O silencio é uma arma sofisticada que poucos conseguem obter ao longo da vida. Uma forma indelével de se impor aos outros sem conflito.
Mas afinal de contas, calar-se é certo?
Para uma pessoa que dá bom dia a cavalo como eu, o silencio se faz difícil, complicado e muitas vezes impossível. Ser expansivo, falante nos traz diversos dissabores, por que controlar a língua é algo que só se faz depois de feita a bobagem.
Concordo, por que quanto mais se ouve, e menos se fala, mais senhor dos atos ficamos. Minha avó sempre dizia uma frase: Caveira, quem te matou? A língua.
O silencio na hora certa nos salva de situações constrangedoras, evita que fiquemos expostos desnecessariamente. O silencio quando acompanhado da indiferença, é a combinação perfeita, o casamento certo, mas pra isso, só buscando a sabedoria de um Dalai Lama...rs
Interpreto o silencio de formas diferentes dependendo do ângulo ou da pessoa envolvida. Calar-se como fiz muitas vezes para evitar uma briga domestica, obrigado por uma figura paterna autoritária, foi primordial para que tivesse o bom senso de não me meter em encrencas gratuitas. A idade também está ligada a isso, quanto mais se cria juízo, se amadurece menos tem vontade de criar conflitos. Alguma teoria oriental deve explicar isso.
Mas também há aquele silencio de resignação, onde a pessoa não tem forças para brigar, para impor-se. Vive-se subjugado. Péssimo.
Tem o silencio que guarda segredos, aquele que é a chave da caixa de pandora. Uma vez aberta ele se vai e viva-se com o que dali saiu.
Há o silencio que irrita. Aquele das pessoas que não se importam com o mundo, que pouco influencia nas decisões. Talvez esse seja o silencio covarde. Ou quem sabe o silencio egoísta. Pra que me envolver em algo que não me trará lucro?
E existe por fim aquele silencio sofrido, cheio de palavras guardadas, de vontades reprimidas. Esse silencio pode no fim dizer: eu te amo.
Bom fim de semana a todos....
6 comentários:
Ai, ai, viu?? "Bem aventurados" os que sabem a hr de falar e calar.
Já dizia Clarice Lispector: "Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso."
Adorei seu texto!
Bjssss e ótimo findis.
Para mim, o verdadeiro silêncio é aquele que existe dentro de nós.
Podemos "falar pelos cotovelos", dar de nós todo o som do mundo e mais algum mas, por dentro, bem, por dentro podemos ser o mais silencioso dos seres.
É verdade! Um dia vou querer saber de onde vem essa tal história da carochinha!
Abraço grande
http://www.rabiscosincertossaltoemceuaberto.blogspot.com/
Sou fã do silêncio, em qualquer situação. Até porque nem é necessário som para se comunicar :p
O silêncio tem toda uma sensação especial... e como faz falta. Os zumbidos que escuto dia e noite que falem por mim.
o silêncio, pra mim, só o da morte..
e mesmo assim, a lápide fala tanto, em tão pouco..
bjs.Sol
(gostei daqui)
Coragem!!!hahahaha Quase que me abstenho, de tanta vontade que me deu de ficar calada hahahaha
Mas não resistí a o dito final...
Te amo. Adoooro a sensibilidade humana.Acho chic hehehe
S2
Bom dia, Rafa!
Nosso antigo blog – Nuestro Cielo – infelizmente foi invadido e completamente excluído, o que nos obrigou a criar outro novamente.
Pedimos desculpas pela confusão.
Aqui está o link do novo blog:
http://nuestrociello.blogspot.com
Esperamos poder nos encontrar por lá novamente.
Beijos carinhosos!
Wilson e Sanzinha
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