Meu ponto de vista

Até que ponto achamos que conhecemos as pessoas em volta?

Assistindo ao BBB8 (sim eu assisto) vejo claramente as intenções por trás de cada participante. Parece-me tão claro, tão nítido, que às vezes acredito estar errado.

O programa nada mais é do que uma analise antropológica do ser humano. Podem dizer que se trata de um lixo, que os confinados são pessoas superficiais, que há maracutaia para escolhê-los, e tudo mais, mas eu vejo como uma forma de compreender o ser humano, suas fraquezas, mascaras, e tentativas de sobrevivência.

Para quem assiste, o que se segue é minha visão de cada um dos sobreviventes. Se você que está lendo, não acompanha, acho que nem deveria prosseguir, mas se interessar, leia.

A seleção feita pelos psicólogos do programa apresenta todo o tipo de personalidades, várias delas encontramos assim do lado, na roda de amigos, no trabalho, enfim na nossa vida anônima.

Farei breves comentários. Os que já foram eliminados, não perderei tempo de falar, quero sim comentar dos que estão na casa ainda, por que depois de mais de sessenta dias confinamento, as neuras e verdades aparecem.


Nathália: muito nova, e muito rodada. Aquele tipo de mulher que os homens olham, desejam, mas não querem pra casar. Na verdade o tipo que daria uma boa esposa, por que é resolvida sexualmente. Ela gosta de cama e diz isso sem corar. Satisfaz o parceiro, mas como a nossa sociedade ainda é machista, é taxada de vagabunda. Um homem que saiba domá-la e satisfazê-la, terá uma companheira excepcional para o resto da vida, por que ela carrega a simplicidade e a ingenuidade da mulher brejeira.




Gysele: O tipo batalhadora. Aquela mulher que já fez o diabo para se manter. O silêncio guarda cicatrizes. Aquele tipo de pessoa que sorri chorando por dentro. Aquela que pouco fala, por que tem medo de se entregar, de desmoronar. Essas pessoas são ótimos amigos, aqueles que dão o sangue por você, caso haja entre ela e a pessoa um pacto de fidelidade. Mas é difícil conquistá-la e fazê-la confiar. Se não houver preconceito por nossa parte, essas pessoas se tornam amigos pra uma vida toda.



Marcos: O bobo. Aquele tipo de pessoa que nos enjoa rapidamente. Subserviente demais, atencioso demais, alegre demais. Mas como o próprio Pedro Bial disse, uma pessoa que não encara os problemas de frente, ele desvia. Fraco. Uma pessoa fácil de se decepcionar, e vai de acordo com a maré. Pouca personalidade.




Essas pessoas expostas a analise publica nada mas nos faz do que enxergá-los em quem nos cerca. Pensem em quantas desses vocês conseguem identificar no seu meio.


Marcelo: Apesar da formação, da inteligência, da experiência de vida, é aquele confuso, que não consegue assimilar as diferenças. Não quero mencionar a homossexualidade, por que isso não é relevante no traço de sua personalidade, o que ele é como pessoa independe da sua orientação sexual. O Marcelo é um cara amigo, daqueles que falam na tua cara o que ninguém tem coragem. É aquele que chega e vomita em você as opiniões e certezas que tem sobre o seu namorado(a) por exemplo. É o amigo que não consegue digerir uma injustiça e briga por você, se mete em encrenca por tua causa. Mas nem sempre reconhecemos esse tipo, só depois de termos decepcionado-o é que sentimos sua falta. Todos deveriam ter um Marcelo como amigo na vida, por que ele é o espelho com a imagem que não gostamos em nós.Ele incomoda.



Juliana: A doce, meiga e ingênua menina. Pura fachada. Usa artifícios sensuais para atrair atenção das pessoas. Aquele tipo de mulher que necessita que assobiem pra ela quando passa na frente de uma obra. Obvio que ficará indignada, mas no dia seguinte, vai passar de novo. Não é uma pessoa legal para um relacionamento, volúvel demais.


Rafael: Apesar de xará e natural da mesma cidade, rs, somos opostos. Rafael é o tipo de cara com síndrome de Peter Pan. O eterno moleque. Aquele cara da turma que adora as patifarias, as brincadeiras adolescentes, “o legal”. Porém, ele tem personalidade intuitiva, e isso é bom. Ele lê as pessoas da sua forma, mas não as enxerga. Age da forma que lhe convém, ou seja, trás para perto aquele ou aquilo que pode gerar benefícios. Esses caras muito “moleques” são ótimas companhias para baladas e tal, mas não espere que ele te socorra de madrugada caso precise. Ele é um tipo egoísta. Pensem bem, quantos desses existem próximos da gente?



Thatiana: É a dissimulada. Perigosa. Pessoas como ela com desvio de caráter, que fingem ser seu amigo, mas na verdade com interesses escusos nos prejudicam sem nunca darmos conta disso. É o primeiro a te abandonar, aquele que rouba seu lugar no bote de salvamento quando o barco afundou. Aquele que entrega numa roda de conversa o comentário secreto que você fez de determinada pessoa, e com um ar tão ingênuo que você irá acreditar que não foi por mal. Mas não que ela não tenha caráter, apenas uma forma de sobreviver a inveja que sente de tudo o que ela não consegue ser, por que o conflito interior é mais difícil de resolver do que a vontade de ser verdadeira. Todos temos aquele amigo fútil, que é tão profundo quanto uma nata de leite. Esse tipo é Thatiana. O tempo todo atuando, sendo super legal, sendo super amigo, mas aquele que te cansa, por que vive uma vida de mentiras. Não gostaria de comentar a orientação homossexual dela, mas preciso, por que diferente do Marcelo, o seu desvio de personalidade está ligada ao fato de ser lésbica. Talvez a imaturidade a faça assim. A confusão que tem em relação aos gostos, a impedem de por fim ao interesse do parceiro Heterossexual. Medo, culpa, ou simplesmente a dificuldade de se assumir, fazem dela o mais perigoso dos amigos. Aquele que te difama, que te prejudica, com tanta ingenuidade no ar, tanta doçura que é impossível alguém acusá-la de traidora. Seu escudo é a maledicência.

