MORTE AOS BORDÕES !!!

Não sei por que tem épocas que as pessoas entopem a nossa língua portuguesa de bordões. Pra tudo tem sempre uma frase para exemplificar. Culpada disso são as novelas que falam a exaustão frases populares. “Não é mole não”, “Stop Salgadinho”, são de autoria e Gloria Peres e ficaram por aí anos, rondando o populacho. “To bandida” é novo hit. Todo mundo ta bandida nos últimos tempos.

Pra fazer pegar um bordão é difícil, o povo tem que interagir e conseguir jogar pro seu dia a dia a frase de efeito. Cada um no seu quadrado é um tipo de bordão que me agrada. Mas quando o ator/personagem tenta impor as duras penas uma frase escrita pelo autor, e no caso o 3esse personagem é fraco, a situação torna-se constrangedora.

Detesto Eri Johnson. Nunca gostei dele, nunca vi talento nas imitações batidas que faz de Romário e outros. Cara chato, sem graça e que faz o mesmo personagem sempre. Muda novela, muda enredo, e ta ele lá, no eterno papel de Eri Johnson. Sua participação no BBB12 pra quem viu foi constrangedora, sem graça e forçada. Não assistiria aquela peça de teatro nem que ele viesse me buscar em casa. Pra quem viu um monologo de Paulo Autran, que você precisava segurar pra não chorar, olhar Eri Johnson dando dançadinhas imbecis num palco é de chorar também, de tristeza.

O bordão escrito pelo irritante Agnaldo Silva que está com a mão péssima em Fina estampa é tão chato quanto o ator. Não sei o que lá “papai” que ele repete toda hora é chato pra caramba. Já é difícil ter que aguentar Eri na novela, naquela sensação de que a qualquer momento ele entortará o corpo, encolherá o pescoço e falará com a voz do Romário. Ou quem sabe, vai fingir uma perna mecânica e soltar um: São tantas emoções, ao estilo podre da imitação de Roberto Carlos.

Bordões são chatos e programas como o Zorra Total usufruem deles para fazer graça. Desde que me conheço, quando assistia programas humorísticos na TV, vejo os quadros terminarem com uma frase de efeito. Jô Soares, Chico Anysio se apegaram a eles por anos. Mas nada pior do que o “balé” que Mauricio Sherman coloca em todos, mas todos mesmo, programas que dirigiu desde que a arca de Noé ancorou em terra firme. Coisa insuportável essa tentativa tupiniquim de musicais da Broadway. Quando a coisa desanda e o ibope cai, eles trocam as gordinhas cantantes por bundas dançantes. É tão cansativa a apelação na TV hoje que da vontade de ter uma linha direta com a programação e mandar aquelas frases de rodapé que ficam rolando e dão tontura na gente cheia de palavrões que não podem ser censuradas. Tipo o cara que ligou pro “fala que eu te escuto” ao vivo e mandou todo mundo pra aquele lugar.

Em breve a massificação “ To bandida” vai me irritar ao ponto de eu não ver mais graça em Rodrigo Santana. Deveria haver um bom senso na TV, deles dosarem certas coisas para que o publico não criasse ojeriza. Essa geração Y que ta aí é rápida. Faz circular um meme de sucesso pela internet em menos de 24 horas quase mobilizando o país todo. Então não da pra ser repetitivo com um pessoal desses. É por isso que cada vez mais a TV perde espaço. Não da mais pra manter um segredo em novela por seis meses como era de costume, tudo tem que ser imediato. Isso força a criatividade de autores e os obriga a sair da zona de conforto que se encontram nas ultimas décadas. Aquela formula batida de folhetim está com os dias contados, por que por mais que Agnaldo Silva brade nos quatro cantos do mundo virtual que o seu texto é maravilhoso, na minha opinião é pior bosta que escreveu na sua carreira. Pena tenho de envolverem um elenco tão bom, numa novela tão péssima. “Mata papai”.

Abração a todos e ótima terça feira.

MULHER DE AÇO

Alguns acontecimentos abalam a estrutura de toda uma família, mexem de forma considerável com o dia a dia de todos nós.

Já vivi problemas de saúde em casa, digo dentro de casa mesmo, com familiares que convivem da hora de acordar ao momento de dormir, e o ritmo de uma doença mexe com psicológico e emocional de todo mundo. Quem passou por isso sabe como é difícil.

Aqui no blog falo de mim, conto histórias engraçadas passadas com meus familiares, mas nunca estendo aos problemas da vida, que nos assolam de surpresa, ou que envolvam terceiros. Uma pequena sobrinha, filha da minha irmã, foi diagnosticada com diabetes do tipo 1 no inicio de janeiro. Uma taxa altíssima de 600 quando descoberta. Quem entende da disfunção, sabe o grau de perigo que corria. Tem apenas 9 anos.

Isso abalou e nos tirou do eixo. Quando falo nós, me refiro a toda a família, principalmente a mãe ( no caso, minha irmã). Até compreender do que se trata, entrar numa rotina de dietas, insulinas, picadas nos dedo varias vezes ao dia, é complicado e desgastante.

Porem, minha irmã é zelosa e conseguiu rapidamente reverter o quadro, com rigorosa dieta em horários estabelecidos que não passam 1 minuto sequer. Quando se trata de ter rotina, ela é militar. E hoje, quase um mês após descobrirmos a disfunção (diabetes não é doença) a menina está completamente equilibrada, com taxas que são normais dentro do quadro de um paciente diabético. Mas as seringas de insulina terão que ser uma parte da vida daqui pra frente, até que os médicos finalmente anunciem a cura.

