COMO CRIAR UM LAR E NÃO APENAS MONTAR UMA CASA


Como já é fim de semana e todo mundo tem tempo pra ler, o texto ficou um pouco maior que de costume...desculpem!

Dos povos latinos, o mais passional sem duvida somos nós os brasileiros. Juntamos o jeitão dramático do italiano, o apego familiar dos árabes, a braveza dos espanhóis, o dom culinários dos portugueses e tantas outras misturas que resultam nessa nação sem nome, sem identidade própria que alguns amam e outros odeiam. Somos brasileiros e daí?

Nessa singularidade nossa, percebo costumes e atitudes muito dispares de outros povos ocidentais. Começamos pelos rituais de morte. Sofremos muito com a perda. Ainda não evoluímos o suficiente para entender que e a “passagem” é inevitável. Queremos nossos amados eternos, ali do lado, pronto para nos confortar nos momentos de medo.

Outra questão está relacionada aos homens e a dificuldade de cortar o cordão umbilical com a família. Claro, não generalizo, mas percebo sim uma evidente e palpável  insegurança nos “meninos” da nossa sociedade. Em países como os EUA, garotos vão pra faculdade aos 18 anos e não voltam mais. Aqui, talvez por condições financeiras e institucionais, o rapaz estuda e continua morando com os pais, e nessa ele se forma, arruma o primeiro emprego e quiçá deixara o arroz e feijão da mãe de lado, quando substitui-la por uma esposa.

Justamente nesse ponto queria chegar. Percebo duas linhas tênues nas relações de homens com familiares. Aqueles que saíram cedo de casa, muitas vezes não o fizeram por que buscavam um horizonte mais amplo e sim pela necessidade social de se assumirem gays.  Como a própria família os rechaçavam, a rua talvez fosse menos dolorida. E com isso, esses homens cresceram, trabalharam, estudaram e hoje são um grande pilar dessa sociedade que ainda os trata com desdém.

Por outro lado vejo aqueles jovens que não abrem mão da roupa lavada, da comidinha na mesa e do carro que o pai dá ou empresta pra sair com as minas no fim de semana. Estes vão ficando, compreendem? Eles trabalham pra comprar futilidades e nem por um instante passa por suas cabeças o fato de que está na hora de construir o seu próprio lar. Isso que confunde os jovens. Ter uma casa, não é mobiliar qualquer canto e pronto. Criar um lar é ter a sensação de que no final do dia você está voltando para aquele lugar que te faz bem. No mesmo molde de quando éramos crianças e queríamos que a aula acabasse pra ir pra casa brincar na rua. Adultos não brincam na rua ( alguns idiotas até o fazem) mas a sensação de segurança que a casa dos pais nos dava, se chama lar.

Sair de casa não é sinônimo de privacidade e sexo grátis.


Homens saem de casa pra casar, ou melhor, substituem a mãe por outra mais jovem. Os conflitos começam aí, por que esses “meninos” mal criados por mães bajuladoras acabam transformando o casamento num pé de guerra, caso a esposa não tenha paciência de reeducar esses fanfarrões. Por isso vemos tantas noras odiando sogras e vice-versa. Incutir na cabeça de um homem que ele casou e as responsabilidades são outras é uma tarefa difícil, e já presenciei muitas situações assim.

Os brasileiros insistem em dizer que aqueles machões das décadas passadas não existem mais. Mentira, o homem brasileiro continua sendo preconceituoso, infantil e imaturo. Pra eles existem ainda as mulheres pra farra e as pra casar. Um termo pejorativo que classifica mulheres pelo tanto que poderá fazer por ele no futuro. Quer dizer que aquela mocinha trabalhadora, independente não serve, por que irá competir com ele, mas aquela coitadinha submissa que trabalha, mas não vive, poderá ser uma ótima dona de casa.

Homens são donas de casa também, é isso que não entendem. Sair da casa dos pais e construir aquele lar que mencionei e se dispor a cuidar da casa, saber quando um desinfetante está acabando ou qual tira manchas será melhor pra lavar as camisas que o colarinho amarelou, é amadurecer. Este é o homem do futuro, não aqueles que se acham os “fodões” no trabalho, mas que não entendem o que se passa ao redor, e não tem competência pra trocar um filho.

Sai de casa aos 31 anos, tarde demais para um homem começar a construir um lar, mas não me envergonho, por exemplo, de dizer que antes mesmo de ter uma casa havia comprado um liquidificador e uma batedeira. Muito estranho isso, mas no meu entendimento eu estava construindo a minha casa, e como cozinho, eram as necessidades básicas para começar meu lar.
ESTE É O MEU LAR

Quanto mais os homens demorarem em entender sua necessidade de independência, mais casamentos fracassarão. A única coisa que não pode é criar uma barreira intransponível quando se mora só, que qualquer pessoa que mexer na escova de dente estará abalando o universo. Isso se chama mania, e um maníaco acaba só.

Bom fim de semana a todos.

MINHA GRAVIDEZ DE TRIGÊMAS


Nós homens geramos filhos sem que haja concepção, e lá um dia entramos em trabalho de parto sem que ninguém avise com antecedência o quanto dói. Mulheres também sofrem desse mal, mas como se acostumaram as gestações onde a barriga cresce, então não conta, por que elas sabem bem que um dia parirão, e o subconsciente trabalha a favor.  Entenderam do que se trata? Não? Então explico.

Cálculos renais são pequenos filhos que se acumulam nos rins e um dia querem nascer. Quase 90% dos casos são partos normais onde por dias às contrações quase matam a nós homens. Digo matam, por que além da dor absurda, sabemos que assim que melhorar entraremos num outro estagio, parir a bendita no vaso sanitário.
Os cálculos geralmente são assim. Imaginem isso saindo, cheio de pontas...

