Com o feriado religioso da ultima semana, muito se falou da igreja católica e seus escândalos dos últimos tempos. Prato cheio para emissoras evangélicas como a Record, que incansavelmente anunciou na sua cópia do “fantástico”, matéria abordando o assunto.
Bem, então vamos lá. Sou católico de formação, cresci sob o julgo de que tudo era pecado. Neto de avós carolas, de ambos os lados, freqüentava a missa religiosamente todos os domingos, chovesse canivete ou não.
Fiz catecismo e primeira comunhão numa igreja comandada por padres agostinianos, espanhóis. Terríveis, malcriados, estúpidos. Mas nunca me ative ao fato de ser ou não certo o comportamento agressivo daqueles padres. Como era pecado questionar qualquer atitude vinda da igreja católica, simplesmente deixava de lado, alias, era criança, não me interessava saber. Nessa fase da vida, você obedece, e não questiona. A sorte que mesmo sendo de família católica, minha mãe nunca almejou um filho padre ou quis que trabalhássemos na igreja como coroinhas ( digo eu e meu irmão).
Mas minha avó materna sim se dedicou a igreja, ajudou a comunidade, trabalhou arduamente no propósito de edificar uma prédio. Com o passar do tempo, essa comunidade elitizou-se. Foi nesse período que minha avó já com certa idade acompanhou meus pais que se mudaram de bairro. Ela veio morar conosco. Distanciou-se do seu trabalho abnegado em prol da comunidade.
Encurtando o assunto, quero mostrar o porquê desse post. Na verdade quero falar sobre padres, não sobre a instituição católica. Voltando ao assunto “minha avó”, em meados de 2000 adoeceu e foi desenganada pelos médicos no hospital onde estava internada. Como sabíamos do seu desejo de obter o Sacramento da unção dos enfermos (antiga extrema unção), recorremos ao Padre daquela comunidade que a conhecia desde jovem, que muitas vezes dividiu a mesa conosco. Uma tia o procurou, em seguida eu. A resposta ao telefone, naquele momento difícil que passávamos foi:
Bem, então vamos lá. Sou católico de formação, cresci sob o julgo de que tudo era pecado. Neto de avós carolas, de ambos os lados, freqüentava a missa religiosamente todos os domingos, chovesse canivete ou não.
Fiz catecismo e primeira comunhão numa igreja comandada por padres agostinianos, espanhóis. Terríveis, malcriados, estúpidos. Mas nunca me ative ao fato de ser ou não certo o comportamento agressivo daqueles padres. Como era pecado questionar qualquer atitude vinda da igreja católica, simplesmente deixava de lado, alias, era criança, não me interessava saber. Nessa fase da vida, você obedece, e não questiona. A sorte que mesmo sendo de família católica, minha mãe nunca almejou um filho padre ou quis que trabalhássemos na igreja como coroinhas ( digo eu e meu irmão).
Mas minha avó materna sim se dedicou a igreja, ajudou a comunidade, trabalhou arduamente no propósito de edificar uma prédio. Com o passar do tempo, essa comunidade elitizou-se. Foi nesse período que minha avó já com certa idade acompanhou meus pais que se mudaram de bairro. Ela veio morar conosco. Distanciou-se do seu trabalho abnegado em prol da comunidade.
Encurtando o assunto, quero mostrar o porquê desse post. Na verdade quero falar sobre padres, não sobre a instituição católica. Voltando ao assunto “minha avó”, em meados de 2000 adoeceu e foi desenganada pelos médicos no hospital onde estava internada. Como sabíamos do seu desejo de obter o Sacramento da unção dos enfermos (antiga extrema unção), recorremos ao Padre daquela comunidade que a conhecia desde jovem, que muitas vezes dividiu a mesa conosco. Uma tia o procurou, em seguida eu. A resposta ao telefone, naquele momento difícil que passávamos foi:
- Não entendo por que dessa cisma de vocês comigo. Uma mulher já me ligou e eu disse que não posso, estou ocupado. Há tantos Padres na cidade, por que eu? Estou longe, com meu dia atarefado. Por favor, ache outro que possa atendê-los. E desligou.
Foi nesse momento que rompeu em mim o vinculo com a igreja católica. Continuo sendo sim, católico apostólico romano, mas cada vez menos crente na instituição. Pouco tempo depois, fui convidado por minha mãe a assistir a missa numa igreja nova, em outro bairro onde morávamos. O Padre tinha sido remanejado de um local onde havia um assentamento recente, por atitudes que não agradavam ao clérigo. Na igreja, quando um padre faz algo errado, a punição é ser transferido, e só. Bem, a missa foi péssima, o homem era um subversivo, que passou boa parte da sua celebração criticando ricos, falando agressivamente sobre diferenças sociais. Quase imputando aos que ali estavam a culpa pela miséria humana. Em sua homilia, falou apenas de Roberto Marinho e Xuxa, e o poder nefasto que ambos exerciam no povo. Convenhamos você vai a igreja buscar paz, conciliação com o irmão, e não um palanque eleitoreiro. Segunda decepção.