Nesse interim , no dia que a pequena passou mal e o medico diagnosticou,  minha irmã sem querer, sem entender, passou a ter uma dor no pé esquerdo. Deixou de lado essa dor, o inchaço para se dedicar ao tratamento emergencial da pequena. Aos poucos, com a tranquilidade voltando foi sentindo cada dia mais a dor, que chegou a um ponto insuportável. Simplificando os fatos, foi ao medico e constatou que o pé está quebrado.

Resolvi contar esse fato apenas para exemplificar como uma mãe frente ao problema de um filho, esquece completamente de si, do corpo, e sublima tudo em prol do bem estar dos seus. O medico que a atendeu disse que se fosse homem estaria berrando de dor. Por mais de vinte dias permaneceu com o pé quebrado, e só agora está tratando do “seu” problema.

Algumas pessoas podem achar que isso é um relaxo, uma descrença, mas eu afirmo que não. Conhecendo minha irmã, sei que ela abdicou do seu bem estar àquela que precisava de mais atenção. Vem-me a cabeça histórias de mães que erguem carros no muque pra tirar os filhos debaixo.

Agora está tudo bem, com ambas.

Abração a todos e ótima semana.

SEPARAÇÃO

Não é falta de criatividade minha, mas tenho visitado muitos blogs, coisa que estava difícil no final do ano passado, e tenho percebido que o pessoal ta criativo, e escrevendo muito bem. Estive num dos blogs que considero com o melhor título na blogosfera ( TPM de Macho – por que homem também tem fases - .tpmdemacho) do Fred. Lá havia um texto sobre “separações”, postado por consequência do termino do relacionamento de um cara nota 10...o Edu. Pedi autorização e cá estou a reproduzir o texto. Voilá!!!

[...Daí a escritora Roseana Murray botou no seu livro: "que a vida é um jogo assim, de tantos medos e outras coragens".

Quando somos informados - através de um post de precisão cirúrgica (nem doce, nem duro, nem detalhado, nem seco) - que um dos relacionamentos mais festejados e celebrados de Blogsville chegou ao fim é impossível - para mim - não pensar em medo e coragem: dois sentimentos antagônicos e - por incrível que pareça - complementares.

Como muito bem disse um dos protagonistas do caso "discutir a relação" é algo que agora interessa somente aos envolvidos. Para nós - que ao longo dos anos fomos testemunhas deste encontro de dois e aprendemos a admirar uma relação construída na mais rebuscada simplicidade do desejo deestar junto - resta apenas administrar nossa incredulidade, recuperarmo-nos do impacto e - de pé - aplaudir a maturidade, a sabedoria, a elegância e a coragem de duas pessoas que mesmo no fim da história que escreveram juntas conseguem dar mais uma lição: que o verdadeiro amor por alguém também se manifesta na hora de largar as mãos e deixar o outro ir.

Fim de relação é dor dividida.
É luto compartilhado.
Sofre quem tomou a decisão, quem puxou o gatilho primeiro e teve culhões pra manifestar que algo no reluzente vaso de cristal trincou.
Sofre quem recebe o cartão vermelho, quem planejava o jantar do próximo sábado e - sem muito aviso prévio - descobre que próximo sábado é um lugar que não mais existe.
Sofre quem deixa de amar.
Sofre quem deixa de ser amado.
Sofre quem puxa a mala de cima do roupeiro e abre a porta da casa - deixando a chave na bancada.
Sofre quem fica preso do outro lado da porta. Preso do lado de fora de um amor que não mais lhe pertence.
Sofre um.
E sofre o outro também.

E nesse limbo de angústia e aperto em ambos os peitos escuta-se - sibiloso - o sussuro do medo.
O medo de ter tomado a decisão errada; 
o medo de ter metido o pé pelas mãos; 
o medo de não ser bom o suficiente; 
o medo de não ter sabido gostar como devia; 
o medo de ter ficado menos interessante, menos potente, menos jovem; o medo de ficar sozinho; 
o medo da falta que ele vai fazer; 
o medo de não saber mais desse homem; 
o medo de querer voltar a um momento para o qual não existe mais regresso.

Tantos medos.
Mas ao contrário do que pregam o medo não apenas nos enfraquece.
Ele também nos faz humanos.
É do homem ter medo.
Porque é ciente do nosso medo que podemos encontrar as nossas coragens.

A coragem pra recomeçar tudo de novo; 
a coragem pra continuar acreditando; 
a coragem pra pisar no freio quando chega a hora; 
a coragem pra enfrentar a dureza de ser preterido; 
a coragem pra entender que não é o fato de uma relação acabar que desmerece tudo que foi vivido enquanto ela existia e a coragem pra dizer em alto e bom som aquilo que só costumamos verbalizar em pensamentos.

Vive dentro de nós essa coragem para fazer o que sabemos que precisamos fazer.

E fazer da única forma de fazê-lo: sem frescura.

Amor sempre foi questão de respeito. 
Mesmo quando acaba...]

Volta vai!!!

Abração a todos e ótimo fim de semana.

TEXTO: Um Anjo em Julgamento - Sergio Apollinário

Não costumo copiar textos de outros autores aqui no blog, mas esse que li faz muito sentido. Dados os devidos créditos, resolvi partilhar das palavras dele. 

[...Na sequencia dos meus instantes, eu mesmo descubro-me novo. Sempre perplexo com as descobertas que faço sobre mim, busco apenas melhor me entender, ciente de que é impossível saber totalmente quem sou. Louvo aos céus que assim seja. 

