Um mês após a estréia de Viver a Vida, acredito ser o momento de fazer um balanço da trama de Manoel Carlos.
A sensação que temos ao sentarmos em frente a TV e assistirmos aos 50 minutos do folhetim, é de que estamos na sala de visita de um vizinho, de um parente, um amigo chegado. A forma clássica dos textos de Manoel Carlos segue sempre o mesmo padrão. Cenas casuais, misturadas com uma proximidade do real com doses de ficção, realidade e esperança.
Sou fã de carterinha desse tipo de texto. Acho o surrealismo de Agnaldo Silva ( na época de Tieta, Pedra sobre Pedra e afins) com os sotaques nordestinos, extremamente cansativos e enfadonhos. As novelas da vida real, podem receber criticas por mostrarem o mundo de uma forma crua, sem eufemismos, mas quando isso cai na mão de um gênio da teledramaturgia, digerimos como se fosse um filme Cult.
Sobre os personagens, a única menção a fazer é a quantidade de atores que a novela carrega em seu casting. Mita gente boa, muitas histórias paralelas que rendem assunto, mas que no frigir dos ovos acabam em segundo, terceiro ou até quarto planos, muitas vezes sumindo e perdendo o sentido na trama, como já aconteceram outras vezes com Maneco.
Lilian Cabral e Alinne Moraes formam um par em cena, onde química vaza pelos poros. Poucas vezes vi duas atrizes de gerações diferentes serem tão reais em cena, com tamanho entrosamento. Na verdade o núcleo onde estão Lilian e as filhas dificilmente foge da realidade. A impressão é sim, de uma mãe e suas filhas, mas a forma certa de ser, com atenção, brigas, discussões e diferenças.
José Mayer no seu tradicional papel de garanhão me incomoda um pouco. Talvez pela sátira um tanto chata do Casseta sobre o ator, fico com má impressão.
Não há um núcleo pobre, debochado e briguento como nas novelas de Agnaldo e Gloria Perez. Há um linha tênue de classes sociais. A impressão é que todos vivem bem, financeiramente.
A protagonista Tais Araújo boazinha, meiga, ainda não mostrou a que veio.
A novela é cheia de rostos lindos, figurinos e cenários impecáveis. Na verdade apesar de nada ter acontecido realmente de inovador, de dramático, sinto um enorme prazer em assistir Viver a Vida.
Faço uma ressalva a dois grandes nomes que despontam na trama. Mateus Solano simplesmente espetacular com seus gêmeos. E Barbara Paz, que finalmente conseguiu um personagem de destaque, a altura do talento.
Gosto de Manoel Carlos, e fico feliz por ele não ter trazido Regina Duarte para esse novo trabalho, que na minha opinião, é o único pecado cometido nas ultimas novelas de sua autoria.
A sensação que temos ao sentarmos em frente a TV e assistirmos aos 50 minutos do folhetim, é de que estamos na sala de visita de um vizinho, de um parente, um amigo chegado. A forma clássica dos textos de Manoel Carlos segue sempre o mesmo padrão. Cenas casuais, misturadas com uma proximidade do real com doses de ficção, realidade e esperança.
Sou fã de carterinha desse tipo de texto. Acho o surrealismo de Agnaldo Silva ( na época de Tieta, Pedra sobre Pedra e afins) com os sotaques nordestinos, extremamente cansativos e enfadonhos. As novelas da vida real, podem receber criticas por mostrarem o mundo de uma forma crua, sem eufemismos, mas quando isso cai na mão de um gênio da teledramaturgia, digerimos como se fosse um filme Cult.
Sobre os personagens, a única menção a fazer é a quantidade de atores que a novela carrega em seu casting. Mita gente boa, muitas histórias paralelas que rendem assunto, mas que no frigir dos ovos acabam em segundo, terceiro ou até quarto planos, muitas vezes sumindo e perdendo o sentido na trama, como já aconteceram outras vezes com Maneco.
Lilian Cabral e Alinne Moraes formam um par em cena, onde química vaza pelos poros. Poucas vezes vi duas atrizes de gerações diferentes serem tão reais em cena, com tamanho entrosamento. Na verdade o núcleo onde estão Lilian e as filhas dificilmente foge da realidade. A impressão é sim, de uma mãe e suas filhas, mas a forma certa de ser, com atenção, brigas, discussões e diferenças.
José Mayer no seu tradicional papel de garanhão me incomoda um pouco. Talvez pela sátira um tanto chata do Casseta sobre o ator, fico com má impressão.
Não há um núcleo pobre, debochado e briguento como nas novelas de Agnaldo e Gloria Perez. Há um linha tênue de classes sociais. A impressão é que todos vivem bem, financeiramente.
A protagonista Tais Araújo boazinha, meiga, ainda não mostrou a que veio.
A novela é cheia de rostos lindos, figurinos e cenários impecáveis. Na verdade apesar de nada ter acontecido realmente de inovador, de dramático, sinto um enorme prazer em assistir Viver a Vida.
Faço uma ressalva a dois grandes nomes que despontam na trama. Mateus Solano simplesmente espetacular com seus gêmeos. E Barbara Paz, que finalmente conseguiu um personagem de destaque, a altura do talento.
Gosto de Manoel Carlos, e fico feliz por ele não ter trazido Regina Duarte para esse novo trabalho, que na minha opinião, é o único pecado cometido nas ultimas novelas de sua autoria.
Sorte ao elenco.
Abraço a todos.
2 comentários:
Já critiquei mais o formato e a levada do Maneco (íntima!), mas a minh ataual opinião é de que ele escreve uma história, uma trama linear e bem amarrada, pautada em dialógos que podem ser ouvidos na fila do pão.
Ainda tenho uma leve queda por tramas mais aceleradas, que seguem o estilo novelão (com seus vilões, reviravoltas e quase sempre luxo e ostentação), mas reconheço todo o talento do Manoel Carlos por, na minha opinião, ser o melhor para construir perfil psicológico de persanagem.
Por incrível que pareça, meu último teto também fala de novela, olha lá.
Abraço
Poxa, queria um comentário legal á respeito mas eu nao vejo novelas. Há muitos anos já. Mas ouvi comentários de que essa nova é boa mesmo.
Boa sexta-feira :)
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