Faço exames periódicos nos rins por que crio pedras do nada. Não é disfunção renal, nem acido úrico, simplesmente formam cálculos e pronto. Há cerca de dois meses tive uma pequena indisposição nas costas que imaginei ser coluna. Metade de um dia e pronto, passou. Pra quem já teve dores de rolar no chão, essas passam despercebidas e quase sempre concluo serem postura errada ao sentar ou dormir. Bem, dois dias depois, ao urinar a mocinha entrou na uretra e brecou o que fazia. Doze horas depois expeli uma pedra do tamanho exato de um grão de arroz. Mesmo formato.

Com isso conclui que além de formar pedras, elas agora saem dos rins sem que perceba. E pra isso dou graças. Expelir tem sido o menor dos males. As cólicas sim são absurdas e rezo pra que não apareçam.

A primeira vez que tive um calculo renal foi aos 21 anos, Cheguei em casa e fiz o de costume pulei 5 degraus que davam acesso a casa. No momento senti um baque nas costas e achei que o pulo havia sido exagerado. O calculo se mexeu e em poucas horas a dor alucinante começou. Numa outra ocasião estava na praia e sai pra dar uma volta de bicicleta. O trepidar deslocou um calculo e só tive certeza ao urinar sangue.

Ao fazer ultrassom ontem descobri que meu rim esquerdo possui três pedras estacionadas. Cada uma com 4 mm. Como disse a um amigo: isso é a crônica de uma cólica anunciada. Um dia elas irão sair e assim desejo, por que se ficarem por lá crescem, e meu maior medo é que estacionem em algum canto onde não saiam de forma natural e seja necessário um cateter pra busca-las. Isso é o mesmo que passar um elefante por uma mangueira de jardim.

Enfim, a única boa noticia é que os rins estão bons, sem aumento de tamanho, sem cistos, e sem nada que pudesse gerar uma preocupação com sua saúde. Cálculos? Pra uma pessoa que odeia matemática como eu, isso é uma constante pra lembrar que a única DP que tive na minha vida foi de uma matéria chamada “Calculo”, e me gerou problemas acadêmicos inimagináveis... rs rs rs.

Não desejo pedras nos rins nem para o pior dos inimigos do povo.

Boa quarta feira a todos.

NÃO CRIEI HERÓIS!!!


Cazuza proclamava que seus heróis haviam morrido de Overdose, e com isso pensei: e os meus?

Tomei um susto quando percebi que não tenho heróis, não cultivo dentro de mim aquela admiração que põe alguém num patamar acima dos reles mortais. E o pior, percebi também que nós brasileiros não os temos, importamos de outros cantos para que possamos reverencia-los.

Talvez um único “ser” nascido em terras tupiniquins possa ter sido exemplo e um herói nacional: Airton Senna. Admirava esse cara, morreu cedo, e não ficou aí pra desmistificar a imagem de herói, como fez Pelé, que apesar de único, sujou a imagem de ídolo com tantos deslizes na vida pessoal. O Herói não pode se dar ao luxo de ser um humano comum, ele tem que ser imbatível.

Sendo eufemístico agora, digo que necessitamos de personagens como do filme “os Vingadores” para que tenhamos um super herói que nos defenda da nefasta força do mal. Alias, nós brasileiros temos uma grande tendência a irmos para força do mal. Se estivéssemos nas galáxias, Darth Vader teria um exercito só de brasileiros. Nunca vi um povo ser tão mesquinho como o nosso. Lá uma vez ou outra aparecem almas caridosas, e logo se descobre que embaixo da cueca tem dólares.

Por que não temos um Homem de Ferro que nos defenda. Por que não há uma Mulher Maravilha com seu avião transparente pronta para nos salvar do perigo. Não criamos heróis em nosso folclore. O Saci é um neguinho esperto que tende burlar qualquer um pra se dar bem. Isso é acara do Brasil!!!

Mas não somos um povo de todo mal, criamos heróis momentâneos. Sabe aquele bombeiro que resgata a criança que caiu no poço e ficou ali por 3 dias. Esse bom homem dá sua vida para salvar essa criança, e no dia seguinte a mídia o endeusa. Passa a ser a figura principal da nossa história semanal. Um mês depois ninguém nem lembra o nome do sujeito. Esse heroísmo momentâneo pode ser considerado os 15 minutos de fama. Ainda bem que por uma boa causa e não por que apareceu de vestido curto na faculdade.

Quero um super herói brasileiro, que não seja conhecido pelo jeitinho fácil de arrumar as situações, que não seja um matuto do campo que termina as histórias se dando bem, sem ao menos levantar a bunda da cadeira. Chega de Ídolos e heróis de mentira. Por que não podemos ser como os norte americanos e idolatrarmos Um “Capitão América do Sul”? Por que provavelmente ele nem sairia do papel. Não haveria grana para as pesquisas, ou seria desviada. Teríamos um meio homem América. Encorpado em cima e com perninhas de rã que mal combateria um bandido.

Ahhhh Brasil que amamos e nos envergonhamos. Por que somos tão descrentes e ridicularizados pelo mundo? Somos uma piada de português contada e repetida há 500 anos. Acredito que depois desse tempo todo já poderíamos ter identidade própria e não julgarmos que nosso fracasso advém da colonização. Para com isso, já somos um senhor de cinco séculos. Pô até quando nos comportaremos como café com leite e não daremos as caras no pega-pega?

Cazuza teve sorte de ver seus heróis morrendo de overdose. Eu nem criei os meus para que morressem um dia. Que pena!!!

No máximo que teríamos caso fosse possível, seria um homem Dengue. Mas aí ao invés de nos salvar, dizimaria a população.

Tristeza do jeca!

Abração e ótima terça feira a todos.

POR QUE É DIFÍCIL AMAR A IMPERFEIÇÃO?




Nós adultos, pessoas socialmente ativas, que temos um cotidiano acelerado pela imposição natural da vida perdemos com o passar dos anos a percepção daquilo que mais nos encanta nas pessoas, ou talvez aquilo que inconscientemente nos atraiu no outro.

