PAAARRRRRAAAAA !!!!!

Não aguento mais essa coisa de “ai ai , se eu te pego” ou “nossa, nossa, delicia”. Incrível como essa modinha ta demorando pra passar. Como escutei de um comediante outro dia, isso acaba com as interjeições que precisamos usar no dia a dia, p0or que a cada vez que se espanta com algo e diz “nossa”, vem um bobão e completa, nossa, nossa, delicia...e bla bla bla.

Não vou dizer que o povo seja burro, mas pelo amor de Deus, chega com isso. Já não bastam os “primeiramente”, os “concerteza” agora o bom “nossa” também está corrompido.

Daqui a pouco não sobram mais interjeições na gramatica pra se expressa os sentimentos. Tudo vira musiquinha chata. Esse tal Michel Teló ( que não tenho nada contra, por que sinceramente nunca parei pra ouvir) podia vir com uma musica mais inteligente. Algo que engrandecesse o cancioneiro brasileiro.

Pô, na época do é o tchan, se você pedia uma garrafa de alguma coisa, não aparecia um coro cantando “é na boquinha da garraffaaaa....ordinária”. O povo entendia que musica de baixo nível era pra ser cantada em locais de baixo nível. Agora não, essa onda sertanejo universitário ( que é pra humilhar as duplas que nem primário tem), forro não sei das quantas e funk do tigrão, do hipopótamo, da paca e das mulheres comestíveis assolam a nossa língua portuguesa com frases e expressões, que pasmem, acabam virando verbete em dicionário. Só em terras tupiniquins isso acontece.

Você vê um Luan “vesguinho” Santana se contorcendo de cólicas no palco cantando como se segurasse um peido molhado, com aquela voz tremida, e as meninas berrando descontroladas, enquanto uma Marisa Monte calma pára em frente a um microfone e canta, transcende,  transfigura e penetra a alma de quem está ouvindo. Isso é cantar!!!

A musica “Depois” do novo Cd é um poema, é uma história vivida por 100% dos casais. Quando ouvi, na primeira vez já gostei. Por isso que não ouço radio no carro enquanto dirijo. Ao me aparece um Michel da vida, ou uma Rihanna espancada, mulher de bandido que apanha e volta com o cara. Não. Se é pra ouvir cafajeste, prefiro o Wando, o AGP, rs rs rs.

Quero virar dono de indústria fonográfica e acabar com a má qualidade da nossa MPB. Se uma Susana Vieira viesse a mim dizendo que ia gravar um cd, dava a ela dois potes de corega, um pacote de fraldão e mandava pro bingo. Para com isso, pensa que é bonito cantar mal? Dercy era péssima, mas pelo menos cantava “ A perereca da vizinha” e não “ Per amore”.

Só aguenta a Susaninha J.L. na pele de Dani Calabreza, impagável...assistam:





Abração e boa quarta a todos.

ALGUÉM SABE AMAR?

As histórias de amor sempre me emocionaram, por que desde pequeno que a TV, o cinema fazem parte da minha vida. Aprendi a entender e distinguir as formas mais belas do amor. Hoje concluo que a palavra amor está ligada diretamente a outra, o sacrifício. Antagônico do ódio, o amor é nada mais do que a abnegação e desprendimento em prol de outro.

Em 1936 Eduardo VIII, Rei da Inglaterra abdica do trono em prol de sua amada. No documento de renuncia diz: 

Não ignorais as razões que me levaram a renunciar ao trono. Deveis crer em mim quando afirmo que cheguei à conclusão de que seria impossível suportar o pesado fardo de tantas responsabilidades, sem o auxílio e o apoio da mulher a quem amo. 


Há como negar esse sacrifício em favor de um amor rejeitado por todos? Eduardo VIII casou-se tempo depois com Wallis Simpson e morreu tentando que a família real dedicasse a sua esposa um titulo de “Alteza Real”. 

Podemos vagar pela ficção e nos depararmos com uma princesa Fiona, que em sacrifício ao amor eterno, rejeita uma forma física perfeita, abre mão da sua beleza eterna por um amor monstruoso. Para ela o amor não estava ligado a aparência, e sim ao sentimento mais profundo que conhecia. 


