DJANGO É O CARA!!!


Com um pai aficionado por filmes de Western, cresci  vendo e escutando  os zumbidos das balas ricochetarem as rochas, os balaústres de madeira sob forte poeira e fenos rodando por cidadelas de apenas uma rua nos cenários Hollywoodianos.

Por isso, talvez, assistir “Django livre” tenha sido um deleite. Primeiro por ser uma obra de Tarantino, que tiro o chapéu pela criatividade, e segundo pela coragem do tema. Mas o melhor de tudo, e ver e perceber aquele olhar “demente” de Quentin Tarantino.

Jamie Foxx é um ator expressivo, isso é fato, e não há como tirar dele a capacidade de falar com os olhos. Christoph Waltz tem se destacado como um dos grandes do cinema por seu jeito cínico, sua petulância de nariz em pé. Para quem o viu em “Bastardos Inglórios” do mesmo Tarantino e também em “O Deus da Carnificina” concordará comigo que ele é sensacional. Mas para mim as participações especiais, pontuadas em cada fase da história faz com que as quase três horas de filme passem tranquilamente, por que a cada instante identifica-se alguém que irreconhecivelmente está lá e tenhamos a surpresa de dizer: Olhe, é fulano de tal. Não quis ver a critica justamente para não estragar essa surpresa.



Mas de tudo o que Django Livre nos mostra, dos absurdos cênicos, das explosões de sangue, que parecem melancias sendo detonadas, há aquele tom na história que ainda hoje revolta. Não digo que Tarantino tenha forçado a mão para atrair atenção por que deve ter sido bem pior. Falo da discriminação racial, do escravagismo americano, que perpetua até os dias de hoje, mascarados por falastrões que se dizem politicamente corretos. Há o preconceito contra o negro, aqui, lá, em qualquer canto desse planeta onde haja brancos que se julgam uma raça superior. Nem quero me estender nisso, por que acabo jogando nas palavras uma revolta desmedida pela falta de moral e caráter de tantos que torcem o nariz para aqueles que no seu entender são inferiores.

Django Livre é um filme para ser guardado na estante junto das outras obras de Tarantino. Não digo ser a melhor (no meu ponto de vista), mas que merece aquela gargalhada gostosa seguida de: só podia ser o Tarantino! Isso é inevitável. Ele não perdeu a mão, não ficou comercial e não liga se muda o rumo das histórias verídicas como fez em Bastardos Inglórios ( o meu preferido) matando Hitler no final numa saraivada de metralhadora, aguçando o desejo reprimido de um planeta inteiro. Vingou-se 60 e tantos anos depois do personagem mais cruel da nossa história moderna.

E por fim não poderia deixar de ressaltar, de adular, de enaltecer Leonardo Di Caprio. Impecável, psicótico, afeminado, cruel, sensacional. Há uma década jamais diria que Leonardo se transformaria no ator que é hoje. Ao vê-lo em Titanic, de cabelinho caído nos olhos e boquinhas prontas para selinho nunca imaginaria que aprofundasse a arte cênica ao ponto de eu poder dizer que ele é um dos melhores de sua geração. Não é de hoje que vejo isso, por que tenho acompanhado sua trajetória, e ele é sim, um ator dramático. A combinação Jamie, Waltz, Di Caprio é como diria alguém das novelas que não me recordo: “ Felomenal”. Leonardo amadureceu as expressões, perdeu a cara de garotinho e construiu uma beleza masculina como as dos grandes atores da era de ouro do cinema. Marlon Brando sempre foi aclamado por sua beleza física, mas desconsiderou isso para atuar, e nesse caminho, Brad Pitt e Leonardo Di Caprio o seguem como bons alunos. Não se importam como ficarão em cena, feios ou bonitos, o que vale é dar vida a um personagens críveis.

Django Livre vale pela fotografia, pelas atuações, pela trilha sonora e pelos tiros disparados a esmo que nos fazem gargalhar, mesmo sendo uma violência desmedida. Por que isso só Tarantino pode.

Recomendo.

Abração e boa quinta feira a todos.


EXISTE EXPLICAÇÃO?


Aproveitando as grandes ofertas da FNAC comprei um livro desses que são romances agua com açúcar, mas sinceramente não consigo me lembrar do nome para dizê-lo a vocês.

Sábado me sentei por um instante e comecei a ler o primeiro capitulo. A personagem feminina que indica ser a protagonista e se chama Tessa, é esposa de um médico e discursa já no inicio dizendo o seguinte:
“Quando ela vê tragédias com muitas pessoas, ou fatalidades que ninguém explica o porquê, ela não pensa apenas na dor das famílias, na catarse criada sobre aquele que padeceu do acontecimento, ela pensa nos momentos que antecedem a tragédia”.

Isso me perturbou um pouco, por que comecei a reviver alguns fatos trágicos, não comigo, mas aqueles que abalaram de alguma forma meu consciente. O primeiro desastre foi o do avião da TAM e o que as pessoas faziam ou as expectativas para o desembarque. Depois os massacres horríveis e por aí foi, deixando-me realmente perturbado.

Não gosto de tentar explicar fatalidades que de alguma forma foram causadas pelo homem. Enchentes, Tsunamis, Furacões, terremotos, são respostas da natureza aos inquilinos que não tratam bem do imóvel em que residem: nosso planeta Terra, e não temos domínio de quando e nem como acontecerão. Mas incêndios, desmoronamento de prédios, acidentes de carro, e outros são sim causados pela ineficiência humana, provocados pela ganancia, pelo desrespeito com o próximo.

