VALE A PENA SER BOM?

Em 21 de julho publiquei um texto que falava da  iniciativa bonita (http://eleojamal.blogspot.com.br/2014/07/a-culpa-e-da-minha-paciencia.html )   de um grupo de jovens, liderado por uma garota advogada com o intuito único e exclusivo de ajudar um morador de rua, que sensibilizada pela história pessoal dele, moveu uma belíssima campanha de arrecadação ( honesta) de fundos para a compra de um carrinho que facilitasse o trabalho de catador, única fonte de renda desse senhor, chamado Fabiano.

Sábado ultimo a peça ( foto abaixo) foi entregue a ele com numa pequena reunião de pessoas que também contribuíram para a vaquinha digital. O montante arrecadado chegou próximo dos R$4.000,00. 

https://www.facebook.com/events/253435571514635/?fref=ts

Pois bem, o tal senhor Fabiano não gostou do carrinho e no mesmo dia, após a entrega deu, vendeu, trocou, sabe-se lá o que fez por que disse querer um de quatro rodas, algo impossível segundo profissionais e serralheiros, por que transformaria num carro com necessidade de direção, eixo e freios. Isso dificultaria muito a condução por uma única pessoa. Esse Sr. Fabiano não aceitou a explicação e como não era do seu agrado, simplesmente passou adiante.

Aí entra meu questionamento: até onde há gratidão entre as pessoas?

Sempre tive em mente que pessoas em asilos e moradores de rua na grande maioria têm um passado que as levou ali. Nem todo idoso é um coitadinho que a família abandonou. Muitas histórias, e sei de varias, culminaram num desfecho assim por que tanto pai como mãe não tiveram durante a vida, digamos, tato pra criar os filhos. O mesmo acontece com moradores de rua, nem todos estão ali porque o governo não propiciou casa, comida e trabalho. Existe um porém que permeia a história no presente.

Não quero julgar a atitude desse senhor por que não o conheço. Mas não posso deixar de me sentir indignado. Por mais ignorante que uma pessoa seja, todo e qualquer ser humano é tocado pelo sentimento de gratidão, quando há nele um mínimo de racionalidade. Penso comigo, se estivesse nessa situação e alguém por milagre aparecesse, mesmo que não fosse para mudar radicalmente minha vida, mas me proporcionar um meio de trabalho mais digno, eu aceitaria, por que não ter nada, é difícil, mas ver uma luz no fim do túnel é o que muitos precisam.
Esse carrinho foi para outra pessoa, e quem sabe não desfrutará melhor do esforça conjunto de tanta gente em fazer o bem? É a verdadeira “corrente do bem”.

Não sei se estamos fechados para o mundo, vendo apenas através de um vidro e se assim não ficamos na zona de conforto merecida, não sei se isso é errado. Esse senhor era invisível, e alguém o trouxe a tona, mostrou aos transeuntes que por ele passavam que ali estava um homem, com história, desamor e angustias pelo desprezo de muitos. Posso concluir que se ali estava, foi por mérito dele. A invisibilidade muitas vezes é a luta para que o mundo o deixe quieto num canto. A mão foi estendida e ele se negou a tocar.

Para mim a vida continua como ontem, como há uma semana, e assim será. Lamento muito pela garota ( minha amiga Ludmilla) que se mobilizou, fez algo além do que podia para ajuda-lo, e sentiu o gosto amargo da decepção. Ela é bem jovem ainda, e vai compreender o quanto o ser humano é complicado. Como advogada e futuramente juíza, foi um pequeno estagio para decifrar o caráter de algumas pessoas.

Não deixemos de ajudar, mesmo que sejamos abatidos pela ingratidão. Não da para esperar retorno de nada e de ninguém. Se fizer caridade, que seja de forma desprendida. Se receber um “obrigado” já estará de bom tamanho.

Abração a todos e ótima semana






HUMMMM...SERA QUE É?

Dia desses conversava com amigos sobre as maneiras fáceis de identificar certas pessoas pelo gênero, manias e gostos. Antes de tudo, não é regra, é apenas piada, ok. É bom avisar por que sempre há um leitor avido a tirar satisfações e achar que incitamos o preconceito.