Assim encontramos as mais variadas histórias de amor por onde passamos. Verdadeiras, fictícias, mas em cada uma se analisada veremos que para que se obtenha a felicidade, é necessário abrir mão de algumas coisas, de se entregar aquele sentimento sem perder a noção de quem é. Dar ao outro um pouco de si, ou muito, dependerá do retorno. Não sou a favor da total abnegação. Transformar-se por outra pessoa, descaracterizar-se não fará com que esse amor dure. Na verdade, quanto mais se doa sem retorno, maiores as chances desse amor se transformar em cobrança. 

Não se pode julgar o sentimento alheio, pode-se sim analisa-lo pelo modo como age, como retribui aos cuidados, mas algumas vezes é inerente e perceptível o peso da balança. Amar sem ser amado é correr num campo escuro, sem saber o que há pela frente. Uma hora chocar-se-á com uma arvore. O pior do amor, é amar sozinho. 

No filme “Os Descendentes” o personagem de George Clooney vive os últimos dias de vida de sua esposa, linda, amada por todos, mas que escondia dele verdades que o destruíram. Mesmo assim nos últimos suspiros de vida, ele a beija e diz: 

Adeus, Elizabeth; 

Adeus, meu amor; 

Minha amiga; 

Minha dor, minha alegria; 

Adeus; 

Adeus; 

Adeus. 

Compreender e se desprender de orgulhos pessoais pelo amor que se tem por outro é difícil. Uma lição de vida, de como se deve agir quando se ama de verdade. Sem acusações, sem desrespeitar os momentos felizes que viveram juntos. Amar sem cobrar, compreendendo o outro, seus motivos, suas fraquezas, necessidades, medos, erros, acertos. Matt King, o personagem de Clooney é uma inspiração de amor verdadeiro. 


Enxergar o outro é o primeiro passo para que se ame. Não adianta insistir numa relação onde uma das partes não compreende de forma sincera a outra. A única maneira de se perceber isso é estar de fora. Pra que se viva intensamente um amor, é necessário conhecer o verdadeiro significado do perdão. Amor existe de formas múltiplas, e até hoje o único amor incondicional que já conheci, são os das mães pelos filhos. As únicas que sabem, compreendem e aceitam os erros. 

Amemos sem esperar que a outra pessoa se destitua da vida para agradar-nos. Isso não é amor, é despotismo. 

Boa terça feira a todos.

CONHECENDO AS PESSOAS

Uma coisa que a vida traz e a idade vai completando é a capacidade de entender o ser humano, de enxergar além daquilo que é a pessoa. Pequenos gestos, pequenas atitudes, algumas palavras e pronto, imediatamente se compreende como alguém funciona.

Apesar de escrever pouco hoje, continuo um observador das atitudes humanas, por que sempre o fiz como base para meus contos e novelas. Um dia isso tudo sai da tela do computador, tenho certeza, então todos poderão ver como minha mente é fértil. Não estou aqui fazendo comercial da minha pessoa, apenas querendo dizer que eu compreendo os outros. Mesmo que julguem indecifráveis.

Muitos anos atrás um amigo, que hoje infelizmente perdi o contato, relatava uma decepção que havia tido com um relacionamento. Havia passado anos com uma pessoa e no final ouviu dela que era um sugar daddy. Na época não entendi ao certo essa expressão por que não tinha envolvimento com a vida sentimental dele, éramos amigos de bater papo, de fazer piada, e ambos não se interessavam com as respectivas vidas pessoais. Ele ficou abalado com isso, e aos poucos desapareceu, acho até que se deprimiu por conta disso. Aos poucos ele foi sumindo, até que hoje não sei mais por onde anda ou o que faz. Uma pena, por que era uma pessoa de um humor extraordinário.

Hoje talvez, mais velho, entenda através de muitos relatos o verdadeiro significado dessa expressão. Me disseram que ela é usada em relacionamentos gays, mas duvido. Essas pessoas que se aproximam de outras com interesses é comum em todos os lugares. Tenho até exemplos próximos de casais onde o marido é um Sugar Mammy...rs. Nem sei se existe essa expressão. Procurando no google encontrei a seguinte explicação: homem velho que sustenta namorada mais jovem.

