O livro das Misses

O livro “Pequeno Principe” sempre foi piada quando se trata de misses no mundo todo. Em algum momento surgiu este estigma para as candidatas, alguma deve ter falado, ou sido orientada a falar.
Realmente Saint-Exupéry quando escreveu sua obra, o fez para crianças, mas o texto é cheio de revelações, de reflexões sobre a infância. É uma obra adulta, e compreende-la faz do leitor um ser inteligente.
Ontem sem querer me lembrei de um trecho do livro, e busquei na memória para rever e ver se o que havia pensado realmente estava certo.
[..."Você deve ser muito paciente", disse a raposa. "Primeiro você vai sentar a uma pequena distância de mim e não vai dizer nada. Palavras são as fontes de desentendimento. Mas você se sentará um pouco mais perto de mim todo dia.

"Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa.

"E agora eu vou contar a você um segredo: nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas você não deve esquecê-la. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa."...]

Mais ou menos isso. Não sei se as frases estão reproduzidas com exatidão, mas o conteúdo é esse.
Eu sou como a raposa. Não sou fácil de ser conquistado. Não gosto de pessoas extremamente simpáticas que depois de uma hora sentado ao seu lado viram amigos de infância. Claro que existem pessoas que por alguma ligação espiritual, que não se tem conhecimento, tornam-se rapidamente amigos sinceros e insubstituíveis, mas a experiência de vida diz que isso acontece muito esporadicamente.
Gosto das pessoas que se chegam aos poucos, que se permitem conhecer em doses homeopáticas. E uma vez que adentrou meu universo, será responsável pelo que cativou...rs.
Cada um de nós cria expectativas sobre outros que muitas vezes não são capazes de retribuir. Sempre disse isso a minha mãe, que tem esse problema, projetar planos e expectativas em pessoas, e quando não se concretizavam, fica arrasada.
Cresci com esse exemplo e por muito tempo fui igual, mas a vida, o mundo e as pessoas te ensinam as duras penas que essa maneira de enxergar o outro é errada. Claro que sou sim responsável pelo que cativo, não me eximo disso, pelo contrario, sou atento a tudo que abracei pra mim.
Sou a raposa, e como ela, aberto a tudo e a todos que queiram me cativar. Se chegarem de mansinho, como o Pequeno Príncipe, certamente ganharam mais que a confiança, ganharão um pedaço do coração.
Boa terça, boa semana pós feriado.
Abraço a todos.

5 comentários:

M. disse...

O importante é ser você mesmo e permitir que as pessoas o conheçam desta forma. Também, antes de criar expectativas sobre alguem, saber exatamente o que você espera de si próprio.

Um beijo.

Serginho Tavares disse...

o legal dele que pode ser livro em qaulquer época

ManDrag disse...

Tudo na vida se ganha, grão a grão como diria a galinha.

Os sonhos perseguem-se, mas os sentimentos, como amor e amizade, cultivam-se e espera-se que floresçam.
Apenas a paixão é arrebatada e expontânea, mas essa já sabemos como é efémera.

Não podemos amar ninguém se não nos amarmos a nós mesmos e para isso é necessário nos conhecermos e nos aceitarmos.

Unknown disse...

Tá filosofando hoje é??? Miss Rafael... leu o pequeno principe....

Nem vou comentar porque comecei a ler o pequeno principe e achei um porre...rs..rs...

enfim só para dizer que mansinho é com "s" e não com "c"....

abçs...

Susyanne Oliveira disse...

Olá Rafael!
Realmente concordo com o lance da superficialidade.
Conheço uma pessoa que se encaixa devidamente nesses padrões.
É muito desagradável ver o quanto ela se esforça pra se tornar intima das pessoas mesmo que estas nem saibam que ela existe.
Pra mim é deprimente.
Não gosto e prefiro conhecer as pessoas bem devagar.
Assim vou vendo os defeitos e as qualidades sem me precipitar.
E também não fico deseperada para que gostem de mim. Essas coisas devem fluir com naturalidade.
Acho que isso vem dando certo.

Beijíssimo