Como descobrir um hipocondríaco:

1 – escolha uma doença inexistentes no hipocondríaco e fale de um maravilhoso exame que diagnostica isso. Ele ficará de olhos arregalados e minutos depois achará que também tem o problema e deverá fazer esse exame.
2 – mostre remédios coloridos que toma e faça inveja a ele. Se perceber aflição nos olhos, pronto, é uma pessoa hipocondríaca.
3 – olhe para ele logo de manhã e diga: nossa como você ta pálido! Aguarde a reação.
4 – esconda a caixa de farmacinha caseira dele e peça algum analgésico. Veja o desespero e conclua a “hipocondria” da pessoa.
5 – finja um desmaio na frente de uma pessoa assim, e pronto, acabou o teste, você já pode concluir se ela é ou não uma doente de verdade.

Como descobrir uma sapatão:

1 – primeiro verifique se ela usa: camisa de botão, relógio com pulseira de couro, perfume masculino, e se fala no namorado sempre na terceira pessoa do singular “ele”. Então:
 - mostre a ela uma cerveja estupidamente gelada, e veja salivar;
- diga que tem uma mesa de bilhar em casa e perceba o brilho nos olhos;
- jogue sobre a mesa um exemplar da playboy de Cleo Pires, e a enxergue a baba no canto da boca;
- diga que adora churrasco, espere a reação;
- faça rodinha de violão e então ataque com Ana Carolina ou chimbalaiê da Maria Gadú. Se ela de alguma forma se emocionar, pronto...suas duvidas terminaram.
Obs.: sapatões são miseráveis, então vendem a latinha de cerveja do churrasco pra comprar mais. Vendem coisas velhas e sobras que possam gerar renda pro próximo churras, fato!!!

Como descobrir se um cara é boneca:

1 – Trate cantoras americanas como divas, e veja o que ele responde;
2 – peça dica para comprar esmalte, pode ser para a mãe, irmã ou namorada, ele vai saber a cor da moda;
3 – jogue uma barata sobre ele ou lhe dê um susto;
4 – toque I Will Survive e espere a perninha balançar;
5 – fale de Cristiano Ronaldo e veja a empolgação;
6 – e por ultimo peça para que ele o ajude em compras no shopping...vai ver só o brilho no olhar.

Como descobrir um macumbeiro:

1 – diga o nome de um orixá e espere a explicação.
2 – brinque dizendo que fará um despacho. Se levar bronca da pessoa, é macumbeira;
3 – toda casa de macumbeiro tem imagem de São Jorge.
4 – na despensa há pacotes infinitos de pipoca. Afinal há um determinado dia que se toma banho de pipoca.
5 – No réveillon não fazem oferenda a Iemanjá, isso todos fazem, o orixá deles é mais poderoso, tem nomes inomináveis.

Como descobrir uma falsa religiosa:

1 – faça uma fofoca e veja sua reação. Se interessar é por que é falsa.
2 – Toda fanática religiosa acha que os gays são sem vergonhas e que viraram bichas depois adulto.
3 – toda carola é safada, e esconde alguma tara...se desconfiar, jogue verde, vai ver como ela cai.
4 – toda beata sua na presença de um homem sem camisa, principalmente se ele for peludo.
5 – toda beata é gorda.

Há também maneiras de descobrir um corno, uma biscate, um pedófilo, um maníaco compulsivo, um psicopata, mas aí o post ia ficar imenso e nos dias de hoje ninguém gosta de ler coisas extensas demais.

Abração a todos e ótima semana


A BIRUTICE HEREDITÁRIA - CAPITULO 1

Ahhhhh que atire a primeira pedra quem não tem parente biruta. Sei lá também se quem me olha não diz: esse bate fora do bumbo!!!

Sempre gostei muito de conversar com meus parentes mais velhos, em particular minha avó, que era a caçula de uma família gigantesca e pitoresca. Eram em 14 filhos, sendo 12 legítimos, 1 adotado e 1 do primeiro casamento do pai dela.

Falarei em partes, capítulos, temporadas, ou seja, lá como definirei esses textos de cunho pessoal. Afinal expor a intimidade da família pode dar encrenca. Dá nada, já morreu todo mundo...rs rs rs.

