1000 POSTAGENS...


Já algum tempo vinha preparando uma transformação no blog para quando atingisse 1000 postagens. Isso aconteceu num momento critico da minha vida, então acabei por optar apenas na transformação. De hoje em diante essa é a cara do blog, até que eu enjoe de novo e mude tudo.

Um visual mais claro, com cara de esperança, até meio infantil, mas a intenção foi tirar aquele aspecto carregado de antes. Afinal a vida continua, queira ou não.

Abraço a todos que passam por aqui, e obrigado pelas orações.

Ótima semana

POR QUE SOFREMOS?

Nossa concepção física e emocional é construída desde cedo para que busquemos a felicidade, para que o corpo desfrute de prazeres que engrandeçam a alma. Como seres humanos frágeis, a dor, o sofrimento nos bate de forma destrutiva.

Agradeço todos os dias por ser uma pessoa temente a  Deus, que acredita na sua existência, na possibilidade da suplica e dos milagres que ele possa fazer por nós, ínfimos seres que só o desapontam. Não falarei de religião, por que nem todos acreditam na mesma premissa, e a discussão sobre isso é desnecessária.

Por que sofremos?

Dizem que isso engrandece, amadurece o individuo, e nos faz um ser melhor. Posso concordar com tudo isso, mas enquanto estamos passando por momentos difíceis essa dor e angustia que o sofrimento causa é horrível, tão devastador no coração da gente que o questionamento é inevitável. Pra que sofrer?

Muitas pessoas não suportam a adversidade, a dor de sofrer e põe fim a tudo, nas formas mais trágicas que o ser humano, que se diz inteligente, pode imaginar. Não acho que devamos chegar a tanto. Não há mal que perdure para sempre, num momento tudo cessa, e a vida volta ao normal.

Não gosto de sofrer, não gosto de me sentir incapaz, de não poder agarrar o mal e espanta-lo para longe. A impotência perante uma situação grave é o que mais me dói. Mas os desígnios de Deus pertencem a ele, e o máximo que posso desejar é que ele faça aquilo que seja bom para nós.

Não questiono com porquês!!! Não fico maldizendo a vida, nem as pessoas que de alguma forma estão envolvidas na situação devastadora que nos provoca o sofrimento. Tenho sempre a ideia que qualquer um tentou fazer o melhor, e isso não me faz ter rancor, não acumula sentimentos negativos que me torturariam mais ainda, muito menos me consumo com possibilidades de ter agido diferente. Sou guiado pelas mãos de Deus, e confio que o que está sendo feito é de sua vontade.

Isso é um alento. Ouvir pessoas dizerem que oram, que torcem, e mandam boas vibrações é tão sublime que aquece o coração, e dão forças para continuar na luta.

Tenho esperanças, tenho planos, como se o mal que no momento está nos abatendo não transformará nossas vida drasticamente.

Sou devoto da mãe de Cristo, e nela me apego para que me console como filho, a mim e aos que comigo sofrem e perecem. Confio na vida, na possibilidade da cura, no milagre que ninguém explica.

O sofrimento é pessoal, ninguém pode senti-lo por nós. É algo que “precisamos passar”. Infelizmente a lei da vida nos impõe isso, e o que nos resta é aceitar, e pedir que não seja tão pesado, tão devastador. Cada um sabe seus limites.

Desejo um bom fim de semana a todos, e que o meu tenha um pouco de luz, do milagre da vida.

Obrigado e Abraços

VELHINHA SAFADA

Uma velhinha caminhava pela calçada arrastando 2 sacos plásticos de lixo.

Um dos sacos estava rasgado e de vez em quando caía uma nota de 20 dólares pelo buraco. Um policial que passava a parou e disse:


- Senhora, tem notas de 20 caindo desse saco plástico.

- É mesmo? Que droga, respondeu a velhinha. Melhor eu voltar e ver se pego as que

caíram.. obrigado seu guarda por me avisar.

- Peraí senhora, onde conseguiu todo esse dinheiro? A senhora não andou roubando, não?

- Não, não... sabe seu guarda, o meu quintal dá para um campo de golfe...e um monte de golfistas vem aqui e urinam por um buraco que tem na minhacerca, direto no meu canteiro de flores... Isso realmente me incomodava; sabe... matava minhas flores...então eu pensei...porque não aproveitar dessa situação? Agora eu fico bem quieta, atrás do buraco na cerca , com a minha tesoura de jardim. Toda vez que algum golfista enfia o "instrumento" através da minha cerca, eu pego ele de surpresa, agarro o instrumento e digo:

- OK amigão, ou me paga 20 dólares ou eu corto essa coisa...

