O caminho chato das Indias

O post de hoje é para citar 10 itens de porque eu detesto a novela “Caminho das Índias”.
1 – Se a cultura indiana for tão hipócrita quanto está sendo mostrada, eu não quero conhecer a Índia nunca.
2 – As indianas são ladras, dissimuladas, interesseiras: O personagem de Eliane Giardini massacra a nora, rouba dinheiro do marido e só pensa em bens materiais. Finge que passa mal, para obter o que quer. Outras personagens femininas não ficam atrás.
3 – A Vera Fisher ta um robô de cor laranja. A boca mexe, a voz sai, mas parece uma gravação. Depois que terminar a novela ela pode entregar cartão em entrada de shopping. Substituir aquelas maquininhas que tem anão dentro, que garanto que vai encher de gente no shopping.
4 – Marcio Garcia inexpressivo. Tá marrom, estranho, chora e não sai lagrima. A qualquer momento espero ele pegar uma ficha e chamar o próximo convidado. Síndrome de apresentador de auditório. Mudou de emissora, mas não perdeu a postura.
5 – Não gosto do tom que eles falam das castas. Tudo bem que a Índia tem isso na sua tradição, mas poderiam maneirar um pouco no texto. Dos poucos capítulos que assisti, me incomodou ouvir que fulano é menos que a poeira debaixo do sapato. Num país com tanta desigualdade como o Brasil, ouvir isso é complicado.
6 – Engraçado que tocam o pé de uma pessoa mais velha em sinal de respeito, tem tanto apresso por uma vaca, e o cara oferece a uma mulher ser sua concubina depois que ele casar-se com outra. Exatamente o que no nordeste aqui chamam de “Teúda e manteúda”. Cadê a honra, o respeito o caráter que tanto pregam?
7 – Dá-se tanto valor a casta, ta bem. Vende-se uma filha em troca de um dote, ta bem. Se presa a virgindade, por que afinal é moeda de troca, ta bem. Aí o personagem de Juliana Paes vai lá e dá pro outro.
8 – Me acostumei com o ritmo da Favorita, e a enrolação tipica de Gloria Perez me stressa. Além de pra cada frase em indiano o ator traduz em seguida. Ou coloca legenda, ou não coloca frase em outro idioma.
9 – Não agüento o Humberto Martins gritando o tempo todo. Não agüento Tony Ramos gritando o tempo todo. Não agüento o Lima Duarte falando como Dom Evaristo Arns. Não suporto Marjorie Estiano fazendo o tipo Bete a feia. Não dá pra encarar Letícia Sabatella e suas bochechas rosadas. A dentadura enorme do Stenio Garcia que foi promovido de “a fuga das Galinhas” para “Wallace e Gromic”. O moleque ( Duda Nagle) espancando todo mundo, e o pai Antonio Calloni ( ex-obeso, agora metido a fortão) humilhando todo mundo em volta.
10 – Gloria Perez quer que a novela pareça com o filme “Jodha Akibar” ( que recomendo assistirem), só que ta deixando muito tupiniquim. Até a música do filme pegaram.
E para não dizer que eu só falei mal da novela, segunda-feira coloco um post com 10 itens que eu acho legal na novela. Ok.


abração...bom fim de semana.

QUAL É A MUSICA

Estreando mais uma série de posts temáticos. Dessa vez é quase como um quadro do programa Silvio Santos..rs rs rs...é a MEMÓRIA MUSICAL.
Na verdade musicas que por uma razão ou outra marcaram um tempo da nossa vida
Hoje volto a meados dos anos 90, mais especificamente 94, 95. Trabalhávamos eu e a arquiteta que hoje está sentada do meu lado ( já se vão quase 16 anos de trabalho juntos) para um outro arquiteto, aqui mesmo em Campinas. Ambos éramos estagiários. Vou chamá-la de Carla, pra preservar o nome...rs rs rs.
Por que resolvi abrir esse espaço? Foi pelo seguinte: certas musicas ficam marcadas em situações que passamos, depois elas entram no esquecimento, mas um dia ao ouvi-las, a maquina do tempo te joga novamente na época, e você faz um revival de tudo, do que se passava, por que a musica passou a ter um significado.
Na verdade essa primeira música não faz parte de uma seleção pessoal de musicas, apenas faz cenário para a história de outra pessoa. Eu nem a conhecia direito, mas na época gerou um certo burburinho entre os profissionais da área ( arquitetura ).
Voltando pra casa ontem tocou a bendita no radio e imediatamente fui jogado ao passado...rs
Strani Amore, na voz de Renato Russo.
Agora explico o porque. Tinha um cara, arquiteto conceituadíssimo aqui em Campinas. Havia sido premiado, tinha um puta escritório, mulher, filhos, reputação. Um amigo em comum ( meu e de Carla) trabalhava com esse fulano.
Quando Renato Russo lançou o cd em italiano, esse cara estava passando por uma fase de transformação. Não sei por que cargas d’água ele pirou. A música passou a ser um tema constante pra ele. Cantava , chorava, e tudo mais.
Descobrimos a boca miúda que isso tudo era conseqüência de um “romance” que ele estava tendo com um rapaz. Sim, ele havia descoberto o seu lado gay. O cara surtou mesmo. A cidade toda ficou sabendo, e certa noite foi internado com problemas psiquiátricos por que havia corrido pelado pelo condomínio onde morava, claro depois de ter espancado seu pai.
Virou motivo de piada o pobre coitado. Soubemos depois que na páscoa seguinte seu filho de sete anos o presenteou com ovo de páscoa da Barbie.
Bem, os anos passaram e ele conseguiu sua reputação de volta. Hoje é tão conceituado quanto antes. Sobre o romance, acabou logo que ele recuperou a consciência. O casamento terminou, os filhos foram morar com a mãe, mudou-se daquele condomínio.
E toda vez que escuto strani amoré, imediatamente me vem essa história a cabeça.
E quante notti perse a piangere
Rileggendo quelle lettere
Che non riesci più a buttare via
Dal labirinto della nostalgia
Grandi amori che finiscono
Ma perché restano, nel cuore

