"QUANDO" É HORA CERTA?

Existe um tema “tabu” que independente da época, das gerações ainda causa polêmica. A virgindade. Serei aberto no meu ponto de vista, e talvez enquanto escreva esse post até um tanto grosseiro na forma de me expressar, mas por que o assunto pede uma sinceridade absoluta, para que a opinião não soe hipócritas.

Há poucas semanas, no inicio da novela Insensato Coração, o personagem Leila (da lindíssima atriz Bruna Linzmeyer), disse para a irmã que precisava tirar um peso das costas, e queria se entregar para algum rapaz e perder a virgindade. Procurou entre os amigos, e selecionou o surfistinha bonitão, que a mulherada corria atrás. Deu pro cara, e não achou graça. Desfez o encanto, e viu que não era tudo aquilo que pensava.

Tenho uma opinião formada a respeito desse assunto. Não acredito que as meninas devam se entregar a qualquer um que encontre, sem que haja uma ligação amorosa previa. Digamos um namoro, com um tempo de duração suficiente para que ela sinta confiança em ter sua primeira experiência.

Quando isso acontece, o casal é jovem, por mais que o garoto seja um “safo” ele não será um Don Juan, um amante profissional. Vai saber fazer, mas não ao ponto de intimidar a garota. Esse é o tempo certo. A adolescência. No mais tardar aos 25 anos. Por que digo isso, por que me refiro à mulher apenas?

O homem muito cedo se julga (pelos códigos da sociedade) pronto para o sexo. Se manipula já no inicio da adolescência, e com os hormônios brotando pelos poros, não se contem, e a virgindade se vai, com a primeira menina (mulher, prostituta, ou seja lá quem for) que conseguir. Meninas não se “tocam”, são repreendidas e ouvem o tempo todo dos pais, que se ela “der” e engravidar, estarão mortas para eles. Pronto, cria-se uma celeuma sobre um assunto que deveria ser mais corriqueiro. A mulher entra em questão.

Ser virgem é um fator que impõe a mulher um status de “premio”. Ela guarda aquilo que julga ser seu bem maior para um homem modelo, um príncipe encantado, alguém que a levará ao sublime êxtase das divindades e quando percebem, estão frustradas, por que nada corre de acordo com o que idealizaram. Pode sim, não é regra, que algumas mulheres sintam-se encantadas pelo primeiro parceiro e achem que tudo foi lindo. Não há diferença de uma garota virgem, para uma não virgem. Não muda nada no rosto, não muda nada no corpo. Apenas a experiência é que se inicia.

Não prego aqui a questão da liberdade sexual de adolescentes. Não crio um conceito que é dever de uma menina sair da adolescência desvirginada. Não é isso. Acredito que a hora certa é la, no inicio da vida, das experiências pré maturidade.

Quanto mais se espera, mais expectativas se criam. Lembro-me de uma história que se desenrolou da seguinte forma: uma mulher de 30 e poucos anos, virgem pediu ao cara que trabalhava com ela que fizesse o favor de tirar-lhe a virgindade (sem a menor noção de respeito próprio) guardou-se até aquele momento, então esperasse mais um pouco. Bem, foram ao motel, e ela teve uma hemorragia terrível. Trauma e frustração foi o que ela conseguiu. Ao alardear para as amigas que perderia a virgindade, criou-se a expectativa em todos. Humilhada, demitiu-se do emprego.

É muito tênue a questão da hora certa. Apenas acredito que o passar do tempo, a maturidade que se aproxima complica cada vez mais a cabeça da mulher. No homem isso é pior, por que ser virgem aos 30 ou 40 anos, é um caos psicológico que devasta muito mais a autoestima do que de uma mulher, que alega estar bem nessas condições, e convive tranquilamente com o fato.