Por ultimo, ao cumprimentar um padre amigo do meu irmão e esposa, fui literalmente “alisado” por ele...rs rs rs. Segurou minha mãe de uma forma tão indiscreta que me causou repulsa.
Nesses três pontos que descrevi, a igreja estava de lado ( digo a igreja de Cristo, onde se vai em busca de amor e paz), mas estava a igreja dos homens, de Padres que deveriam arrebanhar ovelhas e não desprezá-las, aliciá-las, e espantá-las.
Hoje vejo a igreja que fui formado afundada em escândalos de pedofilia. Vejo Padres sacudindo a batina na televisão em shows e não missas, e por fim praticando aquilo que durante minha infância escutava ser coisa de “crente”, o exorcismo.
Por que a igreja não aproveita o ensejo dos escândalos de pedofilia e moraliza de vez essa baderna dos padres? Por que evitar o assunto e tentar dissuadir os fiéis de que isso não é perversidade, é coisa do demônio. Onde e quando a igreja católica irá de novo dar exemplos de amor ao próximo. Vejo-me no direito de falar sobre isso por que sou católico, não menciono problemas em outras religiões ou crenças por que o post não é pra isso. Cada um argumenta sobre o que lhe é de propriedade.
Já não somos mais um país de maioria católica. Cada vez mais formam-se igrejas evangélicas, com pastores sem estudo bíblico, que gritam, esbravejam e nada passam aos fiéis a não ser um fanatismo descontrolado e o ódio por católicos. Aqui deixo o entendimento que não é generalizado e há sim muitas igrejas evangélicas que seguem os preceitos do cristianismo.
Sabemos bem que o fruto de tantas discórdia em países de formação religiosa extremista, é o fato de não se aceitarem. O Brasil corre o grande risco de no futuro ter uma igreja, um templo, ou seja lá onde estiver a manifestação religiosa, ser vitima de ataques terroristas. Há uma intolerância crescendo dentro das comunidades. Hoje um católico é errado, é vitima das mazelas que os Padres mostram por aí. No passado, em escolas publicas, crianças evangélicas eram retiradas das salas de aula quando o tema era religião. Hoje falta muito pouco para que essa discriminação idiota seja com um católico. A igreja de Pedro está em julgo, se nada for feito para que o povo sinta a justiça contra os malfeitores que nos envergonham muito em breve o êxodo será bem tão grande que missas serão rezadas para moscas.
Enfim, continuo acreditando nos mesmos santos do passado, sendo devoto das mesmas manifestações de Nossa Senhora, mas profundamente decepcionado com a estrutura que o “homem” criou dentro da igreja. Isso por que não quis abordar a mesquinharia das instituições de ensino como a Pucc, onde tive formação acadêmica.
É isso, desculpem alugar a todos com esse tema, mas eu precisava falar sobre...rs rs rs
Por ultimo, ao cumprimentar um padre amigo do meu irmão e esposa, fui literalmente “alisado” por ele...rs rs rs. Segurou minha mãe de uma forma tão indiscreta que me causou repulsa.
Nesses três pontos que descrevi, a igreja estava de lado ( digo a igreja de Cristo, onde se vai em busca de amor e paz), mas estava a igreja dos homens, de Padres que deveriam arrebanhar ovelhas e não desprezá-las, aliciá-las, e espantá-las.
Hoje vejo a igreja que fui formado afundada em escândalos de pedofilia. Vejo Padres sacudindo a batina na televisão em shows e não missas, e por fim praticando aquilo que durante minha infância escutava ser coisa de “crente”, o exorcismo.
Por que a igreja não aproveita o ensejo dos escândalos de pedofilia e moraliza de vez essa baderna dos padres? Por que evitar o assunto e tentar dissuadir os fiéis de que isso não é perversidade, é coisa do demônio. Onde e quando a igreja católica irá de novo dar exemplos de amor ao próximo. Vejo-me no direito de falar sobre isso por que sou católico, não menciono problemas em outras religiões ou crenças por que o post não é pra isso. Cada um argumenta sobre o que lhe é de propriedade.
Já não somos mais um país de maioria católica. Cada vez mais formam-se igrejas evangélicas, com pastores sem estudo bíblico, que gritam, esbravejam e nada passam aos fiéis a não ser um fanatismo descontrolado e o ódio por católicos. Aqui deixo o entendimento que não é generalizado e há sim muitas igrejas evangélicas que seguem os preceitos do cristianismo.
Sabemos bem que o fruto de tantas discórdia em países de formação religiosa extremista, é o fato de não se aceitarem. O Brasil corre o grande risco de no futuro ter uma igreja, um templo, ou seja lá onde estiver a manifestação religiosa, ser vitima de ataques terroristas. Há uma intolerância crescendo dentro das comunidades. Hoje um católico é errado, é vitima das mazelas que os Padres mostram por aí. No passado, em escolas publicas, crianças evangélicas eram retiradas das salas de aula quando o tema era religião. Hoje falta muito pouco para que essa discriminação idiota seja com um católico. A igreja de Pedro está em julgo, se nada for feito para que o povo sinta a justiça contra os malfeitores que nos envergonham muito em breve o êxodo será bem tão grande que missas serão rezadas para moscas.
