EU, EU MESMO, E O BICHOS.



Não sou uma pessoa muito feliz com animais. Assim, deixa explicar. Não que os bichinhos não gostem de mim, acho até que gostam demais...RS RS RS...esse é o problema.

Tenho algumas passagens dramáticas com os bichos, sejam eles da “marca” que forem...rs rs rs...Espécies diversas e todos judiam de mim.

Quando criança, digo, uns 6 ou 7 anos. Sim, podem ter certeza, me lembro muito bem dessa passagem, fui com meus pais numa galeria no centro da cidade aqui em campinas. Um lugar lúdico onde havia um cinema desses quase caseiros, chamado “Paradiso”. Era um espaço pequeno, com lojinhas minúsculas, mas muito bonito, bem decorado. O percurso que se fazia da entrada até o fundo era dividido em duas alas, e no meio um jardim todo florido, com uma fonte e uma replica da Maria fumaça. Junto disso tudo um macaquinho (mico) que ficava numa gaiolinha, e tirava um papelzinho quando o dono tocava um realejo. Em determinado momento meus pais insistiram para que parássemos e brincássemos com o bicho. Não curti a idéia, mas beleza...criança nessa idade não opina.
Sei que cheguei perto e o putinho do macaco tirou um papel e esticou o bracinho pra mim. No que fui pegar ele pulou de cima da gaiolinha direto na minha cabeça, agarrando meu cabelo. Desespero total, gritos e o macaco com uma mão segurando minha boca pela lateral, sabe? esticando minha bochecha como se quisesse rasgar meus lábios, e outra mão agarrada no cabelo. Não feliz, o cretino fez bobiça na minha cabeça...sim...ele fez sexo com meu crânio infantil...rs rs rs.
O dono do viadinho, quer dizer do macaquinho puxava de um lado, minha mãe de outro, eu gritando e o miquinho la...só no fuc fuc. Terminei descabelado, traumatizado e mijado...o bicho depois de um safanão do dono, urinou na minha cabeça. URINOU...ok...rs.

Quando adolescente, havia uma vizinha que morava ao lado de casa que era do tipo que criava 20 gatos, e dezenas de cachorros. Um dia, deram veneno para todos os bichinhos e apenas dois cachorros sobreviveram. Hoje me compadeço do sofrimento dela na época, mas quando isso aconteceu a vizinhança toda deu Graças.
Bem, os cãezinhos sobreviventes eram dois vira –latas horrorosos, mais feios como o cão chupando manga. Um preto e branco todo ouriçado chamado “Veroca”...coitadinho, devia ter problema de identidade. O outro menorzinho pulava como uma mola. Muito alto, não eram saltos com as patas de trás, eram com as quatro ao mesmo tempo, como se tivesse numa cama elástica. Seu nome: Pópulos.
Ambos infernais, briguentos e fedidos...oh!! como fediam aqueles cães. Certo domingo de manhã, meus pais saíram e eu fiquei sozinho em casa dormindo. Nessa época a gente dorme pesado, e por horas e horas, e o sono nunca acaba. Bem, estou eu belo e formoso dormindo já próximo do meio dia quando me incomodo com um cheiro estranho. Ao abrir os olhos dei de cara com o focinho do pópulos a 5 cm da minha boca, dividindo o mesmo travesseiro comigo.Como era um cachorro bravo, tive a sensatez de não pular da cama. Nunca pensei tão rapidamente no meio de um susto. Levantei muito devagar, e ele ficou lá, no soninho de princesa dele. Tranquei a porta até meus pais voltarem. Mas a pergunta era: de onde raios o bicho veio.
Bem, havia uma viela sanitária no fundo de casa, que era coberta. Não havia nem um trechinho de terra, tudo com piso. Mas na casa da vizinha não. Ele entrou na viela sanitária, abriu o bueiro no fundo de casa, saiu, entrou no meu quarto, deitou-se comigo...e ali ficou. Pra ter uma idéia, o fedor dele ficou encranhado no colchão. Precisamos trocar para que pudesse dormir.

Minha amizade com os bichos não é muito boa. A poodle da minha sobrinha mijava quando a pegava no colo.
Tivemos um Husky Siberianos quando já estávamos adultos. Era um escravo desse cão, porque além de deixar apenas eu escová-lo, tinha que ficar cantarolando ou dizendo: Nick...bonitinho...belezinha...meninão do papai. Se parasse, ele rosnava com aqueles dentes enormes de lobo e fazia menção de atacar. Morria de medo dele. Mordeu todo mundo de casa, menos eu.