O sexo não é bom na primeira, nem na segunda vez. Demora até que o corpo se alinhe com a mente a pessoa descubra o seu próprio prazer. Por isso que com o passar do tempo, as mulheres ficam mais seguras, mais donas de si, e conseguem se sobressair aos homens na questão sexo. Os caras pensam que são os “fodões”, mas na verdade quem comanda a festa é a mulher, isso não há duvida. Quanto mais cedo ela se descobre, mais desinibida fica. Essas gerações novas estão se conhecendo melhor e deixando pra trás preconceitos que nossas mães e avós incutiam na cabeça dos filhos.

Não é viva o amor livre, mas viva a descoberta da vida.

Abraço e boa semana.

8 comentários:

Chiara disse...

Olá.. querido, nossos pensamentos são bem parecidos.
Concordo com vc quando diz q tem que acontecer de uma maneira natural, com uma pessoa que já temos uma certa confiança. Assim nos sentimos mais seguros.
Tudo acontece na hora certa !!!
E por que não dizer que a cada dia vivemos momentos de descobertas.
bjsss

Lobo disse...

Também penso assim. Sei lá, pelo menos entre quem eu conheço e fala sobre o assunto, nenhum deles relatou a primeira vez como sendo boa. Sempre foi "ok", ou "estranha" ahauahauahu

Atitude: substantivo feminino. disse...

Ainda vivemos esse mito da virgindade (feminina e masculina), por mais incrível que possa parecer.
Tudo resultado de uma sociedade que não dialoga, que não conversa abertamente sobre sexo.

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

Não sou adepto do conceito virgindade ... o momento certo de cada um, seja homem ou mulher, é dele ... só ele decide ... só acho q se deve ter maturidade e consciência do ato ...

parabéns pela reflexão

bjao

;-)

Cris disse...

Oi Rafa Sumido...........rs

Cada cabeça uma sentença, né? cada vida uma história com todas as suas raízes.

Sempre achei que o ser humano complica tudo. Muito. Em demasia.

Perdi minha virgindade com o cara que eu queria, em umas férias no Rio, na hora que eu me senti pronta e foi demais. Foi um momento único e genial.

Sempre disse para minha filha e meu filho que eles deveriam tentar fazer desse momento algo legal, que tivessem boas recordações e que só acontecesse no momento que eles se sentissem prontos, atraídos, envolvidos, desejados e seguros o suficiente para essa aventura linda.
Não deu outra!
Acho que cada um soube fazer do seu momento uma história muito leve, legal, pra cima e sem maiores complicações.

Sei lá, mas acho que tudo a gente sente antes. Há um aviso. Como se fosse um dispositivo. É só prestar atenção! Ainda escrevo um post sobre isso....rs
se a gente se ligar, se conectar, somos capazes de identificar até o momento da nossa morte, da partida final de definitiva. Afinal, somos emoção em ambundância.
Né, não?............rs

beijos

Cris Medeiros disse...

Acho que sou como essa personagem da novela. Se tivesse virgem até completar a maioridade arranjaria algum cara pra dá logo e acabar com esse tal mistério, que no fundo acho uma palhaçada.

Virgindade já foi algo que valorizasse uma mulher, hoje em dia nem tanto e dependendo da idade, conforme vc disse, pode ser um fator que atrapalha bastante. Imagina uma virgem de 35 anos? Os caras correm dela... ahahah

Bem... Eu sou a favor de perder logo virgindade e começar a desenvolver a sexualidade.

Beijocas

Cris disse...

Tá sumido, sim....rsrsrsrsrs

Perdoado, pq o tempo que vc dedica ao seu blog é dividido comigo ( e todos seus amigos) e isso preenche a ausência do amigo....rs
Não como deveria, mas... vai lá!

beijos

Que Show, Kisner! disse...

Assunto muito delicado, mas sinceramente, as meninas de hoje em dia não estão mais se dando o valor que elas tem. Saem 'dando' e foda-se tudo. Virgindade é algo muito íntimo, tem que saber esperar a hora certa. E tem que ser a pessoa certa sim! Já ouvi um menino de treze falando que disse para a namorada dele (ela tinha doze) que queria uma prova de amor e no caso, seria a virgindade dela. Não sei, tudo está precoce. Eu tenho medo disso!