Vejo recém-casados, pais de filhos adolescentes ou mesmo pessoas da 3º idade que completaram dezenas de primaveras ao lado de um companheiro  reclamarem das suas vidas e dos “defeitos” que aquela pessoa com os anos adquiriu.

Dificilmente paramos e analisamos o porquê de alguém nos atrair. O porquê de no passado recente ou distante amarmos alguém e resolvermos permanecer ao seu lado e dividir uma vida. É triste ver o desdém entre casais mais velhos que se limitam a enxergar apenas o que o incomoda no outro. Por que não pensar no quanto aquilo tudo lhe fará falta caso um dia ele parta?

Já vi pessoas chorarem a falta do outro quando não os tem mais. Pode ser pela vontade divina ou simplesmente um esgotamento na relação que faz com que a outro se vá. Não somos perfeitos. Não há entre nós alguém que possa justificar os “defeitos” do outro atribuindo a si a perfeição. Não há dona de casa que seja tão maravilhosa ao ponto de achar que o marido não a respeita só por que deixou uma toalha molhada sobre a cama, ou por que no fim de um jantar não lavou a louça.

O mundo evoluiu. Hoje as mulheres não são mais as escravas que apanhavam dos maridos no passado, nem eles são mais os machões provedores do sustento. Há uma nítida mudança social, onde a divisão de tarefas está estabelecida. Mas o que não evoluiu foi à mentalidade de boa parte dessa camada feminina que casa e em pouco tempo transforma o marido num carrasco nazista que a impede de viver. A opção do matrimonio existe em comum acordo. Há aquele velho ditado que diz que a mulher educa o marido como a um filho. E já vi isso acontecer muitas vezes.

Por que olhar a pessoa que divide a cama com você como um ser que lhe quer mal, e que está ali com o intuito de destruir sua vida. Essa neura é tão constante hoje, que um dia teremos famílias onde há a mãe, o filho e um pai de laboratório, e vice-versa. Se não tem paciência para dividir a vida e os defeitos do outro, então compre sêmen e viva sozinha sendo pai e mãe.

A vida a dois é tão sublime quando se tem amor e respeito pelo outro. Não é necessário se anular em detrimento ao companheiro, mas também não há necessidade de transformar a vida comum num inferno. Se no inicio não esta bom, melhor que cada um parta pro seu caminho e assim não destrua esse “respeito”, tão essencial na nossa vida.

Sentir saudade de alguém é triste, sentir saudade até das imperfeições do outro é sinal de que a vida em comum era linda, só imperceptível quando dividiam o mesmo espaço. Isso é tão fácil acontecer, e tão difícil de entender quando se está envolvido.

Sejamos mais pacientes, seja com o marido, esposa, pais ou filhos. Mesmo os amigos. Se valerem a pena, que deixemos de lado as pequenas rusgas e enxerguemos o que há de melhor neles. Um dia isso tudo acaba e a saudade será daquilo que mais deixou marcas na convivência diária: as imperfeições que aquela pessoa, como nós possuía.

O vídeo abaixo é um exemplo disso. Vale a pena assistir. Clique em "cc" pra ligar a legenda.





Abração e ótima semana a todos.

CONHECES A INVEJA?


Algumas vezes já falei sobre inveja aqui no blog e da minha certeza de que é um cromossomo que se instala no meio dos outros durante a formação de cada um de nós na pré vida uterina. Vemos em crianças que mal sabem discernir entre quem são seus pais ou estranhos o mal da inveja. Quebram brinquedos, empurram amiguinhos para longe ou batem para se livrarem dos intrusos que lhe despertaram a cobiça.

Muitas pessoas camuflam a inveja sob a pecha de “ciúme”, mas enganam-se por que a pessoa invejosa da sinais intensos desse desvio de caráter. Claro, não podemos dizer que o invejoso é uma pessoa comum, de forma alguma, ele é a erva daninha que destrói os jardins mais bem cuidados.

Sabia Rita Lee que proclama:

Deus me proteja da sua inveja
Deus me defenda da sua macumba
Deus me salve da sua praga
Deus me ajude da sua raiva
Deus me imunize do seu veneno
Deus me poupe do seu fim

Sou alguém que percebe claramente quando um invejoso se aproxima. Talvez por ter convivido com alguns que suplantam a capacidade de fazer mal aos outros possa com certeza apontar para o sujeito e dizer: aquele é um invejo.

A inveja é tão perigosa que transforma algumas pessoas em amargurados eternos. Fazem deles destruidores da vida comum, da felicidade coletiva. Pessoas que acabam com a confraternização espontânea de amigos, apenas com sua presença. E o que mais fazem esses invejosos? Semeiam a discórdia. Por quê? Se não podem ter o que desejam, então destroem o que o amigo possui. Aquela velha premissa de que se eu não tenho ninguém terá.

Mas o mundo de certa forma mostra para indivíduos assim que existe um poder supremo muito maior que a maldade que lhe afere. Quando vemos pessoas sozinhas, sem um relacionamento duradouro, absorta em suas próprias fantasias, tenhamos certeza, essa pessoa prejudicou alguém com sua inveja. A solidão é uma consequência para pessoas que não sabem se contentar com que possuem.

Enganam-se aqueles que acreditam que indivíduos que possuem tudo, dinheiro, escolaridade, boa moradia e até uma família estruturada não possam ser invejosos. Ahhhh são!!!  Só o fato de correrem atrás de algumas aquisições para “mostrarem” que podem já faz deles invejosos. Quando se está tranquilo conosco e o mundo a volta borbulha e mesmo assim estamos satisfeitos com o que possuímos, somos felizes.

Os invejosos não, eles necessitam expor suas conquistas para se “fazerem” presentes. E nunca, nunca estão satisfeitos.