Não suportaria saber-me previsível diante de cada experiência. Como, portanto, ousa me julgar? Você que também não sabe quem é? Como? Cuida sim da sua sagrada vida, pois o tempo é curto para viver o que necessitas. Faz dela o que melhor entender. Da minha vida e dos meus atos compete s mim saber o que deles fazer. 

Amo o amor. Amo amar. Importo-me com a evolução dos meus semelhantes, não sou porem, responsáveis por ela. Não sou mestre da evolução. Sou apenas incentivador. Cada um é responsável pela sua evolução e dela tem que dar conta. As razões pelas quais me importo com a evolução dizem respeito a minha forma de servir a Deus. Caminho com os que estão nesta estrada.Os que escolheram o caminho do desamor não posso mantê-los em meu mundo...]


Abraço a todos, ótima quinta feira... 

AINDA TEMOS INTIMIDADE?

Houve uma época, na qual vivi a infância, que as pessoas tratavam o “sexo” de uma forma mais puritana. Em casa apenas insinuava-se que alguém tinha “intimidades” com outra pessoa, e muitas vezes ouvia-se: fulana está dormindo com sicrano.

Não tinha essa coisa de que a menina ficou com um cara, trepou, ou que o moleque comeu não sei quem. Essas formas pejorativas e vulgares não existiam nas casas. Era uma linguagem de rua, de filme de Sonia Braga dirigido por algum cara que distorcia obras como as de Nelson Rodrigues, transformando um texto brilhante numa pornochanchada barata.

As pessoas “dormiam” com outras, mesmo que fossem em casos extraconjugais. Até numa devassidão existia um recato ao tratar o assunto. Essa banalização do sexo trouxe benefícios e malefícios. Prezo a forma como a mulher de hoje encara o sexo. Mais aberta, com irrestritos pudores, e são felizes, por que usufruem de algo conquistado a duras penas. Mas também vejo a facilidade que usurpa o romantismo. Encontram-se na balada, transam e tchau. Podem dizer o que for, mas essa forma de encarar a vida não é real. Corto uma mão fora se a mulher não espera que aquele cara a quem “se entregou” na véspera telefone, mande uma mensagem ou seja la o que for. Claro que ela não espera flores, isso nem a avó dela acredita mais existir.

Os jovens começam a vida cedo. Aos doze já apostam quantos beijam numa baladinha que há poucos anos atrás era encabeçada por algum palhaço bozo numa matinê de clube. Hoje tem gelo seco, batida forte e uma ou outra droga que escapam aos olhos de seguranças três vezes maiores que o publico do espaço.

Minha sobrinha de dezesseis anos frequenta baladas aqui em Campinas que permitem a entrada de adolescentes de 14 a 17 anos, que começam as 17:00 e terminam as 21:00 hs. Acho sadio, por que se vê na porta pais deixando os filhos (envergonhados) que se retiram só quando percebem que a “criança” entrou na boate. La dentro servem refrigerante, suco, agua e frango frito. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...não entendo a questão do frango frito, mas é tão pra criança isso, que não sei como pra determinados frequentadores não há uma mamadeira de neston na geladeira, deixado por alguma mãe zelosa. Não sei o que acontece la dentro, nunca perguntei, mas acredito que ficam aos beijos, por que nessa idade até a mão boba é bobinha.

Ao deixa-la numa boate dessas, percebi um enorme, mas gigantesco numero de jovens gays. Meninos e meninas. Afirmo que para cada 10 adolescentes 7 tinham aparência afeminada ou masculinizada (meninas lesbicas assumidas). Isso me preocupa, por que com tantos jovens homossexuais, e com poucas politicas de proteção, acho que em breve a barbárie da homofobia será muito maior.

Esses jovens infelizmente não “dormirão” com outros, por que linguagem mudou, e o conceito de intimidade também. Não  sabem que dormir com outra pessoa, na forma literal da palavra muitas vezes gera uma intimidade maior, uma comunhão instantânea e inexplicável que transcende o sexo. Isso que faz e traz o sentimento de respeito pelo outro. O sexo causal não é respeitoso, cada um está ali para o seu prazer pessoal, e acabando, viram-se e saem desejando que ambos se tornem pizza ou lasanhas, silenciosas para matar a larica do sexo.

Ainda bem que sou de uma geração que viu e ainda entendia o que era ser “romântico” sem a pecha de “afeminado”. Complicado explicar para um jovem a necessidade de flores para uma mulher. E de explicar para uma garota qual o sentido dela receber flores.

O mundo evolui, é necessário acompanhar, mas às vezes, da uma saudade de quando tudo era mais simples.

Abração e ótima terça feira a todos.


NÃO FALA COMIGO PÔ!!!!

Tenho preguiça de ser supersticioso. Esse negocio de desviar de gato preto, não passar embaixo de escada, usar cueca branca no réveillon e tantas outras crendices não são bem vindas na minha vida. Não por que acho bobagem, ou não acredito, simplesmente por que fico cansado de ter que pensar a hora e o momento de não praticar alguma coisa que possivelmente me dará azar.

Acredito sim em más vibrações, energias negativas e pessoas que consomem sua força vital. A única atitude que tomo em determinadas circunstancia é fechar meu umbigo, como um dia comentei aqui no blog. E pode até ser ridículo, mas quando o faço, fico menos vulnerável. Um tempo atrás recebi bastante gente em casa, pessoas de diversos tipos, rodas de amizade, tudo em dias alternados. Quando passou essa fase, não conseguia me sentir bem. Algo me incomodava. Um bambu da sorte morreu, tinha pesadelos, e até uma eventual crise de refluxo, coisa que nunca na vida tive, durante o sono. Acordei engasgado e achei que era a hora de ver São Pedro...rs.