Em cada esfera da sociedade existe esse perfil. Não é uma exclusividade da classe rica, muito menos dos velhos ricos. No morro há a periguete que fica com o traficante por que ele pode oferecer algo mais, nas rodas da alta sociedade há velhotas que saem com garotões e lhes dão aquilo que eles precisam, presentes. Até um simples pedreiro, insinua que precisa de alguma coisa em beneficies ao tratamento dispensado a pessoa que esta com ele. É o toma lá da cá.

Mas até onde pessoas assim chegam. Não é fácil enganar a todos o tempo todo, já dizia Abraham Lincoln, então pra que seduzir, enganar, e se fazer de coitadinho se um dia alguém decifrará a pessoa. Mas como dizia uma boa e velha amiga de infância: as pessoas acreditam que os outros não a percebem. Esse é problema.

Lembrei desse meu amigo ontem, vendo a premiação do Oscar, por que ele era fissurado na festa, e por isso senti vontade de escrever sobre ele. Não sei quantas pessoas viveram ou conhecem outras que tenham passado por situações parecidas, de terem sido usadas por um interesse de outrem. Mas como em qualquer desilusão, o dia seguinte pode ser difícil, mas não há nada como o tempo para desvendar mistérios, e facilitar a compreensão de enigmas. Não existe ninguém que seja uma incógnita indecifrável.

Boa semana a todos e ótima segunda feira nublada.

O OSCAR É MEU!!!

Oscar retirado do cofre...estaremos em Los Angeles amanhã pra ver a cerimonia ao vivo, ja que sou um premiado do ano de 2000. 

Não é facil ter um Oscar...rs rs rs rs...


Bom fim de semana a todos.

PRECISAMOS MESMO FALAR?

Segunda feira de carnaval, dia meio nublado, praia cheia, resolvi sozinho assistir “ Precisamos falar sobre Kevin”, filme baseado na obra homônima da escritora americana Lionel Shriver e adaptado para o cinema por Lynne Ramsey e brilhantemente atuado por Tilda Swinton ( eternamente andrógena). Um porem: assisti em casa, no conforto do lar.

O filme é previsível, por que sabemos o fim, não há como negar. Ingênuo quem assiste achando que algo diferente do que está sendo prenunciado acontecerá. Não, tudo aquilo que se teme, acontece. Mas não é a previsibilidade do filme que conta, e sim o embate de uma mãe e seu filho ( de criança a adolescência) numa guerra de nervos que transborda a tela.

Sente-se o rancor, o ódio, o desespero, a humilhação, o pouco amor, o muito amor, nos olhos e nos gestos de ambos. Tilda é uma veterana brilhante do cinema, que em poucas palavras passa a nós sentimentos compreendidos no papel, mas raramente palpáveis como encontrados no filme. Uma pena não concorrer ao Oscar. Seria merecido.

Para quem acredita ser um drama familiar se engana, vai além disso. Uma mistura de suspense e algumas vezes terror. Um sensação de mal vai tomando conta e nos deixando perplexos com a maneira como Kevin vive com a família. Para quem leu “ Mentes Perigosas” da Escritora Ana Beatriz Barbosa e Silva, onde ela traça perfis psicopáticos, fica até fácil desvendar Kevin.

A fotografia, e a forma como o filme se apresenta, em flashs (nada de flashbacks para entender o passado) e sim cenas aleatórias da vida em família, do romance entre o personagem de Tilda e o marido, da infância de Kevin. Tudo se alinhava numa crescente. Aos poucos conseguimos montar um quebra cabeça de emoções que culminam num “Grand finale”  aos moldes de Hannibal Lecter. Muitos tons de vermelho causam impacto, através de uma luz bem colocada, criando um cenário perfeito, que nos atormenta, e nos fazem falar sobre Kevin.

O filme vale a pena, desde que o espectador esteja propicio a compreender o personagem de Tilda. Ela é o fio condutor da história, tudo baseia-se nela. Não li o livro, mas sei que a narrativa é diferente do filme. Nele ela expressa sua preocupação através de cartas ao marido.

Excelentes atuações dos três atores que dão vida a Kevin, do pequeno Rock Duer, passando por Jasper Newell até chegar adolescência com Ezra Miller intocável.