Não se perde centenas de jovens apenas por que algo deu errado. Uma sucessão de falhas gravíssimas causam essas mortes. E o que me deixa furioso, com vontade de arrancar o estômago de alguns pela boca, principalmente a imprensa é o notório interesse de culpar alguém para saciar a sede de vingança instaurada por eles na população. Precisamos de um bode expiatório. Procurem em algum canto e joguem-no na fogueira!

O lamentável, triste e inacreditável acidente deste fim de semana no Rio Grande do Sul, são daqueles “eventos” que por mais que tentemos entender não há lógica. Podem sim apontar culpados como o tal “alvará” vencido. Apenas escapa a imprensa o seguinte: ninguém mexeu na estrutura da casa após esse alvará vencer, então se isso tivesse acontecido há 8 meses, a tragédia seria a mesma. O problema está na aprovação daquele projeto falho pela prefeitura. Está na ignorância de profissionais da fiscalização. Está nos bombeiros que deram o mesmo alvará para funcionamento. Para quem tem um mínimo de noção de espaço, da para perceber que as instalações daquela boate são uma arma em potencial. Infelizmente, mal manuseada causam mortes, o que infelizmente ocorreu.

Os donos de boates são abutres que pensam apenas nos lucros. Quantas vezes vi em Campinas incidentes em casas noturnas por excesso de gente, espumas toxicas lançadas sobre o publico para diversão e no final causaram queimaduras. Rampas de acesso que desmoronaram por que não foram projetados para sustentar o peso de uma multidão. Tudo isso é micro, perto do ocorrido com esses jovens gaúchos. E novamente digo, a culpa existe, mas não é de um único sujeito. A culpa vem da ganancia como já disse e também do poder publico que sempre arruma um “jeitinho” para mascarar problemas.

Eu consigo apontar erros terríveis nesse acidente, imagino agora os especialistas como se deleitarão em mostrar serviço. A incapacidade do ser humano de respeitar o outro é tão grande que leva um sujeito a fazer shows pirotécnicos numa casa fechada. Considero esse vocalista culpado sim pelas mortes. Sua ignorância ajudou a matar 232 pessoas. Ele é o mesmo cara que nos campos de concentração da segunda guerra acionava o botão para encher os galpões com gás.

Não clamo por justiça, por que no Brasil ela é tão tardia que perde o sentido quando vem, e mesmo assim os réus recorrem, recorrem e por anos se estende um processo que não pune ninguém. Clamo pela consciência de cada um que provocou essa tragédia. Que em cada minuto da vida desses, martele a dor de ter destruído centenas de famílias,  de sonhos. Que em cada noite que esses culpados deitarem suas cabeças no travesseiro, ecoe nos ouvidos o choro de cada mãe desesperada. Que não tenham paz nem quando partirem dessa vida.

Não sou rancoroso, não desejo o mal a ninguém, apenas acredito que há sim uma justiça, não divina, por que não creio que Deus castigue ninguém, mas que os culpados a partir desse domingo não consigam viver mais em paz.

Boa semana a todos.

SERÁ QUE A REDE GLOBO É MESMO BANDIDA?


Uma grande empresa precisa de profissionais competentes que analisem o mercado e o mundo em  volta, não no que concerne a atitudes de uma geração, e sim ao que se passa na cabeça e hábitos recentes do um determinado grupo.

Os chatonildos pseudointelectuais do nosso país descem a lenha na Rede Globo dizendo ser uma maquina de manipulação de opiniões. Deixa-se iludir ou ludibriar aquele que tem preguiça de pensar. Assisto Dexter, nem por isso sou um psicopata, vejo o desenho do sitio do pica pau amarelo e não me considero um velho bobo. Curto novelas como todos sabem e nem por isso sou alienado. Portanto deixa-se conduzir aquele que não sabe opinar sobre nada. É dever nosso como cidadão pesquisar, ler, interagir com outros e ter opinião própria, o que impossibilita o cabresto.

Enfim, esse discurso de candidato a  representante de classe de colégio é apenas para defender a emissora ( não ganho nada com isso) que resolveu colocar seus profissionais antenados para finalmente entrar no mundo moderno, e interagir com um publico que não suporta mais ser enganado e ludibriado com programas baratos e sem conteúdo. Exemplo disso é a baixa audiência de Salve Jorge, que insistindo numa formula batida, cansada, amarga criticas seríssimas em todos os cantos, e um péssimo ibope.

The Voice Brasil foi um sucesso. Uma escolha certeira e bem produzida, assim como o Canto da Sereia e por ultimo o seriado de Miguel Falabella, que estreou nessa ultima quinta feira e trouxe personagens incríveis, com potencial enorme para nos divertir. Alguns vícios do autor continuam presentes, mas no geral a ideia é agradável, com texto dinâmico e atuações memoráveis já no primeiro episódio. Tudo é surreal, desde uma babá morta/viva que fala as coisas do nada, até uma Marilia Pera impagável, ex-atual-alcoólatra, uma filha que ganha dinheiro tirando a roupa para tarados na internet e a vizinha maluca que tomou um copo de amaciante achando ser milk-shake. O ponto baixo é o ator Daniel Torres, que ainda tem o mesmo timbre de Toma lá da cá. Mas no frigir dos ovos, uma belíssima produção.

