Estou aqui como advogado de defesa de Manoel Carlos...rs rs
rs.
As criticas televisivas caíram de
pau em sua nova novela “Em Família” por dizerem não ser verossímil. Uma helena
de 39 anos, interpretada por uma atriz de 50 anos não pode! Espera, parem tudo
e reflitamos sobre isso.
A TV é como o cinema, uma atriz quando
aparentemente tem certa idade não pode ser impedida de interpretar alguns
personagens por que sua certidão de nascimento indica que é mais velha. Em “Mamma
Mia” , Meryl Strepp interpretou uma mãe solteira de no máximo, digo NO MÁXIMO
40 anos, mãe de Amanda Seyfield que aparentava 17 anos. Todos sabem que Meryl
beira os 70 ( tem 65 anos) e não houve quem dissesse que ela era muito velha
para cantar musicas do ABBA e saltitar como garotinha pela tela. Por que ela
pode?
Por que Julia Lemertz não pode
ser uma mulher de 39 anos? O publico brasileiro se julga hoje o melhor critico
de novelas que existe só que deixam de lado o principal de uma trama: O texto.
E isso Manoel Carlos tem de sobra. Texto bom, com diálogos criveis, sem bordões
ou ataques de estrelismos. Não é um autor que se mete na mídia para criticar
outros ( como as tias velhas Walcy Carrasco e Agnaldo Silva). Ele escreve, e o
faz muito bem.
Acho excelentes as escalações de
Julia e Bruna. São parecidas, tem o mesmo jeito e convencem como mãe e filha.
Gabriel Braga Nunes e Guilherme Leicam também. Ambos tem, o mesmo formato de
rosto e os olhos que Maneco faz questão de dar close para mostrar as
semelhanças. Mas nem todo o elenco é escalado por ele. Lembre-se que o diretor
Jaime Monjardim também se encarregou de buscar atores para compor o staff. Colocaram
o que tinham em mãos e disponibilizados pela Globo.
Me desculpem, mas um publico que
deu ibope para a ultima novela mega fantástica de Gloria Perez, não tem
discernimento para criticar Manoel Carlos. Aquela bazófia de trafico, com um
mocinho (velho) bancando mocinho, que morava com a mãe e se dizia: esse cara
sou eu, não pode ser comparado a personagens psicologicamente bem construídos como
Laerte e Helena.
Manoel Carlos faz bem em escrever
sua ultima novela. O publico emburreceu, e por conta disso, obriga a emissora (tudo
pelo maldito ibope) a encurtar capítulos
e histórias para acelerar uma mudança na trama que demoraria 15 dias. Tempo necessário
para que o telespectador tivesse consciência do que se passava com os
personagens. Esse passar de tempo acelerado causou isso. Uma confusão que deveria
ser explicado com cartilha. O povo prefere que salguem a santa ceia, mas não
coloque um menino com problemas visíveis de autoestima, que transborda uma
psicopatia ciumenta alimentada pela mãe que acha que só os outros erram, não
seu rebento, por que tem preguiça de pensar. Se o grande publico visse “Precisamos
Falar Sobre Kevin” no mínimo diriam que é algo mentiroso, e que aqui no Brasil
não existe isso.
Me cansa ver as criticas sobre “Em
Familia”. A novela pode vir a ser um fracasso, muitas o são sem que o autor
tenha culpa, mas o que não pode é malhar antes de dar tempo para que nos identifiquemos
com os personagens. A novela começou há duas semanas. Gloria Perez e Agnaldo
Silva mal conseguem explicar seus 150 personagens nesse tempo. O pior, depois
os deixa esquecidos em algum canto. Walcyr foi campeão disso em sua ultima
novela. Escalou um elenco de musical de Broadway e depois os esqueceu nos
cantos da emissora. Muitos atores desapareceram sem deixar vestígios.
Eu confio em Maneco, e se ele
quiser escrever a novela só pra mim, estarei todos os dias sentado na sala
desfrutando de grandes atuações, por que consigo distinguir um autor bom de
outros meramente comerciais.
Só para constar, Janete Clair matava seus mocinhos no ultimo capítulo, se o fizesse hoje, seria demitida pelo publico.
Ótima quinta feira a todos.
Ótima quinta feira a todos.
Um comentário:
Sinceramente! é o dramaturgo da Globo q menos gosto!!!
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