Parece justo, diz o policial rindo da história... OK...boa sorte ! Mas, apropósito, o que tem no outro saco?

Bem,você sabe... diz a velhinha:

- NEM TODOS PAGAM !
vai encarar?

Boa semana a todos...

O GRANDE GATSBY: DI CAPRIO OU REDFORD?

As refilmagens de clássicos me dão sempre mais liberdade para escrever uma resenha do que os inéditos. É complicado falar sobre o assunto sem dar detalhes importantes de uma produção, no caso desses remakes, todos sabem o fim então posso discursar sobre as diferenças entre elas.

Divido o Grande Gatsby em duas produções apenas: a de 1974 e a atual com Leonardo Di Caprio. Descarto as de 1929, 1946, 2000. Sim, o livro de F. Scott Fitzgerald foi filmado cinco vezes. 

Em 1974 Robert Redford encarnou o milionário misterioso dando a ele um rosto conhecido até hoje. Por isso digo que as outras produções são descartáveis, pois não nos lembramos do elenco. Mia Farrow é Daisy. Feito as apresentações posso falar então das diferenças entre as duas melhores produções.

Robert Redford, em minha opinião sempre foi apenas um rostinho bonito. Nunca vi talento demasiado como ator. Muitos que lerem irão me insultar por isso...rs. mas essa é uma opinião particular. Já Leonardo Di Caprio é um ascendente ator, expressivo, e injustiçado por personagens anteriores comerciais demais.

O Grande Gatsby de 2013 é um espetáculo de imagem. Uma produção sofisticada ao extremo. E quando digo isso, vou do o cenário ao figurino (repleto de joias e plumas) num desfile continuo de mulheres bonitas e homens elegantes. Há uma diferença gritante entre as duas versões. A de 1974 é menos ousada, mais clássica, talvez até pela época ( ou quem sabe quando estreou causou a mesma impressão que tenho hoje).

Mia Farrow mostrava uma Daisy mimada, um tanto histérica e fútil. Já a versão de Carey Mulligan é depressiva, frágil e ostenta mais riqueza do que Mia. Lindas as duas, mas se tivesse que escolher, apostaria mais em Carey. Ela e Leonardo parecem mais criveis do que os seus antecessores de 1974. Além de parecerem mais jovens, dá para sentir a verdade em suas palavras. Como disse: as épocas são diferentes, hoje o publico não aceita mais atores canastrões que disfarçam o talento com caras e bocas como fazia Redford.

Gatsby para mim hoje tem a cara de Leonardo, um ator que se entregou ao comercial esperando que bons personagens aparecessem e “bingo”, a indústria de Hollywood finalmente o presenteou com um peso pesado do cinema. Ele é sim um bom ator, mesmo que digam o contrario. É dramático, às vezes psicótico, com seus olhos miúdos e azuis como o de Redford, alias em alguns momentos eles se parecem fisicamente de forma impressionante.

A trilha sonora é ágil, e certamente pode ser chamada de coadjuvante quase física da história. Ela esta o tempo todo contando alguma coisa, pontuada em momentos distintos, tendo Florence and The Machine, martelando nos ouvidos com a voz indescritível da vocalista que encabeça e empresta o nome a banda. Sensacional. Mesmo a mal fadada versão de Beyoncè para Back to Black fica bem encaixada no momento em que aparece no filme.

Mas talvez a versão de hoje do Gatsby possa coroar um Tobey Maguire maduro, desvestido do homem aranha que o fez famoso. É visível a transformação do personagem durante o filme. Um pobre e mal vestido garoto no inicio e um homem entregue ao vicio com ternos bem cortados e pulôveres de estilo. O cuidado como figurino é enorme, e nos agrada aos olhos. Ostenta-se joias, sapatos, carros caros, mansões deslumbrantes e a mesma retórica que polui a sociedade em todos os tempos: o preconceito social. O cenário muda, mas o ser humano é sempre o mesmo. Os ricos eternamente dirão que o dinheiro não compra o status de ser um “bem nascido”. Gatsby é um homem amoral, que luta para ser aceito, e com isso paga, compra, e esbanja. Mas no frigir dos ovos, é um pobre coitado.