Se reinventar no mundo de internet e atrair a atenção do publico jovem que circula em redes sociais e transforma pessoas em mitos da noite para dia, é um mérito a ser aplaudido. Não digo que está 100%. Claro que a programação de 24 hs diárias ainda carrega lixos que poderiam ser dispensados. Alguns péssimos humorísticos ( do Eduardo Moscovis, e os Caras de Pau, por exemplo) poderiam desaparecer da tela, mas pelo menos vejo dentro de um contexto a preocupação em inovar. Hoje os meses de férias são recheados de novidades, diferente de alguns anos atrás onde éramos obrigados a assistir reprises exaustivas até o mês de abriu. Falo da Globo por que é única de canal aberto que percebo esse interesse. A Record está uma vergonha, Bandeirantes aposta apenas em Mulheres Ricas e o SBT tem seu mico de circo eterno, Silvio Santos, que ainda atrai publico por que as gerações o descobrem a cada década e se divertem com sua mania de manipular a emissora de acordo com seu bel-prazer.

Não deixando de mencionar o sucesso de Avenida Brasil, que monopolizou as redes sociais e fez com que o publico voltasse para a TV e deixasse de lado um pouco os games e bate papos inúteis de internet. Isso é se reinventar, não há duvida. Um caminho grande a ser percorrido, num liame que ditará daqui alguns anos se houve mais acertos que erros.

Uma emissora acusada de não investir em novidades deu a cara a tapa e jogou no ar Fatima Bernardes , que na minha opinião está ótima, e também apostou na popularidade de Regina Casé, e finalmente aposentou Didi, que amarga seus últimos domingos no ar.

Não sou defensor publico da Rede Globo, e nem quero entrar no âmbito da manipulação de opiniões que os jornalísticos apresentam, falo apenas do entretenimento que é a diversão de 80% da população que não possui renda suficiente para uma TV a cabo.

No mais, espero ansioso pelas novidades de Adenóide, Odete Roitman, Giussandra e outras figuras bizarras de Pé na Cova.

Bom fim de semana a todos.

FALTA DE ASSUNTO


Enquanto esse corpo estranho de 1,2 cm não sair de dentro de mim, minha criatividade para escrita está debilitada. Rs. Mas tenho lá minhas neuras sobre alguns assuntos. Então ao invés de discursar sobre um tema apenas, vou falar de um monte de coisas.

Não consigo ver Salve Jorge, mesmo. To tentando, me esforçando demais para isso, mas depois da morte de Jessica na segunda feira e o tanto de coisas incoerentes que nossa amada Gloria Perez jogou, juro ( mesmo não sendo telespectador assíduo da novela) me senti ultrajado. A licença poética existe na ficção, mas quando se leva para dentro da casa de centenas de milhares de brasileiros temas reais, o mínimo, digo mínimo mesmo de bom senso tem que ser respeitado. A sequencia da morte é um apanhado de absurdos que jamais, em qualquer cidadezinha minúscula do mundo seria tratado como foi. Para se escrever uma cena assim, a autora tem que se certificar de que em vários ângulos o crime foi bem cometido. Já que se trata de uma organização poderosíssima como clamam, o amadorismo de Claudia Raia ao executar a menina beira a piada. Então concluo que é uma falta de respeito com a inteligência do telespectador. Foi o dia de maior audiência da novela, portanto o dia com maior desrespeito com publico nos 3 meses de exibição. Tia Gloria ta na hora de voltar pra escola de redatores da Globo, viu!

Médicos nunca deveriam agendar pacientes se eles não conseguem respeitar a ordem de chegada ou o horário estabelecido. Me senti constrangido no consultório ontem. Havia quase uma dezena de pessoas esperando quando cheguei. Ao me apresentar a secretaria pediu a carteirinha do convenio. Anunciei ser particular e paguei a consulta. Sentei por 5 minutos e passei na frente de todo mundo. Pessoas que estavam lá ha um bom tempo. Minha consulta durou quase 50 minutos. Quando queriam me fuzilar. A culpa não é minha ( pensei em dizer), mas fiquei quieto e me sentei encolhido num canto, enquanto a secretaria marcava exames.
ALGUÉM ENTENDE O QUE ESSE MEDICO ESCREVEU?

Fazer faxina no facebook é algo tão importante quanto limpar armários e gavetas. A gente deixa aquilo ali amontoado, mas uma hora tem que parar e arrumar. Fiz isso no face e um monte de coisas que estavam lá sem uso se foram (digo, pessoas mesmo)...rs rs rs. Necessário!

Detesto assuntos ligados ao carnaval. Admiro demais os desfiles de São Paulo e Rio e a capacidade criativa e organizacional de tudo aquilo, mas me irrita abrir o jornal ou o uol por exemplo e terem matéria enormes falando sobre o que as madrinhas de bateria estão comendo, vestindo e frequentando. Além de um monte de outras banalidades que não deveriam fazer parte do noticiário. Isso que faz o carnaval ficar fútil.
Férias escolares e não vejo molecada brincando na rua. Cadê esse povo? Enfurnados dentro de casa jogando vídeo game. Beleza em pais?

Em Campinas a policia acabou com um baile funk no ultimo fim de semana e mostrou imagens gravadas de meninas de 14 e 15 anos dançando de forma pornográfica no baile. Inclusive, em determinado momento tiram a calcinha. Pergunto: essas meninas não estão ali forçadas ( não é Turquia e nem houve trafico de menores ou mulheres) então onde diabos estão às famílias desse montão de meninas? Essa idade me desculpem, já é suficiente para discernirem o que é certo ou errado. E não acredito que isso venha a macular a honra delas, por que duvido que entre elas haja uma ainda virgem. Então o problema não é só policial, é social também. Não adianta prender só o dono do estabelecimento, tem que ir à casa de cada uma e processar também os pais. Eles são permissivos. Repito se fossem uma ou duas, aí mereceriam corretivo, mas são muitas meninas. Há algo errado aí.

