TER OU NÃO TER BARBA?

Por que falam tanto de barba na mídia hoje em dia. Centenas de pesquisas dizendo se mulheres gostam ou não de barba nos homens. Pra que perder tempo com isso?

Mulheres reclamam de suas regras (polidamente falando de menstruarão) sem observar que o homem é obrigado a fazer diariamente sua barba por motivos estéticos, profissionais ( existem empresas que não permitem homens de barba) e sofrer com pelos encravados, espinhas e pele extremamente sensível. Que glamour há na barba?

Uso a minha aparada há mais de 10 anos. Quando limpo o rosto, fico com a impressão de que estou nú. Não a deixo por fazer por que acho sexy, por que dizem que é moda, mas simplesmente pela preguiça, pela vagabundagem de ter que toda manhã faze-la antes de sair pro trabalho. Minha pele é das que ficam machucadas pela constante gilete passada nela.

Aí olho os guris novinhos, com meia dúzia de pelos na cara, mas firmes e fortes no proposito de “ter barba”. Isso ainda é status de amadurecimento, como os bigodes de antigamente. O cara casava, e logo deixava um bigodão, pra mostrar que era um homem serio. Acho nojento bigode.


Aí vieram as centenas de variações de barba. Aquelas desenhadas que deixam qualquer ser humano com cara de pagodeiro, aquele cavanhaque que o fulano vira bichona no mesmo instante que sai na rua, ou aquelas costeletas que na verdade são parte da barba que lembram D. Pedro I e é cafona demais.

Se pudesse tirava tudo com laser. Ficava com a cara limpa. Sou preguiçoso mesmo, não gosto de rotina, e fazer a barba sempre foi algo que me incomodou muito. Nunca me lembro de passar um pós-barba. A minha pele fica irritada com frequência, e não me apego a esse tipo de cuidado. Além do mais o pelo é grosso, e mesmo deixando ela por fazer, os fios perto do canto da boca machucam o lábio. Putz, o que faz as pessoas acharem que barba é algo bom?

Na evolução da espécie, isso já devia ter acabado, mas mesmo assim vejo que alguns homens descendem mais do macaco do que eu. Aquela barba densa, que desce pelo pescoço e une com chumaços de pelos que saem pela camiseta. Isso é uma involução, esse cara é macaco ainda.

Mas tenho que confessar: já que é obrigatório ter barba, por que a genética me fez assim prefiro ela cheia, da forma que veio pra mim. Aquelas barbas com buracos, que não preenchem o rosto só me faz ter dó da pessoa. Por que todo mundo que não tem barba cisma de deixa-la, então aqueles pelos jogados em diversos cantos do rosto ficam tão feio quanto a barba do Pereirinha ( José Mayer – Fina Estampa).

Não percam tempo com pesquisas sobre barba, pessoas da mídia. Mulheres não gostam, por que machuca o rosto delas ao toque, isso é fato. Se quiserem falar de barba, pesquisem com os homens, por que só eles podem falar sobre barba.

Abraço e boa quinta feira.

O PODER DE UM SORRISO

Ontem assisti um filme lançado em 2011 o qual não vi passando em cinema, nem sendo anunciado. Chama-se “Inquietos” – Restless no original e tem a seguinte sinopse: 

Doente em fase terminal, Annabel (Mia Wasikowska) se apaixona por um garoto (Henry Hopper) que tem uma mania estranha: gosta de frequentar funerais. Juntos, eles têm encontros sobrenaturais com o fantasma de um piloto kamikaze da Segunda Guerra Mundial. 

Clichês, adolescentes + primeiro amor + perdas. Enredo repetido à exaustão para arrancar lagrimas dos espectadores. Mas neste caso, a atriz Mia Wasikowska, nos surpreende com uma aura tão linda, tão cheia de paz que torna a história leve, e aquela morbidez típica de filmes assim, se esvai em seus sorrisos constantes. 

Isso me impressionou demais, por que mesmo doente, e condenada, a personagem Annabel sorria, sempre, a cada momento que encontrava alguém, nas mais diversas situações. Num determinado momento, acamada no hospital, ao ver seu amor ela abre um sorriso tão sincero e cativante que me fez pensar no poder que há por trás de um sorriso. 