Não costumo falar sobre cenas ou enredo do filme, como não gosto que me contem o final, prefiro apenas dizer que vale a pena, e cada um tira suas próprias conclusões. A capa do livro na época do lançamento no Brasil emoldura muito bem a personalidade de Kevin. No relançamento, colocaram o cartaz do filme. Perde um pouco o impacto.

Abraço a todos, e vamos ao cinema...

APROVEITANDO O CARNAVAL NA ESTRADA

Se alguém for dar um rasante de helicóptero por ai...me manda um oi, que to nesse meio ai...rs

Bom carnaval a todos, não bebam muito e não façam filhos em quem vocês não conhecem...ok?

ABRAÇOS...

ABOMINÁVEIS FESTAS DE FORMATURA

Existem coisas nessa vida que me fazem parecer um ET, um velho rabugento, tipo aquele do filme UP, uma pessoa antissocial, antipática que fazem com quem torçam o nariz pra mim. E uma dessas “causas” é minha ojeriza por festas de formatura.

Abomino, sempre abominei festas de formatura. Acho a coisa mais chata do mundo. Até entendo bodas, festas de debutantes (aquela coisa de querer apresentar a filha pra sociedade é balela) as festas tem sempre um cunho de “se” mostrar para outros.

Mas a questão de não gostar de formaturas é que a festa é única e exclusiva para os alunos. Eles se divertem, então deveria ser uma celebração pessoal, apenas para quem passou quatro ou cinco anos se ferrando dentro de sala de aula, mas não, vem àquela coisa besta de baile de formatura, com a mulherada vestida com aquelas roupas que apertam os peitos para mostrar que são gostosas, caras de terno ou smoking que não conseguem ficar um minuto sem passar o dedo pelo colarinho, claro, pura falta de habitue.

Não há festa de formatura que se coma bem. Tudo que é servido é porcaria, por que os organizadores pensam mais na “banda” a escolher do que no cardápio. A molecada fica bêbada geral, e depois que os pais e avós “velhos” se vão, começa a baixaria.

As bandas escolhidas tocam sempre aquela coisa massificada. Musicas dos anos 70, misturadas com algum chitun chitiun, no meio uma Xuxa, depois Sandy e Jr. e bla bla bla. Sempre a mesma coisa. O povo dança, sua, tira o paletó, a mulherada em altas horas já fica sem sapato descabelada, e toda borrada.

No meu caso, por exemplo, minha turma se odiava, era um monte de gente que passou cinco anos furando os olhos um dos outros. Faculdade em período integral, então imaginem o excesso de convívio, e os podres que uns sabiam dos outros. Enfim, nem os paraninfos e homenageados compareceram a festa. Não participei, não gostava do povo mesmo. Tinha uma turminha show de bola de 8 grandes amigos, que hoje são 3...rs. O resto ganhou o mundo e não quis mais saber de amizade.

Festas de formatura são antipáticas, por que desprestigiam aquele aluno mais carente, que não tem grana, que trabalha e não fica de pernas pro ar na faculdade o dia todo. Esse coitadinho é deixado de lado, ou seja, ele nunca foi importante pra ninguém, então na hora de “colaborar” para a formatura, essa pessoa é definitivamente esquecida. As festas deveriam ser feitas pela Universidade, que na maioria das vezes arrancou a até o ultimo pelo do corpo do aluno com mensalidades caríssimas. As festas seriam padronizadas e ninguém reclamaria que no ano anterior serviram mais coxinhas que na sua formatura.

Sempre achei que as amizades de faculdade, ou seja la de que período de vivencia escolar, ficam independente do que se festeja. Fazer festa pra agradar pai e mãe também não vale a pena. Garanto que eles ficariam mais felizes em ver o diploma sendo usado  do que apenas sendo recebido. Hoje em dia não se pode mais pensar no mercado de trabalho apenas no dia seguinte a esbornia da formatura.

Enfim, me  xiguem, mas continuo com minha opinião a respeito de festas de formatura. São terrivelmente CHATAS.

Abraço a todos.

POR ONDE ANDA O PRIMEIRO AMOR?

Conversava com um amigo dia desses sobre o porquê das mulheres que se separam alguns anos depois do casamento terem uma necessidade de rever  amores da adolescência. Conheço varias que engataram namoros e acabaram casando-se novamente com aquele primeiro amor, la do passado.