No fim já falei o suficiente, enchi mais de uma lauda...rs rs rs.

Abração e ótima quinta a todos.

QUANTO MAI CORRÉGE, MAI PIORÉIA


Não sou a melhor pessoa para criticar o português falado ou escrito das pessoas, até por que tenho meus vícios de escrita e sei que nossa língua é uma das mais difíceis de entender no mundo. Mas mesmo assim acho que precisamos de certo bom senso na hora de deixar recados públicos, ou escrever textos para leitura de muitos.

Todos os professores de português que tive na minha vida diziam o mesmo: a língua falada não é igual à língua escrita. Quando se redige algo, usa-se a língua clássica. Beleza! Comecei a perceber que isso não era 100% entendido quando entrei na faculdade. Creio que o português deveria ser matéria em qualquer curso, em qualquer universidade do nosso país. As pessoas saem do colegial e não aprendem a escrever, quando se deparam com monografias, escrevem barbaridades. Tinha amigos que escreviam Tijolo com “g”, só para ter noção da incapacidade intelectual do individuo. E o pior, essa pessoa se julgava o máximo.

Adquirimos vícios de linguagem com o tempo e são terríveis de serem perdidos. Eu que o diga! Leitura ajuda muito a se ter um vocabulário mais amplo, mas ultimamente tenho visto traduções tão pobres que compreendo o limitado vocábulo do povo. Ninguém mais procura nada no dicionário. Tenho certeza que as pessoas que leem isso agora não possuem um dicionário on line ou um Aurélio instalado no PC. Esse demônio chamado Word que corrige automaticamente e dá o sentido que quer para as frases, matou de vez qualquer intenção de se educar os jovens com uma boa escrita, isso claro, associado às redes sociais com limitado numero de palavras que gerou as abreviaturas mais esdruxulas do planeta. Já falei sobre isso e não me repetirei.

Um simples jogo de soletração ou formação de palavras num reality show demonstra o quanto estamos analfabetos. Não existe beleza física se o conteúdo não valer a pena. O que percebo hoje em dia é que quanto mais bonitas as pessoas são, maior a chances de ser um boneco inflável. Belo por fora e oco por dentro.

Essa história de beleza interior ou que só feio precisa ser inteligente é que geram misses que querem paz mundial há 60 anos e que continuam lendo Pequeno Príncipe sem entender bulhufas do conteúdo, ou Elieser (BBB) da vida que tem boa aparência e é uma porta de tão tapado. Ainda clama ser formado e pós graduado. Excelente isso. Mostra que a molecada entra e sai de uma universidade como pedra, sem absorver nada. Triste.

Não sou catedrático da língua portuguesa, até por que isso também é chato. Aquela pessoa com voz empostada que fala difícil é tão tolo quanto o que fala nóis vai, nóis vem. Há um meio termo para isso, e seguir conselhos ortográficos do professor Pasquale é uma boa. É um exemplo de professor inteligente, didático que nos faz compreender a nossa língua de modo fácil e rápido.

Infelizmente no geral, as pessoas não pensam assim. Após termos um presidente semianalfabeto por 8 anos ditando erros de conjugação verbal em cada discurso feito a nação, nunca mais poderemos cobrar do povo a pratica de uma boa língua. O difamado senhor “companheiro” comeu tanta grana do nosso governo quanto os “s” que deixou de pronunciar nas suas falas arrastadas com voz rouca.

Olhe, vou dizer que primeiramente, é uma perca de tempo mais grande tentar ensinar os outros a falar dereito. Seje no profissional ou pessoal, concertar as pessoas sua ipócrita demais, num pais que despensa o estudo para jogar futebol.

Dá nojo ler isso...rs rs rs.

Abração e boa semana a todos.


INDOMÁVEL SONHADORA


Ontem dei inicio a minha analise sobre os filmes indicados ao Oscar em 2013. O maravilhoso advento de assistir via internet no conforto do seu lar não tem preço, nem Mastercard paga isso.

Pois bem, a primeira obra assistida foi “Indomável Sonhadora”, e a chamo de obra, por que realmente trata-se de uma obra prima do cinema. Muitas pessoas talvez digam que é exagero da minha parte dizer isso, mas um filme com uma menina tão linda quanto Quvenzhané Wallis  (impossível dizer esse nome) é no mínimo para figurar entre os grandes clássicos do cinema.

A história é truncada e há necessidade de prestar atenção nos detalhes para entender o que o diretor está querendo passar. Em determinados momentos vê-se a singela intenção de “ a Vida é bela”, com nuances claras de “Em busca da felicidade”, mas sem o que em ambas é notório, a dramaticidade cênica dos protagonistas, beirando o ridículo. Em Indomável Sonhadora, os personagens são mais criveis,  mais factíveis com nossa vida, e o pai não é um Will Smith com caras e bocas querendo fazer o publico chorar com seu fracasso como provedor da família, arrastando-se pelas cidades e sendo humilhado para nos deixar constrangidos. Aliás, eu devo ser o único que não choro assistindo Em busca da Felicidade, por que acho tão, mas tão fake que a emoção passa desviando de mim.