Sorriem aqueles que a vida machuca, exige, maltrata. Pessoas que passam por dificuldades, doenças sabem o significado de cada minuto de vida, e compartilham com o mundo a vontade de viver. Os sãos choramingam, e maldizem tudo a sua volta. 

Não há entre nós aquele que diga: nunca sofri! Como também não há aquele que é feliz o tempo todo. Alias felicidade demais numa pessoa suscita falsidade. Estar bem não necessariamente é querer gritar pra todo mundo que a vida lhe presenteia. Acordar pela manhã, olhar-se no espelho e perceber o quanto perfeito é, deveria ser um exercício diário, e assim que se ver, simplesmente sorrir. O sorriso é o espelho da alma. O coração pode estar chorando, mas a face não precisa demonstrar, por que piedade alheia nos afunda, não nos salva, como se prega por aí. 

Adoro os sorrisos, de criança, de velhos, de pessoas leves. Sorrir é necessário, é uma troca. Se alguém lhe recebe com um largo sorriso de satisfação não há como permanecer ileso e não retribuir. Assim se constroem amizades, relacionamentos sinceros. 

Podemos entrar em uma dezena de lojas, e sermos atendidos pela mesma dezena de vendedores. Garanto que aquele(a) que te receber com um sorriso o manterá no estabelecimento, e provavelmente efetuará a venda. Mas não pode ser aquele sorriso forçado, apenas pra engrupir o cliente. Tem que ser aquele sorriso de alma, que pessoa carrega dentro de si a vida toda. Treinar sorrisos é pior do que manter a cara sisuda. 

Sorriam, por que não há nada melhor para o mundo do que uma pessoa leve. 

Boa quarta a todos.

UM FILME ADOLESCENTE

O cinema desesperadamente corre atrás de um novo sucesso jovem para suprir a lacuna que Harry Potter deixou e que em breve a Saga Crepúsculo também deixará. Assim criam-se expectativas sobre novos romances teens levados a grande tela, mas infelizmente não é tão fácil criar uma formula de êxito.

Jogos Vorazes estreou no ultimo fim de semana com ótimas criticas internacionais, acredito eu forçadas pelos produtores que clamam por um grande sucesso que deem a eles folego para novas produções.

O filme baseado no livro Hanger Games de Suzanne Collins é tão previsível quanto um episódio de Power Rangers. Muita enrolação na primeira hora, com um cenário computadorizado representando um planeta em reconstrução. Na verdade não fica claro e nem muito explicado o por que dos Jogos. Tudo que é dito faz pouco sentido para que haja um game assassino como exemplo de não violência. Nesse ponto não sei se a culpa é do diretor, do roteiro ou do livro, o qual não li.

Jovens bonitos, closes em rostos angelicais que necessitam de aceitação no cenário pop adolescente. Ambos protagonistas não têm o apelo de Robert Pattinson e Kristen Stwart no vídeo. Mesmo os vampirescos tendo sempre aquelas caras de que estão fazendo força no banheiro, o sexy appeal do casal de Crepúsculo é de longe mais convincente. Faço a ponte entre eles por que falou-se muito em um novo fenômeno jovem. Marketing, puro marketing.

São quase duas horas e meia de projeção com sequencias tão deduzíveis que perde a graça e cansa um pouco. A gente sabe passo a passo o que acontecerá. Pra quem já tem uma certa manha com cinema, deciframos os jogos logo no início.

Mas como é um filme pra jovens e adolescentes, dou o desconto necessário, e fico na duvida do que pode ser contado num segundo filme, que claro já deve estar em produção.

Um bom elenco de apoio com figuras conhecidas do cinema e mais um Lenny Kravitz com cara de filme de “Apartheid” totalmente fora dos padrões que o cenário e a maquiagem propunham.

Enfim uma sessão da tarde cheia de clichês, montados sobre um roteiro enumerado em pontos de altos e baixos que seguem a formula exata para agradar os adolescentes apaixonados por aventura.

Nota 6,5.

MULHERES FALIDAS

Se tem algo que admiro é a capacidade de imitação dos comediantes. Dani Calabresa é uma ídola...

O quadro do |comédia MTV de semana passada foi hilário. Pra quem viu pelo menos 5 minutos de mulheres ricas entenderá que Adnet de |val Marchiori ta impagável.



abraço a todos e ótima quarta feira.

