No meio do feriadão de carnaval, to eu aqui, feliz da vida, por que já descansei bastante, peguei um bronze, dormi pra car*$#@$¨%, comi só coisa boa, enfim, há tempos não ficava em paz.
Minha ultima história de carnaval é pessoal. Lembranças dispersas de carnavais da infância e adolescência. Na verdade, impressões da memória.
Quando criança, obvio como todo moleque pentelho com uma mãe sem noção, euzim ia para as matinês fantasiado. Lembro de ter ido de índio, de havaiano, de palhaço e outras um tanto constrangedoras, que nem vem ao caso. Eu era um moleque comprido e magricelo, então ao me animar no salão parecia uma rã epilética ( repito o que ouvi na infância e demorei até a adolescência pra entender). A diversão era juntar o máximo possível de confetes e amontoa-los perto da mesa, enquanto minha mãe e as amigas divertiam-se nos trenzinhos. Pensando na nojeira que era o chão do salão, me sinto um tanto envergonhado de pensar que eu nadava de braçada nesse chão, entre confetes e serpentinas.
Mas o que eu invejava mesmo eram meus irmãos aprontando-se para irem ao salão à noite, onde a diversão comia solta de verdade. Queria muito fazer quinze anos e poder ir com meus pais. Na verdade passei muito carnaval jogando dama, ludo e memória com minha avó. Eles diziam que ela tomava conta de mim...rs rs rs....na verdade eu aos 8 ou 9 anos é que tomava conta dela.
Mas os quinze anos chegaram, e eu fui no primeiro baile de carnaval a noite. Puta vida...que show foi pensar que eu iria a noite. Lembro de ter dormido a tarde toda, de verificar a roupa que eu iria quatrocentas vezes. Minha mãe sempre comprava mesa, e as amigas também, então juntava um povo, cheio de comes e bebes ao som das cornetas e batuques do varre, varre vassourinha.
Emoção. Quando parei na porta do clube e ouvi o som da banda, as pessoas animadas na porta apresentando carteirinha de sócio. Saquei a minha, mostrei para o porteiro e fui embora. A mesa da minha mãe ficava no andar superior do clube e ao subir as escadas vi aquele pisca, pisca das luzes e o bafo quente quando cheguei ao ultimo degrau.
Conhecíamos boa parte das pessoas do salão, por que cresci no meio desse povo. Logo chegamos a mesa, meus irmãos desapareceram e minha mãe ficou ali cumprimentando a velharada. Ah, por falar em velha, esse ano que ficou com minha avó, foi meu pai...rs rs rs.
Bem, o que eu imaginava de baile noturno era bem diferente. Não achei tanta graça, e em pouco tempo estava decepcionado. Rodei o salão varias vezes. Alguns momentos minha irmã veio fazer companhia, outras ela sumia. Meu irmão desapareceu. Na verdade mesmo que ele estivesse junto, faria de conta que não me conhecia. Bem típico...rs.
Vi a namorada do meu primo ( que estavam brigados há uns dias ) quase sendo atravessada pela parede num amasso com um cara desconhecido. Vi uma menina que morava perto de casa sentada sem calcinha. Vi a amiga da minha mãe roubando um copo da mesa ao lado. Vi gente de porre. Vi gente pondo a mão onde não devia. Vi a amiga da minha mãe me puxar para meio do salão, grudar no meu braço e me rodar até eu quase perder o sentido. Se eu tiver labirintite na velhice, a culpada é essa véia.
Moral da história, cheguei as sete da manhã em casa, com o ouvido apitando, as pernas bambas, um gosto horrível na boca ( nessa época insistia em querer gostar de cerveja), e com o estomago enjoado. Na saída do baile o clube servia uma canja ( muito gostosa), mas o marido de uma das amigas tirou a dentadura pra fazer graça e jogou no prato, ficou aquele balé de põe e tira a da boca, e quem me conhece sabe o nojo que tenho de dentaduras. Isso inclusive vai virar post num outro momento. Minha aversão por dentaduras.
E foi assim. Não quis mais ir ao salão aquele ano. Resolvi deixar meu pai se divertir um pouco, e fiquei em casa, eu e a velhinha jogando, assistindo desfile na tv, e ouvindo as ótimas histórias que ela contava.
Claro que voltei nos anos seguintes, até definitivamente concluir: eu odeio carnaval !!!
Ah, não esquecendo, o primo no dia seguinte perguntou se havíamos visto a namorada dele lá. Disfarçando dissemos que não e ele conclui: é, sabia que ela não faria isso comigo. Hoje são casados...rs rs rs.
É isso...abração a todos.
Minha ultima história de carnaval é pessoal. Lembranças dispersas de carnavais da infância e adolescência. Na verdade, impressões da memória.
Quando criança, obvio como todo moleque pentelho com uma mãe sem noção, euzim ia para as matinês fantasiado. Lembro de ter ido de índio, de havaiano, de palhaço e outras um tanto constrangedoras, que nem vem ao caso. Eu era um moleque comprido e magricelo, então ao me animar no salão parecia uma rã epilética ( repito o que ouvi na infância e demorei até a adolescência pra entender). A diversão era juntar o máximo possível de confetes e amontoa-los perto da mesa, enquanto minha mãe e as amigas divertiam-se nos trenzinhos. Pensando na nojeira que era o chão do salão, me sinto um tanto envergonhado de pensar que eu nadava de braçada nesse chão, entre confetes e serpentinas.