A protagonista de “Indomável Sonhadora” hoje com 9 anos e indicada ao Oscar de melhor atriz, provavelmente não ganhará o premio, mas figurará lendária entre mulheres que chegaram ao topo em suas carreiras tendo indicações ao premio máximo do cinema. Quvenzhané Wallis, da vida a sua Hushpuppy, uma menina corajosa, indomável como o título em português diz, mas de uma doçura no olhar de nos levar as lagrimas. Ela ouve os animais e as plantas, o que dá graça a sua personagem. Um mundo estranho, difícil de identificar no planeta, mas fácil de visualiza-lo em qualquer cidade do nosso nordeste pobre, esquecido pela humanidade. Um local que poderia estar na África, na Austrália, nas Américas, com pessoas de verdade, lutando pela sobrevivência.

Indomável Sonhadora é um filme para quem gosta do cinema arte, sem preconceitos étnicos ou em busca de nomes consagrados. Os atores parecem pessoas de verdade, filmados no seu dia-a-dia, sem perceberem as câmeras em volta.

Chora-se não pelo drama, mas pela capacidade de uma menina tão novinha conseguir nos contar uma história de bravura, superação, de vontade de viver. Não é um conto de fadas, muito menos um dramalhão mexicano com câmeras posicionadas para pegar o melhor ângulo do sofrimento e nos fazer soluçar frente à tela. É uma verdade incômoda, mas mesmo assim necessária de se ver.

Minha torcida está para que Huspuppy no dia 24 de fevereiro seja aclamada como vitoriosa e leve para sua casa, seja lá onde for nesse planeta, um premio por sua verdade.

Ótima quinta a todos.



TEMA DE HOJE: EU ASSISTO CASOS DE FAMILIA


Às vezes me pego adorando ser enganado pela programação de TV. Nessas primeiras semanas do ano tenho chegado em casa por volta de 17:10 hs, no exato momento em que está no ar “Casos de Família”.

Me xinguem, podem falar mesmo que sou um otário em assistir algo que metade da população clama ser armado. Enfim, sei lá se é ou não, sei lá o quanto ganham aquelas pessoas que indubitavelmente pertence à classe C do país, só sei que me divirto, demais.

É incrível  como a programação da TV aberta ou fechada é pobre nesse horário. Não tinha ideia disso até me deparar com essa situação. A Globo coloca reprises de filmes que ficam naquela caixa que possui apenas 10 títulos. Então eles revezam e os passam pelo menos 1 vez na semana. Incomoda ver o quanto insistem em títulos que o telespectador já decorou. Será uma forma de afugentar a audiência? Só sei que nas centenas de milhares de filmes produzidos até hoje, a Rede Globo vai continuar com os 10 títulos da caixinha. Em seguida vem malhação, aí prefiro sentar e olhar pela janela a rua do que perder tempo.

Mas “Casos de Família” me diverte. Talvez aquilo tudo seja armado mesmo. Mas as pessoas não são artistas, isso da pra perceber. São orientados a dar barroco, a falar demais, a ajudar a incrementar o clima do programa, mas ninguém pode tirar que no fundo há um problema serio a ser tratado de acordo com o tema.

Por que estou falando sobre essa pantomima barraqueira?

Ontem (segunda feira) vi um dos casos que me chamou atenção. Um rapaz  foi levado pela namorada e uma amiga para ser desmascarado na frente da plateia. A garota afirmava que ele a enganava ( segundo a opinião da amiga) por que dizia fazer horas extras todos os dias. Não vou me estender no assunto. No final provou-se que ele era um cara honesto, trabalhador, que gostava da menina e que por ser imatura acreditada na amiga visivelmente piriguete.

Quantas e quantas vezes aquela pessoa que se diz amiga, companheira de adolescência, que cresceu junto não esconde por trás do sorriso afável uma inveja doentia. Vi e li vários casos do tipo. Minha irmã era vitima disso. Inúmeras vezes  vi amigas a apunhalarem pelas costas e prejudica-la absurdamente. Nem precisa ir muito longe, na própria família que escolheu pra casar ( lembre-se que num casamento você escolhe um parceiro e ganho uma dúzia de parentes junto), ela foi traída, enganada, ludibriada, roubada e tudo mais que a pessoa de boa índole não percebe por trás de mascaras.

A psicóloga do programa Casos de Família resumiu o caso dele dizendo que o rapaz falava demais, explicava demais. Isso é uma vertente que possuo. Quando estou certo, correto num determinado assunto, quero de toda forma convencer da minha inocência, e o que entendi foi o seguinte: explique uma vez, se a pessoa te conhece e confia, ela vai acreditar na primeira. Se isso não acontecer, não adianta martelar no assunto, por que não convencerá nem o papa.

No final das contas o menino saiu por cima, por que ao se explicar para a psicóloga lagrimas desciam dos olhos de uma forma espontânea e isso não era armação, não era encenação. Aquelas pessoas eram muito simples para serem atores contratados pela emissora. O problema atingiu o ponto nefrálgico onde qualquer tipo de representação pré-combinada ruiu, e pode-se ver a fragilidade do ser humano exposto ali em frente as câmeras, talvez por R$ 100,00 de cachê.

Inevitavelmente acredito no ser humano. Infelizmente creio nas boas intenções e continuo achando todo mundo honesto, até que fatidicamente me provem, por A+B que aquela pessoa não presta.

Sou assim, paciência!

Abração e ótima terça feira.