E quantas noites perdidas a chorar,
relendo aquelas cartas
que não consegue mais jogar fora,
O labirinto da saudades
grandes amores que terminam,
mas que ficam, no coração.

HISTÓRIAS DE CARNAVAL V

No meio do feriadão de carnaval, to eu aqui, feliz da vida, por que já descansei bastante, peguei um bronze, dormi pra car*$#@$¨%, comi só coisa boa, enfim, há tempos não ficava em paz.

Minha ultima história de carnaval é pessoal. Lembranças dispersas de carnavais da infância e adolescência. Na verdade, impressões da memória.

Quando criança, obvio como todo moleque pentelho com uma mãe sem noção, euzim ia para as matinês fantasiado. Lembro de ter ido de índio, de havaiano, de palhaço e outras um tanto constrangedoras, que nem vem ao caso. Eu era um moleque comprido e magricelo, então ao me animar no salão parecia uma rã epilética ( repito o que ouvi na infância e demorei até a adolescência pra entender). A diversão era juntar o máximo possível de confetes e amontoa-los perto da mesa, enquanto minha mãe e as amigas divertiam-se nos trenzinhos. Pensando na nojeira que era o chão do salão, me sinto um tanto envergonhado de pensar que eu nadava de braçada nesse chão, entre confetes e serpentinas.

Mas o que eu invejava mesmo eram meus irmãos aprontando-se para irem ao salão à noite, onde a diversão comia solta de verdade. Queria muito fazer quinze anos e poder ir com meus pais. Na verdade passei muito carnaval jogando dama, ludo e memória com minha avó. Eles diziam que ela tomava conta de mim...rs rs rs....na verdade eu aos 8 ou 9 anos é que tomava conta dela.

Mas os quinze anos chegaram, e eu fui no primeiro baile de carnaval a noite. Puta vida...que show foi pensar que eu iria a noite. Lembro de ter dormido a tarde toda, de verificar a roupa que eu iria quatrocentas vezes. Minha mãe sempre comprava mesa, e as amigas também, então juntava um povo, cheio de comes e bebes ao som das cornetas e batuques do varre, varre vassourinha.

Emoção. Quando parei na porta do clube e ouvi o som da banda, as pessoas animadas na porta apresentando carteirinha de sócio. Saquei a minha, mostrei para o porteiro e fui embora. A mesa da minha mãe ficava no andar superior do clube e ao subir as escadas vi aquele pisca, pisca das luzes e o bafo quente quando cheguei ao ultimo degrau.

Conhecíamos boa parte das pessoas do salão, por que cresci no meio desse povo. Logo chegamos a mesa, meus irmãos desapareceram e minha mãe ficou ali cumprimentando a velharada. Ah, por falar em velha, esse ano que ficou com minha avó, foi meu pai...rs rs rs.

Bem, o que eu imaginava de baile noturno era bem diferente. Não achei tanta graça, e em pouco tempo estava decepcionado. Rodei o salão varias vezes. Alguns momentos minha irmã veio fazer companhia, outras ela sumia. Meu irmão desapareceu. Na verdade mesmo que ele estivesse junto, faria de conta que não me conhecia. Bem típico...rs.

Vi a namorada do meu primo ( que estavam brigados há uns dias ) quase sendo atravessada pela parede num amasso com um cara desconhecido. Vi uma menina que morava perto de casa sentada sem calcinha. Vi a amiga da minha mãe roubando um copo da mesa ao lado. Vi gente de porre. Vi gente pondo a mão onde não devia. Vi a amiga da minha mãe me puxar para meio do salão, grudar no meu braço e me rodar até eu quase perder o sentido. Se eu tiver labirintite na velhice, a culpada é essa véia.

Moral da história, cheguei as sete da manhã em casa, com o ouvido apitando, as pernas bambas, um gosto horrível na boca ( nessa época insistia em querer gostar de cerveja), e com o estomago enjoado. Na saída do baile o clube servia uma canja ( muito gostosa), mas o marido de uma das amigas tirou a dentadura pra fazer graça e jogou no prato, ficou aquele balé de põe e tira a da boca, e quem me conhece sabe o nojo que tenho de dentaduras. Isso inclusive vai virar post num outro momento. Minha aversão por dentaduras.