Fiquei alguns dias nessa impressão ruim. Até que numa noite, aspergi agua benta pela casa ( tenho um vidro na geladeira, para o caso de vampiros tentarem me pegar...rs) junto de uma oração num livro antigo da minha avó. Sei lá um tipo de exorcismo. Jogava agua benta nos cantos da casa, rezando e com um incenso na outra mão. Posso afirmar que foi uma das sensações mais medonhas que senti até hoje. A casa estava fechada, não havia uma janela sequer aberta, e por onde andava, rezava e aspergia a agua benta, subia arrepios do pé a cabeça como se tivesse numa corrente de ar gelada. Num primeiro momento senti certo desconforto (medo mesmo, sou cagão), mas fui firme e “benzi” cada canto da casa. Posso dizer que naquela noite e até hoje, acabaram os pesadelos, e me sinto bem, como de costume.

Sempre fui cético com isso. Pouco acredito em macumba e inferno astral nas vésperas de aniversario. E não é que a proximidade do meu tem me deixado irritado. Não com a data, por que adoro aniversariar, mas uma irritabilidade que beira quase a bipolaridade. Tenho me segurado pra não vomitar criticas para todo mundo. Uma simples ação espontânea de alguém que não cabe no meu parecer lógico, me da ímpetos de chacoalhar, esmurrar ou gritar: PQP...vai ser idiota la na zona que tua mãe foi criado, seu burro, imbecil, tapado...rs rs rs.

Sei não, mas acho que vou comprar um patuá, ou procurar uma noiva feia, já que é o ano do dragão. Quem sabe casar com uma não traz sorte...rs rs rs.

To como o Saraiva: Tolerância Zero!!!! Rs.

Abraço

NÃO NÃO NÃO !!!!


Boa Semana a Todos...Abraço.

REVISTA VEJA: JANEIRO DE 1982

Os acervos digitais são um oásis para quem gosta de relembrar algumas passagens de tempo. Há trinta anos, o Chevrolet lançava seu modelo “ouro”, os shoppings centrers  começavam a bombar, e a revista veja dizia que Elis morrera vitima de uma overdose.




Sinceramente, após esses anos todos, ainda não acredito que foi essa a causa da morte.

Segue parte da reportagem da revista veja di dia 27 de Janeio de 1982. Uma semana após o país chorar a morte da sua estrela.






O link para a revista está abaixo. Vale a pena ler as matérias, os absurdos e os problemas atemporais, principalmente a entrevista das paginas amarelas, como dono do Colégio Objetivo. Só buscar a data de publicação.


Otima quinta feira a todos.

UMA ETERNIDADE SEM ELIS

Três décadas para quem aniversaria é como se ainda fosse um adolescente. Três décadas para alguém que se foi parece uma eternidade, como se aquela pessoa tivesse existido apenas na imaginação.

Em 19 de Janeiro de 1982, me lembro de estar sentado vendo TV, tinha oito anos de idade e nas manhãs da Globo passava TV Mulher, dentro da programação a reprise de uma novela e logo depois um desenho animado. Foi como em outras datas funestas que minha memória fotografou o momento. Em plantão especial a reportagem da TV Globo informou que a Cantora Elis Regina havia sido encontrada morta em sua casa.

Hoje, trinta anos depois, existe uma sensação de pesar, de imaginar que dez, vinte anos a mais que tivesse vivido, o quanto teria sido importante para nossa cultura musical. Elis, Cazuza, Raul Seixas, Renato Russo e tantos outros que nos fazem falta, por que interromperam suas carreiras em momentos inoportunos, teriam muito mais a acrescentar, se a vida não os tivesse deixado.

Descobri Elis já na adolescência. Na época que estava viva era criança e apenas ouvia vez ou outra “ O Bêbado e o Equilibrista” , mas como minha mãe não era fã da cantora, pouco sabia dela até discernir o que era bom ou ruim. Desde então, não digo ser um fã fervoroso, mas um fã que respeita o trabalho, admira a voz, e lamenta não ter podido desfrutar do seu talento quando ainda vivia.

Num de seus DVDs remasterizados e lançados quando dos seus sessenta anos, há o momento em que canta “ atrás da porta” de Chico Buarque, musica que considero a melhor de todo o seu repertorio, pela emoção e pela teatralismo que canta. Ali fica tão evidente que Elis era uma incógnita, uma pessoa que carregava algum tipo de amargura. O vídeo ainda arrepia, por que no próprio conteúdo há um depoimento de Daniel Filho dizendo que poucos meses depois ela morrera. Assistir aquilo tudo é como vê-la se despedindo do publico. Mais ou menos o que senti com o clipe de Amy Winehouse em Tony Benetti.




Um artista do porte de Elis quando se vai não deixa órfãos os fãs, eles retiram da vida cultural do pais um pedaço que jamais será preenchido novamente. Não há substitutos de Elis, não há voz que a supere. Maria Rita talvez tenha herdado um traço do timbre da mãe, mas não consegue, até por motivos óbvios, alcança-la. Talvez se tivesse desfrutado da cia da mãe até a idade adulta, teríamos aí, uma grande cantora. Mas no meu ver, ela apenas canta, como tantas outras filhas de cantores de sucesso.

Lamento não termos mais Elis, lamento não ter podido ver um show, lamento que alguém como ela parta cedo. Para mim todo artista que vale a pena teria que viver como Dercy, passar dos cem anos, e nos brindar com ironias, e sapiência que a velhice traz.

Amanhã,  19 de janeiro completam-se 3 décadas de sua morte. A sensação que tenho que ela nem existiu nessa vida, apenas uma lembrança de algo que não tive contato. Uma imagem engraçada da artista.