EMASCULAÇÃO


Nossa língua portuguesa é farta e se passarmos uma vida inteira descobrindo novos verbetes ainda assim morreremos sem ter descoberto tudo. Nas ultimas semanas por coincidência escutei uma palavra até então desconhecida no meu dicionário ( não digo que seja ignorância) por que realmente não precisava saber dela.

Emasculação me apareceu por três vezes em leituras distintas e totalmente fora dos contextos habituais. Minha ultima passagem foi na crônica de Claudio Manoel na revista Alfa. Para quem não sabe o significado segue a explicação mais plausível, do Wikipédia: 

Emasculação é o ato de extirpação da genitália externa masculina: pênis e escroto com seu conteúdo (testículos). O indivíduo perde a capacidade de cópula e reprodução. Pode ser acidental, como na avulsão em um acidente ou mordida de animal, ou intencional, como em tratamento de câncer de pênis estendido ao escroto ou com a finalidade de transgenitalização (mudança de sexo).

Claudio Manoel aborda algo interessante, pesquisas mostram que o há uma grande porcentagem de jovens que não fazem nada ( nem trabalham, nem estudam) e ficam 24 hs de pernas pro ar vagabundeando. Incrivelmente há uma espécie de diminuição de espermatozoides no sêmen masculino na ultima década. Um numero instigante, 30% menor. O homem está perdendo a testosterona e ficando mais “frouxo”, sem aquela coisa do macho das cavernas, devido a essa geração prostrada, que perdeu interesse por tudo, inclusive pelo casamento, pela continuidade da espécie e até mesmo pela mulher. Isso é bom ou ruim? 


Nós homens dentro de algumas décadas seremos produto dispensável nas prateleiras da vida, a não ser que nos adaptemos a nova sociedade e cultivemos um espaço que nesse instante estamos perdendo. Não há mais necessidade do reprodutor saudável de peito estufado, bronzeado pelo sol em trabalhos braçais. As mulheres independentes vão a bancos de sêmen e escolhem o melhor reprodutor sem precisar compartilhar de cusparadas e coçadas no saco durante jogos de futebol. Algo que nitidamente irritam as fêmeas de nossa espécie. Nem oito nem oitenta. Deveria existir um meio termo. 


Garotos obesos como bois castrados também entram nessa pesquisa segundo Claudio Manoel e não estão livres dessa baixa testosterinozação ( essa palavra não existe, mas criei para definir a baixa produção de testosterona). Alias, esses garotos que se acham másculos e pesam toneladas entram na lista de rejeição primeiro do que os outros garotos. Num mundo que cultiva a beleza física como o nosso, ser obeso é uma forma de dizer que não está nem aí pra nada ( não generalizo, claro que existem inúmeros motivos pra isso), mas sei também que há aqueles que se julgam alto suficientes e não se importam com saúde e físico. Temos ainda os resquícios dos ancestrais das cavernas e um homem com silhueta longilínea será um caçador melhor que um mamute que não consegue correr. Tá entranhado na nossa genética, infelizmente. 

As ultimas gerações femininas clamaram tanto pela extinção do machismo, daquele homem ogro que não deixava esposa colocar a cara na janela de casa que se esqueceram de que junto deles iria embora também a masculinidade indispensável para reprodução humana. Tanto pediram que hoje elas é que passam de carro para busca-los e esperam horam enquanto o mancebo banha-se e depila o peitoral milimetricamente produzido em academia. Tanto pediu que eles agora dividem a hora no cabeleireiro e desmarcam o cinema habitual para suas sessões de pilates. 


Criaram monstros, agora convivam com eles silenciosamente. E quando o marido não quiser matar aquela barata nojenta no canto da cozinha por que tem nojo ou para não estragar a hidratação das mãos, levante silenciosamente da cama, de uma coçada no seu saco virtual e encare a fera. Por que quem pede, acha!!! 

PS.: O asseio do homem hoje é bem melhor que o fedor de suor e a catinga de falta de banho que alguns achavam ser o sinônimo do macho.




Boa semana a todos. 



OS QUATROCENTÕES CAMPINEIROS


Assistindo ao canal Viva dia desses vi o anuncio da exibição de “Rainha da Sucata” novamente. Uma das melhores novelas que a Globo produziu na década de 90. Em particular lembrei de Gloria Menezes e sua Laurinha Figueroa, uma grande vilã que atormentava o personagem de Regina Duarte até depois de morta.

Mas não quero usar esse espaço no momento para falar da novela e sim do que ela me faz recordar, ou melhor, a impressão que ela me da sobre a cidade onde moro. Calma, já traçarei um fio da meada para não parecer que estou ficando maluco...rs.

Laurinha Figueroa é uma personagem que descende dos quatrocentões de São Paulo. Famílias ricas e tradicionais que construíram a capital através de seus investimentos, muitos vindos das fazendas de café no interior do Estado. Essas famílias foram aos poucos decaindo, e seus impérios mudando de mãos. Os “Matarazzo” era sinônimos dessa inversão de papeis. Hoje não sei ao certo como os descendentes estão, mas nas décadas do militarismo no Brasil eles perderam boa parte do que tinham.

Campinas é uma cidade grande, assolada por décadas de roubalheiras e recentes escândalos políticos, governada por forasteiros que se instalam por aqui e fazem a vida. Mas o que mais incomoda são os metidos a quatrocentões campineiros. Minha cidade ainda não chegou a esse numero de anos, mas parte da sociedade vive com o nariz em pé como se fossem herdeiros de impérios. Campinas antes da republica abrigou grandes Barões de Café que a queriam nobre como uma Paris interiorana.