E foi assim. Não quis mais ir ao salão aquele ano. Resolvi deixar meu pai se divertir um pouco, e fiquei em casa, eu e a velhinha jogando, assistindo desfile na tv, e ouvindo as ótimas histórias que ela contava.

Claro que voltei nos anos seguintes, até definitivamente concluir: eu odeio carnaval !!!

Ah, não esquecendo, o primo no dia seguinte perguntou se havíamos visto a namorada dele lá. Disfarçando dissemos que não e ele conclui: é, sabia que ela não faria isso comigo. Hoje são casados...rs rs rs.

É isso...abração a todos.

HISTORIAS DE CARNAVAL IV


O Cagão.

O carnaval do início da década de 80 era ótimo quando a molecada pegava o carro e ia pra Furnas. Cidadezinha pequena, bailes ótimos, e meninas que todos os anos esperavam os rapazes para pegações nas serras ao redor da cidade.
As habituais menininhas esperavam os garotões que já conheciam, seja lá qual fosse a data, carnaval, feriado ou um fim de semana qualquer, lá estavam eles. Cada um com sua pegação. Eram elas “a testemunha” (menina com testa desproporcional), a Zé homem ( uma garota com cara de macho), a ET ( era linda e nem combinava com o lugar) e outras que não lembro o apelido.
Bem, entre os meninos, claro sempre há aquele meio tonto, e no caso era o Zé Roberto, Zito, como chamavam. Era o mais confuso, medroso, bobo, e avoado. Não precisa nem dizer que o alvo das brincadeiras era sempre ele.
Em todas as noite de carnaval, em determinada hora do baile, os garotos pegavam suas paqueras e iam dar voltas de carro na serra. Quer dizer, uma pegação, um sexozinho rápido, por que afinal eram em 7 ou 8 para dois carros.
Combinaram pregar uma peça em Zito. Saíram do baile, todos fantasiados e acordaram o seguinte. Alguém sairia de carro, esperaria Zito com a namoradinha ao lado de uma cerca na subida da serra e assim que ele parasse o carro, onde de costume ficava, um dos rapazes apareceria com uma fantasia de lobisomem que haviam levado junto.
O plano correu tudo certo. Ficaram todos na frente do salão bebendo e esperando pra ver a cara de Zito quando voltasse da furufunfada.
Três subiram na frente. Um pra avisar quando o carro estivesse próximo, outro vestido de lobisomem e o terceiro com uma maquina polaróide para registrar a cara do sujeito.
Maldades desse tipo são sempre 100% funcionais. Estava lá, Zito com a Zé homem de carro próximo a cerca. Fez ele meio circulo e parou o automóvel sob uma arvore já embicado na estrada pra ir embora. Começaram os amassos, quando pela primeira vez ouve um barulho estranho, mas o negócio tava quente, e Zé homem puxou ele de volta. Fora do carro os três rapazes quase não se agüentavam de rir.
Em determinado momento quando Zito já estava de certa forma impossibilitado de sair correndo, o “lobisomem” pula no capô do carro.
Zito gritou, esperneou, debateu-se, gemeu, chorou e se cagou. Ligou o carro e sumiu. Zé homem, apavorada, ficou em estado de choque.
Ao voltar, desceu do carro pálido, sujo, fedido, e quase desmaiando. Amparado pelos amigos que riam de jogar-se no chão contou que ao subir a serra, encontrou um mostro, não sabia dizer o que era ao certo. Por que além de peludo, soltava um raios que faziam clarão no rosto dele.
Ao saber do acontecido, que tudo não passou de uma brincadeira. Zito foi embora. Daquela data em diante, o grupo ficou desfalcado, deixou de viajar com a galera e desligou-se do turma.

Bom carnaval pra quem é de carnaval
Bom descando pra quem é de descanso.


Abraço a todos.