Cuidado com o ciúme de algumas pessoas. Na verdade estes camuflam a inveja por que são mais perigosos do que se pode imaginar.

Como nada disso me atinge e também não sou um invejoso, dou graças a Deus por ter nascido livre dessa genética podre, e posso afirmar, sou feliz pelo que tenho, e também pelo que meus amigos possuem. Se quem amo está feliz, essa felicidade também é minha.

Abração e ótimo fim de semanas com festas juninas pipocando. Eu vou e você?

EU CRIEI MINHA LENDA URBANA


Existem personagens da nossa infância que são praticamente mitológicos. Sabe aquele homem barbudo que carregava um saco e roubava crianças, ou a loira do banheiro que era disseminada em todas as escolas do país?  Então, essas lendas urbanas existem na memoria de todos nós, e fora isso temos as nossas próprias lendas, criadas dentro de casa, com irmãos ou família.

Quando moleque era sócio de um clube aqui  em Campinas chamado Concórdia. Só pra ter uma ideia, minha avó que esse ano completaria um século de vida, na sua juventude frequentava as matinês desse clube. Diziam as más línguas que era proibida a inclusão de negros como sócio, imagina isso hoje em dia? Impossível de se acreditar, mas confesso que nunca vi um negro na piscina. Claro que não éramos sócios por essa razão e sim por herança familiar.

Passei bons momentos da minha infância nesse clube, nadei muito nas piscinas, fiquei muitas vezes queimado e com insolação. No domingo ia logo cedo e só partia quando acabava o sol. Tinha um óculos de mergulho que cobria o rosto todo, foi roubado. Lembro do picolé de limão da Kibon que deixava o lábio assado por que saia pro sol sem lavar a boca. Lembro do salgadinho frito e gorduroso. Mas também lembro das figuras estranhas que por lá andavam. Em especial uma moça ( eu era criança e ela era velha metida a mocinha).

Dia desses fuçando no facebook ( é por isso que amo esse negócio) quem eu encontro? Essa figurinha bizarra que havíamos apelidado de “Cleópatra Jones – a mulher que só chega.

Por problemas jurídicos não posso expor a figura dessa pessoa por motivos que não cabe falar, mas se alguém um dia visse, entenderia por que ela se transformou numa lenda urbana. Primeiro explicando o nome. Ela já devia ter uns 40 anos quando eu tinha 11, calculando é uma senhora de quase 70 hoje, e mantem as mesmas características daquela época. Uma franja cortada reta, cabelos tingidos de ruivo, batom muito vermelho, bochechas idem. Uma mistura da Gretchen, Dercy Gonçalves e Cocada.

Mas o apelido surgiu pelo seguinte: o clube de campo era dividido em patamares. O estacionamento ficava muito acima do acesso as piscinas então víamos quem chegava. Qualquer pessoa que parasse nas escadas era vista por toda uma legião de gente que se refrescava no resort...rs rs rs. Vejam a foto e entenderão.
Foto da piscina do clube Concórdia - seta indica onde ela ficava parada

Cleópatra Jones - a Mulher que só chega passava o dia chegando. A qualquer momento que olhasse para as escadas lá estava ela com sua sainha de renda e de biquíni numa pose de Gisele Bündchen. Isso acontecia 8, 9 vezes por dia. Nunca a víamos ir embora, então não sei como fazia para subir a rampa de acesso ao estacionamento e chegar de novo. Tcharannnnn!!! Cheguei!!!

Não sei se ela tinha ou tem alguma deficiência mental, nunca paramos para analisar isso, mas confesso que por muitas vezes tive pesadelos com ela na infância.

Minha lenda urbana atende pelo nome de Cleópatra Jones -  a mulher que só chega.

E você tem sua lenda urbana?

abração 

QUEM AÍ O CURTE UMA QUERMESSE?


Sou uma pessoa de hábitos simples, não gosto de sofisticação demais, isso impede a gente de viver. Aquela coisa formal demais é chata, e deixo pra quem gosta de se exibir. Prefiro tudo que é popular (menos carro) , se bem que já tive os meus.

Mas não quero falar desse assunto “carro” ( por que abomino) e sim de quanto é gostoso estar no meio do povo numa festança como as do mês de junho. Não curto shows e aquele espreme-espreme e pessoas gritando para alguém que sacoleja num palco distante. Prefiro a informalidade de uma festa de rua, e acho insuportáveis as de clubes metidos a besta.

Aqui em Campinas temos alguns desses que servem a elite da cidade. Fazem festas onde são cobrados R$ 100,00 a entrada, e não dão direito a um quentão sequer. Paga-se  isso tudo e ainda gasta-se os tubos para comer algo. Sinceramente, não acho que vale a pena. O povo que frequenta esses lugares são daquele tipo com cabelos lambidos de gel, roupas caríssimas, carros do ano ( tudo financiado) igualzinho agente, mas que se julgam superiores. Não dá!

Mas em contrapartida fui a duas outras festinhas no fim de semana. A primeira infantil ( festa de escola) e fiquei impressionado com a variedade de salas de aula que existem hoje. Chamavam pra dançar, o mini infantil, o infantil master, o infantil sênior...rs rs rs...e por aí a fora.

Mas o que mais me deixa feliz nessas festas são os comes típicos. Não troco nada por um cachorro quente de festa junina. Milho, lanche de pernil e aqueles bolos feitos pela velharada recheados com muito muito brigadeiro...rs. O ambiente me alegra.

Ontem domingo fui a uma perto da casa dos meus pais, mais simples, mas me diverti o dobro. Comi melhor, e no final sentei com a 3º idade pra jogar bingo. Confesso publicamente que tenho uma mãe bingueira. Uma viciada nesse jogo...rs. Ela não pode marcar a primeira pedra e estava a 364 dias, 4 horas e 20 minutos  sem usar as canetas e imãs de segurar cartela. O povo faz aquela firula para sortear os prêmios que iam de panos de louça bordados pelas tiazinhas a eletrodomésticos de uso frequente. Era um bando de cabecinhas brancas. Mas aos pouco encheu com pessoas da minha idade.