Que tenha descansado em paz, por que seu legado foi exaurido pelas gravadoras, até a ultima gota.

Abraço a todos 

AS PESSOAS ESQUECERAM O QUE É ÉTICA!

No meu ultimo ano de faculdade foi-nos dado uma disciplina com nome de “Ética profissional”. Professor ausente, mais preocupado com sua vida púbica e politica do que propriamente passar a alunos que em alguns meses iriam povoar o mercado de trabalho, o verdadeiro significado da palavra “Ética”. Pra se ter uma noção, a prova que fiz no fim do semestre era a mesma que amigos haviam feito cinco, seis anos antes. Quer dizer, nem ao menos se preocupava em mudar as questões. O que esperar de jovens que não entendem o verdadeiro significado do tema.

Acontecem problemas como o visto no BBB12 já na primeira semana de confinamento. Não quero julgar, não vou me estender no assunto BBB, apenas dizer que um homem por quais motivos forem, mesmo com visível permissão de uma mulher, embriagados ou não, tem que ter o discernimento de não ir além de um beijo. Por isso digo: a moral, o caráter de uma pessoa se mede nesse exato momento.

Abusar de uma pessoa indefesa (esteja ela dormindo, seja ela mais fraca, por imposição de etnia, credo, etc.) é crime. Não sei quem é esse rapaz, nem ao menos vi direito o programa, por que as primeiras semanas são chatas e com pessoas extremamente felizes, o que incomoda, e muito. Mas percebi pelo burburinho da internet que algo serio, muito serio havia acontecido.

A ética tem que existir independente do ambiente que está inserido. Profissionalmente temos obrigação de mantê-la. Família, muito mais, por que trair, enganar, omitir detalhes da vida acaba sempre machucando pessoas inocentes. O fato de não discorrer muito sobre esse rapaz “Daniel” , é pelo fato de me revoltar tanto a atitude abusiva com uma mulher desacordada, que talvez passasse do limite, então prefiro que outros o façam, apenas me restrinjo a analisar o quanto antiético estão as pessoas hoje em dia.

Confundir estupro com racismo só faz de Boninho um escroque. Não tem certeza do acontecido, cale-se. Ele é dono do programa, ele que dirige. O silencio é a melhor forma de não tomar partido. Por que defender  o autor de um crime é ser conivente , cumplice. Tanto há indícios do acontecido que resolveram tira-lo do programa.

Já fui vitima da falta de ética. Na faculdade mesmo, alunos roubaram projetos meus e se beneficiaram com prêmios. O castigo veio depois, pelo tratamento de toda uma turma que repudiou o acontecido, e mais tarde com a própria reprovação de uma das alunas, que precisou fazer um ano a mais enquanto todos já havíamos se formado.

Levar o mundo cão pra TV e abusar da inocência do povo por ibope é o que há de mais asqueroso na nossa programação. Ainda bem que gente como Marcia Goldsmith acaba no ostracismo, assim como Gilberto Barros e um dia quem sabe Datena. O cancro da TV brasileira.

Não quis ler e nem comentar sobre esse suposto estupro com mais afinco por que sei que ouvirei que a mulher é culpada, que a tal Monique provocou e isso vai me esquentar o sangue. Nem que fosse ela uma profissional do sexo, caberia a esse rapaz molesta-la enquanto estava desacordada.

Ainda bem que não precisou de muito tempo para que a índole nefasta desse sujeito transparecesse. Não vi as cenas, mas bem acredito que não houve tempo, nem movimentação sobre edredons que indicasse que além de forçar sexo, ele teria usado preservativo.

Lamentável.

Espero que tomem providencias maiores que a expulsão, caso seja mesmo confirmado o ocorrido.

Abraço a todos e boa terça feira.

FINA ESTAMPA: CHATA OU SEM ENREDO?

Difícil comentar o que tem de pior na televisão no momento. Não há muita coisa a ser assistido que acrescente a gente um prazer de sentar-se no sofá e compartilhar horas de descontração com a família, amigos, ou mesmo sozinho.

Não dá muito pra mensurar o quanto “Fina Estampa” é porcaria. Lilia Cabral é um sucesso nato, mesmo que deem a ela lista telefônica pra declamar,  os olhos dirão tudo, basta. Mas o restante do elenco está perdido numa trama sem graça, que não leva a nada. Uma sucessão de cenas que parecem iguais. Todo aquele gás do início da trama com Antenor sendo desmascarado e bla bla bla, ficou por lá. Focaram a trama em Crô, por que Marcelo Serrado, bom como é, roubou a cena. Mas uma novela não consegue ir adiante com apenas um personagem de destaque. Todo o resto é chato. Cristiane Torloni tá cansativa, por que não da pra aguantar uma pessoa tão grosseira, que não troca uma palavra com alguém sem insulta-la. Sei que existe gente mal educada, frustrada, mas o personagem está longe de ser uma Nazareth Tedesco. Vilã cansativa, chata e sem bunda. Se o figurinista sabe que Torloni não tem bunda, por que insistir em colocar roupas tão justas que marcam a falta de carne na bunda quando vira de costas. Isso incomoda.

Acompanho os sites de televisão e já via Agnaldo Silva falar de sua novela aos quatro ventos, meses antes da estreia. Dizia estar com ela toda escrita, mas não parece. Para uma obra fechada, como minissérie, garanto que seria mais criativo. Peca muito no imaginativo, e trata o publico como tolo. Amália Capota o carro umas cem vezes, não acontece nada, e ainda por cima, nem o bebe perde, enquanto Patricia Assusta com uma moto, cai e perde o bebê. Pior, depois do acidente de Antenor, de tantos outros momentos graves, as pessoas saem ilesas, aí vem um cara, rola da escada e morre na hora? Para com isso!!!