HISTÓRIAS DE CARNAVAL III

Roselen Withimaster era uma jovem de 23 anos, ( na metade da década de 90), intercambista pela Universidade Metodista de Piracicaba, interior de SP. Veio também com ajuda do Rotary da cidade e se hospedou na casa de uma família rotariana para aprender os costumes, a língua e a cultura brasileira.
Roselen, ou apenas Rose, como logo, intimamente passaram a chamá-la, era uma garota retraída, um pouco tímida no inicio, mas logo ao se familiarizar, verificava ser um doce. Cheia de histórias engraçadas, passagens cômicas de sua adolescência
Um tanto pudica. Tinha 1,82, aproximadamente, como tantas jovens que praticam esportes universitários nos EUA. Meio desengonçada pela altura, muito magra, cabelos louros, sardas no rosto, boca de lábios finos, mas olhos azuis encantadores.
Fez amizade com o grupo de amigos que seu “irmão” brasileiro tinha, e logo começou a freqüentar rodinhas de violão, regadas a uns goros e tudo mais. Não se interessou por nenhum dos meninos, apenas virou “o cara”.
Bem, como a história é de carnaval, vamos lá. Rose, obviamente queria conhecer o que era a folia carnavalesca no Brasil. Só que ir ao Rio ou São Paulo estava fora dos planos de todo mundo, então acabou que conheceria o carnaval em Tatuí, num baile de salão.
As reuniões eram sempre regadas a pinga e cerveja. Rose se gabava de nunca ficar bêbada. Podia beber o quanto quisesse que o álcool não a prejudicava, e muito menos a deixava bêbada.
Muito bem, antes do tão esperado baile em Tatuí, o povo resolveu que Rose iria calibrada pro salão, e mandaram ver na pinga. Era porradinha, vira-vira e tudo mais. Ela escolhera uma fantasia de romana, isto é, um grande lençol amarrado nos ombros com uma fivela dourada, um cinto também dourado e sandália amarradas até o joelho. Uma típica serviçal romana, com um dos ombros a mostra.
O baile foi animado, e Rose continuou bebendo. Chegou tímida, um tanto quanto macambúzia, de bochechas rosadas pela vergonha de estar ali fantasiada. Realmente a bebida não havia surtido efeito. Então o pessoal continuou a calibrá-la de álcool.
Mas como mulher realmente é fraca, rs rs rs...a bebedeira começou a ser notada já ali pelas duas da manhã quando ela atracada a um dos foliões perdia-se no meio do salão.
Lá pelas tantas, que nem horário dava mais pra saber, tamanho fogo que todos estavam lá estava Roselen, num trenzinho, agarrada com um fulano que batia no seu cotovelo, com um seio inteiro a mostra. Os amigos tentando ajudá-la, cada vez que passava por eles na volta do trenzinho erguiam sua fantasia e cobriam o seio, mas na volta seguinte tava ela de novo com meio topless. Foi alvo de paparazzos...rs rs rs...que registraram tamanha obscenidade da americana bêbada.
Dias depois, vendo as fotos despudoradas, Rose confirmou ter ficado bêbada, por ela, pela primeira vez na vida. Não quis mais sair com os rapazes, não foi mais a festa alguma, e voltou para os EUA, provavelmente com a imagem que o Brasil é um lugar de putarias, bêbados e pessoas maldosas.


Abraço a todos.

HISTÓRIAS DE CARNAVAL II

Etevaldo sempre foi um cara pacato, nada de muitos arrobos. Mas o carnaval era o climax do ano, era onde ele deixava de lado sua pacata vida pra se entregar as luxúrias da festa pagã.
Luxuria assim, o máximo que ele fazia era ficar bêbado, tentar bolinar alguma garota e cheirar lança perfume, isso sim...cheiiiirrrraaarrrr moooooiiiiito.
Os frascos de lança chegavam pra ele logo no inicio do ano. Já tinha um fornecedor que o atendia de prontidão. Logo em janeiro, a caixinha discreta contendo 10 frascos de lança perfume, segundo o fornecedor, de primeira qualidade, eram entregue no trabalho. Dois para cada dia de folia.
Etevaldo sofria de ansiedade, mas uma coisa ele respeitava, só cheirava um lança na sexta feira que antecedia a festa, quando dava seu primeiro grito de carnaval, saindo no bloco das meninas moças ( um conjunto de homens vestidos de mulher que desciam as avenidas mais populosas da cidade, comum em todos os lugares). Coisa que eu não entendo, mas deixa isso pra outro post.
Bem, camisolinha de flanela, muito maquiagem, um sapatão de salto da mãe e lá se vai Etevaldo pra folia. Antes de sair, uma calibradinha com dois dedos de conhaque e se mandou, um frasco de lança em cada bolso, dois lenços limpinhos e seu inseparável martelinho de plástico que ele batia em quem atravessasse seu caminho.
As cinco da manhã chegou em casa bêbado, zonzo e falando tudo trocado. Dormiu na porta de casa, junto dos cachorros. Era sábado mesmo. Não sabe como, mas acordou já passado das três da tarde, na cama, trocado, limpinho. Ressaca, café preto forte, muita água, e as sete da noite já estava pronto pra outra. Conferiu o estoque, arrumou outro par de lenços e procurou os convites pro baile de salão. Mascou chiclete até a hora de sair, pra tirar um pouco da náusea. A boca estava estranha, meio amortecida.
O resumo da ópera é o seguinte, sábado, domingo, segunda feria. A terça amanheceu chuvosa, e todas as noites foi a mesma coisa, bebida, bolinações, lança perfume, pouca alimentação, pouca hidratação. Etevaldo simplesmente tirou o ventre da miséria.
O que foi estranho é que ao tentar comer, a boca mal obedecia aos comandos e os dentes pareciam não fazer parte dela. Na verdade, não os sentia. Ficou assustado, afinal o pai morrera de derrame.
Ida rápida ao dentista. A constatação de uma inflamação gravíssima. Fim de carnaval.
Inconformado quis ir além. Procurou um amigo médico que estava de folga, implorou o atendimento e ouviu o diagnóstico: Você ingeriu ou aspirou alguma coisa com uma bactéria fortíssima. Ela se alojou na sua gengiva inflamou as raízes dos dentes e não há nada que se possa fazer, apenas tirar todos os dentes inflamados. Você ainda não sente dor, mas a hora que começar, vai urrar.
A conclusão é que dos 32 dentes perfeitos de Etevaldo, 14 foram pro lixo. Antibióticos fortíssimos, perda de parte da audição por conta dos remédios, estomago com ulcera pela bebida e remédios, e 4 frascos de lança perfume intactos. O fornecedor? Esse garantiu que o produto era de primeira. O médico, alega que o lança perfume que causou isso, apoiado pelo dentista.
A tristeza maior foi que vaidoso como era, numa época que não havia ainda implantes perfeitos como os de hoje, teve que recorrer para uma bela e bonita chapa....rs, quer dizer, uma dentadura na parte superior da boca. Isso aos 26 anos de idade.
Histórias de carnaval. Acontecido!!!!