Ganhei...rs. Fui premiado com um belíssimo liquidificador...

Fim de semana próximo tem mais...festa de igreja, na rua, e muita diversão. Só podiam maneirar no som. Na terceira ou quarta festa não da mais pra aguantar aquela sanfona chata de musicas juninas.

Abração e ótima semana a todos, regado com muito quentão e doce de abobora...rs

AHHHH OS VIZINHOS!!!

Vizinhos...o que seriamos sem vizinhos? Posso responder? 

- Seriamos mais felizes....rs rs rs. 

Ainda não atingi o patamar social/econômico de morar num prédio que o elevador sai direto na minha sala, por enquanto ainda divido o hall com outros 3 apartamentos, consequentemente com outras 3 pessoas, ou 3 famílias, ou 3 desajustados. Rs rs rs. 

Desde que me mudei para o prédio onde moro, diga-se passagem está bem localizado, a 4 minutos do trabalho, o que me possibilita um cochilo diário após o almoço que revigora toda a tarde, tive vários vizinhos. 

Quando a gente vai morar num lugar onde já existem pessoas estabelecidas respeitamos o povo e ficamos sempre sorridentes para quem cruza contigo no elevador. Mas digamos que não tive assim muitos motivos para mostrar a canjica branquinha em largos sorrisos... 


O hall do meu apartamento divide-se em: dois apartamentos de um lado, dois do outro, dois elevadores no meio e uma escada de emergência de fronte pra eles. Então divido toda uma parede de sala e quarto com o vizinho do lado. Quando me mudei havia um casal morando já. Tinham cara de casadinhos de novo, sabe aquele que espera seu apartamento comprado ficar pronto, e mora ali por que não aguentou esperar? Então eram esses. Nunca cumprimentavam mesmo se cruzássemos no elevador. A moça era morena, e o cara um gordinho de óculos com cara de programador de vídeo game. Não fazia diferença alguma, se a noite, ou de madrugada, a vaca não gritasse, urrasse, gemesse, nos infinitos coitos que tinham. No inicio achava engraçado, depois aquilo foi irritando ao ponto de quase pedir pra ela se controlar. O pior era ter que aguentar ele dizer: chacoalha, chacoalha. Bem, como não assistia as cenas de acasalamento, não consigo imaginar o porquê desses comentários. Enfim, mudaram-se após receber uma chamada do sindico. Não era apenas eu que estava incomodado. No lugar deles mudou-se uma medica que está até hoje. Parece um zumbi. Às vezes a vejo chegando altas horas da madrugada em silencio. Parece um balão de gás que perdeu um pouco o efeito e perambula pelo ambiente sem fazer barulho. Menos mal! 


No outro extremo morava um menino de Araçatuba. Um mestiço japonês, marombado, universitário que tinha uma namoradinha EMO. Aí o caso nem era se eles copulavam de forma estridente e sim as eternas brigas, onde ele abria a porta, jogava a guria pra fora e atirava os pertences dela. Isso aconteceu dezenas de vezes até ele ser preso por trafico de entorpecentes na faculdade. Ele traficava com os amigos. Deu pena dos pais quando vieram buscar os pertences dele. Gente de grana, pai advogado, bem sucedido. Dó mesmo! Nesse apartamento mudou-se uma lesbica casada que fez inseminação artificial com a companheira e tiveram um bebê lindo. Foram embora quando a menininha já dava os primeiros passos e acharam que uma casa seria melhor. Bons vizinhos. Agora há um casal gigante, digo eles devem ter próximo de 2.00 m cada um. Fumam maconha a qualquer hora do dia. Às vezes deixa a gente doido só de esperar o elevador. Não incomodam, mas se tocarem bob Marley eu piro. 


Ao lado deles quando mudei havia um homem, que nunca vi a cara. Certo dia chego e vejo um rabecão levando seu corpo. O cara morreu e nunca soube se era branco, negro, amarelo ou azul. Depois de um longo período fechado mudou-se uma professora horrorosa. Uma menina tão feia que dava dó. Muitas vezes a escutei chorando alto. Nem falo muito dela por que corta o coração. Saiu do apto por não conseguir pagar o aluguel. Aí veio uma velhinha surda que gritava no telefone e pintava quadros. Achava um ótimo passatempo para uma senhora de avançada idade que morava sozinha. Mas pintava mal. Pensa um quadro feio, a veia superava. Caiu, e os filhos a levaram embora. Por ultimo, desde janeiro esta uma universitária com nome de garota de programa. Uma gordinha branquela que se acha sexy. Mora com um amiguinho gay, e todos os dias se despede do namorado por longo tempo segurando a porta do elevador. Ela se acha tão sexy, que algumas vezes a vi apenas de blusinha curta e calcinha no hall. Se fosse uma gatona, beleza, mas o tanto de borda de catupiry e pernil de leitão que aquela menina tem o mínimo era sair de roupão no hall. 

Sou um vizinho ótimo, não coloco musica alta, não bato porta nem faço escândalos sexuais no apartamento...rs rs rs. Me adotem como vizinho...ok! Sou praticamento um Flanders. 


Boa sexta e ótimo fim de semana a todos. 

AVENIDA BRASIL


Avenida Brasil é para mim uma das melhores novelas exibidas pela Globo no horário das 21:00 desde que João Emanuel Carneiro escreveu A Favorita em 2009.

Acho o texto dinâmico, com aquela aura de filme de suspense. Iluminação mais escura, amarelada, como se fosse um filme de cinema. Personagens criveis, humor dentro dos parâmetros para não cair no escracho. Elenco primordial em volta da estrela máxima Adriana Esteves.