SÓ ACREDITO EM JUSTIÇA DIVINA

Não abomino o país que vivo, mas também não acredito nele. Creio nas pessoas que fazem e constroem a nossa sociedade, tanta gente boa, capaz, honesta que levanta de madrugada para ganhar o sustento da família, tantas pessoas caridosas que cuidam de outras pela benevolência que é característica do brasileiro. Esse é o lado poético do povo, aquele que queremos enxergar para não perder a ilusão, a força e a vontade de acreditar que dias melhores virão.

E existe aquele outro lado, o obscuro, o degradante, o que nos faz sentir vergonha das raízes, de ser chamado de brasileiro. Para quem um dia precisou da justiça nesse país vai concordar e entender que essa palavra que tem a mesma conotação de “esperança” não nos tem valia num país corrupto, forjado por inescrupulosos pilhadores do dinheiro publico. Somos um povo colonizado por piratas, por gente mau caráter que sugou o sangue desse solo até quase esgota-lo, e supreendentemente a terra continuou a gerar recursos. Mandaram pra cá a escoria, o que havia de mais podre na terra dos colonizadores. O Brasil sempre pareceu um depósito de tranqueiras, aquele quartinho de despejo do fundo do quintal. Tudo que você não quer, empilha la, não joga fora, guarda por que não sabe se um dia irá usa-lo de novo.

Todos os dias despejam noticiários de corrupção sobre nossas cabeças. Juro não saber como dorme uma pessoa que furta dinheiro da saúde. A cada centavo tirado dos hospitais, uma vida é perdida, uma criança adoece gravemente. Não deveria existir e nem passar pela cabeça de ser humano roubar daquilo que deveria curar.

Fui vitima de estelionato, e pago o preço como se fosse eu o bandido. Roubaram de minha conta bancaria, através de um sistema falho, de empresas que praticam agiotagem e não credito. A justiça rápida, não me beneficiou, alias, quase me mandaram embora do fórum alegando que os fazia perder tempo ouvindo meu caso. Tudo bem, caí nas mãos daqueles que correm as estruturas da justiça do país, os advogados,. E mais uma vez me vejo sem auxilio, sem ter com quem contar. Uma audiência que nunca é marcada, pessoas que não lhe dão ouvidos. Temo ainda um dia chegar à frente do juiz e ele me acusar de ingenuidade por acreditar nas leis e na justiça do Brasil. Um pesadelo, onde sentado numa mesa gigantesca, vejo pessoas rirem alto de mim, por que sou tolo e acreditei neles.

Não culpo filhos de pessoas ricas apenas por terem dinheiro. O filho de Eike atropelou e matou um cidadão. Não é por que seu pai tornou-se um dos bilionários do planeta que o rapaz tem que ser julgado e condenado sem que se identifique o ocorrido. Ele pode sim ter causado um acidente que culminou em morte, como tantos outros. Um “acidente” como diz a palavra. Mas o advogado já disse que quer indenização. A mãe da menina morta no Hopi Hari quer indenização, e assim banalizam a morte, trocam o ente querido por grana, aproveitando o momento e a deixa. Imaginem, o filho de Eike Batista, melhor oportunidade de extorqui-lo não há.

É revoltante ver como o Brasileiro, tão solidário em alguns momentos, pode ser tão mesquinho e aproveitador. Todos querem seus 15 minutos de fama, e não respeitam ninguém. Dias atrás li no twitter de Luana Piovani uma mensagem dela criticando uma pseudocelebridade masculina que havia posado nu. Fiquei chocado com a forma com que outras pessoas a trataram. Luana Piovani não é flor que se cheire. Tem personalidade forte, fala o que pensa e alfineta a todos. Mas analisando seu perfil, vejo que o que faz é apenas desbancar esse tipinho de gente que circula na mídia e se diz celebridade. As ofensas a ela são tão esdruxulas que me deixaram pensativo a respeito do caso. Luana Piovani é invejada, só pode ser. Tratarem uma mulher gravida, prestes a dar a luz com palavrões e insultos, é no mínimo bizarro. As redes sociais estão ai abertas, e hoje o povo bate, agride e nada é feito. Engraçado que no caso de Luana, a maioria (quase 90%) das pessoas que a xingam são mulheres. Convenhamos, isso é dor de cotovelo.

Não acredito na justiça do Brasil. Alias, hoje, só acredito na justiça divina, por que essa eu tenho absoluta certeza que existe. Façam pra mim, que Ele um dia me defenderá.

