As pessoas no meu parecer são sempre divididas em duas categorias, os dominantes e dominados. Mesmo que alguém diga que é neutro, pode tirar o cavalinho da chuva, por que seu papel na sociedade é o de ser dominado.
Todos conhecemos esse tipo que desde pequeno quer mandar. O chefe da turma, o capitão do time, o cabeça do grupo de trabalhos da escola. Esse é o ser dominante, que cresce se achando o dono da verdade. Muitos deles transformaram-se em grandes estadistas, psicopatas ou mesmo pensadores e lideres religiosos.
Dizer que isso faz parte da criação, da educação que recebeu em casa, não é verdade. É um traço distinto da personalidade de cada um. Vemos já nos primeiros passos de um bebe, quando está com outros que os brinquedos todos lhe pertencem, enquanto as demais crianças sentam-me e esperam sua vez de brincar.
Os dominados são aqueles que viram empregados dos temidos e sempre “certos em suas verdades” dominantes. É o engolidor de sapo mor. Aquele que sempre será a camada trabalhadora, a formiga operaria. Pronto a servir, apenas! Aquele que a opinião nunca é ouvida, seus palpites virão chacota, ridicularizada sempre pelo dominante. O bonzinho, o amigo fiel, o pau pra toda obra.
É assim conosco, humanos, é assim na cadeia animal, e até entre os insetos. Muitos desses “chefões” são os praticantes de bulying, os que para chamar atenção, oprimem o coitadinho que é mais frágil física ou emocionalmente.
Com o passar dos anos e o amadurecimento desses seres dominantes, o vicio em estar sempre certos, sobrepujam o bom senso e transformam qualquer situação que não os beneficiem em erradas e ridículas. Perdem totalmente a noção de justiça. Como em suas mentes ele sempre é a “razão”, pouco se importa se o outro “dominado” tem credito ou não em suas reclamações. Tornam-se alienados no respeito ao próximo. Perdem aquele bom senso em se colocar no lugar do oponente e sentir a situação.
Os seres dominantes não admitem criticas, não entendem que possam estar errados. Mesmo sabendo disso, eles revertem a situação a seu favor, por habilidade, por saberem que se forçarem a opinião, em pouco tempo as pessoas se calam, vencidas.
Existe um perigo em situações como essa. Os seres dominados também são pensadores e formadores de opinião. São eles que insuflam o motim, aquele que junta os iguais numa batalha contra a tirania do dominante. A história assim comprova o que digo.
Mas para nós meros mortais que vivemos o dia a dia anônimo, que tentamos viver em grupo para sentirmos incluídos num contexto, acabamos por engolir e digerir os sapos que nos são forçados goela abaixo. Às vezes esse sapo passa liso pelo esôfago, desce pelo estomago e depois de uns dias é eliminado. Mas há aquele sapo indigesto, que permanece no estomago criando aquela sensação de mal estar. A vontade é de colocar o dedo na garganta e vomitar tudo o que ficou preso, os diversos sapos que ali estão, formando uma colônia dentro do estomago. Mas como a principal característica do dominado é o bom senso e apaciencia, ele se cala. Espera, e mesmo que dure um tempo acaba por colocar pra fora. Ou já digerido, ou em gorfadas espessas direto na cara do dominante.
É assim que funciona o meio onde vivemos. Uns se acham superiores, com opiniões indissolúveis. Outros fingem concordar, por que é mais fácil assim. Mas o problema é que a bomba está ali, plugada, e um dia ela estoura. Aí, voa merda pra todo lado.
Boa Segunda feira a todos. Ótima semana.