-se grato por isso e sorria.

Se você tem uma mãe que faz questão de cuidar dos seus filhos para que possa sair de vez em quando, sorria.

Se você tem uma mãe que te escreve bilhetes nas datas especiais, para deixar registrado o sentimento, e deixar isso de recordação pelo resto da vida, sorria.

Mas se a sua mãe que é tudo isso, já não pode te dar um abraço físico, sorria por um dia ter tido o calor e o afago de um amor verdadeiro, o único, que pode ser assim chamado. Agora, se ela ainda estiver na casinha dela, corre lá, sorrindo e lhe dê um grande e apertado abraço e a cubra de beijos...

Feliz dia das mães a todos. Sem dúvida, a figura mais importante da vida é a mãe, e ela não precisa ser exatamente uma mulher, por que as famílias se configuram cada vez mais de formas e gêneros diferentes. Se você tem um pai ou pais, avó ou avô, tia ou tio, irmão ou irmã, que seja do mesmo sangue ou de coração, mas que te criou como uma mãe, então corre lá e lhe dê um grande e apertado abraço e os cubra de beijos...

Abraço a todos.