Enfim, continuo acreditando nos mesmos santos do passado, sendo devoto das mesmas manifestações de Nossa Senhora, mas profundamente decepcionado com a estrutura que o “homem” criou dentro da igreja. Isso por que não quis abordar a mesquinharia das instituições de ensino como a Pucc, onde tive formação acadêmica.
É isso, desculpem alugar a todos com esse tema, mas eu precisava falar sobre...rs rs rs
Abração e boa semana.
6 comentários:
Ei Rafael
O tema realmente dá pano pra manga... Não sou católico e hoje nem evangélico mais... rompi com a instituição e de forma definitiva.Não rompi com Deus e nem com o cristianismo, de fato não.Mas não suporto a manipulação religiosa em nenhum aspecto. Acho que a graça de Deus manifesta em Cristo jesus é algo muito simples e completamente inclusiva.
Grande abraço querido
Nossa, que desabafo em Rafa. Senti que está mais leve...enfim. Eu tive uma tia avó freira e malvada hehehe, irmã de minha vó...Minhas tias irmas de minha mae sofreram com ela que obrigava-as a limpar o chao e fazia elas dormir no mesmo colchao sujo onde cachorros havia dormido e mijado..q situação hein hehe. Efim..São sou religioso, pra mim tanto faz como fez o modo como as igrejas conduzem seus fiéis. Não precisa seguir uma religião pra ter a generosidade e a bondade dentro do coração. Isso esta dentro de cada pessoa, nasce com ela, ou ela adquire com a vida, dependendo da vida.
Agoraa eu ri com os padres balançando a batina hehehe em shows, tem uns q dança até o tchan hehehe.
abraçuuu.
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A nossa história é uma construção de acertos, equívocos, estupefações, decepções, vales e montanhas. Somos uma espécie de gerúndio. Seres cujas ações estão em movimento. Acontecendo na existência de cada um.
Te li como quem reconhece que o processo de crescimento se dá pra dentro. E concordo contigo com relação às instituições religiosas. Penso que o que existe nelas é apenas o lado humano de fazer as coisas.
E Deus, o que tem a ver com isso? – eu [me] pergunto. Nada. Deus não tem nada a ver. Deus é Deus. Ou, antes, é amor ou o nome que queiramos dar a Ele. Deus não é pra ser decorado ou mecanicamente cultuado. Deus é pra ser crido. Mas não crido como quem entende de doutrinas ou sistematizações de fé. Não! Crido como quem sabe que a vida em nós é uma mensagem eloqüente de sua existência.
Prossiga amando, pois quem ama, reza infinitas vezes, traz o Pai pra dentro de si!
Desculpe a delonga nas letras, nas palavras, enfim. Termino com versos proféticos de uma canção cheia de Evangelho [basta ter olhos para ver!]:
“Quando o Sol [ou lá o nome que queiramos dar a Ele] bater na janela do seu quarto, lembra e vê que o Caminho [ou lá o nome que queiramos dar a Ele] é Um só!”
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Olá Rafael! Td bem?
Bom, hoje em dia não me considero de religião alguma, acredito no amor como o Dand falou, acredito em Deus, continuo apreciando Nossa Senhora Aparecida, mas enfim, faz muito tempo que não entro em uma igreja. E olha que eu sou batizado, fiz primeira comunhão por vontade própria e fiz até crisma, tudo porque eu quis. Já que minha mãe sempre quis respeitar a religião que eu quisesse ter e não importa qual, mas eu era que tinha que mostrar interesse. Fora isto, estudei minha vida inteira em escola de freiras e colégio de padres. Então, deu para perceber que eu tinha tudo para me tornar fanático... rs. Mas como vc, me decepcionei muito com os "homens" da Igreja, "homens" como seres humanos, posso dizer até que me decepcionei de muitas coisas que o catolicismo pregava. Depois eu fui entrando para o Espiritismo, mas daí é outra história... rs
Grande abraço!
Olá Rafael me senti identificado com o que vc escreveu nesse post. Também sou catolico e acredito em Deus, porem as instituições religiosas estão cada vez mais se afastando da vontade de Deus, isso é do amor ao proximo e tals. Sou cristão sim, mas não comungo com muitas coisas q a igreja prega e faz ( como por exemplo os casos de pedofilia). E concordo tb quando a Dand diz laa em cima que nao preicsa ser religioso para ter bondade e generosidade dentro do coração!
Gostei do blog
tô seguindo!
Abraços
Profundo ai heim! Que bom lavar a alma! Eu não sou católico, mas respeito todos que queiram seguir a esta ou aquela religião. O que importa é como vc se relaciona com Deus! A Igreja é dos homens! Eu nasci e cresci dentro da igreja e não me arrependo, pois aprendi muito do que sou hoje... mas quanta gente interesseira se colocou lá dentro pra tirar proveito... então, dessa corja, to fora...
abçs
Má
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