Já assisti varias vezes nesses programas de tipo “Gugu”, “Rodrigo faro”, mulheres que buscam aquele cara que se perdeu no mundo, e que nunca mais viram. O precursor disso talvez tenha sido Silvio Santos, com os seus programas de namoro. Na maioria das vezes o homem já construiu vida com outra mulher e a decepção é tão grande que a pretendente de acaba ali, cara a cara com então “homem da sua vida”.

Não entendo o porquê desses amores mal resolvidos. Por que o primeiro namorado é tão importante pra mulher? Geralmente o homem nem se lembra de sua primeira vez, com quem foi, se a namoradinha da adolescência está viva ou não. Mas mulheres mal casadas, infelizes tendem a correr atrás de um prejuízo que só existe na cabeça delas. Será que viveram uma vida toda ao lado de alguém questionando onde se encontrava o seu primeiro amor?

Se for assim até entendo o porquê do casamento não ter dado certo. Passar uma vida comparando o marido a ilusão daquele homem jovem que conheceu no passado, chega a ser uma covardia. O pior é as que nem casam, achando que o namoradinho da adolescência um dia surgirá de cavalo branco para busca-la e serem felizes para sempre.

Histórias mal resolvidas deixam um amargo gosto na boca por uma vida inteira. Existem pessoas que viram a pagina e esquecem o passado, mas a maioria sofre, revive, e se entristece na busca daquele amor inatingível, que o tempo fez questão de criar um hiato. É muito difícil que as pessoas depois de maduras consigam retomar um amor assim.

Ontem vendo a entrevista da esposa do Wando me veio a cabeça esse questionamento. Ela o conheceu ( foi seu primeiro namorado), terminaram, casou-se com outro, ficou viúva e retomou 10 anos depois um amor que achava estar esquecido. Por que não encarar a vida a dois num primeiro momento. Pra que protelar uma situação, um romance e só vive-lo tardiamente. Algumas mulheres ficam mais infelizes, por terem desperdiçado uma vida com um homem que só as fez sofrerem. Um dia, reencontra o amor da vida e nem um filho pode ter com ele, por que o tempo passou.

Amores adolescentes marcam tanto a mulher que posso afirmar que 8 em cada 10 pensa no seu príncipe do passado. Nem precisa ser o primeiro namorado, mas algum homem que na época a rejeitou ou por algum motivo familiar, não pode ir além do namoro.

Não vejo homens sofrendo por aquela mulher que amou um dia, e nem correrem atrás delas pelo mundo. Nesse caso, homem é pratico. Acredito que nem entre gays isso aconteça, não acho que um cara ou uma menina fiquem presos no passado pelo seu primeiro amor. Isso é quase exclusividade de donas de casa que odeiam suas vidas e acreditam que se tivessem tomado outro rumo seriam mais felizes. Nesse ponto afirmo que a felicidade não está no amor do passado, nem no atual, pode parecer clichê, mas a felicidade a gente sabe bem que ta dentro de cada um. Ponto.

Desejo que essas mulheres que necessitam desse revival pelo menos aproveitem e que a decepção seja bem pequena. Já vi grandes estragos com quem quis fuçar num baú velho e poeirento.

Abraço a todos e ótima semana.

E AÍ, QUER SER MEU AMIGO?

Tenho poucos, mas grandes, enormes amigos.

Amizade não é uma confraternização de fim de tarde num Happy hour onde cada um come seu amendoim, bebe sua cerveja e vai pra casa sem ao menos saber se o cara que tava sentado do seu lado tem problemas na vida.

Amigos são aqueles das frases piegas, batidas da internet. Aquele que senta quieto do seu lado, e mesmo assim te faz uma cia gigantesca. É muito difícil encontrar gente assim. Eu sou cético ao conhecer pessoas. Fico ressabiado. Dificilmente me abro logo no inicio da amizade. Como já disse um dia, aquela pessoa que te conhece há duas horas e quer ser seu amigo de berçário, hummm, soa falso.