Abraço a todos.


beija eu!

HISTÓRIAS DE CARNAVAL I


Infelizmente certas coisas na vida a gente não tem como evitar.
Na mocidade, meu pai não foi o mais certinho, o mais comportado dos jovens. Por isso casou-se aos 30 anos ( o que fugia aos padrões da época).
O carnaval sempre foi um período de liberdade excessiva, e para os jovens isso é mais do que liberdade, é o momento de “aproveitar” a vida. Se hoje é fácil dar uns pegas, há 40 anos atrás era um pouco mais complicado, mas não impossível.
Aqui em Campinas havia agremiações que faziam bailes de rua, e também de salão. Todos eles, claro, divididos em “de família”, e “da gentalha”.
Meu pai circulava em todos. Ia aos mais familiares para agradar o meu avô, e terminava nos forrobodós, onde a pegação era mais fácil.
Há fotos em casa desses carnavais. Anos e anos. Não entendo como e nem por que, mas meu pai tinha essa mania de registrar essas folias. Hoje é uma piada, por que olhando as fotos, é de chorar.
Caminhando um pouco na linha do tempo, passo a década de 80 e meu inicio de vida escolar. Minha irmã, 4 anos mais velha obviamente já estava em adiantados anos na escola. Mas ambos íamos juntos, por que estudávamos no mesmo período. Eu ingressava no primeiro ano do primário e ela entrava na quinta série, e conhecia a mais temível, a mais tenebrosa das professoras do colégio. A lenda, a cuca da colégio, a professora de português, Dona Mafalda.
Minha irmã sempre foi (é até hoje) uma pessoa de temperamento difícil. E não deu outra, bateu de frente com a Dona Mafalda, já nos primeiros dias. Criou-se um clima entre elas que não demorou a se espalhar. Minha mãe era conhecida na escola, por que tinha três filhos ali, e o meu irmão mais velho era o xodó dos professores, nhen nhen nhen..rs rs rs.
Abreviando um pouco a história, a batalha entre as duas culminou num dia em que havia uma chamada oral, e claro, para deleite da professora que detinha o poder, a escolhida para o massacre foi minha irmã. A aula terminou aos gritos de desgraçada, de velha maldita, gorda suja, e muitas outras coisas que não posso dizer, para não comprometer minha irmã...rs
A conclusão, foi minha mãe chamada as pressas na escola, a professora indignada, minha irmã bufando, dizendo ter sido humilhada ( e foi mesmo), uma classe inteira sorridente pela vingança que os xingamentos da minha Irma ocasionou. Ela parou de estudar neste ano, voltou no seguinte, nunca mais cruzou com a professora, muito menos eu, que nem sequer vi a cara da dita cuja nos anos seguintes.
Voltando ao carnaval da mocidade do meu pai. Um dia estávamos em casa revirando fotos e encontramos a caixa de recordações carnavalhescas dele. E ficamos ali caçoando das meninas com quem ele dançava carnaval. Até que por coincidência, quem estava abraçada com ele num moquifo de um baile de periferia? A própria...ela mesma, a Cuca da escola. Dona Mafalda. Além de abraçada, tava com cara de bêbada. Ficamos sabendo que ela foi “piriguete” do meu pai, o que causou mais celeuma, por que aí a coisa virou pra minha mãe que ficou puta da vida.
Minha irmã copiou a foto ( tirou xérox, na época o advento do scanner não existia), tampou o rosto do meu pai e mostrou pra escola inteira. Ela já estava na oitava série, ia se formar, então que mal tinha difamar a professora. Bom pra ela que saiu, péssimo pra mim que continuei, por que não tinha uma alma viva que não me questionava onde ela tinha arrumado aquela foto.
Dona Mafalda era cachorra de baile de carnaval, piriguete, Piranhete, tchutchuca!!!

Boa semana a todos...abraço

Sexta feira 13 e o capeta gay

Obaaaa, chegou a sexta feira. E olha que é 13...sexta feira 13....uhhhhhhh.

O post de hoje é para compartilhar com o pessoal que passa por aqui um absurdo que ouvi esses dias. A frase era a seguinte:

Obama é um anti-Cristo. Se conseguirem provar que ele é gay, aí sim ficará confirmado que ele é filho do demônio.

Porra...pára tudo...vamos descer...chega!!!

Já cansei de dizer que não tenho problemas com outras religiões, que respeito todas, independente das crenças. Essa citação veio de uma pessoa que freqüenta essas igrejas pequenas, criadas e fundadas por um pastor que tem o dom da palavra, mas a intolerância que certas religiões pregam com as diferenças. Não sei qual conteúdo é passado aos fiéis, mas pela argumentação acima, percebo que são mais perigosos do que posso imaginar.

