Sempre gostei de Clarice Lispector. Talvez por sua fisionomia carrancuda, seu sotaque ucraniano, ou pela sensibilidade que a cercava. Poucos escritores falam verdades de uma forma tão sutil e direta como ela.
Quando era criança, via flashs de entrevistas suas, muitas delas na TV cultura. Vestida de anos 70, óculos de aros pesados e um cigarro aceso. Engraçado, a imagem dela, mesmo pesada, me fazia parar e escutar.
Fecho a sexta feira com o apanhado de algumas frases ou trechos de livros. Vale a pena dar uma passada de olhos.
Sou apaixonado por suas obras e divido o coração com Nelson Rodrigues. Pra quem nunca leu, confiram alguma coisa, vale a pena.
" Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
"Renda-se como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece, como eu mergulhei. Pergunte, sem querer a resposta, como estou perguntando. Não se preocupe em "entender". Viver ultrapassa todo o entendimento."
..."Que minha solidão me sirva de companhia.que eu tenha a coragem de me enfrentar.que eu saiba ficar com o nadae mesmo assim me sentircomo se
estivesse plena de tudo."
"Sou como vc me vêPosso ser leve como uma brisa,ou forte como uma ventania,depende de quando, e como vc me vê passar" !
Um pouco da blibliografia
Perto do coração selvagem (1944)
O lustre (1946)
A cidade sitiada (1949)
Alguns contos (1952)
Laços de família (1960)
A maçã no escuro (1961)
A legião estrangeira (1964)
A paixão segundo G.H. (1964)
O mistério do coelho pensante (1967)
A mulher que matou os peixes (1968)
Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres (1969)
Felicidade clandestina (1971)
A imitação da rosa (1973)
Água viva (1973)
A vida íntima de Laura (1974)
A via crucis do corpo (1974)
Onde estivestes de noite (1974)
Visão do esplendor (1975)
A hora da estrela (1977)
3 comentários:
Olá! pois é.. foi uma coisa ter que esperar, estou enfrentando agora os efeitos colaterais dessa pequena "aventura" me sinto meio avoado... tanto que estou resistindo em postar algo, pois quando fico assim, só sai #@#@... também ja te adicionei!
bjao
Greco
confesso que li pouquíssimo de Clarice Lispecto.. A hora da Estrela e alguns contos espaçados..
mas admiro a leveza e simplicidade com que essa ucraniana de nascimento e brasileira de coração dissertava sobre a vida.. os sentimentos e as relações entre as pessoas..
Uma das boas coisas que aprendi na faculdade de jornalismo, foi gostar de Clarice. Amém!
“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome”. (Clarice Lispector)
Muito bacana o blog. encontrei através de blogueiros-amigos em comum.
voltarei mais vezes.
abração
bom domingo
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