Mas algumas coisas me confundem. Não sei se João Emanuel Carneiro está fazendo isso propositalmente para gerar discussão ou se deixou passar batido. Alguns capítulos atrás o personagem de Cauã Reymond vai ao lixão conversar com a mãe de criação e tirar a limpo a questão de ser ou não filho legitimo de Carminha.

Lá a velha do lixão ( que as vezes da medo) em mais um excelente trabalho de Vera Holtz diz ao jovem que a mãe o teve com apenas dezesseis anos,  deixando no ar se ela entregou o garoto com essa idade ou mais tarde. Nas lembranças dele e com o que foi dito ele foi entregue com 3 anos. Se é assim ela o teve com 13?

Outra coisa é que Mãe Lucinda mostra uma roupa de marinheiro e comenta que ele foi deixado ali com essa roupa. Na verdade uma roupinha de bebê. Mas na imagem que aparece nas lembranças de Jorginho ele está com outra roupa, quando é carregado no colo no momento que foi abandonado.

Se é verdade que ela tinha 16 anos na época, como apareceu dirigindo um carro? Afinal quantos anos tinha a megera quando abandonou o grui? Ela o teve com 16 e o entregou com 19? Tinha permissão para dirigir?

A novela é ótima, mas as vezes esses poréns podem confundir e nos deixar cansados de ter que adivinhar o que realmente aconteceu.

Como tudo na vida de Carminha é uma mentira, estou dando um credito que essa história realmente seja explicada cronologicamente. E tem mais, quando Rita foi deixada lá ele tinha 12 anos, e ela 8. Isso em 1999. Portanto ele não poderia ter sido abandonado com 3 anos em 1996 como foi dito.

E agora Carminha explica isso vai!!!

Putz...muito mistério acaba dando nó e o autor se perde no enredo. Falta um continuísta dos bons para analisar isso.  

Abraço e ótima quarta feira a todos.

PARA UMA NOITE ENAMORADA

Há três anos posto um Cd em comemoração ao dia dos Namorados. Os dois exemplares anteriores, juntos somam mais de 1.500 downloads. Acho que minhas coletâneas fazem sucesso para embalar o dia romântico do povo.  Esse ano as musicas são flashbacks para quem a partir da década de 80 já sabia o que era namorar. Então, não fugindo a regra, o terceiro volume está aí para quem quiser um dia regado a batidas fortes de coração...



01 - ALMOST PARADISE - VICTORIA JUSTICE & HUNTER HAYES
02 - ID LOVE YOU TO WANT ME – LOBO
03 - WE´RE ALL ALONE - RITA COOLIDGE
04 - SAY IT INSN´T SO
05 - I WANT TO KNOW WHAT LOVE IS – FOREIGNER
06 - LOVE HURTS - ROD STEWART
07 - YOU ARE THE LOVE OF MY LIFE - GEROGE BENSON & ROBERTA FLACK
08 - I SHOULD HEVE KNOWN BETTER
09 - THE CARS – DRIVE
10 - BABY CAN I HOLD YOU – BOYZONE
11 - EBONY EYES
12 - LINGER - THE CRANBERRIES
13 - TONIGHT I CELEBRATE MY LOVE FOR YOU - ROBERTA FLACK & GEORGE BENSON
14 - ALONE -  HEART
15 - WE HAD IT ALL - TINA TURNER
16-THE LETTERMEN-PUT YOU HEAD ON MY SHOULDER
17 - LOVE IS LOVE - CULTURE CLUB
18 - LOVE OF MY LIFE – SCORPIONS
19 – CLASSIC
20 - BETTER – BOYZONE
21 - HOW CAN YOU MEND A BROKEN HEART - BEE GEES
22 - ON AND ON - STEPHEN BISHOP
23 - NEVER GONNA LET YOU GO - SERGIO MENDEZ
24 - SAILING - ROD STEWART
25 - EASY – COMMODORS
26 - LOOK WHAT YOU´VE DONE – JET

Caso o link não abra automaticamente, por favor, copie e cole.

http://www.4shared.com/rar/IJVO8U1y/ROMANTICAS_2012.html?

Feliz dia dos Namorados para quem namora, ta casado, ou quer comer pipoca, bolo de chocolate chorando por estar sozinho…rs rs rs.


Para quem não fez download dos outros, seguem os links.


2010: http://www.4shared.com/rar/Ud60CKJc/BLOGO_-_ROMANTICAS.html?

2011:http://www.4shared.com/rar/2ICNi66y/blogo_-_romanticas_2011.html?

NÓS TEMOS BIBI FERREIRA


Admiro profundamente a inteligência das pessoas, e podem me acusar de preconceituoso, mas não aguento permanecer perto de gente burra por muito tempo. Digo burro aquele que subestima a minha capacidade de compreensão das coisas. Existe aquela pessoa “espertinha” que acredita que seus atos não são percebidos. Esse tipo de burro eu abomino e tiro da minha vida.

Mas a inteligência e a capacidade para alguns feitos me encantam e quanto mais velhas as pessoas ficam maior minha admiração. Falo sobre isso pra poder citar Bibi Ferreira e o quanto gosto dela.

Bibi é uma mulher que transcende a idade, o tempo, a capacidade motora que a velhice impõe, as normas e tudo mais que rege nossa sociedade. Uma mulher de vanguarda, com uma voz presenteada por Deus e uma capacidade cênica que poucos conseguem. Um ícone da nossa cultura que poucos conhecem e dão valor.


 

Lembro-me de tê-la visto ainda criança num programa de TV que acredito ser “TV Mulher”, lá nos confins do inicio dos anos 80. Impressionou-me a mulher pequena, de fala rápida e óculos enormes. Talvez tenha se assemelhado a alguma tia-avó e por isso imediatamente vi afinidades.

Bibi está em avançada idade e mesmo assim sobe os palcos cantando com uma potencia extraordinária na voz. Simpática e amável com todos, passa a serenidade que só a velhice traz em determinados indivíduos. Penso que pessoas como ela deveriam ter um remédio que as mantivessem vivas por séculos. Da mesma forma que Dercy faz falta, um dia Bibi deixará uma lacuna na nossa cultura.