O demônio é algo presente em tudo o que foge da compreensão desses fiéis. Um ônibus que passa e não te espera, é obra do demônio. Um salto que quebra, é o capeta querendo te massacrar. A pizza veio crua e sem sal, é o cão querendo te amaldiçoar.

Barack Obama é um homem comum, com um grande carisma, negro, inteligente, sensível. É uma esperança de paz para um mundo que respira EUA. Se ele é o anti-cristo, o Bush é o que? O próprio Lúcifer? Então o Bush pai era o que...cacete...agora me perdi em tamanha legião de demônios..rs. Ah, e Bin Laden? Fica onde nessa.

E o pior de tudo. Se conseguirem provar que ele é “gay”...Putz!

Juro que não consigo argumentar com isso. São exatamente pensamentos assim que criam pessoa que agridem mulheres grávidas com estiletes, queimam colegas de faculdade com ácido, mantém uma namorada em cativeiro e depois a mata, chicoteiam, afogam, estrangulam crianças. São preconceitos desse tipo que fomentam a maldade, que geram o ódio. Não culpo os fieis, por que eles são instrumentos. Culpo quem prega isso. Em pleno século XXI, você escutar que provarem a homossexualidade de alguém é também provarem que é um anti-cristo, é simplesmente lamentável. Poupo-me de ser mais incisivo, de proferir palavrões, por que essa é a vontade. Mas respeito os leitores do meu blog.

Se hoje o gay é o cão, amanhã o obeso será a “personificação do mal”. As loiras serão as “esposas do demo”, os pobres “legião de capetas”, o Judeu, o negro, o japonês, e tudo mais que sofre preconceito numa sociedade que está caminhando para acefalia, serão dizimados. Imagino se um ditador tem um pensamento assim, teremos sem dúvida um outro holocausto.

Olha que já ouvi absurdos, mas sinceramente esse ganhou. Um dia ouvi de um padre que a Xuxa era maldita, por que levava crianças inocentes ao pecado da luxuria. E eu não entendi até hoje que putaria tinha no Ilariê. Agora começo a prestar atenção se o Obama desmunheca... rs rs rs...elegante do jeito que ele é, logo vai ser uma monete fashion...rs rs rs rs. É melhor rir, pra não chorar.

Bem, é isso. Bom fim de semana a todos...abração, obrigado pela visita.

COTIDIANO

Todo dia ela faz
Tudo sempre igua
lMe sacodeÀs seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca
De hortelã...

Vinha para o trabalho dia desses e escutei essa conhecida musica de autoria de Chico Buarque ( na voz de Seu Jorge) e fiquei pensando no conteudo da letra. Não dá pra entender se ele está enfadonho com o cotidiano, com a mulher ou até gosta disso tudo.
Cotidiano pra mim que sou um aquariano é morte. A rotina me desgasta mais do que se todos os dias algo inesperado venha acontecer, mesmo que não seja tão interessante.
A sensação ultimamente é que o tempo passa em frações de segundo. Eu saio para o almoço e volto como se passassem alguns minutos apenas. Vou para casa no fim do dia, e a mesma sensação me pega quando volto no dia seguinte. Olho minha mesa, meu computador e parece que entre a saída e chegada não houve uma noite inteira.
Isso se deve, acredito, ao fato da rotina ter me pego nessa altura da vida. Levantar, banho, café, escritório, almoço nos mesmos lugares, sair, casa, jantar, leitura, dormir...e tudo de novo.
Gostava quando era mais jovem. Mesmo tendo pouco o que fazer, as preocupações também eram minimas, então sobrava mais tempo pra conhecer o mundo. Hoje eu já o conheço. Não me surpreendo mais com nada, nem com pessoas. A idéia que tenho que todo mundo é igual, mesmos interesses, mesmas maldades. O ser humano só muda de rosto.

Todo dia ela diz
Que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz
Toda mulher
Diz que está me esperando
Pr'o jantar
E me beija com a boca
De café...

Sinto isso nas pessoas casadas também. Parece que o mundo estacionou. As pessoas só falam de crise, de falta de dinheiro. Não tenho mais aqueles amigos que jogavam baralho, brincavam de imagem & ação, sentavam pra jogar conversa fora. Sabe aquelas coisas bobas que te fazem rir, que deixam as horas passarem sem que se perceba. Então, onde foi parar isso?
Há uma carencia de atenção mutua. Ninguém parece se importar com o outro. Cada um ta vivendo sua vida, e querendo mais que os outros fiquem nos seus cantos, e não tragam mais problemas para seu mundo.

Todo dia eu só penso
Em poder parar
Meio-dia eu só penso
Em dizer não
Depois penso na vidaPrá levar
E me calo com a boca
De feijão...
O trabalho anda enfadonho, sair não é mais tão interessante. Rs rs rs...será o prenuncio da velhice...rs rs rs. Acho que não, apenas precisando reciclar a vida. Ter outros interesses.

Seis da tarde
Como era de se esperar
Ela pega
E me espera no portão
Diz que está muito louca
Prá beijar
E me beija com a boca
De paixão...

Toda noite ela diz
Pr'eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor...