A irmã mais velha de minha avó veio de herança de um primeiro casamento do meu bisavô, que era um mistério. Ninguém nunca falou como morreu ou desapareceu a essa primeira esposa, mas a filha já chegou ao segundo casamento com a mesma idade da noiva. Minha bisavó foi dada a casório ou vendida, sabe-se lá, com 18 anos. Vinha da Ilha da Madeira em Portugal com dois irmãos que trataram de livrar-se dela, abocanhar sua parte da herança e desova-la para um homem de 45 anos que nos meandros de 1800 e cacetada era um velho caduco. Imagine que a expectativa de vida dos brasileiros em 1900 era de 44 anos, em 1890 ela casou com um de 45...o cara já tava morto.
meu bisavô

Mas ele ainda fez mais 12 filhotes nela, fora vários que morreram ou foram abortados espontaneamente. Durante 25 anos até o digníssimo bater as botas gravidez era coisa corriqueira. A pobre coitada não descansou um ano sequer. Além de permanecer embuchada, trabalhava como louca numa cozinha industrial que fornecia alimentação para os presídios. Hoje seria como uma rede de restaurantes.  Enquanto isso, o bonitão e sua primeira filha gastavam a grana nas baladas da época.

Essa irmã mais velha, por onde começo, por que assim estipulo uma cronologia, era da pá virada. A abolição da escravatura era recente quando minha bisavó chegou ao Brasil, e os escravos que viviam na casa não foram embora. Oras, pra que ter empregados pagos, se os negros queriam ficar! Essa era a mentalidade do véio. Durou pouco, por que obviamente quando a justiça estipulou que não haveria mais trabalho sem remuneração, os negros se foram, os que ficaram minha bisavó pagou religiosamente por anos.

Mas toquei nesse assunto para poder falar do tipo que era essa minha tia-avó chamada Umbelina. Talvez a primeira vilã da história da minha família. Ela judiava da madrasta recém-chegada humilhando-a por um defeito que tinha no braço esquerdo e por ser portuguesa. Obviamente não tinha mais educação que ela, por que minha bisavó chegou a cursar os primeiros anos da Universidade da Ilha da Madeira, até ser arrancada de lá e trazida para a terra dos índios, enquanto Umbelina parou os estudos por ser preguiçosa. Por muitas vezes estragou a comida feita pela madrasta para encrenca-la com o marido.

Umbelina era chegada num negão. À noite quando o pai saia para os bordeis da cidade, deixando a esposa gravida em casa, a safadinha pulava para a casa dos empregados. E de lá se ouvia os muxoxos da conspurcação carnal...rs rs rs. Assim ela o fez até o dia que o pai soube. Umbelina foi casada as pressas com o filho meio bobo de um delegado e mandada pra fora da cidade onde nunca mais voltou. No casamento o pai jurou aos presentes que a filha mantinha maculada sua honra, e que era uma felicidade imensa casa-la com família de alta estima. Luvas, chapéus, camafeus de nozes e muita toalhinha de renda distribuída na casa de 3 andares da família.

Soube-se muito tempo depois que o primeiro filho de Umbelina e o bobo nasceu moreninho.

Também comentavam a boca miúda que o véio que diziam ser meu bisavô era filho de um índio, tinha 16 irmãos que fugiram juntos numa única noite deixando o pai ( que tinha o apelido de João onça) sozinho. E o que explica quem sabe a birutice de toda a família nos anos seguintes foi que muito novinho contraiu sífilis.

Continua....


Abraço a todos.

UM LUGAR METIDO A BESTA...

Há excelência máxima no provérbio: Diga com quem andas que direi quem és!

Campinas, minha cidade natal e domicilio tem 240 anos, e cerca de 1 milhão de habitantes que se dividem da seguinte forma: 10% campinóides e 90% baianada.

Aqui tudo o que foge ao padrão elitizado de uma parte da população é coisa de Baiano, no mais alto grau pejorativo que se possa imaginar. Só pra constar, estou entre os 90%.

As pessoas fingem um status que não tem. Carros financiados que desfilam pelo bairro nobre da cidade ( nada contra carro financiado, o meu quitei graças a Deus, mas logo entro em divida de novo) ostentando uma grana que não lhes cabe mais. Não frequentam o shopping mais popular, acham que diversão só existe em São Paulo e nada, nada de falar assuntos populares, tipo novela ou programas da TV aberta, isso é coisa de ralé.

