QUE PAÍS É ESSE?

Temos a cara da pobreza? Sim, temos.

Temos a cara da pobreza de espirito. Somos brasileiros com o DNA do jeitinho, do ter sem trabalhar, do levar vantagem em tudo. Que triste é o povo que se acha vitima, por que não faz nada além de se lamentar e achar que a grama do vizinho cresce mais saudável que a dele. O vitimismo dá ao cidadão o direito (errôneo) de sobrepor-se as leis. Sou pobre, por que não tive chances de estudar, por que a sociedade me excluiu, então roubo a carga de um caminhão acidentado enquanto o motorista agoniza ( vi esse vídeos esses dias e me chocou a reação do povo saqueando um caminhão com o motorista preso nas ferragens).

Um país que precisa de cotas para negros, que tem que ir as ruas defender o direito da mulher de transitar sem que seja abordada por um “macho” que quer copular 24 horas por dia. Um país que precisa clamar para que um homossexual não seja agredido por sua condição, que aos berros sai às ruas pedindo que a passagem de ônibus não seja R$3,80, mas que rouba sinal de TV a cabo, falsifica meia entrada, bebe e dirige, trafica, e tantos outros delitos que achamos inofensivos, não pode criticar governantes pela ineficácia de suas administrações.

O brasileiro é hospitaleiro? Sim claro. Todas as vezes que recebemos visitas, empurramos a poeira pra baixo do tapete e pensamos, depois cuido disso. Mas essa sujeira esta lá, se acumulando, e algum momento ela aparecerá, enorme, como uma corcunda sob o tapete que por anos esconderam-se as mazelas. Não adianta xingar a presidente, se deixamos que façam leis que protejam ela e os cúmplices.

É cansativo e chega a ser utópico pensar que o Brasil será um dia um país honesto. Fomos colonizados por pilhadores, fomos educados religiosamente por uma igreja carcomida e corrupta. A dissidência religiosa piorou ainda mais com o passar dos tempos e a formação de novas religiões. O povo ficou intolerante, e assim como extremistas fanáticos, julga a todos que não comungam de suas babaquices.

Vejo jovens batendo no peito, idealizadores de um mundo novo, de uma sociedade justa, mas que corrompem o meio da mesma forma que vemos há cinco séculos. Parece que honestidade é apenas uma palavra no Aurélio, um verbete para se estudar em época de vestibular. Ninguém se veste mais dessa palavra. Somos, infelizmente, uma nação corrupta, sem vislumbre de luz no fim do túnel.

Que país é esse?

Esse é o país da pobreza de espírito.



Abraços....e estoy de vuelta...rs