Não vejo química entre Dalton Vigh (ótimo ator) com Lilia Cabral. O Português do nada, ficar com a moça gravida e logo, logo a gente sabe será trocado pelo ex-marido, é frustrante. Assim como a questão ética de Renata Sorrah, que não havia mistério algum que iria acontecer daquela forma. Iria manipular a gravides Esther.

Não vejo mal algum em um autor ser medíocre no seu texto. Nem todos conseguem arrancar aplausos do publico em quase oito meses de novela. Por isso ainda acredito que textos mais curtos dão à gente a sensação de satisfação quando termina a trama, como há pouco tempo com Cordel Encantado. Mas o problema do ego é complicado. Não bastava repetir a historia da mãe renegada pelo filho mentiroso, tinha que acusar outros autores, criar clima dentro da emissora, e ficar por ai dizendo bobagens em meios de comunicação e no twitter.

Sabe, autores como Agnaldo Silva não precisam dessa promoção. Já está consolidado o sucesso de suas novelas, mas esse tipo de atitude gera no publico uma cobrança. Já que está falando tanto, vejamos o que nos oferece então. Aí se percebe que é balela, apenas uma forma de autopromoção.
Autores de novela tem que mostrar o talento entretendo o publico, fazendo com que haja comentários nas rodinhas de ponto de ônibus, nos encontros dominicais da família, e nos últimos tempos ouço apenas as pessoas reclamarem que a novela é sem graça.

Infelizmente continuamos vivendo uma fase  (que não acaba nunca) de total falta de criatividade na TV brasileira. Se não fossem os cortes mal editados de “Esquenta” diria que hoje é o melhor que há na TV aberta como entretenimento.

Fina Estampa já peca pelo nome nada atrativo. Esta ficando na mesmice, e logo perde para o BBB12, que em uma semana já deu pano pra imprensa. De estupro a chororô, aquele lixo acaba nos fazendo rir mais do que o Pereririnha correndo pelado pela casa de Teresa Cristina, num apelo desnecessário de Agnaldo Silva.

Abraços e ótima semana a todos.

A PROFISSÃO MAIS ANTIGA....

Minha mente sempre foi imaginativa e na infância transbordava fantasias sobre assuntos que não compreendia. Não entendia o fato de algumas mulheres serem rechaçadas e banidas da sociedade por que as intitulavam “mulheres de vida fácil”.

Mais tarde descobri que as damas da noite na verdade eram prostitutas ou putas, como a linguagem chula nos permite. E daí em diante não digo que criei fascínio pela figura, mas desenvolvi sim um respeito por essas senhoras desprovidas de amor próprio que sedem sua intimidade a homens devassos que as usam em troca de um pagamento ínfimo no final do êxtase.

Poético? Nada!!! A vida dessas coitadas é sacrifício puro. Alguns documentários mostram o quanto depravado é o ser humano, e elas são objetos de “descarrego” desse povo que não se expõe perante a família, mas no submundo exorcizam seus demônios com as únicas que lhes ouvem, as putas.

Já ouvi profissionais da suade dizendo que as prostitutas são um bem a humanidade por que servem de estopim para homens que talvez tornar-se-iam criminosos se não descarregassem suas tensões na cama de uma meretriz.

O cinema em certos aspectos tratou a situação com glamour como vemos em Gilda, ou mesmo na pele de Julia Roberts em “ Uma linda Mulher”, quem sabe possa até ir além das décadas e chamar Hilda Furacão no assunto. No Brasil uma jovem classe media intitulada Bruna Surfistinha carregou milhares de espectadores ao cinema para ver o quanto ela “distribuía” seu afeto para os homens, e acabou virando celebridade, empresaria de sucesso. Alguns conservadores mortos devem rolar em seus caixões.

Por que falar de “putas” no blog? Sei lá, ao escutar Gardênia de Filipe Cato, me veio à vontade de discursar sobre a figura quase mitológica da mulher de vida fácil. Caricatas, muitas vezes jogadas na vida pelos próprios pais, vivem a margem da sociedade, desrespeitadas, viciadas, e mesmo assim prestando apoio a uma camada significativa da sociedade.

Hoje existem as garotas de programa em álbuns sensuais, que vendem-se por valores altíssimos, com fácil acesso pela internet. Trabalham na TV, fazem desfiles, apresentam programas, e estão sentadas do lado de um universitário nerd, que em casa se acaba com revistas de putas inacessíveis. Vire pro lado guri, às vezes está mais perto do que se imagina, só não sei se financeiramente tu vai poder bancar esse luxo!

Há algumas décadas levar uma mulher que produz filmes pornôs para a TV e coloca-la em horário nobre, como no BBB12 era inimaginável. Hoje atores e atrizes saltam para a pornografia e voltam para o mundo normal como se tivessem feito apenas um documentário em prol da vida das focas. Apesar de nutrir simpatia pelas prostitutas, não me utilizei delas na adolescência, e nem na vida adulta. Ainda acho complicado pagar por intimidade, se bem que na obra de Nelson Rodrigues encontramos tantas donas de casa que poderiam ser taxadas de prostitutas que talvez até fosse fácil deixar as notas no criado mudo de um quarto barato.

Dercy foi descriminada, expulsa de casa, sem ao menos ter deitado com um homem, como se viu na minissérie em sua homenagem. No passado, quando meus avós eram vivos, ouvia coisas abomináveis sobre prostitutas e tenho certeza que eram mais fantasias criadas pela igreja do que propriamente verdades.