Abração e ótima semana a todos.

NÃO SEI


Eu não sei escrever poesias;

Não sei fazer furo com furadeira, eles ficar arregaçados;

Não sei dirigir em rodovias muito movimentadas,;

Alias, não sei dirigir em São Paulo;

Não sei  onde foi parar o bom humor das pessoas, todo mundo agora é adulto demais;

Não sei quanto cobra uma prostituta...rs rs rs...

Não sei se acredito em políticos ( acho que fiz um parâmetro com o frase anterior, ato falho);

Não sei onde foi que eu errei;

Não sei fazer pão;

Não sei lavar carro, por que nunca lavei...rs;

Não sei me controlar perto de gente burra, fico irritado e passo a ser sarcástico;

Não sei ser arrogante;

Não sei ser uma pessoa calada, que não liga para o que acontece em volta;

Não sei do futuro;

Não sei quanto tempo dura;

Não sei cantar, não sei nem as notas musicais;

Não sei ser afinado, canto como uma gralha, apensar de ter estudado canto;

Não sei ficar incólume a problemas alheios;

Não sei fechar a boca na hora certa, falo demais;

Não sei não opinar em questões que não me dizem respeito, meto o bedelho e me ferro;

Não sei pedir favores, isso me arrasa;

Não sei  caminhar devagar;

Não sei mais usar o Orkut;

Não sei por que existe um moleque que imita a Xuxa;

Não sei quantas vezes a Gretchen casou...rs rs rs ( isso é de fundamental importância);

Não sei se um dia publico um livro meu;

Não sei se as pessoas gostariam de ler o que escrevo;

Não sei guardar segredos, quando contados eles fermentam na minha cabeça e me atormentam;

Não sei tanta coisa, que agora nem sei mais o que.

Abração e ótima quinta feira a todos.


SAUDADE

Hoje, faz exatos 12 anos que minha avó materna nos deixou. Incrível que ao acordar flashes daquele dia vieram tão nítidos como se os vivesse ontem. Partiu num ciclo de 88 anos, na véspera de completar mais uma primavera. Amanhã dia 15 de março completaria 100 anos.

Existe uma tênue decisão a ser tomada quando um parente próximo, que vive ao seu lado adoece. O que fazer? No caso da minha avó, após uma gravíssima embolia pulmonar, retornou para casa sem reconhecer mais ninguém. A infecção foi tão severa, tão grave, que toda a sua percepção de realidade se extinguiu. Não sabíamos lidar com o ocorrido, o drama durou alguns meses até se estabilizar. Ela viveu assim por 14 meses, e depois se foi. Mas cuidamos sem esmorecer.

Após um tempo nos adaptamos a realidade, e tanto os adultos quanto as crianças transformaram aquela situação desconfortável numa brincadeira. Passamos a enxergar de outra forma a doença. Algo muito próximo com os personagens do filme “ A Vida é bela”.

Muitas situações engraçadas ficaram na lembrança, varias cenas e acontecimentos que nos deixam uma saudade maior ainda. Mas a imagem guardada na lembrança não é essa, e sim da avó saudável, risonha e severa que ajudou a criar as 3 crianças da filha.

Participar da passagem de uma pessoa próxima é um tanto misterioso e inexplicável. Uma semana antes, na época carnaval, viajamos todos e a deixamos aos cuidados de minha mãe, que é uma pessoa sem paciência para esse tipo de situação. As duas ficaram sós e puderam, de alguma forma, exorcizar fantasmas do passado, mesmo minha avó não falando mais com tanta desenvoltura, mas minha mãe jurava que estava totalmente lucida. Outras pessoas da família também tiveram oportunidade de resolver pendencias da vida com ela. Fatos que não precisam ser contados.

Outro acontecimento que nos impressionou nas vésperas de sua ida, foi a insistência de chamar por um sobrinho que tinha a mesma idade dela. Chamava-se Zezinho, morava em Santos, litoral de São Paulo, e por uma noite interminável ela o evocou. Ao ligar para os familiares dele após a morte da minha avó, sua cunhada em prantos noticiou que Zezinho havia morrido, na mesma noite em que minha avó o chamou incessantemente, ele de lá dizia que precisava ver “mocinha”(apelido da minha avó) antes de morrer.