Pois é. Continuo sem entender o cara da musica. Afinal ele tá de saco cheio por que a vida é sempre igual, tá enjoado da mulher, por isso discursa sobre ela, ou simplesmente não tem opções?
Seja lá o que for, o mundo real ta muito parecido.
Abraço a todos.

O que é perdão?

Hoje vou pegar o gancho do blog do Mike pra falar sobre um assunto que por coincidentemente conversava com a mãe de um amigo no domingo: O perdão.
Só para ilustrar a questão e fazer-me entender, a senhora em questão foi esposa de um bispo da igreja Metodista, a qual dedicou mais de 50 anos de suas vidas em peregrinações pelo país, construindo comunidades, e resumindo, fazendo o bem, através de uma obra de amor e caridade.
Em nosso papo descontraído eu disse que não acreditava no “Perdão” por si só. Aliás, acho o perdão algo divino, e muito longe de nós, seres enraigados de vaidades e egoísmos. O perdão é algo que vem do fundo da alma, e deveria ser proferido apenas quando sentíssemos que realmente aquilo soasse como verdade.
Então ela me contou a seguinte história: Como em todas as instituições (e as religiosas não ficam longe disso) existem fogueiras de vaidades, e indubitavelmente isso gera complôs, que sempre tem como finalidade destruir alguém. E no caso era o marido dela, o Bispo.
Uma rápida explanação: a igreja metodista é a que mais se assemelha a católica ( apesar de ser católico por formação, não quero dizer aqui que seja a certa, a verdadeira, ou seja lá o que for) apenas quero que entendam que um Bispo da igreja Metodista é tão importante quanto um arcebispo, um bispo ou mesmo cardeal dentro da igreja católica. Geralmente são indicados por um colegiado, e sem dúvida alguma preparados, por faculdades de teologia e tudo mais.
Mas ela me dizia que o marido havia sido vitima de um complô para destruí-lo, e dentro dessa “turma” encontravam-se amigos de anos, companheiros de faculdade. Eram em 18. O objetivo não se concluiu, mas o prejudicou mortalmente. Como uma pessoa de espiritualidade incrível, para ele foi como se nada tivesse acontecido, não odiou, não se magoou, nada. Apenas continuou com seu trabalho e esqueceu. Mas para essa senhora, a traição foi algo imperdoável e ela se doeu pelo marido. Confessou-me que chegou a odiar os 18 que injustamente prejudicaram seu marido.
Mas o ódio é o pior dos sentimento, e ela mais do que ninguém sabia disso, mas o ser humano é passível de sentimentos ruins e ela odiou os 18 homens. A forma que conseguiu para livrar-se disso era orar todos os dias a Deus pedindo que o coração se livrasse desta macula e que e que pudesse descansar. Por quase 1 ano orou e mencionou os 18 nomes, pedindo que Deus a ajudasse com o perdão. E assim foi, até que aos poucos os nomes foram sumindo da sua mente. Quando orava, já não se lembrava de todos os nomes e com isso foi entendendo que o coração ia se livrando do peso e o perdão estava ali presente, por que já não os odiava mais, pelo contrario, orava para que se arrependessem e não tivessem remorso de terem traído um amigo fiel. No final esqueceu de todos, e da traição.
A conclusão é que o tempo apaga, o tempo faz com que perdoemos os desafetos, mas isso não acontece sozinho. Acredito que ajuda divina nos auxilia para que consigamos olhar aquele que nos fez mal, e não sentir por ele algo ruim. Quando a pessoa passa a ser indiferente, é que realmente aconteceu.
O perdão é algo nosso. A pessoa muitas vezes nem sabe o quanto nos feriu. O perdão deve ser único e exclusivo para nós mesmos, para que vivamos tranquilamente.
É difícil não desejar àquele que nos fez mal, que pague o mesmo preço. Então perdões proferidos levianamente para mim não tem valor. Perdão na sua forma completa é aquele onde você desculpa o que te fizeram e ao mesmo tempo esquece. Perdoar e não esquecer, é volátil e não te traz paz.
Abraço a todos.

Velhice.


