O que é perdão?

Hoje vou pegar o gancho do blog do Mike pra falar sobre um assunto que por coincidentemente conversava com a mãe de um amigo no domingo: O perdão.
Só para ilustrar a questão e fazer-me entender, a senhora em questão foi esposa de um bispo da igreja Metodista, a qual dedicou mais de 50 anos de suas vidas em peregrinações pelo país, construindo comunidades, e resumindo, fazendo o bem, através de uma obra de amor e caridade.
Em nosso papo descontraído eu disse que não acreditava no “Perdão” por si só. Aliás, acho o perdão algo divino, e muito longe de nós, seres enraigados de vaidades e egoísmos. O perdão é algo que vem do fundo da alma, e deveria ser proferido apenas quando sentíssemos que realmente aquilo soasse como verdade.
Então ela me contou a seguinte história: Como em todas as instituições (e as religiosas não ficam longe disso) existem fogueiras de vaidades, e indubitavelmente isso gera complôs, que sempre tem como finalidade destruir alguém. E no caso era o marido dela, o Bispo.
Uma rápida explanação: a igreja metodista é a que mais se assemelha a católica ( apesar de ser católico por formação, não quero dizer aqui que seja a certa, a verdadeira, ou seja lá o que for) apenas quero que entendam que um Bispo da igreja Metodista é tão importante quanto um arcebispo, um bispo ou mesmo cardeal dentro da igreja católica. Geralmente são indicados por um colegiado, e sem dúvida alguma preparados, por faculdades de teologia e tudo mais.
Mas ela me dizia que o marido havia sido vitima de um complô para destruí-lo, e dentro dessa “turma” encontravam-se amigos de anos, companheiros de faculdade. Eram em 18. O objetivo não se concluiu, mas o prejudicou mortalmente. Como uma pessoa de espiritualidade incrível, para ele foi como se nada tivesse acontecido, não odiou, não se magoou, nada. Apenas continuou com seu trabalho e esqueceu. Mas para essa senhora, a traição foi algo imperdoável e ela se doeu pelo marido. Confessou-me que chegou a odiar os 18 que injustamente prejudicaram seu marido.
Mas o ódio é o pior dos sentimento, e ela mais do que ninguém sabia disso, mas o ser humano é passível de sentimentos ruins e ela odiou os 18 homens. A forma que conseguiu para livrar-se disso era orar todos os dias a Deus pedindo que o coração se livrasse desta macula e que e que pudesse descansar. Por quase 1 ano orou e mencionou os 18 nomes, pedindo que Deus a ajudasse com o perdão. E assim foi, até que aos poucos os nomes foram sumindo da sua mente. Quando orava, já não se lembrava de todos os nomes e com isso foi entendendo que o coração ia se livrando do peso e o perdão estava ali presente, por que já não os odiava mais, pelo contrario, orava para que se arrependessem e não tivessem remorso de terem traído um amigo fiel. No final esqueceu de todos, e da traição.
A conclusão é que o tempo apaga, o tempo faz com que perdoemos os desafetos, mas isso não acontece sozinho. Acredito que ajuda divina nos auxilia para que consigamos olhar aquele que nos fez mal, e não sentir por ele algo ruim. Quando a pessoa passa a ser indiferente, é que realmente aconteceu.
O perdão é algo nosso. A pessoa muitas vezes nem sabe o quanto nos feriu. O perdão deve ser único e exclusivo para nós mesmos, para que vivamos tranquilamente.
É difícil não desejar àquele que nos fez mal, que pague o mesmo preço. Então perdões proferidos levianamente para mim não tem valor. Perdão na sua forma completa é aquele onde você desculpa o que te fizeram e ao mesmo tempo esquece. Perdoar e não esquecer, é volátil e não te traz paz.
Abraço a todos.

4 comentários:

Gustavo disse...

Genten!
Profundo, lindo, divino e elegante Post.

Adorei!
Já proferi perdão a algumas pessoas, mas como bem dito, na verdade o perdão parte de nós e nos faz esquecer do acontecido.
É dificil, mas não impossivel, não acredito que não sejamos evoluidos o bastante para poder perdoar porque como dito o tal perdão precisa partir de nós mesmos.

E tendo a vontade de, já está otimo, já esta no caminho e depois é deixar levar, manter a cabeça fria e seguir em frente.


Bjunda Rafa!

Anônimo disse...

Adorei!

Eu sou uma pessoa que perdoa pela boa convivência. Muitas vezes (a Maioria) isso não significa o perdão verdadeiro pois eu continuo sentindo a "dor", mas faço isso quieto, espero ela morrer sozinha ao invés de ficar me cobrando para acontecer.

Saudades de Deus, preciso fazer uma visita...

Anônimo disse...

i have to learn how to forgive. e voce definitivamente gosta de musica pop. volto mais. bjunda

Gustavo disse...

Hi!!! Rafaaaaaa!!

Fiz um MEME que recebi do crazy Bitch aqui de cima nos coments, dá uma olhadinha no meu Blog e se quiser fazer você está indicado.

Bjundá!