Poucos jovens hoje param para prestar atenção quando por algum motivo a vemos na TV. Bibi é o tipo de artista que não precisa de mídia. Não há necessidade de estar numa novela, ou no Domingão do Faustão para atrair publico para seus espetáculos. Ela por si só e pelo nome arrasta multidões. Nem por isso deixa, por exemplo, de estar num programa mediano como o de Xuxa para receber uma homenagem. Manteve-se educada, gentil e emocionada com as parcas presenças de admiradores. Uma pessoa admirável, moderna, e que deveria ser eterna.

Bibi Ferreira é um legado do nosso teatro que como Nelson Rodrigues. Deveria fazer parte das escolas de dramaturgia. Ótima e admirada diretora, já comandou artistas muito mais populares que ela, e nem por isso se curvou ou deu mole.

Poucas pessoas do mundo artístico me fazem ter vontade de ser amigo, e Bibi o faz. Queria ter convivido com ela...rs, e poder dizer que um dia sentei-me numa sala e a ouvi falar. Minha admiração não é de fã, por que não me considero fã de nenhum artista, mas a admiração de alguém que entende o valor dela na nossa cultura, de uma pessoa que fez e faz a diferença.

Quando vejo a molecada gritando histéricas por causa de produtos construídos como The New Direction (que até ontem nem sabia existir) penso o quanto perdem tempo em não saber o que realmente vale a pena.

Que Bibi se imortalize em vida. Ela merece.

Abração e boa semana a todos.

UM CD FRESQUINHO PRO FERIADÃO

Gravei esse Cd bão demais dia desses e não sai do carro e do meu playlist. Um misturado de MPB. Tem de todo tipo e gosto...autentica musica popular brasileira.

Quem estiver afim de curtir também é só fazer o download...

abração e bora pro feriadão...

http://www.4shared.com/rar/YWkQTYsv/CDZINHO_BALA.html

Ps.: se o link não abrir, é só copiar e colar...ok!

SERÁ QUE ELES SÃO?

A indústria de entretenimento infantil, digo, os que produzem desenhos animados ou HQs há muitos anos colocam a diversidade sexual e racial nos seus desenhos e pouco se importam com o que pensam os espectadores. Cria-se um furdunço na imprensa por que alguns criadores de heróis resolveram definitivamente tirar seus “queridos” do armário.

Nunca li Lanterna Verde, então não sei como é a história dele, mas acho que também não precisava colocar o cara beijando outro nos quadrinhos. Depois dessa a Globo nunca vai escalar o filme para sua grade de entretenimento. Beijo entre homens “não pode” na emissora. Rs. A Record menos ainda. Aleluia irmão!!!

Voltando ao tema e analisando os personagens mais amados dos desenhos nos últimos 20 anos podemos ter uma gama de heróis e anti heróis, digamos, delicados...rs. Sem preconceito ok pessoal!

- Rei Julian ( Madagascar) – é claro que o Rei tem um caso amoroso com seu fiel empregado Maurice. Ele usa sainha, e o tempo todo, nos seus diálogos, deixa uma duvida sobre sua sexualidade.

http://www.youtube.com/watch?v=ZfOHklwyPL4

Eu sou uma mocinha, eu sou uma mocinha!! Alguém sentiu atração por minha pessoa? ( Madagascar 2)

Raspa de Tacho ( Galinho chicken Little) - o que dizer de um personagem que adora ouvir as Spice Girls, dançar Staying Alive, que tem toda a coleção de discos da Barbra Streisand, vive dando gritinhos e ameaça desmaiar, e, a certa altura, canta I Will Survive?

Nem por isso as crianças deixaram de ver o desenho ou sentiram-se ofendidas com o personagem.

Sid – ( A era do Gelo) – Sid é aquele tipo indefinido. Quer ser mãe, cuida dos ovos de uma tiranossauro Rex e zela por todos. Um personagem amável, engraçado, e que definitivamente é a cara do desenho. Sem ele A Era do Gelo perde a graça.

Pinóquio – ( Shrek) – o eterno boneco de madeira que quer ser criança de verdade, na versão de Shrek é bem boiolinha. Uma das sequencias mais engraçadas é quando precisa mentir para que seu nariz cresça e ajude a libertar Shrek e alguém diz: minta dizendo que você usa roupa intima feminina. O nariz não cresce!!!Rs rs rs.  



Aí vêm também outros que podemos classificar como “meninos” que ainda não se encontraram. Peter Pan, Mickey, Piu-Piu ( esse é bichinha, não há duvida), ursinho Puh, Chapeleiro Maluco ( Alice no Pais das Maravilhas), Dumbo...rs rs rs...e por aí vai.

Existem pais que não admitem que seus filhos convivam ou tenham contato com uma realidade que não sabem explicar. Já ouvi de um casal que não deixaria seu filho frequentar a casa de um amigo que tem pais gays por não saber o que fariam com ele. Aí essa mesma criança ostenta uma coleção de personagens infantis com dúbia sexualidade, no carnaval se veste de Robin. A ignorância é uma arma perigosa e sem remédio. Difícil mudar a cabeça de uma pessoa preconceituosa. Complicado se um garoto com pais assim tem orientação homossexual, no futuro. Sofrerá muito.

Abração e boa quarta feira.

TAMBÉM QUERO SER "COTA"


Recebi isso por e-mail e achei pertinente posta-lo. Sou contra cotas raciais, e me sinto ofendido em saber que pessoas precisam que um governo medíocre garanta sua entrada numa universidade. O texto exemplifica de forma contraria o que as cotas de hoje pregam.