Amizades são cultivadas lentamente, com pequenas doses de paciência, muita dedicação e perseverança por que afinal não é fácil conviver com a personalidade distinta de cada um.
Tenho amigos de longas datas. Daquele tempo onde se era inocente de verdade. Onde rir era obrigação o tempo todo, por que a vida era simples, sem ônus. O duro de crescer é isso, perder a infantilidade por obrigação. Convenhamos que é ridículo um cara maduro portar-se como criança e não ser chamado de idiota, mas pior é ser amargurado, sem humor e chato.
Perder a infantilidade não quer dizer perder a criança que fica guardada dentro da gente. Quero envelhecer com o mesmo humor que tenho hoje e sempre tive, acompanhado dos meus amigos que basta um olhar pra compreenderem a piada. Isso é conectividade com o outro, poder rir, saber do assunto sem que a pessoa abra a boca, e posso dizer uma coisa: tenho amigos assim. Eles me conhecem e eu os conheço...de verdade.

Já há cinco anos perambulo pelos blogs desse mundão de internet. Alguns sumiram, outros eu perdi o interesse. No inicio quando descobri esse universo só encontrava blogs “diários” que contavam cada segundo da vida infeliz do dono. Isso foi me deixando enjoado e migrei para outros mais divertidos. Com o tempo, encontrei pessoas incríveis que jamais teria oportunidade de conhecer. Pessoas que se mantem virtuais, até por uma questão de localização e falta de uma oportunidade concreta de vê-las pessoalmente. Até já conheci gente que não existia. Por anos conversei com alguém que na verdade era outra pessoa. Mas aí, cada louco com sua mania. 

Sou observador do comportamento humano, já disse isso zilhões de vezes, e nesses anos todos fiquei perspicaz e pouco me engano com o caráter das pessoas. E assim analiso alguns dos meus companheiros de blog. Seria injusto mencionar uns e deixar outros de lado, isso criaria saia justa, e por fim ficarei eu antipatizado. Então pra que não haja problemas vou falar de um só, que demorei muito a conectar, não o conheço pessoalmente, mas sei que 90% das pessoas que o conhecem o adoram. O Paulo Braccini.

Não to puxando o saco, alias, não é característico da minha personalidade isso, mas quando pensei em falar de amizade hoje e abri meu blog, lembrei dele. As pessoas que o seguem o veneram. Eu demorei um tempão para fazer amizade. Via comentários dele em todos os blogs, e ele nunca ia ao meu. Assim foi durante um tempão. Certa dor de cotovelo por ele não falar comigo. Mas dei o primeiro passo e deixei um comentário la. Daí em diante viramos amigos de jardim de infância...rs rs rs. Não conheço o Paulo, li quase o seu blog todo, e concluo ser ele uma das pessoas mais transparentes e afáveis desse universo virtual. Muitos convivem com ele, viajaram e o receberam em suas cidades. O Paulo é o tipo de ser humano solidário, pode até não ser por ações ( coisa que duvido, por que gente como ele faz), mas é a pessoa que leva a palavra, no momento certo, na hora necessária. Esse é o dom de poucos.

Hoje eu sei que ter amigos, dos quais nunca se viu o rosto é possível. A evolução dos hábitos e a utilização da internet nas nossas vidas está aí, e não muda mais. Basta estar aberto a amizades concretas.

Bom fim de semana a todos.

ONDE ESTÁ, CADÊ?

Onde foi parar o terceiro beijo?

Até pouco tempo quando chegávamos a um lugar e cumprimentávamos as pessoas, geralmente davam-se três beijos na face. Aquela coisa interiorana, que vinha sempre seguida da frase: três pra “casar”.

Os jovens em São Paulo tem o costume de dar apenas um beijinho e assim já iniciar um bom papo. No Rio de Janeiro dois beijos, e aqui no interior como em outros tantos lugares, os benditos três beijos, mas sempre em pessoas mais velhas.

Quando um paulistano vai ao Rio, deixa sempre o carioca com o rosto no ar, por que dá o beijinho único e se vira, enquanto o pobre coitado paira com a bochecha erguida no ar esperando o próximo. Já fiz isso varias vezes, e acho que os cariocas odeiam...rs

Mas o terceiro beijo caiu em desuso. As pessoas não querem mais as convenções sociais antigas. Vai que ao dar o terceiro beijo você prolonga o contato com a pessoa e adquire alguma bactéria ou vírus mutante que ao entrar pela sua via respiratória cause fortes problemas de saúde, causando-lhe a morte...rs. Um neurótico pensa assim.

