TOMA LÁ DÁ CÁ

A TV é uma eterna rememorização de sucesos do passado. Uma formula muitas vezes batida, mas que com roupagem nova, e atores empenhados destaca-se em meio ao massante número de porcarias apresentadas na TV aberta.

Quando vi os anuncios de Toma lá da cá ( visto que não assiti ao programa piloto na grade de fim de ano) pensei: Vem aí mais um sai de baixo. Sim, ele tem todas caracteristicas do humoristico que ficou no ar até se esgotarem piadas e elenco. Mas toma lá da cá começou fraco, com a eterna postura Caco Antibes de Miguel Falabela. Indpendente do meio de comunicação, ele tem sempre o mesmo tom de voz e as pausas para rirem de suas piadas.

Independente disso, o texto escrito por ele em parceria com Maria Carmem Barbosa suplantou as expectativas. Nao sei quanto ao indice de ibope como a Rede Globo está encarando o programa, mas acredito que possa sim, se firmar no horário e manter-se por um bom tempo.

Falabela soube criar bons personagens, claro que com um brilhante desempenho do elenco.

Adriana Esteves, depois de um sucesso no cinema com "Trair e Coçar..." desponta como a dona de casa competente e infantil. Vê-se pela atitude de cantar " fizeram as pazes ta na na", como uma crinaça de pré primario. Isso que transforma sua personagem em algo Ilário.

Estela Miranda, ( Dona Álvara) a sindica intrometida. Um personagem a moda Almodovar. Casada com um senhor de cabelos Acaju que anda de salto alto e tem fama ( que ninguém declara abertamente) de gay.

Arlete Sales e sua brilhante Copélia. Uma senhora já avó, moderninha e safada.

Alessandra Maestrini vive a empregada gaúcha que em todo momento interrompe a conversa para contar histórias de quando vivia em "Pato Branco" sua cidade natal. Maior e melhor revelação humoristica dos últimos tempos.

Enfim, o restante do elenco dá conta do recado, e faz com que o humoristico aos poucos ganhe seu espaço na grade de programação. Apesar de ser tarde, vale a pena esperar e conferir.