Deixem as pobres trabalharem. É muito pior uma mulher que rouba o marido da outra do que a prostituta que muitas vezes realiza fantasias devassas dos maridos “santinhos” que sentam-se aos domingos com a família reunida em largos sorrisos de satisfação.

O mundo é podre, e mesmo assim ainda acredito na humanidade...rs

Abraço e ótima quinta feira.

QUEM QUER UM RELACIONAMENTO SÉRIO?

O que acontece com o povo hoje em dia que não quer mais namorar, e chora a procura de alguém pra namorar?

Tento fazer pontes entre amigos, apresentando pessoas que acredito terem algo em comum, e estão aí, choramingando a procura de companhia, de relacionamentos sérios e duradouros, mas na verdade o nível, o grau de exigência é quase o de um “príncipe encantado de desenho da Disney”.
Pô será que o mundo não percebeu que as princesas de tranças longas, de corpinho escultural não existem mais. Que os príncipes de meia-calça branca, em cavalos escovados e cabelo ao vento não querem mais essas gatas, estão preferindo os lenhadores da floresta? Está na hora de ajustar os ponteiros e sermos racionais.

Mulheres, o sapo dá mais no coro que o príncipe. Homens, as irmãs gordas da cinderela estão mais fáceis de atingir do que a gata borralheira que não quer mais sair da academia. Então parem de exigir demais, por que futuramente teremos um bando de solteirões com caixinhas de cortador de unha e chinelos de couro (quando criança isso era sinônimo de ter ficado pra tio).


Mas noto que um tipo não saiu de moda, ou não desapareceu ainda. O conquistador grudento que acha que o mundo lhe ama. Sabe o gamba que corre atrás da gata nos desenhos da Warner? Aquele ser chato, obtuso, que ergue a sobrancelha achando que é sexy? Ainda acho desse tipo por aí, acreditem. E o pior, existe mulheres que ainda caem nessa lábia. Tinha um conhecido que a palavra chave dele para ganhar uma menina na cantada era: vamos tomar um suquinho? Já avisava as estagiarias de arquitetura “lindas” que entravam pra trabalhar conosco: Se o cara te convidar pra tomar um suco, fuja. Não que estava empatando a vida dele, mas é que sabia que após a conquista ele contava pra Deus e o mundo de forma pejorativa, detalhes da garota. Muita falta de respeito.

Hoje a idade não influencia muito nos relacionamentos. Existem diferenças grandes que se completam, e pessoas da mesma geração que não se entendem. Antigamente namorar alguém com 10 anos a mais ou a menos era quase um crime. Namorava-se cedo, casava-se cedo e logo, logo a infelicidade se abatia. E não estou falando da geração dos nos pais, aquela das décadas de 50, 60, 70. Falo do povo mais jovem, das décadas de 80 e 90, que não sei por que motivos se uniam em casamento mesmo antes de saberem se era aquela pessoa que queriam do seu lado. Conclusão: tenho dezenas de amigos divorciados e que apelam por que acham que merecem ser felizes. Cair na gandaia não traz nada de benefícios, aliás, essa “putaria” toda devia ter sido praticada lá no começo, quando casaram em idade errada. Por que errar na juventude faz parte de um processo. Errar na idade madura é ridículo.

Não sou contra os sites de relacionamento. A internet é algo que não se tira mais da vida da gente, e com ela costumes são agregados. Na época da minha avó as mulheres faziam footing nas praças andando em círculos enquanto os rapazes parados em linhas militares escolhiam suas preferidas. Na época dos meus pais o povo se conhecia nos grandes bailes e festas dos clubes. Na época dos meus irmãos mais velhos era nas “discoteca” e nos “barzinhos” que se achava o par perfeito. 

Hoje, a internet seleciona, prioriza, e te entrega àquela pessoa que mais se adequa a suas condições e gostos. Claro que existe aquele povo “esquizofrênico” que se esconde atrás de uma mentira e cria um universo paralelo ao seu e dali não sai. Sempre existirão aberrações, por que lá no passado, na época da avó, homens e mulheres já eram estranhos.

Achem seus iguais na internet, mas não deixem o relacionamento no virtual. Levem pra vida de verdade e quem sabe o casamento será mais feliz e duradouro. Só não entrem no circulo vicioso do sexo fácil. Aos poucos isso destrói a autoestima.

Que em 2012 todos os solteiros(as) arrumem suas tampas, suas metades de laranja, o outro pé do chinelo, o cobertor de orelha que não vai baforar hálito de pinga. Cuidado!

Boa quarta feira a todos.

SOLIDARIEDADE

A solidariedade é um traço da personalidade humana encontrada em poucos seres humanos. Quando digo a palavra “solidariedade” me refiro aquele desprendimento que alguns têm em ajudar, em dispor da sua vida em prol do bem alheio. Sei que é extremamente difícil optar em ajudar sem que haja um pingo de necessidade do reconhecimento, afinal, somos frágeis e egoístas muitas vezes.

Em minha família foi muito comum entre as varias irmãs da minha avó materna aquela boa alma que se dispôs a cuidar de cada uma na velhice. Filhas, filhos, noras, ou algum estranho sempre esteve presente na vida delas, e as acompanharam até o ultimo suspiro. Eram boas pessoas, que mereciam essa gratificação no fim da vida? Nada, a maioria era ruim, perversa e durante a vida consciente destruíram quem passava perto ou não seguiam suas regras.

Ser solidário, ajudar sem querer nada em troca é um dos atos mais difíceis de ser praticar. A gente faz o bem, mas a soberba pede um reconhecimento, uma palavra de elogio ou gratidão. Ta,  no ser humano essa necessidade mexe com a auto estima, o ego, é ótimo  receber elogios, mas cuidado para não virar um samaritano de araque.