Observe um tipo simpático(a)  aos olhos, faça amizade e verifique o circulo de amigos. Com o tempo verá que são todos do mesmo balaio. Pessoas pedantes, que só falam de suas viagens faraônicas, e que desprezam todos os 90% de baianada que lhes serve o café na padaria chique todas as manhãs.

Assim são os campineiros. Claro que não é uma exclusividade daqui e há exceções, obviamente. Talvez seja mais acentuada por que no passado Campinas foi muito rica, e boa parte dos grandes cafezais e seus Barões moravam aqui. Tanto que o teatro municipal que não existe mais fora construído para que não precisassem se deslocar a capital para ostentar seu luxo. Essas famílias deixaram herdeiros, esse perderam tudo com o tempo, mas deixaram os sobrenomes que aparecem primeiro que os narizes bem feitos em clinicas de cirurgias plásticas.

Cursei arquitetura numa época em que não figurava entre os cursos mais procurados e no frigir dos ovos era um caça maridos para as dondoquinhas da cidade e região. Se pudesse juntar toda futilidade do planeta isso estaria nas turmas de arquitetura da pucc, na minha época e nas anteriores. Formaram-se bons profissionais que hoje se espalham pelo estado de SP, e centenas de mocinhas casadoiras que logo depois de formadas arrumaram bons partidos. Afinal, se não der conta de construir uma casa, quem sabe decora-la não da status?

E assim se fazem os profissionais do ramo. Há pouco tempo estive na Casa Cor de SP e vi um mundo centenas de anos luz a frente de Campinas. Uma mostra que segundo uma amiga demonstra que o que se faz em Campinas é parecido com a casa de uma tia acumuladora. Mas os profissionais da área gabam-se do talento encontrando em revistas de decoração.

É cansativo viver num local com tanta gente poser. Não gosto desse termo, mas talvez esnobe esteja ultrapassado para realmente dar sentido a esses tipos que residem por aqui. Não são mauricinhos, são coxinhas. Não são patricinhas, são Mini misses americanas que tentam bons casamentos que infelizmente não chegam a 3 primaveras. Elas não crescem. E as que crescem são amarguradas pela realidade estampada na cara. Ou tem sucesso financeiro e fracassaram na vida pessoal, ou tem ótimos casamentos e não conseguiram emplacar nem uma brigadeiria, coisa da moda hoje em dia. Mas tem também as que dizem viver um conto de fadas, onde só ela acredita, por que quem está em volta já enxergou o fracasso há muito tempo. Restam a elas comerem Frontal com dobradinha como se não houvesse amanhã...

Não sei se em outros locais do Brasil as culturas se destoem tanto da realidade daqui. As pessoas dizem que somos iguais em cenários diferentes. Será?

Boa semana a todos.




MUDANÇAS SÃO BEM VINDAS?

Sou um aquariano em completa metamorfose.

Criei o Báu do Jamal há 7 anos , escolhendo um nome aleatório por causa de uma brincadeira boba. Sei que a identidade de um espaço como esse é importante, por isso decidi aposentar o Sr. Jamal, e dar espaço a mim mesmo: Fael, apelido de infância entre os mais íntimos da família.

Hoje a maioria das pessoas que por aqui passam sabem quem sou, veem minha cara estampada ali na lateral, e alguns até compartilham outras redes sociais. Então não vejo mais sentido em manter o Jamal, por que acredito que divido um espaço com muitos amigos novos, e outros que ainda não se manifestaram e aqueles que já conheço uma vida toda.

E quando penso num Báu onde guardo recordações me vejo apropriando-me de uma frase de capa de disco de Marisa Monte: Memórias, Crônicas e Declarações de Amor. Isso resume cem por cento o que publico aqui. Minhas memórias que todos já conhecem e ainda virão a conhecer. Minhas crônicas que não consigo guarda-las apenas na mente, e as declarações de amor, por que amo muita coisa. Amo pessoas, amo novelas, amo cinema, doces e tudo que a vida mostra de beleza.

