AMANTES

Dia desses assistia a uma reportagem no canal GNT sobre pessoas, na maioria mulheres (90% dos entrevistados) que tinham relacionamentos com pessoas compromissadas.

Algumas diziam que não se importavam, que o frisson de manter um “amante” era tão excitante que haviam esquecido o que era um relacionamento normal, um parceiro só delas, outras que seguiam seus amantes para ver a vida conjugal deles com os filhos festejando alegres num shopping. Isso é doentio.

Em que escala da moral humana podemos classificar essas pessoas? Entendam que não julgo a traição da pessoa comprometida, existem inúmeros motivos pelos quais alguém trai. Não vou questionar, nem recriminar ninguém, apenas saber o que se passa com essas pessoas. Vou tomar por base as mulheres, a grande maioria da reportagem que vi. Homens solteiros se cansam dessa vida dupla de amante e partem pra outra.

Paixões acontecem em todos os lugares onde menos esperamos. Colegas de trabalho, fieis de igrejas, até mesmo aquela pessoa que encontra todos os dias no ponto do ônibus pode sim virar uma grande paixão. Mas a necessidade que essas mulheres tem de ser a outra, é algo que me intriga. Não compreendo como alguém pode sentir-se feliz em ser relegada ao segundo plano. Alegam que com elas os homens se abrem. Na verdade não vejo por esse lado. Encaro esse “alivio” deles ao estar com a amante, o mesmo que uma partida de futebol entre amigos, ou umas horas de malhação na academia. Alguns homens sentem-se bem com ambas as atividades.

Ter alguém, é dividir, é participar juntos das horas boas e ruins, das doenças e das felicidades. Ser a segunda, é estar à margem disso. Algumas podem dizer que elas têm o melhor do homem, por que quando estão juntos eles só pensam no momento e esquecem o restante. Concordo que isso aconteça mesmo, durante um tempo, por que se o caso perdura por anos, a amante também passa a ser a ouvinte, a implicante e tudo mais que se tem num casamento. Até numa amizade isso acontece, depois de um tempo a intimidade permite esse desabafo, o ciúme a incompreensão e as encheções de saco comuns nos relacionamentos sadios.

O pior de tudo é enganar-se e acreditar que o homem irá terminar com a esposa, finalizar um casamento, muitas vezes com filhos, para ficar com elas. Esse conto do vigário é tão comum e será que não há perspicácia suficiente para entender que isso não vai acontecer?

Baixa autoestima é o que me vem à cabeça quando vejo esse tipo de situação. Não ter capacidade de arrumar alguém descompromissado, e manter-se numa relação paralela é muito triste para qualquer pessoa. Não há nenhuma data festiva que poderão ficar juntos. Atenção maior é pra família. Os compromissos anuais em datas são passados com a família, relegando a “amante” a um plano tão fora da vida que elas não percebem por estarem envolvidas sentimentalmente.

O pior de tudo é que ao iniciar um relacionamento assim, todos já tem aquela vacina que diz que não podem ultrapassar o limite da vida pessoal do home em família. E algumas se descabelam, fazem escândalos e acabam por descobertas pela esposa traída. E o que acontece? Muitas vezes, por tudo que envolve o casamento, as esposas perdoam seus maridos, e a amante fica sozinha, ridicularizada e rebaixada a um “caso passageiro”.


Relações amorosas são complicadas em qualquer âmbito. Já é trabalhoso manter um romance a dois, a três, a quatro, é muito pior. Tantas questões morais envolvidas, filhos. Por essas que não entendo como alguém se dispõe sempre a ser amante, e nunca construírem uma vida digna ao lado de alguém só delas.

Em casos mais extremos vemos mulheres dando grandes golpes em celebridades e aparecendo com filhos, frutos de uma “poupança” forçada para o resto da vida. Vide tantas mulheres na mídia hoje. Algumas saem pelo cano como o caso da amante do goleiro Bruno.

Eu sempre digo que se fosse mulher seria uma biscate...rs rs rs. Acho muito interessante a gostosa sem vergonha, no estilo Rodrigueano, mas não me embarcaria em relações sucessíveis com pessoas comprometidas.

Enfim, se as pessoas que entram nessa, devem ter sempre a certeza que na hora que a coisa aperta, que o barco afunda, o bote sala vidas só terá lugar pra família oficial, e não pra ela.

Boa terça feria a todos...Abração.

10 comentários:

Karina disse...

Concordo com suas palavras e também não acredito que me submeteria a tal tipo de relacionamento. Sabia que esse assunto já foi objeto de estudo? Eu não li o livro, mas a Mirian Goldenberg escreveu sobre isso, e ela diz que boa parte das mulheres realmente afirmam que o melhor de ser a outra é ter o melhor do homem. Um beijo, Karina.

Unknown disse...

"Baixa autoestima é o que me vem à cabeça quando vejo esse tipo de situação"... aaaaah! já ia te convidar pra ser meu amante carioca!

Paulo Roberto Figueiredo Braccini - Bratz disse...

vai entender né? e digo isto tanto para elas q se submetem qto para os homens q não dão conta de uma e se mentem com duas ...

bjux

;-)

Sandra disse...

Oi, Rafael!

Vc uma biscate? kkkkkkkkkkkk
Seria engraçado.
Eu ainda sou do tipo "dois é bom, três é demais".

Estou organizando um amigo secreto de livros no Universo Literário.

Vamos participar?
Vai ser legal!
Corre lá!

http://universoliterario1.blogspot.com/

Autor disse...

Não sei o que pensar.

Eu já estive nesse papel, já fui completamente apaixonado por uma menina que era noiva (acredite) e ela me dizia que amava os dois, ele e eu.
Mas, definitivamente, não nasci pra isso.

Freud explica? Acho que nem ele!
:-P

Saudade de vc que me abandona, seu cretino!

Edilson Cravo disse...

Infelizmente algumas pessoas se envolvem neste tipo de situação não apenas por terem baixa auto-estima mas tb por gostarem de procurar relacionamentos destrutivos e que as faça sofrer. Procuram estes tipos de vínculos para poderem dizer para as outras pessoas o quão são infelizes...é a vida. Linda semana. Abraços.

Cris Medeiros disse...

Oi Rafa! Não, você não é uma das pessoas que deram errado quando passei para o msn... ahahah

Sobre o post, ainda acho que a raiz dessa questão está no desespero que a mulherada está pra dizer que tem um homem. Pode ser qualquer porcaria, um mal caráter, um gigolô, um amante, um traste qualquer.

O importante é que quando forem questionadas sobre um relacionamento, elas tenham uma merda de um nome masculino para dizer que é o homem dela.

Desculpa o palavrão, mas me enoja ver como a mulher brasileira se desvaloriza tanto e ver o tanto que isso me afeta indiretamente (ou diretamente), porque como mulher acabo entrando nesse pacote, mesmo que aja diferente, que pense diferente de tudo isso. O todo tem uma força que arrasta...

Beijocas

Antonio de Castro disse...

podem me chamar de quadrado, mas sou contra qualquer tipo de traição.

não entendo quem trai e muito menos quem gosta de ser traído.

simplesmente não entendo.

..::voy::.. disse...

cada cabeça um sentença!
eu nao tenho estrutura pra ser 'o outro' ou ter um(a) amante!!!
ate admito certa liberdade num relacionamento, mas daí a ter outra pessoa, NEM MORTO!!!

bjs do voy

Atitude: substantivo feminino. disse...

Rafa, acho que tem mulher que sente muito mais prazer em saber que está "roubando" o homem de alguém que de fato se apaixonando, sabe..
Me causa asco esse tipo de comportamento que vc citou acima.