Podem dizer que é falta de tempo assisti-los, que seria melhor estar lendo ou vendo algo mais produtivo. Pois digo, que leio, que vejo coisas produtivas, mas como um profundo admirador do ser humano, muito me encantas entendê-los. E assim deveria ser com todo mundo.

Boa semana.

5 comentários:

Gustavo disse...

Adooooooooooooooooro!!!! Falou tudo Rafa!!! rsrs

Olá, olha eu aqui!!!
Também assisto BBB e ja conversamos demais também sobre esses doidos via msn rsrs.
Adorei o barraco, para mim Marcelo é esperto, apesar de meio psicotico, mas blza eu relevo, pelo simples fato de que ele conseguiu desestabilizar todo o bate boca que ocorreu!!! AMEI!!!

Bom, BBB é baum e eu sempre falo quando estou conversando sobre,"Eu vejo BBB e se quiser me chamar de desocupado, pode chamar"

Rsrsrs, saudades de falar com vc !!
Bjunda unda unda!

Vivendo em Kauan disse...

Tbm assisto bbb e adoro, o jeito q vc descreveu cada um, esta nos seus minimos detalhes corretissimo ( na minha opiniao)

ps: obrigado pelo coment no meu blog, pode parecer q nao, mas voce e os outros que comentaram estao me ajudando. Tnks

abraços

Anônimo disse...

Querido, alguns comentários:

Você pode dizer que assistir ao BBB é como participar de uma experiência SOCIOLÓGICA. Se eu Não estou enganado, a sociologia analisa as interações sociais com base no cientista observador, ou seja, somente assiste e tira conclusões, fazendo algumas poucas interferencias (como ajudar a decidir quem deve sair da casa em determinada semana) para ver como os outros reagem. A ANTROPOLOGIA, por outro lado, defende o cientista participante em que ele se insere e se torna UM dos membros daquela sociedade e, à partir daí, toma conclusões, estando sujeito às mesmas experiências que o resto do grupo (ou seja, somente um dos 14 que entraram podem dizer que participaram de uma experiência antropológica). O objetivo das duas ciências é o mesmo: entender as interações sociais.

Concordo com você com quase tudo que disse. Discordo um pouco com relação ao Marcelo. Acredito que ele é um bom amigo para aqueles que ele escolhe, e para outros, ele pode machucar propositalmente, ou seja, gosta do conflito mais do que gosta de você, por isso joga as coisas na cara. Amigo não é só aquele que te diz a verdade o tempo todo, amigo é aquele que sabe o momento certo de mentir também.

Sobre a Thati, concordo com quase tudo que você disse, mas não acredito que ela seja tãaaaao dissimulada assim, acho que ela é exagerada demais porque acredita que vai ganhar se mostrar as emoções... acredito na falsidade dela... mas acredito ainda mais que ela é bem burrinha, Não chega a ser tãooo esperta assim.

Abração querido!

Râzi disse...

Hum... sabe... lendo essa sua análise, vejo que vc acertou muito, muito mesmo! A psicologia não é a sua praia! Viva a arquitetura!! Hauahauahauhauah!

Meu querido, eu também vejo, sempre que posso!

E posso te dizer uma coisa? Eu acho o Marcelo a pior pessoa, tanto em atitude quanto e carater, que está nesse BBB! E vc fez uma análise dos outros seguindo a ótica dele! Parece ate´que a sua identificação com ele foi muito boa...e isso me deixa com medinho de vc!

E meu querido, dizer que não vai considerar a opção sexual dele porque não é relevante no na personalidade dele??????

Será que vc acha a sexualidade assim tão sem importância ou vc tem medo dela???

Meu querido, a homossexualidade nos molda! Nos faz ser quem somos! Somos como pequenas pedras em uma cachoeira! Preconceito, medo, desespero, vontade de fugir, vontade de mudar, ansia por satisfação, necessidade de aceitação e muito mais são as águas que nos faz rolar sem parar, formando aquilo que realmente somos! Ou vc acha que a homossexualidade pode ser desconsiderada??????? Quando chegamos na idade de 30 anos, sendo assumidos ou não, nossa personalidade tem TODAS as marcas e cicatrizes possíveis!!!

Meu lindo, com certeza, continue na arquitetura!

E não fique zangado comigo! Não estou brigando com vc! É apenas a minha opinião, que não está nem mais certa e nem menos que as suas!!!

Beijão!

Râzi disse...

Ah! E o costume de usar branco na sexta é por causa de Oxalá, Orixá que rege esse dia. Ou seja, é um costume de Candomblé que acabou sendo incorporado pelas pessoas sem nem saberem o porquê!

E na chuva, salpica muita sujeira na roupa! :D

Beijão!

PS: Vc já falou sobre essa coisa de chuva e branco, não???