O mais comum aqui, e para isso há um bairro especifico, é encontrarmos playboys filhinhos de papai que passam o dia curtindo uma piscina no clube, malhando, rodando com carrões dados pelos pais (financiados em 60 meses). Tudo isso é tranquilo, há iguais em todos os lugares do Brasil. O problema é que esses garotos, garotas, e até pessoas já maduras não são mais ricos como num passado remoto. As Laurinhas Figueroas de Campinas também tiveram a inversão de papeis e o dinheiro foi parar em outras mãos. Sobrenomes conhecidos, já não desfrutam do mesmo glamour que nas décadas de 60 e 70. Hoje o sobrenome é a única coisa que lhes restam, e apegados a eles, continuam desfilando pela cidade como milionários. Fácil encontrar esse tipo nos cafés, academias, em restaurantes badalados. Mais da metade não poderia estar ali por que realmente a grana está curta, mas agarrados aquele resquício de sobrenome, se fazem presentes, e quando apresentados tem o orgulho de ostentar o nome.

Poderia citar dezenas deles, mas como sou discreto e não quero ofender a ninguém, guardo-os para mim. Também tive uma criação vinda dessa apologia ao sobrenome, mas fui salvo pelo casamento da minha mãe com meu pai, que não fazia parte dessa massa falida, e aí sim tive uma educação (classe média) com requintes de esnobismo vindos de minha avó, que sim, no passado, tinha o jeito Laurinha Figueroa de ser. Por muitas vezes escutamos frases preconceituosas dela, hoje totalmente incorretas, sobre pessoas incultas ou com menos posses. Graças a alguma força divina, não fomos corrompidos por essa veia negra de campinoides que existem por aqui. Posso me considerar educado, mas não esnobe.

É difícil imaginar esse tipo de pessoa quando não se vive perto. Laurinha Figueroa para quem assistiu a novela seria a mais próxima, e caricata descrição desse povo, que acredito, não vive apenas por aqui. O que mais escuto de gente que veem de fora, é que a população campineira é fechada, e não se abre a estrangeiros, ou melhor, torcem o nariz, aquele mesmo nariz erguido, orgulhoso, que chamamos de “nariz de cheirar peido”.

Tenho certeza que alguns amigos lendo isso que escrevo concordarão 100% com o que digo, e imediatamente vislumbrarão exemplos clássicos de Laurinhas por aqui.
o dinheiro que era de uma, agora é da outra!!!

Fazer o que né. Como dizia o personagem de Paulo Gracindo...isso tudo são “coisas de Laurinha”.

Abração e ótima quinta feira a todos.



CRÍTICO? ESSE CARA SOU EU...


Sou critico, chato muitas vezes, e meu azedume irrita algumas pessoas, mas eu falo por que tenho necessidade de expor o que penso, e podem ter certeza, adoro quando me envolvo num embate, numa discussão acalorada sobre um determinado assunto. E recebo bem as criticas desde que não sejam ofensivas, aquelas que saem do foco para atingir o pessoal.

Tenho notado que a novela Salve Jorge é uma porcaria mesmo, não era impressão. E em questão de novelas eu sou, como posso dizer, um sujeito que entende? Mas critica-la está sendo um motivo de discussão. Algumas pessoas a defende com unhas e dentes, e pra mim não passa de um grave erro de mão de Gloria Perez. Darei dois exemplos simples de como um péssimo texto de novela pode levar as pessoas a bombardearem situações que até ontem amavam.

Roberto Carlos é uma unanimidade nacional. Não há, e isso eu bato o pé, uma única pessoa nesse país que não tenha uma história que envolva o Rei. Pois bem, a musica que escreveu para novela ( que no meu ponto de vista é tão boa quanto a que usaram com Tais Araújo na sua Helena de Manoel Carlos) está sendo tachada de chata, sem graça e sem criatividade. Não vejo dessa forma. Infelizmente o povo mistura as coisas, e a falta de empatia dos protagonistas Nanda Costa e Rodrigo Lombardi ( acusado de usar colírio pra simular um choro no show do Rei) detonaram a musica. O mesmo acontece com o próprio ator que até ontem era uma revelação de galã e agora caiu alguns degraus e já é considerado um ator sem muitos recursos cênicos. Gloria Perez além de ter sido repetitiva na ideia ( digo que se ela explorasse o trafico de pessoas para Rússia, Croácia, como existe, o publico talvez se interessasse mais). Mas parece uma novela preguiçosa. Vamos usar os bordões já conhecidos, os mesmos figurinos e cenários. Economia porca! Gloria é sensacional autora, mas no momento prefiro a sua versão feita no Pânico da Band, tá mais crível.

Esses dias de folga pude finalmente assistir Fátima Bernardes e mais uma vez não entendi o porquê de tamanha critica ao seu programa. Muito, muito bom. As pessoas assistem ao Jô Soares interrompendo o tempo todo o entrevistado para falar de quanto ele é incrível, e adoram. Fátima aborda temas interessantes, tem convidados excelentes e melhor que tudo: deixa todos falarem e escuta. Isso é tão difícil hoje em dia! Ana Maria Braga entrevista e fica olhando pros cachorros, para teto, para qualquer lado, menos a pessoa que esta com ela. Faustão, Silvio Santos, Luciano Huck, Sergio Groisman, Marília Gabriela , todos se preocupam mais com o ponto eletrônico ( o Silvio não porque ta véio, e o Faustão é sem educação) do que com o povo que esta em cena. Então ponto pra Fátima  e não vejo a hora de ser reprisado diariamente no Viva, assim posso assistir.