Na véspera de sua passagem, observávamos suas atitudes, e percebemos que a noite inteira ela permaneceu acordada. De longe percebíamos ela levantar a mão como se chamando alguém. Os olhos acompanhavam dentro do quarto de um lado a outro como se alguma pessoa estivesse caminhando. Posso afirmar que algumas vezes ela sorriu.

Sua religiosidade sempre foi exacerbada, e por conta disso, nós familiares respeitávamos a suas atitudes. Crescer, passar pela adolescência sem perder ninguém assim tão próximo  é complicado, por que uma hora você tem inevitavelmente que lidar com a morte. Havia perdido outros parentes, os avós paternos, mas era diferente, por que o amor de quem convive 24 horas é mais intenso. Sinto falta de todos, mas dela em especial.

Cuidar de um doente, abnegar-se de horas e dias da sua vida para estar ali ao lado de uma pessoa que necessita não é a melhor das situações. As circunstancias que nos levam a cuidar de um parente não são questionadas, assim como eu e meus irmãos não o fizemos. Em momento algum, nos passou pela cabeça abdicar dos cuidados e interna-la numa clinica. Ela esteve ali, com todos ao seu lado até o ultimo momento de vida. 

E melhor que isso, foi à certeza de uma consciência tranquila, por ter feito tudo o que estava ao nosso alcance.

Boa quarta feira a todos.

MEUS PROGRAMAS DE ÍNDIO

Por ter sido sempre um cara “bonzinho”, fui vitima de programas de índio absurdos, tudo por que achava que negar um convite era falta de educação, de gentileza com os que  delicadamente me convidavam. Nessa, me meti  em cada absurdo que hoje tenho vergonha de lembrar.

Uma dessas histórias aconteceu num réveillon no inicio dos anos 2000. Eu quando criança tive réveillons péssimos, assim como natais organizados por minha mãe que preferimos esquecer de tão ruins que foram. Por ter passado momentos assim, fiz com Scarlet O´Hara ao comer nabo retirado da plantação: eu juro, que nunca mais terei um réveillon ruim. E na busca disso só me ferrei.

Em determinado ano, meus pais viajaram, assim como meus irmão, ficando eu, sozinho em Campinas a mercê de amigos. Bondosos, me convidaram a ir para uma cidade próxima na chácara de um conhecido deles. O cara havia estudado com  a esposa do meu amigo e haviam se reencontrado dias antes num casamento. Isso já era um indicativo que o negócio seria um lixo, mas para não ficar em casa sozinho e depressivo, aceitei o convite e fui.

Um povo medonho. Um lugar medonho. Uma comida medonha. As pessoas não me cumprimentaram por que era uma festa de família, e amigos íntimos. O que um cara sabe-se la de onde estava fazendo ali. Eu teria a mesma atitude, alias, acho até que praticaria Bulliyng com essa pessoas...rs rs rs.

Levei uma deliciosa torta de maça que era uma especialidade minha, e modéstia a parte deliciosa. Mas sei la o que aconteceu, ficou uma bosta. Mas, só descobri tarde demais.

Assim que iniciaram a contagem regressiva, meu amigo posicionou rojões e começou a solta-los. Aqueles que iniciam fininho e depois estouram bem alto. Aqui em Campinas, perdoem-me o palavrão (não costumam fazer comentário de baixo calão) dizem que o som desses rojões é parecido com a seguinte frase: Chuuuuuuuuuuuuupa paaaaauuuuuuuuuu!!!!! Coisa de campineiro...rs rs rs

No terceiro rojão veio uma senhora e pediu que pareasse com aquilo, por que havia crianças dormindo e que era um absurdo e bla bla bla. Agora, veja bem, você esta na casa de gente que não faz a mínima ideia de onde veio, e leva uma bronca, não era pra ter ido embora? Pois é, eles ficaram, e eu a tira colo.

Depois da comilança, dos assuntos péssimos, das pessoas sem graça, feias, nojentas, ouço uma mulher (a cara da Leci Brandão) dizer: nossa, tudo aqui está maravilhoso, comidas deliciosas, nossa, capricharam esse ano. Só aquela torta de maça ali que ta uma porcaria. Joga fora, ninguém vai comer aquilo.

Aí pergunto: Você está com sua faca rambo na mão e acidentalmente ela cai 39 vezes numa pessoa dessas, você é culpado?