Eu já disse várias vezes que não sou uma pessoa preconceituosa, nem com raça, sexo, peso, estado civil, idade...nada disso, mas preciso fazer uma ressalva em relação ao preconceito de idade.
Fui criado junto com uma avó de avançada fase de vida, que tinha manias, conceitos ultrapassados, limitações físicas e tudo mais, portanto mais do que ninguém conheço o mundo dos “velhinhos”, e respeito-os como manda a boa educação e preceitos religiosos. Na verdade gosto de velhinhos, me divirto com eles.
Mas preciso tirar desse mundo de terceira idade algumas figuras que se julgam a encarnação de Jesus Cristo, ou seja, você tem que aceita-las, respeitar suas opiniões, muitas vezes caquéticas, e baixar a cabeça, por que fala a voz da experiência .
Exemplo do que digo, são os que ao atingirem a maturidade da velhice, se acham no direito de dizer “verdades” a quem quer que seja. Péra lá, não existe verdade alguma a ser dita a ninguém. A questão “verdade” é relativa. O que é certo pra eles, pode não ser pra mim...pronto.
Outra coisa são as filas, sejam elas onde for. Já é um conceito firmado no Brasil que pessoas de certa idade tem privilégios em filas, passam na frente. Tudo bem. O que não precisa é vir com a bengala te cutucando, empurrando e falando alto como se a pessoa estivesse bloqueando a frente dele. Pô, seja simpático. Velhice é algo inevitável na vida de todo mundo, só não precisa fazer dela uma arma contra a sociedade. Não descarreguem nas pessoas as frustrações da vida inteira. Velhos mal educados são piores que os jovens, por que esses com uma boa chamada, podem tornar-se adultos respeitadores.
O que me deixa puto é a mania de que tudo o que uma pessoa mais nova faz é errado. Tem pessoas de idade que não querem e nem procuram compreender o mundo novo. Pararam no passado, lá ficaram vivendo de lembranças e querem que o mundo se exploda. Ou seja, o mau humor na velhice é Phoda...com PH mesmo.
E ultimo. Pra que tanta vaga de idoso em shopping ou supermercado? Por que tem que ser as melhore? Por que sempre no lugares cobertos, em frente as portas. Tá, eles tem limitações. Mas quando vejo essa quantidade de vagas, não penso na velhinha boazinha, no vovozinho carinhoso, que merece. Penso naquele idoso que para o carro e diz, hahahaha...idiota, você é jovem? Então toma chuva, anda mais, queime no sol. Por que acreditem, existem velhinhos assim. Eu sou os que respeitam as leis, pode ter 40 vagas de idoso desocupadas, eu paro a 1km, mas não ocupo essas.
A sabedoria, a experiência de vida de uma pessoa de idade é brilhante. Tenha sido ela um grande jurista, uma dona de casa mais simples que existiu, o que a vida lhes ofereceu, as experiências e marcas deixadas pela vida são fascinantes. Eu gosto de conversar com velhinhos. Adoro histórias. Quero ser um velho legal.
Ps: esqueci de mencionar os velhos tarados que querem pegar todas as mulheres. Num próximo post conto a história do “pistolinha” , aí entenderam o porque desse P.S.



Abraço a todos.

Presente para o Blog

Ganhei um presente do Tom (Mike)...um selo dizendo que meu blog é maneiro.
O Tom é aquele tipo de pessoa que você faz amizade rapidamente, por que é um cara inteligente, bom papo, em humorado e antenado.
Fiote, não te conheço pessoalmente, mas sei que você é daquele tipo de pessoa que vale a pena ter amizade.
abração, obrigado pelo presente.

Happy Birthday

No mês de fevereiro, há 36 anos, as chuvas estavam intensas como agora. Eram tempestades de granizo no fim dos dias, enxurradas que entravam nas casas. Ta certo que Campinas não tinha tanto progresso como agora. Éramos uma cidade mediana, mas com um numero significativo de habitantes.
Na noite de 04 de fevereiro de 1973 o tempo fechou de verdade em Campinas. Um dos piores temporais da década. Primeiro choveu gelo ( em tamanhos bem graúdos) em seguida, trovões e relâmpagos iluminavam os rostos medrosos.
Em casa, com dois filhos pequenos e o marido, uma jovem senhora gemia de pavor, na verdade pânico, do aguaceiro que caia do céu
No oitavo mês de gestação, não era o momento para um terror tão intenso.
O Inesperado aconteceu, entrou em trabalho de parto. Dizem as crianças ( hoje adultos ) que os gritos da mãe se misturavam aos estrondos dos trovões. Em meio à tempestade, carregaram o carro, malinha feita de ultima hora, afinal ainda faltavam 25 dias para a criança nascer, todos apertados no automóvel rumo à maternidade de Campinas. Eram por volta de oito horas da noite.
As 23:30 hs daquele mesmo dia 04 de fevereiro um gorducho de 4,5 kg medindo 52 cm, nasceu. Não tinha unhas, nem sobrancelhas e muito menos cabelo....rs. Nasceu de oito meses, prematuro.
Essa criança amarrotada, cheia de dobrinhas nas pernas hoje comemora os 36 anos de uma vida feliz, cheio de boas realizações, de amigos fieis, de uma família querida. Comemora a certeza que viver vale a pena, que ser gentil e amigo rende frutos verdadeiros.
Esse aí sou eu.
Gosto de fazer aniversário, gosto do dia 04, gosto de ser aquariano.
Desejo a mim felicidade, muita saúde, e paz...rs rs rs...

Happy birthday to me.



Abraço a todos

Denisinha vai ser mamãe.

O post de fim de dia é apenas para deixar registrado que estou feliz pela pessoa da foto.
Uma grande amiga de faculdade, pessoa divertida, inteligente, sensível, pau pra toda obra, carismática, simpática...enfim, uma das melhores pessoas que conheço.
Será mãe em breve. Fiquei sabendo que já tem um bebê de 7 semanas vindo por aí.
Dê, felicidades. Que seja um novo ciclo na sua vida.
beijão

Verdadeira lingua solta.

Olha eu falo pelos cotovelos...quem me conhece sabe.

Mas essa menininha ganha de mim. Quando crescer, ninguém segura.

Muito legal o video, vale dar uma olhadinha.

Abraço a todos, e boa semana.

Ps.: Dê um pause no playlist para ouvir o video.