Existem algumas situações na vida que podem ser consideradas como “uma humilhação programada”.
Em conseqüência de check up tive que fazer exames aos quais desde os 7 anos de idade não sabia do que se tratava. Inúmeras ampolas de sangue ( que ainda serão coletadas, por que os faço nessa segunda-feira de madrugada, as 7:00 hs...rs ) e o pior de todos, o exame de fezes.
Conto isso, por que confesso não saber como e nem de que forma deveria ser coletado o, como posso dizer, material?
Como é humilhante isso. Você pegar um potinho minúsculo ( com uma pazinha de microscópica dentro) e ter que guardar ali dentro dejetos seus para serem entregues na mão de uma recepcionista. Ela obviamente está acostumada com isso, mas minha cara de trouxa será inevitável. Complicadíssimo chegar no balcão com potinhos e dizer: moça, onde coloco meu cocô?
Da mesma forma digo o quanto deve ser humilhante para nós homens o exame de toque para próstata. Eu não preciso disso ainda, Graças!!! Não estou na idade de necessitar desses exames. O médico até questionou, mas olhando minha ficha, voltou atrás, e disse que esperasse os anos futuros. Quer dizer, a humilhação de levar uma dedada de um médico, numa posição constrangedora já foi anunciada e marcada. No futuro também terei que me submeter a essa situação embaraçosa.
Meu pai sempre foi um homem sério, de poucas piadas, e extremamente rígido em questão de palavrões ou bobagens ditas em casa. Falar sobre sexo com ele, jamais. Não deu brecha para nenhum dos filhos questioná-lo a respeito.
Bem, quando precisou de uma cirurgia do coração em São Paulo, ficou internado por uma semana antes da procedimento cirúrgico, sendo apalpado por todo o tipo de enfermeiros que havia no hospital. Tudo normal para um pré operatório. O que ele não esperava é que na véspera quando o prepararam para a cirurgia, que aconteceria na primeira hora da manhã, duas jovens e belas enfermeiras aparecessem no quarto, com uma cambuquinha, pincel de barba e gilete, para fazer a raspagem do corpo inteiro...rs rs rs. Por tratar-se de safenas, as pernas também foram depiladas, incluindo a genitália.
Lembro que as primeiras palavras dele quando saiu da UTI do pós cirúrgico e já estando confortável no quanto foram: Que humilhação aquelas enfermeiras me raspando. Erguendo tudo e jogando de um lado pro outro para raspar. Nunca me senti tão pequeno e humilhado como ontem a noite. E não parou por aí, como ele já era um senhor de 56 anos, a próstata foi examinada a exaustão, por que um urologista invocou que havia algo errado. Na permanência dele no hospital foram 4 exames de toque.
Tenho uma amiga dona de um laboratório clinico aqui em Campinas que certa vez nos contou que algumas pessoas quando tem que fazer exames de fezes, não entende que o potinho se adquire na farmácia, esterilizado, ou é dado pela enfermeira no próprio laboratório. As pessoas chegam com potes de margarina lotados de cocô, ou latas de Nescal, cheias até a borda. Rs rs rs...olha, da dó da ignorância alheia, mas não deixa de ser engraçado.
As mulheres tem lá seus exames médicos difíceis também, principalmente os ginecológicos, mas estão ali, pau a pau com o de próstata do homem. Não venham se julgar vitima, por que nessa, nós homens saímos ganhando. É horrível, se submeter ao exame.
E não para por aí. Há o também humilhante “espemograma”, ao qual você sentado na recepção sabe o que todos aqueles homens irão fazer logo logo. Chamados pelo nome, encaminhados a salinhas coletoras com um potinho na mão. Que situação constrangedora. E o pior, entregar o bendito do potinho, por que em certos lugares não se deixa no local onde coletou, tem que entregar na mão da “mocinha”, por que nunca é um cara que vai fazer sua ficha, e guardar o material. Ainda dá aquela impressão de que ela olha a quantia e pensa: hummm, tava cheio hein!!! HUMILHANTE.
Sei que há muitos outros exames invasivos e horríveis, mas rogo que não seja obrigado a passar por eles...rs rs rs. Que me poupem disso!!!
Abração e boa semana a todos.
Ps.: ta muito dificil postar nesse blogspot, a configuração ta um lixo. Sobram espaços enormes entre fotos e textos.