Mas há algo que tenho certeza não receberei criticas por gostar. O Esquenta da Regina Casé é deliciosamente carioca, brasileiro, e me faz rir. Ela é o chacrinha versão século XXI, com um apelo popular incrível. Digam que ela é feia, que ela é sem graça, mas não falem que o programa é ruim. Aquilo é uma mistura que deu certo, apesar da edição truncada. Finalmente irão tirar o Didi dos domingos e a Regina poderá ficar até junho. Penso que talvez algum cacique da Globo tenha entendido que o humor do Didi morreu com Mussum há anos. O próximo que deveria ir para paredão é Leandro Hassum e sua forma gritada de atuar. Insuportável.


E por falar em paredão, o BBB começa hoje e o povo ainda continua tentando mobilizar as redes sociais contra o programa. Putz, é mais fácil o Lula confessar algum crime que a Globo tirar o BBB da programação. E além dos anônimos peladões com suas sex tapes programadas nos entreterem em Janeiro, agora tem também as “Mulheres Ricas”, ou “Mulheres que enriqueceram casando com homem certo” mostrando que a pessoa sai da favela, mas a favela tá lá entranhada nelas. Né Mulher do Carlos Alberto de Nobrega?

Eu vejo todas essas porcarias, por que GOSTCHO! Sou assim, e se quiser discutir, bóra que to aí pra debater.

Abração e ótima terça feira a todos.

CINQUENTA TONS DE FÉRIAS


Buenas!!!

Estou de volta após um recesso de 16 dias. Graças às festas de fim de ano posicionadas em dias estratégico pude descansar bem. Alias, mais ou menos, por que litoral com chuva é estressante, e viagem de volta com transito de 6 horas é pra acabar com qualquer humor, por isso, minha promessa de inicio de 2013 é não voltar no réveillon do litoral sul paulista nesse ano.

Quando estava no primário o primeiro dia de aula era marcado pela redação contando as travessuras de férias. To véio pra isso, mas quero falar sobre algo que fiz nesses dias. Algo que me une as massas...rs rs rs...Calma, não sucumbi ao funk, nem assisti Fazenda de Verão, mas li o super-mega-blaster best seller “ Cinquenta Tons de Cinza”.

Explicando o porque:

Não me sinto nenhum Rafinha Bastos que se julga superior às pessoas e por isso não se entrega ao gosto popular, nem sou um intelectualoide que passa os dias ouvindo Chopin e desmerecendo um Roberto Carlos no Faustão. Gosto do que o povo gosta, mas sinto um problema quando a massa endeusa demais determinada coisa. E assim foi com o bendito “Cinquenta Tons de Cinza”. Não me atraiu nem um pouco, mas...como ia ficar fora uns dias, peguei emprestado. E pasmem, deixei meu “100 contos inéditos” de Nelson Rodriguem em casa e levei só o bendito dos cinquenta tons pra ler.

Impressão 1 – Definitivamente é um livro para mulheres, ou um livro mulherzinha. A narrativa é toda e completamente voltada para o gosto feminino. Não acho que isso seja um problema, de forma alguma. Mas vejo que a leitura é fácil e compreendo isso. Não que mulheres precisem dessa leitura dinâmica por que não tem capacidade literária para tal, mas sabemos que o tempo de uma mulher é infinitamente menor que de um homem durante o dia. E sei também que a autora quis mexer com uma fatia enorme de mulheres, a da dona de casa. Então para que perder tempo com vocábulos dificílimos, joga logo um palavreado simples que assim digere-se mais facilmente, e com isso o objetivo é alcançado, e foi. Sucesso literário, mesmo que digam que não.

Impressão 2 – Há por trás de toda essa história de “putaria” gratuita no livro um drama psicológico que ai sim me interessou. Gosto de desvendar pessoas, e o personagem principal é um prato cheio. Uma personalidade bem construída e misteriosa que instiga a continuidade da leitura, mesmo o foco principal não sendo lá um drama ao estilo Sidney Sheldon nos bons tempos, nem uma capacidade criativa como J.K. Howling em Harry Potter. Menciono os dois por serem autores de apelo popular. Nesse caso me eximo de falar de Paulo Coelho, porque aí sim, subo no pedestal e me gabo por nunca ter lido nada dele. Respeito quem gosta, que fique claro.

Impressão 3 – Há dezenas de cenas de sexo no livro, descritas ao máximo nos detalhes, mas confesso, e junto os dedos em cruz beijando-os como fazíamos quando criança para selar o juramento; não me excitaram em nenhum momento. Por isso acredito ser um livro para mulheres.

Vale a pena ler caso haja um tempo hábil, paciência e muita coragem pra enfrentar 400 e tantas paginas. O bom é que como a leitura é fácil, devoram-se capítulos com uma rapidez enorme. E aqueles que se atreverem, saibam que ficarão presos, por que ao terminar o primeiro livro, há uma enorme vontade de saber o que tanto mistério esconde Sr. Christian Grey.

Os atores ainda não foram escolhidos para o filme, que está em pré-produção, mas com ventilaram alguns nomes, é interessante vê-los e transporta-los para o livro, fica fácil assimilar expressões faciais descritas a exaustão.
 ANASTACIA STEELE - EMMA ROBERTS

CHRISTIAN GREY - MATT BOMER

Estou de volta, e pra quem passar por aqui, um feliz 2013.

Abraços, ótima semana.