Vale a pena ver as duas versões. O roteiro é distinto, e pouco se tem de um no outro. O enredo é o mesmo, mas a história é contada de forma diferente. Só conseguimos perceber o mesmo diálogo nas tomadas que o diretor de hoje fez questão se ser fiel.

Abraço e ótimo inicio de semana.

QUAL DROGA VOCÊ TOMA?

Antigamente, quando era garoto, as doenças eram muito mais simples de se entender que hoje. Os velhos tinham esclerose, hoje a maioria tem Alzheimer. Tratavam-se meninas malcriadas com um bom corretivo, hoje elas são bipolares. Brincava-se com as pessoas na escola e ninguém saia ferido, hoje é bullying e provoca transtornos como depressão, síndrome do pânico e outros males da mente. Crianças magras tomavam Biotonico Fontoura, cerveja caracu com ovo, gemada, hoje são anoréxicos e precisam de tratamento.

Os males do século estão na cabeça das pessoas e só. Vejo a facilidade com que médicos ( e não digo apenas psiquiatras) têm para receitar antidepressivos. Creio que 80% das pessoas do meu relacionamento pessoal, trabalho e social tomam algum tipo de antidepressivos. Variam de fluoxetina (e similares), Rivotril ( para ter aquele soninho perfeito) a outros mais fortes e antigos como Lexotan. O mundo está letárgico por que as pessoas acreditam que precisam desesperadamente de algo para continuar vivendo. Ainda bem que esses não se agarram a cocaína e outros entorpecentes piores ( apesar de que muita gente ainda faz uso concomitante disso tudo) então explodem em problemas de autoestima, creditando aos outros seus fracassos.

Gosto de médicos do tipo da geriatra da minha mãe. Por vezes perguntamos a ela se havia necessidade desses medicamentos para que os velhinhos de casa ficassem melhores. A resposta é sempre a mesma: não há necessidade, arruma algo importante para eles fazerem que o tédio passa. Uma verdade absoluta, por que é só ocupa-los de algo que as neuras somem.

Crianças antigamente gastavam energia brincando na rua, fazendo algo que lhes dessem uma vida lúdica, criativa. Hoje presas a tarefas de gente grande ( inglês, balé, e bla bla bla) são taxadas de hiperativas, e tome remédio na cabeça. Na minha rua tinha um garoto com energia de pilha duracel. O apelido dele era “pinto louco” ( alusão àqueles pintinhos doidos que correm no galinheiro desesperadamente de um lado a outro, sem logica). Nunca tomou remédio para essa energia extra que tinha, simplesmente brincava de sol a sol, e a noite dormia como um anjo. Odeio remédios antidepressivos em crianças, isso limita a criatividade e os transforma em robôs que obedecem aos pais e os deixam em paz.

Claro que não sou ignorante ao ponto de acreditar que os remédios ansiolíticos não são necessários, claro que são! Sei da defasagem de serotonina no cérebro que leva a depressão e tudo mais, só acho desnecessário o uso indiscriminado dessas drogas. Numa rodinha de mulheres com cinco ou seis delas, aquela que nunca tomou um medicamento para emagrecer ou um antidepressivo é julgada como E.T., tamanha normalidade com que se entopem de remédios.

Não há mais como parar isso. Hoje as pessoas querem rapidez para sanar seus problemas e tudo está ligado diretamente ao estado de espirito. Então por que não tomar um rivotril e acordar supostamente descansado? Por que não fazer uso de uma venlafaxine e ver o mundo cor de rosa? Mais fácil do que tentar resolver os conflitos de forma clara e objetiva. Não funciona sexualmente, vamos ao viagra. As indústrias farmacêuticas deliram com isso. O ser humano se fragiliza acreditando que todos os males que o afligem têm solução numa droga comprada livremente em farmácias ( qualquer pessoa ligada à saúde da uma receita pra comprar esses lixos). Sem falar no álcool associado a essas drogas que é a solução para 99% das pessoas, mas isso é assunto pra outro post.

Sou do tempo que nervoso se cura com chá de erva cidreira, magreza excessiva era tratada com uma boa canja de galinha, hiperatividade se consertava mandando a criança brincar no parque, insônia se curava com suco de maracujá.

Viramos reféns da nossa mente, comandada por médicos que de alguma forma tiram proveito de remédios antidepressivos. Você os usa e fica cliente eterno, por que mais cedo ou mais tarde volta numa consulta para pegar outra receita e assim se faz, dias, meses, anos a fio.

Bom dia a todos, ótima quarta feira.