Nós homens geramos filhos sem que
haja concepção, e lá um dia entramos em trabalho de parto sem que ninguém avise
com antecedência o quanto dói. Mulheres também sofrem desse mal, mas como se
acostumaram as gestações onde a barriga cresce, então não conta, por que elas
sabem bem que um dia parirão, e o subconsciente trabalha a favor. Entenderam do que se trata? Não? Então explico.
Cálculos renais são pequenos
filhos que se acumulam nos rins e um dia querem nascer. Quase 90% dos casos são
partos normais onde por dias às contrações quase matam a nós homens. Digo
matam, por que além da dor absurda, sabemos que assim que melhorar entraremos
num outro estagio, parir a bendita no vaso sanitário.
Os cálculos geralmente são assim. Imaginem isso saindo, cheio de pontas...
Faço exames periódicos nos rins
por que crio pedras do nada. Não é disfunção renal, nem acido úrico,
simplesmente formam cálculos e pronto. Há cerca de dois meses tive uma pequena
indisposição nas costas que imaginei ser coluna. Metade de um dia e pronto,
passou. Pra quem já teve dores de rolar no chão, essas passam despercebidas e
quase sempre concluo serem postura errada ao sentar ou dormir. Bem, dois dias
depois, ao urinar a mocinha entrou na uretra e brecou o que fazia. Doze horas depois
expeli uma pedra do tamanho exato de um grão de arroz. Mesmo formato.
Com isso conclui que além de
formar pedras, elas agora saem dos rins sem que perceba. E pra isso dou graças.
Expelir tem sido o menor dos males. As cólicas sim são absurdas e rezo pra que
não apareçam.
A primeira vez que tive um calculo
renal foi aos 21 anos, Cheguei em casa e fiz o de costume pulei 5 degraus que
davam acesso a casa. No momento senti um baque nas costas e achei que o pulo
havia sido exagerado. O calculo se mexeu e em poucas horas a dor alucinante
começou. Numa outra ocasião estava na praia e sai pra dar uma volta de
bicicleta. O trepidar deslocou um calculo e só tive certeza ao urinar sangue.
Ao fazer ultrassom ontem descobri
que meu rim esquerdo possui três pedras estacionadas. Cada uma com 4 mm. Como disse
a um amigo: isso é a crônica de uma cólica anunciada. Um dia elas irão sair e assim
desejo, por que se ficarem por lá crescem, e meu maior medo é que estacionem em
algum canto onde não saiam de forma natural e seja necessário um cateter pra
busca-las. Isso é o mesmo que passar um elefante por uma mangueira de jardim.
Enfim, a única boa noticia é que
os rins estão bons, sem aumento de tamanho, sem cistos, e sem nada que pudesse
gerar uma preocupação com sua saúde. Cálculos? Pra uma pessoa que odeia
matemática como eu, isso é uma constante pra lembrar que a única DP que tive na
minha vida foi de uma matéria chamada “Calculo”, e me gerou problemas acadêmicos
inimagináveis... rs rs rs.
Não desejo pedras nos rins nem para o pior dos inimigos do
povo.
Boa quarta feira a todos.
5 comentários:
Fael, é a pior dor que pode existir... fui das que não conseguia dar um passo, e vômito atrás de vômito. Coisa horrorosa. Fui parar no hospital. E ainda tenho outra...esperando pra nascer. Deus me livre.
Abraços e tenha um bom dia(livre de cálculos)
Nunca tive Rafael, mas já presenciei pessoas com crise. É realmente muita dor.
Jesus amado! Nem me fale de pedras nos rins ... faço uso contínuo de uma medicação q me predispõe a isto ... apesar de ter consciência plena disto e tomar todos os cuidados preventivos [ingestão continuada de líquidos] já passei por 4 crises ... nem é bom lembrar ... nunca pari filhos mas não deve ser tão cruel qto parir as tais pedrinhas ... PQP!
Depois eu fiquei pensando: quando você me falou em cálculo, eu achei que era diferencial e integral (kkkkkk)... por isso não me preocupei tanto. Mas agora vamos resolver isso...
Beijos.
Oi! Mulheres engravidam e crias diferentes, então. Coitadas! De filhos e de pedras. Nós, homens, temos vantagem...
Me diz: Há muito tempo, quando eu assistia TV, soube que existia um tratamento que bombardeava por uns tais raios, as pedras. "Dinamitadas" elas já não causariam cólicas e saiam sem dor.
Isso não existe (claro, to falando SEM BUROCRACIA)no nosso SUS verde-louro?
Postar um comentário