Mas acredito que o terceiro beijo morreu por que as pessoas não querem mais ouvir a frase que o “este” é pra casar. Ninguém mais quer casar. As pessoas correm disso. Pobre coitada das solteironas que tinham uma esperança renovada a cada encontro com uma tia velha que lhe dava a senha e a perspectiva de que Santo Antônio ouvindo aquilo disponibilizaria o príncipe encantado logo, logo.

Hoje a molecada nem beijo no rosto dão. Às vezes vejo uma turminha se encontrando e fica aquela coisa de tapinhas nas mãos, socos, e outros gestos que parecem tic nervoso. E dali já desenvolve o dialeto deles que me faz sentir um ancião, por que metade eu não entendo. Eles abreviam tudo. Moleque virou lek, os caras viraram Brou, e o mais triste, até os 30 anos a garota é mina, passou disse, virou tia...segundo o dicionário de gírias dos anos 2000. Ler o que eles escrevem então, to quase desistindo.

Tudo evolui numa rapidez absurda entre os jovens, e levo pra mim as palavras ditas por Regina Duarte no fantástico de Domingo. Quero morrer com a criança ainda viva dentro de mim. Não quero ser um velho chato, rabugento e que não compreende a evolução. Quero ser “mano” e assim morrer como um velhote gente fina, massa, sem esquentar a moringa.

Quanto ao terceiro beijo, paremos de economiza bochecha. Era tão divertido ouvir que o terceiro era pra casar!!! Rs.

Abração e boa terça a todos.

HAPPY BIRTHDAY SÓ PRA MIM...RS

Até que enfim chegou meu dia...abraço a todos que passarem por aqui...segue um vídeo com meu "arquivo confidencial" próprio...rs rs rs...abraços a todos..



http://www.youtube.com/watch?v=c0ZycDCx5vs

FOREVER YOUNG

A proximidade do aniversario traz reflexões que não sei se são pertinentes ou uma viagem da cabeça de alguém que em breve estará mais velho.

Não sou um ancião, mas também não sou mais uma criança. Às vezes me olho no espelho e custo acreditar que aquele viço todo da adolescência ficou la num passado remoto. A barba ta branca! Quando se percebe números, aí a porca torce o rabo. Há poucos dias vi homenagens a Elis Regina morta há “30 anos”. Putz, eu estava em casa, era moleque quando isso aconteceu, presenciei essa parte da história, sendo que muita gente hoje só viu Elis por fotos e vídeos. Isso traz uma sensação de amadurecimento, de envelhecimento que se não entendida, nos deprime.

Ter um rosto jovem e uma idade madura muitas vezes é prazeroso, por que as pessoas se assustam quando se diz a idade. E o melhor é ouvir: nossa!!! não parece que você tem tudo isso!!! Rs rs rs...

Mas engana-se quem acredita que a idade não pesa. Existem condições de saúde que começam a preocupar quando se atravessa a fronteira dos “entas”. Falta um pouco ainda, mas sabe-se que o corpo já não é uma maquina em desenvolvimento. O retrocesso, a decadência física e mental já teve o start. Agora é correr pra retardar tudo isso, manter a máquina azeitada, a cabeça funcionando a todo vapor. Mas o duro é que o acumulo de experiências, de vivencias, de histórias que vimos pela estrada até hoje, que nos fazem crer que a caixa de memoria está ficando cheia. Ai começam as comparações. Fulano tem certa idade e esta passando por tal problema...Sicrano foi não sei onde e deu um treco assim, assim, assim. Neuras!!!!

Mas não ligo de passarem os anos, de estar envelhecendo, de modo algum. A única coisa ruim disso é que o tempo que passa pra mim, passa também para os outros. Pais envelhecem mais rápido, e não é fácil encarar a velhice deles. Aquela disposição que mãe e pai tinham quando éramos jovens está debilitada, frágil. Essa fragilidade preocupante dos velhinhos consome a nós que temos no coração a sensibilidade de que cada vez mais precisarão de nós. Difícil encarar que eles não são mais heróis dispostos a lutar bravamente pela prole. São mais filhos que nós filhos.

Ver que as nossas crianças crescem e pensam por si só também é uma “dor” saudável a se carregar com o passar dos anos. Aquele bebê que carregávamos até ontem, hoje namora, sai, e faz tudo aquilo que fazíamos também na idade deles. Triste constatação que mundo segue  e administrar isso também faz parte do amadurecimento. É necessário passar a experiência vivida a eles, quando querem ou escutam. Oh época mais complicada a adolescência!!!!