Pois bem, tive que escutar isso, calado, e ainda permanecer no ambiente. E digo mais, não era só a torta que estava ruim, era tudo. Só passei outro réveillon pior que esse no clã de uma família que se achavam os Corleones da vida. Mas essa história conto em outra ocasião.

Nunca mais fiz torta de maça, bloqueei !!!!

Abração e boa terça a todos.

FELIZ DIA DA HEBE PRA TODAS AS MULHERES

Pleonasmo: 
 


Figura de estilo ou vicio de linguagem caracterizado pelo uso proposital ou não de palavras desnecessárias para expressar uma ideia já subentendida.

Falar das qualidades das mulheres e o quanto o mundo necessita delas é chover no molhado, é uma unanimidade de todos, certeza absoluta, consenso geral, é repetir de novo... 

Pra mim, católico, a imagem de mulher vem de Maria, advogada nossa, mãe abnegada que olha por seus milhares de filhos e intercede junto a Deus por eles. Minha fé. 

Existem centenas de milhares de tipos de mulheres. Da mais feminina a mais masculinizada, que impossibilitada pela natureza, jamais conseguirá tornar-se homem, coisa que hoje com a medicina avançada, um rapaz já consegue, pelo menos esteticamente. Temos mulheres circulando entre nós que jamais saberemos se nasceram com periquita ou periquito. 

Dizer que sem as mulheres não vivemos, também é um pleonasmo, por que realmente não viveríamos se Eva um dia não tivesse surgido da costela de Adão. Forma tão eufemística de citar a melhor criação de Deus. Bonito acreditar que venham dessa poética imagem, do que pensar que elas um dia foram uma macaca peluda com filhote agarrado a teta. 

Desde pequenos somos separados pelos pais através de códigos sociais que dizem que isso é de menino, aquilo é de menina. Consenso esse (criado pelos machões em extinção ) de que homens mandam em mulheres e assim tem que ser. Daí surge às violências físicas, psicológicas e tantas outras atrocidades cometidas contra elas. Mal sabem os pais que ao baterem nas esposas, ensinarem os garotos que isso é o certo, também deixarão que um marmanjo qualquer bata na sua filhinha, que tanto ama. 

Dizer serem o sexo frágil é imputar um estigma que ficou lá no século XIX, onde as donzelas eram educadas para o casamento, sem poderem fazer parte da sociedade. Aquelas que transgrediam eram vistas com maus olhos e colocadas a margem de tudo. Hoje não existe mais “um” sexo frágil. 

A evolução dos cotidianos mudou isso, graças. Hoje vemos mulheres se expondo, sendo parte importante na decisão de vidas, de nações, de guerras. São elas o pulso firme das politicas mundiais, onde a inteligência do povo permite que comandem. Mesmo assim, ainda há aqueles que as julgam inferiores, problemas estes quase sempre estão relacionados à religião. Ainda bem que somos ocidentais, ainda bem que pra essas bandas já existem leis que proíbem a violência contra elas. Basta apenas sermos menos trogloditas e fazermos das leis ( que existem) uma forma severa de punição. Mesmo com toda essa modernidade estampada aos olhos, cinco mulheres são agredidas a cada hora no Brasil. Vergonha! 

Hoje é dia de dizer parabéns. Hoje é dia de oferecer flores a elas. Hoje é aniversario da Hebe...rs 

Que as mulheres alcancem cada vez mais espaços entre nós, mas não se contaminem com o poder, e não passem do limite do bom senso. Por que não há nada mais chato do que mulher querer bancar homem. Alias não existe coisa mais ridícula que lésbicas que odeiam homens, e gays que odeiam mulheres. 

Abração e felicidades a todas as mulheres que conheço. 


A QUE VEIO MULHERES RICAS?

Não sei a que veio o reality “Mulheres Ricas”. Assisti alguns episódios por que realmente aquilo era tão fora da nossa realidade que se tornou engraçado. Mas ontem no ultimo episódio muitas coisas ficaram claras pra mim.

No Brasil, não importa se você trabalhou e ficou rico, ainda há uma gama de milionários de berço que se julgam intocáveis. Talvez a reflexão que tenha feito seja a função de algo tão ignóbil como isso apresentado pela Band. Se foi sucesso, acredito  que tenham alcançado o objetivo, por que até eu, um severo critico de TV, perdi algumas segundas feiras, rindo da falta de escrúpulos de algumas dessas “mulheres”.