LEI CONTRA SEGREGAÇÃO A ALEMÃES

Como minoria segregada no Brasil, nós, descendentes de alemães, solicitamos providências do governo federal para sermos igualados aos negros, perdão, afrodescendentes, no que tange aos direitos dos cidadãos. Para tanto, pacificamente reivindicamos seja aprovada Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que contemple os seguintes pontos:

01 - Fica estabelecida a cota de 5% para alemães e seus descendentes nas universidades públicas brasileiras; 

02 - Fica proibido chamar descendentes de alemães, ucranianos, holandeses e outros europeus de polaco; 

03 - Fica proibido chamar um indivíduo de "alemão", pois o termo é pejorativo e denigre a imagem deste como ser humano. 

04 - Fica estabelecido que os descendentes de alemães devem sem chamados de "germanodescendentes"; chama-los de alemão passa a ser considerado crime de racismo – inafiançável - a despeito do fato de a raça humana ser uma só; 

06 – Igualmente deve ser considerado crime de racismo o uso das expressões "alemaozão", "alemãozinho", "alemoa", "alemoazinha", “bicho de goiaba”, etc, para se referir aos germanodescendentes; 

07 - Fica proibido o uso de expressões de cunho pejorativo associadas aos descendentes de alemães. Ex: "Coisa de alemão!", "Alemão porco....", "Só podia ser alemão", " alemão batata" , " comedor de chucrute", “português que sabe matemática”, etc; 

08 - Fica estabelecido o dia 25 de julho o "dia nacional da consciência germânica" com feriado nacional; 

09 - Fica estabelecido o dia 25 de novembro o "dia nacional do orgulho alemão”, com feriado nacional , mesmo que não se possa chamar alemão de alemão; 

10 - Fica criada a Subsecretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Alemã, subordinada à Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial; 

11 - Fica estabelecido o prazo de 2 anos para a Subsecretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Alemã virar 

Ministério dos Alemães, juntando-se aos outros 38 ministérios brasileiros, mesmo que não possa chamar alemão de alemão. 

12 - Fica proibida qualquer atitude de segregação aos descendentes de alemães, as quais os caracterizem com inferiores a outros seres humanos; 

13 - Fica restrita ao governo brasileiro a pressuposição de que os alemães são inferiores, estabelecendo de cotas, restrições associativas, nominativas e sanções para as mesmas; 

14 - Passa a ser crime de "germanofobia" qualquer agressão deliberada contra um descendente de alemães, mesmo que não possa chamar alemão de alemão. 

15 - Toda criança que usar a expressão "alemão batata come queijo com barata" estará cometendo Bullying e deve ser encaminhada para tratamento psicológico. 

16 - Em caso de um negão chamar um alemão de alemão, este adquire o direito de chamar o negão de negão sem aplicação das sanções já previstas em lei. 

17 - Ficam estabelecidos como Centros Nacionais da Cultura Alemã o bairro Buraco do Raio em Ivoti/RS, a zona central de Blumenau/SC e o pairro “ Drei Parrulho” em Santa Cruz do Sul. 

Brasília, 10 de maio de 2012. 

PS: Caso italianos, portugueses, espanhois, sirio-libaneses, japoneses, bolivianos, paraguaios, poloneses e tantos outros também se unificarem em projetos similares, haverá dificuldades para aqueles que fazem questão de ser apenas brasileiros ... em conseguir vagas em universidades e direitos especiais. 

abração e boa terça a todos.

O CHEIRO DA INFÂNCIA

Minhas maiores ou melhores recordações surgem quando sinto o cheiro de algo lá da minha infância. São flashs momentâneos seguidos de uma sensação boa de prazer.

Dia desses entrava no banheiro do escritório logo após a empregada limpa-lo e o cheiro  dos produtos de limpeza trouxeram a mente uma massinha de modelar que brincava quando tinha sete anos. Sei a idade certa, por que exatamente nesse período que tive hepatite, e minha mãe para que me mantivesse ocupado e menos entediado comprou  um jogo dessas massinhas coloridas, com a qual passava horas em frente a TV brincando.

Minha avó por toda a vida usou dois perfumes distintos: um chamado Promessa e outro com cheiro de violeta. Não há um lugar que passe e sinta algo parecido que não me vem a mente as manhãs de domingo que a acompanhava a missa, ainda criança. Recordações de uma época tão, mas tão inocente que as vezes duvido que tenha existido.

Minha irmã tinha uma bonequinha que vinha acompanhada de um banheiro completo, e claro uma banheira com chuveiro e tudo. Sempre que ela brincava ( eu devia ter 2 ou 3 anos nessa época) ficava sentado ao lado apertando um botão que fazia o chuveiro funcionar. Mas o melhor de tudo, era o cheiro que o sabonetinho tinha. Dia desses estava no shopping e ao passar por uma loja o cheiro era o mesmo dessa fase da infância. Fechando os olhos pude ver a imagem certinha desse brinquedo.

Mas minha memoria guarda o cheiro do LP novo quando tirava da embalagem, das fitas de vídeo cassete quando vinham da locadora, do pacote de pipoca nhac, do copinho de doce de banana que vinha com uma pá de madeira pra comer ( a casquinha era feita da mesma massa das hóstias da igreja). Tenho a lembrança da merenda de soja servida na escola que eu tinha nojo de comer ( sopa, leite e rosquinha). Dos chicletinhos minúsculos que vinha num pacote colorido ( esse me recordo até do sabor).

Tenho memoria olfativa dos aparelhos domésticos quando novos. Do feijão fedorento que uma vizinha fazia. Ela temperava com óleo que havia usado nas frituras e sempre tinha cheiro de peixe velho misturado com fumaça de cigarro. Lembro-me do cheiro da casa de cada um dos meus parentes, do perfume das tias que morreram, do meu travesseiro de criança.

Isso tudo está armazenado no meu subconsciente e vira e mexe são retirados instantaneamente quando algum deles passa pelo nariz hoje em dia. Ótimas recordações.

E você lembra-se de algum cheiro?

Abração e boa semana.