Não pudemos ter animais de estimação quando criança por que minha mãe e avó não deixavam. Mas pela solidariedade de um tio, pudemos criar um passarinho. Chamava-se “Bigulo”, era um pássaro hibrido de canário com pintassilgo. Quer coisa mais besta do que ter um passarinho? Bem, passeávamos de bicicleta com a gaiola... eu e minha irmã. Certo dia ao pendurá-lo na porta da cozinha, errei o preguinho da parede e joguei bigulinho no chão. Desespero, porque o pobre ficou estirado no fundo da gaiola em coma. A moça que ajudava minha mãe na época, jogou água nele e fez respiração boca a bico, o que o ressuscitou. Mas bigulo nunca mais foi o mesmo. Muitas vezes ele disparava a cantar como se explodisse o peito, em seguida caia no fundo da gaiola com as asas abertas estrebuchando. Minutos depois levantava como se nada tivesse acontecido. Não sabíamos se aquilo era um show e a cena final era no fundo da gaiola ou se tinha ficado epilético.

Já adulto, um pouco antes de mudar da casa dos meus pais, minha sobrinha começou a criar Hamister. Um deles escapava silencioso da gaiola e ia direto pro meu quarto. Muito tempo depois descobri que ele havia comido todos os meus trabalhos de faculdade que ficavam guardados. Era um amontoado de papel picado com centenas de bostinhas secas em cima. Eu gosto de guardar recordações...rs rs rs. Maldito!

Hoje não crio nada, apenas convivo de vez em quando com as calopsita histéricas da minha irmã. O macho faz fiu-fiu quando entro, e depois dispara, “vem cá neguinho”...Medo disso!!!

A gata da minha mãe ataca minha perna e morde meu calcanhar.

Só Filomena Cristina, a cachorra de uns amigos que me ama. A única que pede massagem na pata, e me cumprimenta sempre que eu chego. Esses dias, quis fazer bobiça na minha perna...mesmo sendo castrada. Rs rs rs...

Santa Filomena Cristina..a única que me entende...rs

Não dou sorte com animais de estimação.

Abração em todo mundo e bom fim de semana
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7 comentários:

Robson Schneider disse...

Dr. Dolittle? hahahaha

Andrea Pagano disse...

KKKKKKKKKKKK
Minha boca esta doendo de tanto rir ...muito boa ...como pode acontecer algo assim? Do mico?
Daria um filme de terror trash tudo isso ...rsrsrs
O final ...com a Filó de Santa ...inacreditável !!!
Parabéns mais uma vez!
Otimo final de semana para vc...
Abs

SAL disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... coitado!!!

fiquei com dó...

já ouvi falar da filomena... só não sabia que ela tinha uma tendencia islamica!

mas oh... tenta uma aproximação com um cachorro boxer... vc vai mudar (ou pelo menos ter mais uma exceção!)

bjo e otimo fds! :)

Arsênico disse...

Sempre amay animais de estimação! Cachorros então... perdi as contas de quantos tive... O quintal do outro lado da rua é um verdadeiro cemitério canino...

Além de gatos... Porquinhos da Índia... Periquitos... enfim!

Mas de um tempo pra cá... comecei a ter aversão a animais...

Tenho uma Poodle da minha irmã que a amo mais que muitos parentes... Mas quando passo a mão nela pra fazer carinho... depois não toco mais em nada enquanto não lavo bem as mãos!

Mas eu a amo mesmo assim!!!

E a Santa Filomena Cristina é uma gracinha!!! Gostei dela!!!

***

umBeijo e bom Findize!

:D

Serginho Tavares disse...

eu tive vários animais.. adoro cães
e odeio gatos

Marcos disse...

Rafa... essa história do mico é otima, porque sei o capricho que você tem com seu cabelo... que ofensa um mico atacar suas madeixas....
Filomena Cristina é simplesmente TUDO DE BOM, ela interage mais do que muitos seres humanos... ela é linda!
Valeu!

Rute Beserra disse...

Olá Rafa, ri ao ler seu post sobre o mico.Que mico safado!rsrsrs....
Parabéns pelo texto, claro e objetivo ao lermos, nos reverte a cena.
ótimo domingo a vc, beijos!