Narcisa Tamborindeguy é um retrato da sociedade carioca dos anos 70 e 80, que desfilavam em Mercedes caríssimos e faziam festas no Copacabana Palace regadas a muita bebida importada e cocaína da boa. É constrangedor vê-la no vídeo com frases sem sentido, pensamentos desconexos num balé interminável de braços e pernas que gesticulam quase golpeando quem está perto. Não acho que Narcisa faça tipo. Ela é uma rica decadente, elegante e com refinamento que veio do berço. Pra quem frequentou castelos na Europa, Narcisa é um resquício, um ultimo gole do whisky 25 anos caríssimo, bebido praticamente a conta gotas.

Lydia Leão Sayeg pareceu ser ( digo PARECEU) a mais realista de todas as mulheres. Nasceu rica, e desenvolve uma profissão desejada por qualquer um, joalheira. Tem bom gosto, é educada, refinada, mas pode ser confundida facilmente com uma bingueira no fim de domingo. Talvez o programa tenha servido para uma autoanalise da sua vida. No inicio mostrou-se fútil, mas aos poucos deixou compromissos com as outras participantes e fez um mea culpa sobre a criação de sua filha inútil.

Débora Rodrigues, entre as ricas foi escrachada em comentários jocosos. Exemplo que dinheiro não compra berço. Apenas respeitam um novo rico pela gorda conta bancária, mas ao darem as costas, são ridicularizados e vistos eternamente como pobres coitados. Debora é uma mulher bonita, sem elegância alguma. Uma Fiona, de Chanel, casada com um personagem típico de pornochanchadas da década de 70. Mas sua serenidade e a certeza de que não precisa frequentar a alta sociedade de São Paulo é que faz dela uma celebridade autentica.

Brunete Fracarolli se expôs de uma forma desnecessária. Profissional de arquitetura e decoração de grande importância dentro de São Paulo. Seu bom gosto vem da criação, da infância, da educação que teve. Mas a parte pessoal nos causa vergonha alheia. Um dia Brunete foi bonita, um dia ela foi desejada, mas envelheceu, e não se deu conta disso. A fisionomia transfigurada por centenas de tratamentos estéticos nos causa aquela impressão ruim, como quando vemos Elsa Soares, Donatella Versase e outras. Uma velha baixinha, de vestidinho rosa curto, com aquela cabeleira de Rogéria nos dá tristeza. Bruneti não expôs a vida pessoal, mas foi o tempo todo sodomizada por Val Marchiori que a ridicularizou em publico, como uma vingança a todas as outras, que mais expertas não se deixaram ofender.

E por ultimo, a única razão pela qual o programa existiu Val Marchiori. Não sei de onde vem, nem o que faz, nem por que é rica. Mas seja lá o que tenha feito pra juntar tanta grana e poder desfilar colares de 500 mil reais, aviões de 30 milhões, Val o fez muito bem. É a exemplo de como ser fútil, desnecessária para sociedade, sem importância alguma para a rotação do planeta. Desfilou grifes, mostrou joias, se embebedou interminavelmente de Veuve Clicquot, causando uma impressão péssima de que é uma alcoólatra. Passar horas do dia com uma taça de champanhe cara nas mãos, desculpem, não é refinamento, é vicio, é alcoolismo. Val tem filhos que descobri pela internet. Mas sua incessante mania de desmistificar Narcisa é um retrato da pobreza que ainda esta enraizada nela. Saiu da favela, mas infelizmente não tirou a favela de dentro dela. Arrogante, temperamental, fútil, escandalosa. Uma mulher que outras a querem longe. Val da sempre a impressão de querer roubar o marido milionária das amigas, e duvido que não o faça, por que não há muito escrúpulos na loira alta, magra e rica. Um desperdício de vida.

Olhando essas mulheres e seus asseclas  dá pra entender o reduzido mundinho dos milionários do Brasil. Um povo falido que não se vê pobre, e pobres que enriqueceram e querem frequentar. Numa dessa, Eduardo Dusek lá no passado já mostrou quem são, é só escutar a musica...rs
Abraço a todos.


