Como na arquitetura, a TV brasileira vive uma fase ruim de “nada se cria, tudo se copia”. Parece que a crise é global mesmo. Tanto na área econômica, como na cultural, vivemos uma recessão de criatividade. Ganhou-se muito com especulação, todo mundo achou que as fórmulas que faziam sucesso perdurariam. Errado.
As novelas não são mais as mesmas. Hoje um vídeo bobo do You Tube tem mais audiência que a novela das 8. Os jovens crescem com outro ideal. A teledramaturgia, infelizmente, muda de cenário. As novelas das 6 eram leves e românticas para agradar a dona de casa que preparava o jantar. A das 7, eram comédias que faziam as crianças ficarem quietas enquanto papai chegava do trabalho. E a das 8 ( que nem o horário segue mais) era a hora da família se reunir.
Hoje a novela das 6 é pra quem terminou de ver malhação, as das 7 é insossa, e a das 8 quer brigar com mutantes alienígenas de outra dimensão...rs rs rs, isso tudo enquanto a criançada navega na internet
Mas em meio a tudo isso, há umas pinceladas na programação que podem render assunto. O “sai de baixo” foi um tipo de programa que resgatou o teatro ao vivo, e conseguiu grandes audiências nos finais de domingo. Dormíamos leves para encarar uma segunda feira de trabalho. Hoje, Vladimir Brichta não arranca nem um esboço de sorriso, infelizmente.
Mas com tanta economia de produção a globo voltou com os teatros ao vivo, só que com platéias reduzidas, dentro do próprio projac, mas com uma pitada interessante de humor. Já falei varias vezes de “Toma lá, da cá”, mas parece que nesse segundo ano de exibição, a globo acertou com dois personagens que rapidamente serão imortalizados na memória do telespectador. Seo Ladir e Dona Alvara.
O casal lembra muito a amoralidade dos Simpsons. Nada a ver na temática, mas tudo com o caráter. Seo Ladir é um homem de terceira idade, lascivo, imoral e ao mesmo tempo engraçadíssimo. Dona Alvara não fica atrás. Uma mulher despudorada, pregando moral e bons costumes e que fecha o olho para as sacanagens do marido. Isso tudo é pesado, como fórmula de humor, mas a caricatura criada por Ítalo Rossi para viver o personagem é algo que tira o peso dessa temática. É a prova que trazer atores da era grandiosa do teatro e dar-lhes a oportunidade mínima de atuação da nisso: sucesso.
É fácil encontrar pessoas repetindo o bordão de Seo Ladir “Mara”. Eu particularmente não gosto de bordões, isso me lembra o caquético do Chico Anysio ou as piadas tolas do Zorra Total. Mas na boca de Italo Rossi isso vira “Cult”.
A Tv tem muito pouco a nos impressionar, assim temos que olhar de lupa para o que nos é oferecido, e encontrar lá no meio do rebosteio alguma coisa que valha a pena.
É a globalização...rs rs rs.
É isso. Boa semana a todos. Desculpe a ausência das ultimas semanas. Desculpem não visitá-los em seus blogs. Prometo umas voltas e umas mensagens.
Abração.
Abração.
3 comentários:
Italo Rossi é um dos maiores atores que temos no país. recentemente na tve ele deu uma entrevista no se censura fantástica. ao ser perguntado por leda nagle se tinha recebido críticas ruins em sua carreira ele respondeu: não lembro!
já te agradeci pela música?
obrigado e mil beijos
Tenho que dizer... essa casal é MARA!
:D
Abraço!
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