Espero que a mudança de identidade não seja um empecilho para que continuem a me visitar. Eu sou o mesmo de ontem, e serei o mesmo de amanhã, por que hoje e sempre serei Fael.


Abração e ótimo fim de semana pra todos.

NÃO SER APENAS PELE

Relacionamento. ( do Dicionário  Aurélio)
1.Ato ou efeito de relacionar(-se).  
2.Capacidade, em maior ou menor grau, de relacionar-se, conviver ou comunicar-se com os seus semelhantes.
3.Bras. Ligação de amizade, afetiva, profissional, etc., condicionada por uma série de atitudes recíprocas; relação.

O relacionamento como está explicado no verbete do Aurélio é uma forma de convivência com semelhantes, no caso, seres humanos, e não animaizinhos, como muitos fazem ( trancam-se com seus cães em casa e passam a trata-los como gente). E assim “relacionando-se” com iguais é que criamos a sociedade em si. Mas a convivência diária e frequente pode causar a algumas pessoas certa dependência. Explico meu pensamento: Há pessoas que nascem para dominar e outras para serem dominadas, isso é o normal do ser humano. Imagine se todos quisessem dominar? Estaríamos num embate frequente, viveríamos como leões a brigar pelo seu bando o tempo todo. E assim, os dominantes subjugam os dominados e se não forem pessoas boas, de índole ilibável farão com que os mais fracos sofram.

Sou um ser de fácil convivência, apesar de nos últimos anos acentuar um pouco a personalidade chata que a idade trás, mas mesmo assim maleável, desde que me provem que estou erado...rs rs rs. Isso a olhos de alguns chama-se: prepotência.

Vejo algumas pessoas, inclusive eu mesmo por alguns anos, viverem a sombra de outros. Aqueles dominantes que se acham sabedores de tudo ( muitas vezes temos que dar a mão a palmatória por que estavam com a razão) acabam por minimizar a personalidade dos que estão em volta e são mais fracos, e lhes impõe uma carga de valores baseados no seu próprio umbigo. Nem sempre o que é bom pra eles, também é bom para a massa. E assim minimizados nas suas atitudes os fracos convivem endeusando a opinião do dominante.

Vemos isso satirizado em filmes de colegiais onde a líder de torcida é a figura principal de um time de meninas que a bajulam para poderem usufruir sua influencia. A politica é assim, a vida artística, as amizades e até os relacionamentos amorosos ( estes eu não vejo com bons olhos, por que submissos em casamentos ou namoros acabam se revoltando um dia). Bom para os que enxergam e se livram a tempo.

Há um exemplo básico para pessoas que vivem a vida alheia. A cobra é um animal que troca de pele, é sabido e quando o faz abandona a casca que lhe foi útil à deriva e segue sua vida normalmente como manda a natureza. Ser a pele é estar junto, conviver, viver a vida daquele ser, mas nunca ser ele. Um dia ele abandona a pele e parte para outra, revigorado, e se não houver estrutura suficiente para entender que a vida não é baseada no que o outro pensa, faz e age, entra-se num estado de abandono, e muitas vezes depressão.

Ganhamos o dom da vida e temos que saber lidar com ela. Às vezes é mais fácil deixa-la por conta de alguém que a comande pra você ditando o BE A BA de tudo, mas nunca deixar que a sua essência seja manipulada por outros. O dia que acorda e compreende que foi usado de certa forma o amargo gosto da decepção lhe vem à boca.

Tenhamos amigos, namorados(as), esposo(a). Dividamos a vida, por que é necessário vivermos em grupo. Não se vive só de família, como não se vive só de amigos. Há um equilíbrio saudável entre os dois para que não haja desgastes desnecessários. Mas nunca devemos nos anular em prol de outros, em circunstancia alguma.

Isso é tão comum na vida pré - maturidade. Só enxergamos que somos donos de uma opinião, de um gosto pessoal, de uma visão particular do mundo, quando entendemos que a vida é nossa, e não de quem nos domina.

Quer fazer parte da vida de alguém? Seja carne da carne, entre para valer numa relação a dois ( mesmo que seja amizade) para amanhã não se sentir a pele abandonada numa troca natural da vida.

Boa semana a todos...