DIFERENÇA ENTRE MÃE E SOGRA

Duas distintas senhoras encontram-se após um bom tempo sem se verem. Uma pergunta à outra: 

— Como vão seus dois filhos... a Rosa e o Francisco? 

— Ah! querida... a Rosa casou-se muito bem. Tem um marido maravilhoso. É ele que levanta de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, faz o café da manhã, arruma a casa, lava as louças, recolhe o lixo e faz a faxina. Só depois é que sai para trabalhar, em silêncio, para não acordar a minha filha. Um amor de genro! Benza-o, ó Deus! 

— Que bom, heim amiga! E o seu filho, o Francisco? Casou também? 

— Casou sim, querida. Mas tadinho dele, deu azar demais. Casou-se muito mal... Imagina que ele tem que levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, fazer o café da manhã, arrumar a casa, lavar a louça, recolher o lixo e ainda tem que fazer a faxina! E depois de tudo isso ainda sai para trabalhar em silêncio, para sustentar a preguiçosa, da minha nora.

Dá pra entender por que noras detestam sogras?

abraço a todos e ótima semana

EU GOSTO É DE NOVELA BOA!

Lá no passado, no final dos anos 70, propriamente 1979, a Globo exibiu um texto de Gilberto Braga, que a critica concluiu ser um divisor de aguas na teledramaturgia. A novela em questão era dancing Days. Travava o embate de duas irmãs, vividas por Sonia Braga e Joana Fomm, Julia Matos e Yolanda Pratini. A segunda cria a filha da irmã que havia sido condenada a prisão e ao retornar há a disputa pelo amor da então jovem Gloria Pires.

Mais tarde Joana Fomm regressa as telas como Perpétua, e sua incessante vontade de destruir Tieta, irmã legitima, a qual nutria inveja doentia. E assim, foram, Odete Roitman e Celina, Raquel e Ruth e tantas outras, mas nenhuma delas até hoje deu tanta veracidade para um personagem de irmãs como Marjorie Estiano e Fernanda Vasconcelos.

Confesso que torci o nariz para as duas quando as vi anunciada. Achei uma escolha fraca, por que tinha preconceito com as ambas, devido a personagens passados. Mas me curvo ao talento das duas, e a incrível direção que fez de um texto magnifico a quase verdade de uma ficção.

Quando se fala em “A Vida da Gente” faz-se imediatamente uma ponte a Manoel Carlos e suas histórias do cotidiano, só que dessa vez, com a mão certeira de uma autora estreante ( com um texto assinado por ela, e não coadjuvante de algum figurão). Licia Manzo conseguiu assegurar um entretenimento as 18:00 hs quase impossível para um autor que sucedeu o campeão de audiência do ano de 2011, Cordel Encantado.

Marjorie e Fernanda deram vida à trama, claro que acompanhada de grandes atores para sustenta-las como protagonistas. A serenidade de Tiago Lacerda, Nicete Bruno e a magnifica personagem de Ana Beatriz Nogueira, e também a pequena Jesuela Moro ( Julia) foram capazes de costurar um enredo que desse as duas a capacidade de soltar-se e serem criveis. Do acidente que deixa Ana em coma a cirurgia da pequena Julia no penúltimo capitulo, a novela foi perfeita, calma, e emocionante.

Difícil criticar algum momento entre as duas, difícil optar em qual era a certa, em qual merece no ultimo capitulo ficar com Rodrigo, o amor de infância e de vida adulta das duas. A Vida da Gente é apenas uma ficção, que esfrega na cara de tantos, problemas familiares escondidos, guardados a sete chaves, ocultados dentro de armários. Uma mãe que detesta sua filha, por que acredita que a imperfeição física fez dela a uma  perdedora. 

Em contra partida a opressão a uma garota talentosa que pouco viveu, por que foi vitima dessa mesma mãe enlouquecida e mal amada.

É uma pena que Licia não esteve num horário nobre, que pudesse ser assistida por parte do publico. O horaria das 18:00 hs é complicado pra todos nós. Mesmo assim, nos últimos tempos acompanhei, e senti necessidade de dizer que ambas as atrizes ganharam minha admiração, meu respeito, e que possam num futuro repetir atuações como essa.

Jayme Monjardim é como Daniel Filho, dificilmente algo que passem em suas mãos não emocionem o publico.
Sentirei falta.

Abraço a todos e ótimo fim de semana.