Não me deprimo por estar chegando a uma fase “madura”. Hoje o conceito de idade é muito diferente de quando era criança. Uma pessoa de 50 anos era um velho, um avô, uma pessoa morta pra vida. Hoje uma alguem de 50 anos é um jovem senhor com ótimo físico, disposição de 20 anos, e muita lenha pra queimar. Uma pessoa de 60 anos, está tão bem, tão equilibrada e inserida no mundo como um cara de 30 anos. Então, com a medicina, com a ciência fazendo descobertas diárias, serei um jovem eterno...rs, e não to nem ai. Só há necessidade de não extrapolar e virar um velho retardado.

Mas que é bom ser uma pessoa experiente, isso não nego!



Abraço a todos, e ótima quinta feria.

CAMPINAS - TERRA PODRE - POVO OMISSO

É péssimo usar um espaço como esse para falar de politica, mas sinceramente, hoje preciso desabafar sobre a cidade onde moro: Campinas.

Não comungo das atitudes do povo daqui, mas me incluirei por que sou “a população campineira”. A cidade é composta basicamente de ricos falidos, que vivem esnobando a nova classe rica, emergentes que querem um lugar ao sol. A maioria dos filhos desses ricos de tradição acabaram na politica, e hoje temos um governo de filhinhos de papais “campinoides” que pouco se importam com o povo.

No final de 2011 a Câmara de vereadores deu a si um aumento de salario de 126%. Algo inaceitável sendo que funcionários públicos ( saúde, educação, segurança) brigaram por 10 ou 11% e não conseguiram nada. Para um ano assolado por denuncias de corrupção, prefeitos cassados ( 2 deles foram banidos da prefeitura) e uma dança de senta e levanta da cadeira de prefeito, uma câmara ter a audácia de se dar um aumento desses, é mais do que uma patifaria com o povo, é uma desonra.

Infelizmente somos aquele povo que samba, que é tão solidário em catástrofes, que chora ao ver o flagelo do povo nordestino em época de seca, e que ao mesmo tempo é ignóbil, burro, e não tem memoria, por que quando chega o período de eleições, acreditamos nesses “coronéis” que nos aterroriza as noites de sono, nos põe medo e que nos trazem no cabresto. É isso que acontece, ainda temos medo de políticos? Por que não é possível tamanho consentimento aos atos públicos criminosos.

Campinas hoje é uma terra de ninguém, com políticos descrentes, usurpadores do bem estar da população campineira. Somos um povo entregue as moscas, sem cultura (acreditem, uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes, não tem teatro). Não temos diversão, não temos pão, muito menos circo.

Nem os imperadores tiranos e débeis tratavam o povo com tamanho desprezo. Aqui não há leões, mas há bandidos, marginais, que nos esperam nas esquinas para um ataque mortífero. Estamos entregues ao mais profundo descaso desde que me conheço por gente.

Não bastasse os problemas municipais, agora temos a intervenção de um Ministério Publico autoritário, que se infiltrou nas decisões municipais, e governa por deliberação própria. Não bastasse viver mal na cidade, agora para trabalhar ( na minha área: urbanismo) também está quase impossível.

Onde está meu passaporte, minha passagem pra Suíça. Quero viver numa cidade modelo, como já fomos conhecidos. Não quero ser apontado como um campineiro, um cidadão de terras de coronelismo. Não quero ter que fechar os vidros do carro no semáforo por que um marginal irá me assaltar. Somos um povo interiorano, caipira, que até ontem colocava a cadeira na porta de casa, no fim do dia, para conversar com vizinhos enquanto as crianças brincavam. Sou do interior, quero paz, quero a vida brejeira. Pode-se viver a modernidade do mundo com a inocência caipira. Basta que não tirem de nós a vontade de ver o sol nascer brilhante, que só por aqui se tem. Cidade dos ventos “frescos” foi o único titulo que nos sobrou.

Nem as andorinhas, pelas quais campinas é conhecida, estão por aqui. Até elas bateram asas procurando um lugar melhor pra viver.

Abração e boa quarta feira.