Mas o que eu invejava mesmo eram meus irmãos aprontando-se para irem ao salão à noite, onde a diversão comia solta de verdade. Queria muito fazer quinze anos e poder ir com meus pais. Na verdade passei muito carnaval jogando dama, ludo e memória com minha avó. Eles diziam que ela tomava conta de mim...rs rs rs....na verdade eu aos 8 ou 9 anos é que tomava conta dela.
Mas os quinze anos chegaram, e eu fui no primeiro baile de carnaval a noite. Puta vida...que show foi pensar que eu iria a noite. Lembro de ter dormido a tarde toda, de verificar a roupa que eu iria quatrocentas vezes. Minha mãe sempre comprava mesa, e as amigas também, então juntava um povo, cheio de comes e bebes ao som das cornetas e batuques do varre, varre vassourinha.
Emoção. Quando parei na porta do clube e ouvi o som da banda, as pessoas animadas na porta apresentando carteirinha de sócio. Saquei a minha, mostrei para o porteiro e fui embora. A mesa da minha mãe ficava no andar superior do clube e ao subir as escadas vi aquele pisca, pisca das luzes e o bafo quente quando cheguei ao ultimo degrau.
Conhecíamos boa parte das pessoas do salão, por que cresci no meio desse povo. Logo chegamos a mesa, meus irmãos desapareceram e minha mãe ficou ali cumprimentando a velharada. Ah, por falar em velha, esse ano que ficou com minha avó, foi meu pai...rs rs rs.
Bem, o que eu imaginava de baile noturno era bem diferente. Não achei tanta graça, e em pouco tempo estava decepcionado. Rodei o salão varias vezes. Alguns momentos minha irmã veio fazer companhia, outras ela sumia. Meu irmão desapareceu. Na verdade mesmo que ele estivesse junto, faria de conta que não me conhecia. Bem típico...rs.
Vi a namorada do meu primo ( que estavam brigados há uns dias ) quase sendo atravessada pela parede num amasso com um cara desconhecido. Vi uma menina que morava perto de casa sentada sem calcinha. Vi a amiga da minha mãe roubando um copo da mesa ao lado. Vi gente de porre. Vi gente pondo a mão onde não devia. Vi a amiga da minha mãe me puxar para meio do salão, grudar no meu braço e me rodar até eu quase perder o sentido. Se eu tiver labirintite na velhice, a culpada é essa véia.
Moral da história, cheguei as sete da manhã em casa, com o ouvido apitando, as pernas bambas, um gosto horrível na boca ( nessa época insistia em querer gostar de cerveja), e com o estomago enjoado. Na saída do baile o clube servia uma canja ( muito gostosa), mas o marido de uma das amigas tirou a dentadura pra fazer graça e jogou no prato, ficou aquele balé de põe e tira a da boca, e quem me conhece sabe o nojo que tenho de dentaduras. Isso inclusive vai virar post num outro momento. Minha aversão por dentaduras.
E foi assim. Não quis mais ir ao salão aquele ano. Resolvi deixar meu pai se divertir um pouco, e fiquei em casa, eu e a velhinha jogando, assistindo desfile na tv, e ouvindo as ótimas histórias que ela contava.
Claro que voltei nos anos seguintes, até definitivamente concluir: eu odeio carnaval !!!
Ah, não esquecendo, o primo no dia seguinte perguntou se havíamos visto a namorada dele lá. Disfarçando dissemos que não e ele conclui: é, sabia que ela não faria isso comigo. Hoje são casados...rs rs rs.
É isso...abração a todos.
4 comentários:
eu odeio dentaduras também.
só fui uma vez em um baile de carnaval e lembro de mamãe em cima da mesa e eu fazendo trenzinho com meu amigo cheirando loló [ou lança perfume?]
nunca me fantasiei.
a primeira vez que vi de perto um casal se beijar na boca foi no carnaval e fiquei impressionado.
adorei suas lembrança de carnaval mas eu teria contado tudo pro seu primo. não naquela época mas hoje em dia.
Claro que nem todos precisam passar pelo mesmo transtorno para passar a odiar carnaval....
Mas quero registrar que: Apesar de hj não curtir mais os bailes etc... eu já curti muito carnaval... quando beber... fumar... e ficar não deixavam a ressaca q deixa hoje.
Eu assisto na TV aquele povo suado se espremendo na rua atras de um trio eletrico ...e tenho minhas duvidas, se isso é felicidade e se é gostoso... Acredito que a maioria das pessoas que se esbaldam nessas festas têm algo inacabado na sua percepção do que efetivamente é felicidade e ainda não provaram coisa melhor...
abçs
Má
eu tambem nunca vui afim de carnval, a coisa bao e o feriado mesmo. mas nunca fui nuam micareta tambem. o meu carnaval desse ano, foi com certeza o melhor que eu ja tive. o melhor e o menos parecido com carnaval.
abraco ai
Ai ai acho que sempre amei carnaval.
Tá tem o feriado, tem os desfiles, tem o show de "CC" da Bahia, mas alguma coisa dentro de mim adoooooooora o carnaval.
Quando criança adorava curtir as festas de carnaval da escola, sair correndo que nem loko jogando confete na cabeça das meninas... eu falo sempre fui bee mirin hHAHAHAHHAHA.
Whatever...
Rafa, como assim agora vc odeia Carnaval... sem graça, mas tudo bem rsrs.
Mas, afinal de contas para um menino de 15 anos, sim menino vai, passar por tudo isso em um baile, nem eu gostaria de saber de baile quando passase o transe da festança.
Bom, odeiem ou amem, é carnaval e agora o ano de 2009 começa!!!
Bjunda
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