Há excelência máxima no
provérbio: Diga com quem andas que direi quem és!
Campinas, minha cidade natal e
domicilio tem 240 anos, e cerca de 1 milhão de habitantes que se dividem da
seguinte forma: 10% campinóides e 90% baianada.
Aqui tudo o que foge ao padrão
elitizado de uma parte da população é coisa de Baiano, no mais alto grau pejorativo
que se possa imaginar. Só pra constar, estou entre os 90%.
As pessoas fingem um status que
não tem. Carros financiados que desfilam pelo bairro nobre da cidade ( nada
contra carro financiado, o meu quitei graças a Deus, mas logo entro em divida
de novo) ostentando uma grana que não lhes cabe mais. Não frequentam o shopping
mais popular, acham que diversão só existe em São Paulo e nada, nada de falar
assuntos populares, tipo novela ou programas da TV aberta, isso é coisa de
ralé.
Observe um tipo simpático(a) aos olhos, faça amizade e verifique o circulo
de amigos. Com o tempo verá que são todos do mesmo balaio. Pessoas pedantes,
que só falam de suas viagens faraônicas, e que desprezam todos os 90% de
baianada que lhes serve o café na padaria chique todas as manhãs.
Assim são os campineiros. Claro
que não é uma exclusividade daqui e há exceções, obviamente. Talvez seja mais acentuada
por que no passado Campinas foi muito rica, e boa parte dos grandes cafezais e
seus Barões moravam aqui. Tanto que o teatro municipal que não existe mais fora
construído para que não precisassem se deslocar a capital para ostentar seu
luxo. Essas famílias deixaram herdeiros, esse perderam tudo com o tempo, mas
deixaram os sobrenomes que aparecem primeiro que os narizes bem feitos em
clinicas de cirurgias plásticas.
Cursei arquitetura numa época em que
não figurava entre os cursos mais procurados e no frigir dos ovos era um caça
maridos para as dondoquinhas da cidade e região. Se pudesse juntar toda
futilidade do planeta isso estaria nas turmas de arquitetura da pucc, na minha
época e nas anteriores. Formaram-se bons profissionais que hoje se espalham
pelo estado de SP, e centenas de mocinhas casadoiras que logo depois de
formadas arrumaram bons partidos. Afinal, se não der conta de construir uma
casa, quem sabe decora-la não da status?
E assim se fazem os profissionais
do ramo. Há pouco tempo estive na Casa Cor de SP e vi um mundo centenas de anos
luz a frente de Campinas. Uma mostra que segundo uma amiga demonstra que o que
se faz em Campinas é parecido com a casa de uma tia acumuladora. Mas os
profissionais da área gabam-se do talento encontrando em revistas de decoração.
É cansativo viver num local com
tanta gente poser. Não gosto desse termo, mas talvez esnobe esteja ultrapassado
para realmente dar sentido a esses tipos que residem por aqui. Não são
mauricinhos, são coxinhas. Não são patricinhas, são Mini misses americanas que
tentam bons casamentos que infelizmente não chegam a 3 primaveras. Elas não
crescem. E as que crescem são amarguradas pela realidade estampada na cara. Ou
tem sucesso financeiro e fracassaram na vida pessoal, ou tem ótimos casamentos
e não conseguiram emplacar nem uma brigadeiria, coisa da moda hoje em dia. Mas tem
também as que dizem viver um conto de fadas, onde só ela acredita, por que quem
está em volta já enxergou o fracasso há muito tempo. Restam a elas comerem Frontal com dobradinha como se não houvesse amanhã...
Não sei se em outros locais do
Brasil as culturas se destoem tanto da realidade daqui. As pessoas dizem que
somos iguais em cenários diferentes. Será?
Boa semana a todos.
5 comentários:
Eu morei em Campinas muitos anos, fiz inclusive faculdade por ai, e me lembro de ter passado por algumas situações "engraçadas" por conta do jeito das pessoas.
Justiça seja feita, também conheci muitas pessoas bacanas, tanto que ainda volto com frequência por ai... mas o ponto alto foi uma vez, que ao executar de maneira satisfatória uma tarefa complicada que eu havia recebido, um colega não se aguentou e exclamou algo do tipo, que eu tinha vindo "do mato" tinha conseguido fazer e eles não!
Mas acho que esse é um ranço da nossa população como um todo... há sempre uma piadinha ou comentário... a diferença é que em alguns lugares isso é mais "flagrante".
Abração e boa semana.
bem, aqui não é muito diferente!
Felizmente é mais fácil ter contatos com 90% da população de uma cidade.
Talvez por não tenha tido essa impressão as vezes em que estive em Campinas. Mas tenho uma amiga que mora aí, e seus comentários sobre a cidade não é muito diferente! Parece que os campineiros são mesmo metidos à besta!
Moro em uma cidade pequenina e ferrada do Vale do Paraíba chamada Lorena, e dou minha palavra que a "elite" daqui é tosca do mesmo jeito! São nojentos: tentam demonstrar cultura (porque ser culto é chique, né?) mas na verdade têm aversão a livros e a regras de civilidade; são hipócritas, porque ficam bancando os santarrões em missa/culto mas não têm uma gota de verdadeira humildade ou respeito ao próximo e são preconceituosos. E, claro, como toda boa elite provinciana, são falidos. Deixam de comer pra manter os luxos.
Eu gosto desta cidade, e admiro a fama de ser uma cidade gay.
Embora dizem que o problema está na água, muitos afirmam que o problema está no bebedouro por ser baixo... hahahaah.
Abraços!
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