Todos que usam internet, que leem
noticiários em sites jornalísticos e se interessam por entretenimento devem ter
esbarrado em alguma noticia sobre a produção da HBO – The Normal Heart – até
sua divulgada estreia no dia 25 de maio. Rapidamente o filme já foi liberado para
download com ótima legenda nos meios próprios de pirataria.
O que dizer sobre The Normal
Heart? Complicado analisar uma produção que tenta de alguma forma mostrar ao
grande publico o que realmente aconteceu com o surgimento da Aids no mundo. Segundo
consta o primeiro caso foi encontrado nos EUA e em seguida como uma fumaça alastrou-se
silenciosamente sobre o mundo gay, trazendo a tona um modo de vida promiscuo
abertamente defendido pelos homossexuais da época. Em diversos momentos do
filme eles mencionam essa “conquista” como um troféu a causa gay. Transar com
quem e quantos quisessem. É sabido historicamente, que quando uma manada de
bois estoura, há consequências drásticas.
Não é habito meu quando faço uma
resenha revelar partes importantes do filme, por que sei que tira a graça de
quem quer vê-lo, mas falarei apenas sobre algo que me deixou intrigado e ao
mesmo tempo chocado. Nunca havia escutado que o vírus da Aids possa ter sido
desenvolvido em laboratório e implantado no meio gay para dissemina-los do
planeta. Achei essa informação mencionada no filme gravíssima, e pior, muito crível.
Assim como o Ebola, que notoriamente foi um estudo químico feito por algum pais
demente, a Aids também pode ter sido sim. Só não esperavam que a proliferação
extravasasse o mundo gay e tomasse proporções epidêmicas, muito mais rápido do
que a conscientização de Ronald Reagan ( presidente americano da época ) de
conseguir compreender e falar sobre o assunto abertamente. Nesses 32 anos do
surgimento da doença, 36 milhões de pessoas morreram.
A história é baseada na peça de Larry
Kramer e Mark Ruffallo interpreta talvez o
personagem mais complexo da carreira, e obviamente será premiado por
isso. Não sendo gay em sua vida privada ele mesmo assim consegue passar uma
verdade muito grande na sua atuação. Mas é um chato!!! Não senti empatia pela
sua luta. Entendi muito bem a causa, a abordagem do filme, mas acho o
personagem Ned Weeks exagerado nas suas convicções. Era uma voz solitária clamando
na multidão, mas mesmo assim em alguns momentos o vi mais egocêntrico do que
preocupado com a causa. Não me criou simpatia, não da mesma forma que Matt Bomer
o fez. Ele é um cara discreto, mas o olhar carinhoso com que atua faz com que
tenhamos empatia imediata com ele. Julia Roberts não decepciona. A Linda Mulher
envelheceu, mas continua com a expressão infinitamente cativante. Vou adorar
essa atriz enquanto ela viver...rs.
Não sei o quanto The Normal Heart
pode ajudar como informação, não sei até onde ele causa medo, por que expõe um
lado da doença muito visto nos anos 80 e hoje, graças a Deus, controlado com medicamentos,
mesmo que ainda permaneça sem cura. Outros filmes do gênero foram mais
superficiais nesse quesito e romancearam um pouco o problema. Parei para pensar
em quantas pessoas conheci do meu meio que se foram vitimados pela Aids, e
fiquei pasmo em perceber que ninguém do meu meio, parentes, amigos morreram por
consequência da doença. Me lembro de uma menina que morava algumas ruas abaixo
de onde cresci, o irmão de um amigo que não cheguei a conhecer, o tio de outro,
mas próximo mesmo, não tive ninguém sucumbindo a doença. E sempre lembrando que
não é uma exclusividade do gay, apesar de ter surgido entre eles. Não gosto de
conspiração, mas fiquei com a ideia fixa que isso foi implantado, e até que alguém
me explique e prove o contrario, ficarei com essa impressão. A mesma que Dan
Brown me deixou, quando disse que Maria Madalena era esposa de Jesus. A natureza
é tão estranha e misteriosa que não duvido que de um dia pro outro tornemo-nos
imunes ao contagio simplesmente por que nossa espécie não para de evoluir.
The Normal Heart deve ser assistido
sim, por todos, para que cada um tire suas próprias conclusões. Se não pela
história, então pelas atuações brilhantes que ainda conta com a presença de Jim
Parsons ( Sheldon Cooper – The Big Bang
Theory) pronto para dizer um Bazinga a qualquer momento.
Abração e boa terça a todos.
8 comentários:
Tô vendo pela segunda vez agora. Peguei boa parte ontem na TV e agora na repetição vi inteiro. O filme é fantástico. Emocionante. As atuações são fantásticas. E o tema é profundamente tocante, reflexivo, e doloroso. Vale muito a pena ver (quem ainda não viu). Abração.
Rafa, excelente critica!
Fiquei doida para assistir =)
Não tinha ouvido falar, mas fiquei com vontade de assim, seve ser bem interessante! Assisti há alguns sobre o tema. Sempre são interessantes!
Valeu a dica! Abraço
Quero assistir tbem!
Ótimo texto.
Eu assisti no domingo, assim meio sem esperar muita coisa e achei um dos melhores filmes dos últimos tempos. Nem vi o tempo passar, me envolvi tanto com a história, que vivi na pele nos anos 80, e também com as interpretações fantásticas.
Bjks
Correndo para baixar e assistir ... com está crítica não dá para passar em branco ...
Grato
Beijão
obrigado pela dica, vou tentar ver! como vc eu acho importante sempre assistirmos estes filmes, não só para eventualmente aprender mas principalmente para nos mantermos atentos ao HIV, que pode sim, se toranr realmente uma epidemia!
abs
Tive amigos próximos que morreram de Aids...
Meu primeiro companheiro morreu alguns anos após nossa separação. Tive um namorado que faleceu de repente sem a família saber como nem por quê!
Hoje pra mim é super normal a convivência com soros positivos. Até porque os vejo tão saudáveis por anos a fio e muitos nem aparentam e são assintomáticos! Também acredito que com a própria evolução humana, em breve encontraremos a cura total!
Postar um comentário