Tenho personalidade fácil de conviver, apesar de nos últimos anos descobrir que poderia dizer “não” ao que me chateasse. Procuro fazer pras as pessoas aquilo que penso ser bom pra mim. Então não desrespeito idosos, dou atenção as crianças, não levo o troco que o caixa do mercado se enganou e deu a mais, tudo o que poderia me tornar um “sujeito legalzinho”. Mas tenho meu lado obscuro também, aquele que mede o quanto as pessoas podem ser interessantes ou não na minha vida, mas há sim algo dentro desse parâmetro que me orgulho: sou grato aqueles que me ajudam, jamais nesses anos todos virei as costas a quem me estendeu a mão.

O aquariano é um sujeito difícil de conquistar. Parece que todos sofreram no passado, quiçá outra vida, então há sempre aquele medo de padecer, e posso dizer, em todos os âmbitos, profissional, amoroso, de amizade etc. Quem é aquariano pode analisar isso. Apesar de ser cético, acredito que a personalidade vinda do signo pode sim dizer bastante sobre a gente, por que as descrições batem quase 100%.

Se doar a alguém desconhecido, mesmo que seja por uma remuneração como fazem tantos profissionais em hospitais, casas de repouso, creches, etc, não é fácil. Os doentes se voltam para si e acham que o mundo deve algo a eles. Mas por que estão ali? Muitos doentes provocaram durante suas vidas a enfermidade e são exatamente esses os que sugam de quem os auxilia o sopro de vida, a energia, e querem sempre mais. Não há nesses doentes um mínimo de gratidão.

Cuidem daqueles que precisam, por que o mundo da volta, e um dia, alguém cuida de você, sem que pra isso, precise abrir a carteira e oferecer dinheiro. O velho e bom proverbio que diz que “colhe-se o que planta”  é um verdade absoluta.

Abração e ótima terça a todos

QUAL A FINALIDADE DE "MULHERES RICAS" ?

Num país como o Brasil não basta mais apenas ser rico, tem que mostrar a todo mundo o privilégio de ser, quase a mesma coisa que fazia aquele seu amigo imbecil de infância que ganhava uma bola nova de capotão e esfregava na cara dos outros o quanto a dele era melhor. Não deixava ninguém brincar, ou quando o fazia, no melhor do jogo, colocava-a debaixo do braço e ia embora.

Vivemos sim um momento de prosperidade, natal gordo para a maioria da população (ou menos raquítico), com direito a presentes tecnológicos, Tvs de plasma com 42” e iPads vagabundos, mas chamados Tablets. O que não da para entender é o fascínio que o povo de tem hoje pela vida milionária de alguns. Eike Batista dando conselhos para se tornar um bilionário no Fantástico. Matérias sobre como guardar, investir e ficar rico com ideias mirabolantes. Pera aí. Tudo bem que temos que ter uma vida regrada com menos desperdícios, mas ainda comemos, vestimos, colocamos combustível no carro, aluguel, condomínio e planos de saúde. Da forma como vem os conselhos, parece que o salario vai todo para aplicação e de la para um novo empreendimento que lhe tornará o novo playboy do Copacabana Palace. Não é bem assim.

Quando se pensava não faltar nada mais no mundo podre da TV, uma das emissoras abertas inova e aparece com um reality de “Mulheres Ricas”. Tanto se falou, comentou que fui lá no You Tube conferir.

Posso garantir que é o maior, dos maiores, dos mega blasters lixos que vi na minha vida. E olha que assisto tudo, do mais precário programa, até as grandes produções, mas me senti enojado, em alguns momentos constrangidos com aquelas mulheres desfilando seu cotidiano para a TV. Jamais me prestaria a esse papel. São ricas, basta! Pra que vir a publico dizer que quer um avião que vá direto a Paris, sem escala. Um mimo de 30 milhões de reais. Reclamar do champagne servido numa loja de grife as 10:00 hrs da manhã de um dia de semana, onde milhares de outras mulheres se matam para garantir a sobrevivência dos filhos.

Enquanto o emperucado Eike quer mostrar o quanto é “o fodão” dos negócios ( mas garanto que boa parte de quem o vê pensa: tomou chifre de bombeiro – rs rs rs, consolo dos pobres) , essas mulheres inúteis para a sociedade esbanjam frivolidades em lojas da Oscar Freire. Não é inveja, muito menos despeite do que o dinheiro proporciona para essa trupe. É uma afronta para os brasileiros ver pessoas desfilando carros, jóias, e tantos outros suvenires quando uma parte da população sobe em arvores para fugir de enchentes. Chega a ser oifensivo.

Acho o momento errado e uma proposta absurda seguir o cotidiano de 5 mulheres ricas que nada acrescentam a nossa vida. Algumas como Narcisa desfrutam do poder que seu pai tinha durante sua vida “politica” ou querem que acredite que nada do patrimônio veio dessa “facilitação” que a vida publica proporciona.

Não sei o fim dessas histórias, não me interessa ver o segundo episódio dessa serie, muito menos me preocuparei em saber que o avião da loira burra fez ou não escala pra Paris. Só acho que deveria haver um bom senso na programação, mas como sabemos que o Brasil é um país de contrastes, de memoria curta, do povo que se preocupa com a grama verde do vizinho, então resta-nos garimpar aquilo que for bom para os olhos e ouvidos, e que acrescente um mínimo de cultura, por que hoje, numa roda de amigos quando você aborda o assunto, metade do povo dorme, vai embora, ou te olha como se fosse uma aberração.

Boa semana a todos.